O Sol brilhando sobre o castelo de Hogwarts. Os passáros dançavam lá fora, com felicidade. O vento que batia de leve nas folhas de árvores, produzindo um som confortável. E, no meio desse lindo dia, onde estava a maioria dos alunos do sétimo ano? Um chocolate para quem falou: biblioteca. Mesmo que os professores não tivessem passado dever, os N.I.E.M's estavam sufocando esses adolescentes. Eles podiam ouvir os outros alunos garaglhando e aproveitando a luz dos raios solares daquela tarde. Sintiam-se em uma prisão. Os barulhos de penas rabiscando pergaminhos, folheamentos de livros e murmúrios de pessoas treinando o que aprenderam. Aquele era o barulho com que vinham convivendo há cinco dias do grande e esperado teste para garantir um futuro.

–Ok, Lily, para quê o "Salvio Hexia" serve? -perguntou/resmungou Dorcas pegando um pergmainho que havia cáido no chão. Lily, que estava apoiada nas costas de James, se recuperou num pulo e olhou para a amiga loira, com os olhos arregalados. Processou a pergunta em seu cérebro, que estava prestes a pifar de tanta informação.

–É, ahn, não, não. Eu esqueci. -a ruiva bateu na cabeça com a própria a mão e começou a murmurar xingamentos a si mesma.

–Ei, calma, ruiva! -exclamou James segurando a mão da namorada e esta, por sua vez, se fastou bruscamente de James, cruzando os braços.

–Já falei para que não peça calma, Potter! -semicerrou os olhos para um James que revirava os olhos de forma cansada.

–Ah não. Por favor, não comecem isso mais uma vez. -disse Remus erguendo uma mão em direção a James e Lily. Estava começando a ficar repetitivo as brigas entre o casal por causa das bipolaridades da ruiva e as tentativas de James em acalma-la, todas em vão.

Lily olhou espantada para Remus e suspirou.

–Ok, desculpe, James. -disse Lily, voltando a se apoiar no moreno, que agora acaraciava de leve o rosto pálido da ruiva e depositava um beijo singelo em seus lábios, meio confuso, meio aliviado.

–Você precisa descansar um pouco, Lily. -aconselhou James, levantando o rosto da menina para que esta a encarasse. Porém, Lily balançou a cabeça fortemente, negando e se recompondo, pegando um livro de feitiços para procurar a resposta da pergunta de Dorcas. -Ah, qual é, Lily? Você está muito cansada,...

–Eu. Não. Estou. Cansada. -grunhiu a ruiva, entredentes. Dorcas, Peter e Remus se entreolharam, nervosos. Então, Dorcas tomou conta da situação.

–Lily, você está sim. Já se olhou no espelho esses dias? -perguntou a loira, tirando um objeto da bolsa. Um espelho. Entregou-o para a amiga. Lily viu seu reflexo a arquejou, tocando sua olheiras escuras do rosto branco, quase como um papel dos livros que carregava durante esses dias. Seu cabelo, há, nem se fala. Parecia palha. Todo bagunçado, mais do que o cabelo do namorado.

–Está ficando pior que Aluado. -disse Peter. Ao ouvir seu nome sendo citado, Remus levantou a cabeça do livro de Transfiguração, expondo seu rosto com as cicatrizes mais vivas e marcadas, olhos vermelhos por conta de dias sem dormir. -Remus, você está horrivel. -exclamou Peter, sobresaltando-se.

–Pettigrew, cale a boca! -Dorcas fuzilou Peter com o olhar enquanto Remus foleava seu livro.

–Vamos assaltar a cozinha? -sugeriu James, apoiando o queixo na mesa, procurando um livro na prateleira debaixo.

–QUÊ! -gritaram Remus e Lily, levantando os olhos arregalados para James, como se ele fosse um maníaco que acabara de sair de Azkaban. Passos apressados foram ouvidos pela biblioteca e uma Madame Pince surgiu perto da mesa onde estavam.

