Ah, com os Marotos escrita por Ciba


Capítulo 49
Em batalha


Notas iniciais do capítulo

Olá, ainda tem alguém por aqui?
Gente, me sinto tão envergonhada por esses dois meses sem postar e, olha, eu sinto muito, mas eu precisava de um tempo para estudar. Desculpe não ter avisado. Mas eu tenho que prestar cursos para conseguir bolsas e vou prestar ETEC esse ano, por isso não pude ficar escrevendo. Espero que vocês entendam. É realmente difícil e sinto muito por ter decepcionado vocês.
Mas aqui estou eu para vocês e espero que ainda tenha alguém aqui hahah brinks.
Bem, bom capítulo para vocês ;)



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Se passou um mês desde o ataque aos Longbottom, o casal havia recebido alta do St. Mungus há pouco e, nesse meio tempo, Moody e Dumbledore conseguiram se virar para achar uma nova sede para a Ordem, não tiveram muito êxito, então escolheram um lugar seguro, porém óbvio demais: Hogwarts. Moody fez questão de fazer um reunião assim que o local fora decidido, mas Dumbledore disse que gostaria de esperar Alice e Frank se recuperarem e quando isso aconteceu, os membros da Ordem receberam um convocação ao escritório de Dumbledore na escola de magia e bruxaria.

Mesmo com pouco tempo de saída do hospital, o casal Longbottom foi o primeiro a chegar, junto com os Potter, e se acomadaram em cadeiras, aceitando xícaras de café fornecidas por um preocupada Minerva, que discutia com um cansado Dumbledore sobre achar Hogwarts o primeiro local que os comensais pensariam ser a sede.

–Às vezes o lugar chega a ser tão óbvio que eles jamais pensariam que estamos aqui, Minerva. -retrucou o diretor, bebericando o café.

–Mas, se pensarem, os alunos podem sofrer com as consequências, Alvo. -disse Minerva, depositando sua xícara com raiva em cima de uma mesa, fazendo o café pingar no colo de Alice, que fingiu não perceber.

–Ah, Minerva, aqui é um lugar legal, bastante nostálgico, não acha? -James se intrometeu na discussão, recebendo uma cotovelada da esposa e um olhar mal-humorado de Minerva.

O comentário de James pôs fim a conversa entre Minerva e Dumbledore e, aos poucos, o outros bruxos da Ordem. Assim que Moody chegou por meio da rede de pó de flu, Dumbledore estava pronto para começar a reunião, mas a porta de seu escritório se abriu e Sirius e Peter entraram rapidamente.

–Qual foi a parte do "chegar direto no escritório" vocês não entenderam? -perguntou Lily para os dois em um sussurro. -O que os alunos vão pensar ao ver vocês andando pelos corredores?

–Calma, sra. Potter. Nós dois chegamos por pó de flu, sim. Só que uma lareira abaixo. Foi um acidente e, além disso, ninguém nos viu. -Sirius se defendeu, se sentando e pegando café.

Por fim, Remus chegou seguido por Dorcas. Talvez a Ordem nunca tivesse uma reunião em que todos comparecessem, pois, ao menos, cinco pessoas faltavam ali, devido ao trabalho ou coisas assoim. Depois de cinco longos minutos de conversas entre as pessoas diante si, Dumbledore pediu a atenção de todos, mas foi Moody quem começou a falar:

–Bem, como todos estão cientes, fomos descobertos e atacados em nossa antiga sede. O que me leva a crer que...

–Não comece, Alastor. -resmungou Minerva, sentada ao lado do auror, que fingiu não escutar.

–...ou fomos traídos -ele lançou um olhar penetrante para cada pessoa na sala, até mesmo para Dumbledore. -ou então nosso esconderijo não era forte o bastante.

–O senhor fala como se Hogwarts fosse o local mais secreto. -disse Fabian, irmão de Molly Weasley, recebendo um aceno de concordância do irmão, Gideon.

Moody grunhiu para Fabian e Dumbledore resolveu aproveitar a deixa para mostrar sua opinião sobre o assunto:

–Pelo o que vejo, muitos aqui não estão a favor de ter Hogwarts como sede da Ordem. Mas eu não teria escolhido um lugar no qual saberia que todos correriam perigo. Devo lembrar que, além do feitiço anti-aparatação, também adotamos uma proteção bem mais radical atualmente. Aqui não será invadido tão cedo.

