- Você só não pode contar para o Grissom! – Sara cochichou no ouvido dele e depois olhou para os lados verificando se ainda estavam a sós como antes.

- Pode deixar! Você sabe que pode sempre contar comigo. – ele assentiu pra ela mostrando seu sorriso largo. Sara também sorriu e já ia embora quando o homem que ela deixaria a segurou pelo cotovelo, trazendo-a de volta. Fazendo seus corpos ficarem bem colados – Eu sempre a amei. – sua voz se entristeceu.

- Eu sei, eu sei. – ela olhou para onde ele a agarrava – Pode me soltar. - ela quase ordenou.

- Desculpa. – ele a soltou se encolhendo um pouco.

- Tudo tem a sua hora. – Sara acariciou o rosto dele – Ela não é boa o bastante para você! – seu sorriso fez com que o homem concordasse com ela – Até outra hora – ela se virou querendo sair do beco, mas parou dando uma última olhada pra trás – Você está fazendo um ótimo trabalho.

O Homem continuou parado no meio da viela escura, Sara era tão inteligente, tão magnífica, tão boa que as vezes ele achava que tudo aquilo era um sonho, mas logo sabia que estava acordado quando a mulher que ele tanto amava não estava interessado nele.

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- Demorou. – Grissom olhou para o relógio na parede da sala.

- Tive que ir a outra farmácia, aquela estava fechada. – ela deu de ombros se sentado ao lado dele.

- E a sua mão como está? – ele deixou o jornal que estava lendo de lado e se virou para Sara, pegando sua mão, que há quase duas semanas atrás tinha sido cortada.

- Melhorando. Ainda dói um pouco. – ela olhou para os pontos em sua mão quase cicatrizados. Estavam secos, mas ela ainda sentia um leve desconforto.

- falei para não brincar com a faca. – ele sorriu.

- Só queria que você me visse atuar ao vivo. – ela sorriu e Grissom ergueu seu olhar, soltando levemente sua mão e a puxando para perto de si.

- Sua atuação ao vivo me excita. – ele encaixou a morena em seu colo que deu uma risada gostosa de se ouvir, Grissom sorriu quando ela envolveu sua nuca com as mãos e aproximou seus lábios rosados nos deles.

- Eu sei o quanto te excito. – ela puxou o cabelo de Grissom que estava um pouco grande demais. Então o beijou mordendo seus lábios do jeito que ele tanto gostava.

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- Eu achei que tivesse acabado. – Nick deu um longo gole na sua cerveja e em seguida balançou a cabeça.

- Acho que nunca vamos prender esse cara. – Hodges parecia desanimado naquela mesa de bar.

- Calem a boca! Vocês nunca sabem do que estão falando. – Warrick estava esperando o barman encher novamente o seu copo que se encontrava vazio a tempo – Uma hora esse cara vai dar um passo em falso e vamos pegá-lo!

- Quando ele pretende fazer isso? – Hodges perguntou.

- Hodges tem razão. Quantos homens ele vai matar antes que o peguemos? – Greg tombou a cabeça pra frente, batendo com a testa no balcão – Estou cansado dessa vida! Esse cara é muito inteligente.

- Vocês viram a Cath naquele dia? Como ela sabia que estávamos por lá? – Nick tornou a falar.

- Grissom não disse nada sobre isso. – Warrick balançou a cabeça impaciente com a demora do barman – Mas Cath estava com uma cara horrível.

- É verdade. Ela estava parecendo que não dormia há dias. Será que esta ficando louca? – Hodges franziu a testa e Greg ergueu a cabeça pra dar um tapa em Hodges.

- Você que está ficando louco e olha que você nem trabalha em campo direito. – Greg riu.

- Ele esta assim porque Wendy não quis ir jantar na casa dele. – Nick falou.

- Espera... Na casa da mãe dele, na verdade. – Warrick prosseguiu fazendo todos rirem.

- Por que vocês não continuam bebendo e ficando bêbados e indispostos e ah, sem ninguém. – ele revirou os olhos decidindo tomar o conteúdo que estava em seu copo e fazendo um careta horripilante ao tomar – Oh, que era isso?

- Água ardente. – Greg o olhou, mas desistiu de prosseguir com a piada – Algum tipo de bebida alcoólica ruim e barata de bar. – Greg jogou novamente a cabeça no balcão – Odeio essa vida. – murmurou.

- Esses crimes estão nos enlouquecendo amigos. – Nick sorriu.

- Só de pensar que já vivemos em um mundo melhor. – Hodges olhou para o seu copo vazio.

- E ainda achávamos que poderia piorar. – Nick olhou para o balcão se sentindo triste por dentro – E piorou!

- Cadê esse... Ah, achei que não enxeria meu copo de novo! – Warrick reclamou, mas o barman o ignorou, estava acostumado com esses tipos de reclamações chatas e repetitivas. Encheu o copo do moreno e foi atender outro bêbado reclamão.

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Todos estavam preocupados é claro, mas Sara parecia estar presa em seus pensamentos e fazia dias, semanas. Estava pensando em algo e quando começava a pensar só parava quando tivesse algum plano.

- Você está estranha há dias, esta que nem quando...

- O que? – Sara olhou para Grissom que parou de falar quando viu a surpresa nos olhos de Sara.

- Nada! – ele sorriu se encolhendo.

Sara ficou de pé franzindo a testa e se aproximando de Grissom, seu olhar para qualquer outra pessoa seria extremamente assustador, mas Grissom gostava daquele olhar, sempre gostou, portanto naquele momento sentiu um arrepio que fez seu sorriso sumir. Sara se curvou pra frente, olhando nos olhos dele.

- Eu te amo, mas não tente me enganar. – nada ele disse e então ela prosseguiu – Em outros tempos você teria me contado, teria pedido pra eu parar... – ela respirou fundo se ajeitando – Não era pra ser assim. – Grissom continuou quieto enquanto Sara saia da sala de convivência.

Ele entendeu que aquilo era uma ameaça. Só não entendia por que de agora.