–O que pensam que estão fazendo? -sussurou a bibliotecária, ameaçadora, e continuou com sua voz assutadora. -Deem o fora daqui. Agora! -mandou, puxando Peter da cadeira e lhe jogando um livro. Os outros só tiveram tempo de enfiar alguns livros dentro da mochila e saírem correndo, mas sem antes ouvir mais um berro de Pince: -QUERO ESSES LIVROS EM MINHAS MÃOS AINDA HOJE!

Correram até quase perderem o fôlego. O ar fresco que entrava pelas janelas do castelo pareciam bater na cara deles, chamando-os para darem uma volta, largarem os livros e relaxarem. Mas não tem conversa quando se trata de Lily Evans. A ruiva empurrou os amigos em direção à Torre da Grifinória para que pudessem estudar mais já que, segundo ela mesma, eles faziam de atormentar a paz de todos. "Obrigada, Lily, pela parte que nos toca." dizia Dorcas, sárcastica. Mas Lily não se importou com o comentário da amiga e continuou andando a passos largos para a sala comunal. Os corredores estavam praticamente vazios, pois a maioria dos alunos estavam aproveitando o dia de Sol ou então presos em seus livros devoradores de mentes. Porém, ao virarem um corredor, tiveram que ter um reflexo rápido para que conseguissem desviar de feitiços. Para variar, Peter teve a grande sorte de não ter pensado rápido e ser acertado por um feitiço Densaugeo, fazendo seus dentes crescerem sem parar. James sacou a varinha na intenção de ajudar o amigo, mas um Expelliarmus acertou sua varinha e ela saiu voando. O que seria aquilo? Um ataque comensal? Hmm, não! Era apenas dois adolescentes "normais", que haviam praticamente destruído o sétimo andar. Quando a poeira, causada por feitiços destruidores, abaixou, pode-se ver com clareza que eram...

–SR. BLACK! SRA. MCKINNON! -gritou alguém, que vinha correndo ao encontro da bagunça no andar. Minerva vinha ai. -O QUE SIGNIFICA ISSO? -ela balançou as mãos em frente ao nariz, afastando um vestigio de poeira que caía. Lily, Dorcas, Peter, James (depois de recuperar a vrinha) e Remus correram para perto da professora quando Sirius e Lene pararam de duelar furiosamente. Minerva olhou para Peter e soltou um exclamação. -Pettigrew, deuses, vá para enfermaria! -ordenou, dando tapinhas nas costas do garoto com os dentes que já haviam passado o queixo. -Vocês têm ideia do que fizeram? -voltou para os dois "rebeldes" em sua frente e lançou um olha decepcionado à eles, que abaixaram as varinhas, evergonhados. -Estão me obrigando a tirar pontos da minha própria casa! Isso é desgostoso. -todos os presentes lançaram olhares alarmantes à professora, porém ela só fechou os olhos com força. -50 pontos retirados da Grifinória. -todos trocaram olharer nervosos e Minerva continuou. -Para cada um do dois.

–NÃO, PROFESSORA! -gritou James, exasperado, mas Minerva manteu seu olhar severo fixo em Lene e Sirius enquanto os outros presentes assistiam a cena como um jogo de ping-pong

–Minerva, querida, -pronunciou-se Sirius, dando um passo à frente. -isso era apenas um jeito inovados de estudar para os N.I.E.M'S. -Lene levantou o olhar e pigarreou.