Peter, ao se ajeitar na cadeira, derramou grande parte de seu café na saia de Marlene, que se levantou em um pulo com o contato da bebido quente. Ela saiu correndo pela porta em direção ao banheiro, provavelmente se esquecendo que um aceno de varinha limparia a mancha em sua saia. Todos da sala voltaram seus olhares para Pettigrew, que tentava agir com normalidade. James e Remus olharam com as sobrancelhas arqueadas para o amigo enquanto Sirius entrava em conflito com si mesmo, decidindo-se se ia ou não atrás de Lene, mas, deixando as mulheres com seus dramas, ele apenas se sentou mais confortável no sofá, vendo Lily e Dorcas fazerem o mesmo, já que, como Lily falara, não seria bom ver bruxos já formados perambulando pelo castelo.

James pigarreou e se sentou ereto, olhando para Moody, que tentava entender o que levara Peter àquele incidente.

–Segundo o senhor, temos um traidor entre nós. Por que acha isso? -perguntou o moreno, com certo rancor na voz.

–Ora, Potter, o que mais poderia ter levado Você-Sabe-Quem e seus seguidores de quinta até nossa antiga sede? -retrucou Alastor com tom de quem achava que todos teriam compreendido aquilo.

–Mas, se todos se submeteram a ajudar a Ordem, por que nos trairia?

–Potter, você já não é crescido o bastante para ter tanta ingenuidade? Realmente ainda é capaz de que todos são leais? -grunhiu Moody.

Lily colocou a mão no ombro do marido quando este recuou, ofendido, diante as palavras de Moody. Mais uma vez, todos desviaram o olhar para um maroto.

–Então como o senhor pretende seguir com esse pensamento? -indagou Remus. -Quer dizer, se temos um traidos, por que ainda estamos todos aqui?

–Vamos acabar com isso, por favor. -pediu Minerva, se colocando na frente de Alastor. -Não vou permitir que fale para meus alunos que têm traidores aqui como se eles fossem os culpados.

–Eles não são mais seus alunos, Minerva. Já são adultos!

Minerva soltou um som trise pela boca e voltou a se sentar perto de Dumbledore quando Marlene voltou a aparecer, com a saia já seca e fazendo questão de se sentar longe de qualquer pessoa com uma xícara na mão.

–Bem... -Dumbledore lançou um olhar severo a Alastor, que se apoiou em uma bengala. -Não é para discutir este assunto que estamos aqui. -ao ver que todos voltaram a ficar quietos, o diretor da escola se levantou. -O que realmente preciso é um plano que se infiltrar no Ministério. Sim, chegamos em tempos que teremos de invadir nosso principal órgão para conseguir informaçãos. -ele parou em frente á janela, onde o sol voltava a se esconder por trás das montanhas, escurecendo o céu. -Enfim, o que eu preciso é de pessoas que tenham acesso ao tribunal do Ministério.

Os Mckinnon, tios de Lene, logo trataram de se pronunciar para aquela missão, mas Marlene se colocou de pé, puxando sua tia consigo.

–Mas é claro que não! Sinto muito, gente. Acontece que meus pais já foram mortos nessa maldita guerra. Pode ser egoísta, mas eu não vou perder a família que me resta. -ditou Lene, cruzando os braços e fazendo seus tios abaixarem as cabeças.

–Srta. Mckinnon, não é uma questão de escolha. Todos aqui escolheram morrer e verem seus comepanheiros morrer por essa maldita guerra. Alvo, precisamos começar a fazer testes de maturidade para novos membros. -retrucou Moody.

–Acontece que o senhor não tem mais nada a perder para Voldemort, Alastor! -Marlene parecia a beira de lágrimas.

Mas, antes que qualquer outro pudesse soltar a respiração, as chamas da lareira do escritório voltaram a ficar verdes, tomando a forma de um homem. Charlus Potter saltou para fora da lareira e, sem se importar com os olhares assustados sobre ele, se dirgiu diretamente para Dumbledore:

–Alvo, temos problemas graves. -o pai de James se sentou na cadeira mais próxima, como se tivesse feito uma grande corrida, o que não era improvável. -Não conseguimos mandar patronos, porém Caradoc foi fazer uma visita a Fenwick e... -ele olhou para todos, que ainda mantinham os olhos arregalados. James se levantou e se colocou ao lado do pai.

–O que houve, pai? O senhor está bem? -perguntou, preocupado com a aparência pálida do pai.

–Ele não achou Fenwick. Achou apenas pedaços do corpo dele espalhados pela sala de estar da casa dele.

O som coletivo de pessoas predendo a respiração foi o único barulho que se seguiu por um longo minuto. Os membros da Ordem olhavam um aos outros, assustados demais para falar. James voltou a se levantar e Lily veio ao encontro do abraço dele, deixando lágrimas repentinas correrem por seu rosto.

–O que mais aconteceu, Charlus? -perguntou Alastor, se mostrando abalado.

Potter se recompôs e olhou para o auror.

–Emmeline Vance e Hestia Jones foram correndo ajudar Caradoc assim que souberam. Acabaram encontrando Comensais escondidos na casa. Creio que ainda estejam em combate, porém, sem condições de avisá-los tive que partir para cá avisar.

Uma agitação tomou conta de todos, pois a maioria já mantinha as varinhas em mão, prontos para vingarem Fenwick. Mas Alvo ergueu a mão, pedindo silêncio, e, depois, se apressou em começar a dar ordens:

–Charlus e Alastor, levem James, Lupin, Pettigrew e Black para o combate na casa de Fenwick. Srta. Evans, por favor, -pediu Alvo, vendo a ruiva se agarrar ao braço do marido, se recusando a deixá-lo. -Vamos precisar da sua ajuda e a da Srta. Meadowes no St. Mungus. -James se virou para pedir que ela ficasse ali enquanto Dumbledore continuava o discurso. -Aos demais, peço para que fiquem aqui, principalmente os Mckinnon.

Os bruxos trataram de fazer o que Dumbledore pediu. Sirius foi com Remus e Peter para perto de Alastor enquanto James tentava convencer Lily a ficar, para o próprio bem, discussão qual não estava vencendo.

–Eu preciso ir, Lily! Entenda. -pediu James, colocando o rosto da esposa entre as mãos.

–Pois eu irei com você. -replicou a ruiva, dando de ombros.

–Vamos logo, Potter. -a voz de Moody interrompeu os dois.

–Sinto muito, amor. -James deu um selinho em Lily e deixou ela ao lado de Dorcas, com o coração na mão.

Porém, quando deu a mão ao pai para aparatar, sentiu algo pegar em seu ombro, mas pensou se tratar de Peter, portante deixou que Charlus o guiasse para a residência de Fenwick. O barulho dos pés dos seis bruxos foi abafado por fortes estampidos de de feitiços. James viu Peter ao lado de Sirius o que o assustou, fazendo-o olhar quem estava segurando seu ombro.

–Lily! -disse ele a ruiva que estava ali de braços cruzados. -Merlin!

–Eu falei que iria vir. Vamos, temos um grupo de comensais para lutar e vingar a morte cruel de nosso colega.

Ela puxou a mão do marido e eles seguiram os outros membros da Ordem para a casa completamente destruída ao lado deles. Os lampejos e sons dos feitiços e os gritos eram o que davam vida àquelas paredes destruídas. Não havia porta por onde entrar, muito menos um recepção de boas-vindas. Haviam cinco Comensais da Morte para três da Ordem, mas logo a Ordem entrou em vantagem, mas apenas numérica. As figuras encapuzadas não tinham dó nem piedade, lançando Maldições para todo lado sem ao menos hesitar.

Um dos comensais lançou uma parede de pedra para os recém-chegados, separando-os em dois grupos: Alastor, Charlus e Sirius foram jogados para a esquerda ao passo em que James, Lily, Remus e Peter foram para direita. Porém o Comensal não foi esperto o bastante, pois o grupo das trevas também foi dividido em dois. Lupin e Peter agiram antes que os três Comensais recuperassem o sentido. James vereficava se Lily estava bem. Mas um dos Comensais agiu mais rápido e, sem a máscara, Bellatrix Lestrange foi facilmente reconhecida. O caos se instalou.

Lupin gritou "Estupefaça!" pelas costas da Comensal, que parecia ser a única mulher ali, mas Avery e Rosier o empurraram, tirando-o de cima deles. Lupin conseguiu pegar Rosier pelo pé, fazendo-o tropeças; e Peter desarmou Avery levando-o para outro comôdo da casa, provavelmente a cozinha, pelo barulho de panelas caindo no chão. Por fim, Bellatrix se voltou para o casal Potter.

–A dupla dinâmica: o traidor de sangue e a sangue-ruim. -ela soltou uma risada horrível e voltou a ficar séria. -Já escaparam do Lorde uma vez, não foi? Isso o enfureceu, devo admitir...

–Você não é nada parecida com Sirius. -disse James, franzindo o cenho. -O Sirius, ao menos, bom senso para vestuário. -ele completou olhando com nojo para as vestes rasgadas da bruxa.

–Ele também tem cuidados com o cabelo. -acrescentou Lily.

–Ah, mas imagine só quando ele souber que eu matei vocês dois! -ela gritou, se mostrando ofendida.

–Pena que não daremos esse prazer, nem a você nem a Voldemort. -replicou Lily, erguendo o queixo e jogando um feitiço para estuporar, que foi errado por pouco.