–Sim, professora. -concordou a morena, relutante. -Esse estrago pode ser concertado com um simples aceno de varinha. -logo, Lene se arrependeu do que dissera. Atrás de uma Minerva vermelha de raiva, Lily e Dorcas esboçaram em seus próprios lábios: "Você tem algum problema?". E James segurava com força a manga da capa de Remus, choramingando algo como "estamos perdidos, estamos próximos do fim" e Remus batia no ombro de James, consolando-o como se fosse uma criança querendo doce. Lene olhou para Sirius, que não estava olhando para ela. Ela revirou os olhos e voltou o olhar para Minerva. -Olhe, professora, eu não quis... -mas Minerva lhe lançou outro olhar decepcionado e olhou para trás, no mesmo momento em que Dorcas e Lily faziam cara de enterro para disfarçar os xingamentos antes direcionados à Lene. James se indiretou e começou a assoviar, junto a Remus, como se nada tivesse acontecido.

–Mais 50 pontos a menos para vocês dois. -Minerva se voltou para Lene e Sirius e depois olhou para algum ponto atrás deles. -E como detenção, tratem de limpar isso daqui até o anoitecer.

–Mas, professora. -tentaram Sirius e Lene, suplicantes.

–Só basta um aceno com a varinha. -disse Minerva e saiu andando em meio aos efeitos de um duelo. Assim que Minerva virou o corredor, Lily e Dorcas começaram a gritar.

–LENE, POR QUE DIABOS VOCÊ FEZ ISSO? -Lily jogou os braços para o ar.

–VOCÊ SABE O QUE SIGNIFICA RESPONSABILIDADE? -Dorcas deu um empurrãozinho no braço de Lene, que revirou os olhos marejados com lágrimas.

–PAREM! -gritou a morena sentando-se no chão.

–Vocês viram o que aconteceu com os dentes do Rabicho? -indagou James, semicerrando os olhos para os dois.

–Ah e você está perocupado com isso? -perguntou Dorcas com um fio de voz. James ergueu uma sobancelha para ela. -Graças a vocês, a Grifinória deve estar perdendo a Taça das Casas. E nós vamos perder. No nosso último ano.

Lene encarou o teto enquanto Sirius se escorava em James.

–Esperem. -falou Remus. -Deixem esses dois se explicarem. -Lene soltou um risada sarcástica e fulminou Sirius.

–Esse anjo em pessoa, Sirius, acha QUE PODE CUIDAR DA MINHA VIDA. -esbravejou Lene se levantando e indo para cima de Sirius que arregalou os olhos e levantou a varinha, pronto para mais um duelo, mas James cochichou algo sobre deixar o cabelo dele pink (ui.) e seboso no ouvido de Sirius e então o cabeludo abaixou a varinha e recuou. Lily se limitou abafar uma risada enquant Dorcas puxava Lene, que se debatia, para trás.

–Ok. Almofadinhas, relate seu ponto sobre os fatos. -disse Remus de forma displicente, entrelaçando as mãos e encarando Sirius.

Sirius olhou cauteloso para Lene e reivirou os olhos. Se apoiou em uma parede e cruzou os braços, seguido pelos olhares dos outros.

–Bem, eu estava tentando ajudar a Lene, só que ela prefere ficar se agarrando com um qualquer por ai do que ser uma pessoa inteligente e ir estudar, mas NAAAÃO! -disse Sirius, gesticulando com as mãos e recebendo olhares fulminantes de Lene.

–Está precupado por quê, Almofadinhas? -percuntou James, malicioso. -Ciúmes? -mas ninguém parecer se importar com os comentários de James.

–E você, Black? Por que não estava estudando também? Quem foi que você iludiu hoje? -e, depois de falar isso, Lene resolveu começar a estapear Sirius, sem proteção dessa vez.

–Epa, Lene! -gritaram Lily e Dorcas indo em direção à uma Lene vermelhar. Já Remus e James, as pessoas maduras, gritavam "briga, briga!". Lene se acalmou e fixou o olhar fuzilador em Sirius, que massajaeva onde ela havia batido. Depois de agradacer a ótima ajuda que os amigos lhe deram (irônico, é claro), Sirius se voltou para Lene e berrou:

–NÃO TENHO CULPA SE VOCÊ É UMA CRIANÇA MIMADA! -Lene se virou boquiaberta pelas palavras de Sirius, com os olhos marejados e caminhou lentamente até ele, que não recucou. Ela o empurrou contra a parede, mas, para irrita-la, Sirius apenas a encarou despreocupado.

–VOCÊ NÃO TEM DIREITO DE FALAR ASSIM, BLACK. SEU GRADISSISSIMO FILHO DA...

–Opa. -Dorcas se pôs na frente de Lene e a impediu de continuar sua frase. -Palavrões fazem mal ao estresse. E o seu já não está o melhor. Agora, respira. -ela colocou a mão no ombro da amiga e inspirou com força, incentivando-a. Relutante, Lene fez o mesmo.

–Nós sabemos que minha mãe não é uma ótima mulher. -disse a voz irritante de Sirius.

–SIRIUS! -advertiram Lily, James e Remus em unissono. Porém Lene apenas virou a cabeça para Sirius e sorriu, cínica.

–Não se preocupem. Eu vou estudar. Ah, e eu te odeio, Black -dizendo isso, calmamente, ela saiu andando pelo corredor semi-destruído.

–Ei, Lene! E essa bagunça. -chamou Lily, fazendo Lene olhar para trás.

Lene revirou os olhos e sacou sua varinha, murmurou alguma coisa e uma luza saiu da varinha. Logo, a bagunça voltou para seu devido lugar.

–Tudo se resolva com uma aceno de varinha, ruiva. -falou e voltou a andar pelo local, que agora parecia brilhar com a arrumação.

–Como ela fez isso? -murmurou Remus, olhando em volta, incrédulo.

–Pelo visto, ela está se saindo bem com essa nova maneira de estudo. -disse James, dando de ombros e abraçando Lily de lado.

–Nós vamos evitar que ela cometa um assassinato. -falou a ruiva, se desvincilhando de James com um selinho e puxando Dorcas na direção que Lene havia saído.

James e Remus ergueram uma sobrancelha para Sirius, mas este fez uma careta.

–Menina estressada, não é?

***

James, Sirius e Remus foleavam livros em um canto da Torre da Grifinória, com direito a lanchinho particular da cozinha. Estava na hora do jantar, mas eles preferiram ficarem ali, como pessoas responsáveis, estudando.

Madame Pomfrey achara melhor que Peter tomasse uns medicamentos e esperasse os dentes voltarem ao normal na enfermaria. Então, expulsou os outros marotos da ala hospitalar alegando que não quer sua área de trabalho destruída.

–Ah sei lá porque você deve estudar para os N.I.E.M's, Sirius. Até porque você tem que conseguir um emprego para não ficar vagabundo. Sabe, sem pressão, caro amigo. -falou Remus rapidamente e dando de ombros, depois que Sirius começou a reclamar mais uma vez.

O portal da Mulher Gorda se abriu, tirando a concentração deles e impedindo que Sirius resmungasse mais. Lily e Dorcas entraram e rapidamente se juntaram a eles.

–Eae, Lene matou alguém? -perguntou Remus, dando espaço para que a namorada se sentasse ao seu lado.

–Por enquanto, não. -respondeu Dorcas, trocando um olhar cumplice com Lily.

–E... onde ela está? -Sirius pegou um livro, fingindo despreocupação. Lily suspirou.

–Ahn, não sei. -mentiu, mas passando despercebida pelos meninos, menos por seu namorado, que franziu o cenho e ela moveu a boca, esboçando um: "Já te explico.".

Sirius jogou o livro para o lado e, resmungando coisas, saiu em direção aos dormitórios.

–Está bem, -James verificou se Sirius havia mesmo subido e se virou para Lily. -o que aconteceu?

Lily suspirou mais uma vez e olhou para Dorcas, pedindo ajuda. Então, Dorcas se endireitou na poltrona e deitou a cabeça no ombro de Remus, cansada, e falou:

–Lene nos disse que... que ela voltou a namorar com Regulus.