–LAVE SUA BOCA IMUNDA PARA FALAR DE MEU LORDE, SUA SANGUE-RUIM, MALDITA! -berrou Bellatrix lançando um feitiço nos dois, que acertou o pé de James, fazendo-o se apoiar na parede destruída para não cair.

–E você lave sua boca para falar assim de minha mulher! -gritou James de volta, lançando um estupefaça e fazendo a bruxa voar longe.

Remus voltou a aparecer, duelando contra Avery, eram tantos lampejos coloridos que estavam começando a dar dor de cabeça em Lupin, por isso pôs fim ao Comensal, jogando Avery com as próprias mãos contra a parede, deixando-o desacordado. Porém, ao esfregar uma mão na outra em gesto de "serviço feito", uma luz vermelha o atingiu nas costas no momento em que a voz histérica de Bellatrix gritou "Crucio!".

A imagem de ver um dos melhores amigos se contorcendo no chão, gritando de dor como se estivesse em brasa, deixou James paralisado, tanto que Lily teve de agir. A ruiva levitou uma caixa de madeira, que estava enconstada no que deveria ser uma porta de armário, até a cabeça de Bellatrix, porém a bruxa percebeu o que Lily ia fazer e, parando de rir do sofrimento de Remus, desviou, fazendo com que a caixa batesse nas suas costas e não em sua cabeça.

–Pelo visto vocês são bonzinhos demais para matar alguém. -ela gritou e, antes que fizesse mais alguma coisa, James gritou "Bombarda Maxima!" para a parede de pedra que Rosier havia feito quando chegaram. O bloqueio explodiu, lançando pedra para todos lugar. James conseguiu agarrar a mão de Remus antes que este fosse esmagado, puxando-o.

Lily foi atingida por uma pedra no ombro, mas conseguiu passar para o outro lado, deixando Bellatrix ser soterrada. No canto da sala, Rosier e Avery estavam desmaiados. Ela estava prestes a suspirar de alívio ou gemer de dor quando o barulho de fetiços e maldições voltou a estrourar em seus ouvidos.

Sirius e Alastor tomavam conta de dois homens masacarados, dificultando o reconhecimento. Sirius tinha um corte profundo na bochecha e parecia estar mancando, assim como James; já Alastor não tinha nenhum ferimento visível. Vendo que mais três bruxos voltaram para ajudar, os dois Comensais giraram sobre os calcanhares e aparataram. Bellatrix fez o mesmo ao conseguir sair dos detroços, percebendo que perderia se continuasse ali.

Ofegante, James começou a se agitar, com Remus apoiado nele e Peter sentado em cima das pedras, tentando se recuperar.

–Sirius... Cadê meu pai? -James perguntou, varrendo o olhar.

Então Sirius voltou para onde os outros estavam, apoiando um Charlus Potter quase desorientado, ele gemia e se contorcia, soltando palavras sem nexo, entre elas:

–Ja... James, me deixe aqui. Eu... eu não posso fazer mais nada. -sangue saía da barriga de James.

O Potter mais novo deixou Remus com cuidado ao lado de Peter e foi ajudar Sirius a carregá-lo.

–Mas o que aconteceu? -perguntou James, com a voz falhando.

–Sectumsempra. -informou Moody. -Infelizmente não deu para fazer muita coisa durante batalha.

–Deite ele aqui, James! -pediu Lily, apontando para uma parte considerada limpa no chão.

–Não... não, minha querida. Eu vou ver Dorea, James, vou ver sua mãe. -balbuciou Charlus.

Mas James fez o que a esposa pediu. Ela conjurou um pano grande e começou a tratar do sogro que gemia a cada toque da nora. Lily, com suas mãos de curandeira, tentava uma forma de parar o sangramento, porém Charlus já estava pálido demais, mole demais. Ela não sabia nenhum contra-feitiço para aquilo.

–Eu... eu vou ver Dorea. -disse Charlus, agarrando o pulso de Lily. James, derramando lágrimas, e agachou ao lado do pai, que gemeu de dor mais uma vez, tremeu mais uma vez e, por fim, não se mexeu mais. James percebeu que fora para ele que o pai olhou pela última vez, por isso levou as mãos aos olhos sem vida do pai e os fechou.


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Notas finais do capítulo

E então? James está órfão :(
Mereço reviews?
Caro leitor que chegou até aqui, eu não sei quando vou postar novamente por motivos ditos lá em cima. Eu tenho que me dedicar aos estudos, mas vou fazer de tudo para continuar escrevendo. Me deem uma chance, por favor