–Não, Almofadinhas, NÃO! Eu não vou fazer isso. -repetia James enquanto caminhavam rumo a proxima aula, que era Transfiguração. James havia lembrado, pela manhã, que no proximo fim de semana seria o aniversário de Lílian, então Sirius com sua ideias mirabolantes sigeriu que fizessem uma "surpersa" para ela. Ou seja, marotagens de presente à ruiva.

–Ah, Pontas, qual é? Por que você não quer? -resmungou Sirius enquanto passava um pergaminho para Peter e pegava outro com Remo.

–Iria manchar, mais ainda, minha reputação com Lílian. -falou James de forma convencida. Peter, Sirius e Remo se entreolharam e caíram na gargalhada. E continuaram rindo até chegarem na sala de poções. Se sentaram ao lado da mesa em que Lene e Dorcas se encontravam, junto a uma menina da Corvinal.

–Antes que me pergunte, James, a Lílian passou um pouco mal e foi na enfermaria hoje de manhã. -explicou Lene com sua voz cansada. Antes que qualquer maroto perguntasse o que acontecera, Slughorn entrou na sala e começou um discurso sobre os N.I.E.M.'s que estavam chegando.

Depois de entediantes minutos, a sineta tocou para salvar os alunos da aula teórica de poções. Sirius, assim que saiu da sala, começou a perturbar James.

–Então, você topa né? Vamos, é só umas marotices no aniversário da ruiva.

James suspirou e olhou para Remo, em busca de ajuda, mas o outro só soltou um gargalhada e continuou a ler seus pergaminhos.

–TÁ BOM, ALMOFADINHAS. Mas só umas marotices, ok?

Sirius sorriu satisfeito e saiu correndo pelos corredores.

***

O dia passou se arrastando. Sirius, após convencer James, tentava pedir a Remo para que também participasse, mas Remo se estressou e ameaçou lançar uma azaração em Sirius se ele continuasse com as pertubarções. Sirius se rendeu e começou a tramar com James. Após uma hora na biblioteca, James se levanta dizendo que precisava de ar. Sirius ficou reclamando, mas não se preocupou, então ficou estudando para os N.I.E.M's com Remo e Peter na biblioteca.

James andava apressado para chegar no seu destino, mas algo o fez parar. Parecia que brilhava. Será que finalmente conseguiria recuperar o Mapa do Maroto? A sala do Filch estava aberta, como uma das gavetas na mesa do zelador. E lá, James podia ver, estava o mapa do malfeitor. Os olhos de James brilharam e, depois de sair dos pensamentos, ele caminhou até a sala, olhando para os lados, só para ter certeza. Faltava pouco, só mais alguns passos, mas...

–O que está fazendo, Potter? -perguntou alguém atrás dele. James sobressaltou, mas se acalmou depois que percebeu que a voz era feminina, se virou lentamente e se deparou com Lene sorrindo para ele.

–Que susto, Lene! -exclamou James. Pensou em se virar e, tentar, seguir novamente para a sala, porém ao olhar para o lado, viu que a Madame Norra miava do outro lado do corredor, olhou assustado para Lene e os dois saíram correndo. Só pararam quando estavam perto da Sala Comunal da Grifinória, mas não seguiram para lá.

–Então, James, o que estava fazendo na sala do Filch? -indagou Lene quando começaram a caminhar em direção ao exterior do castelo. James olhou de relance para ela, mas nada disse. Lene ao perceber que ele não ia responder, também se calou.

–Ahn, e como está Lílian? -perguntou James, fingindo estar distraído. Lene sorriu torto e respondeu que a ruiva já estava bem. Então, a morena a aproveitou o assunto.

–Falando naquela ruiva, você sabe que nesse fim de semana é aniversário dela, não?

James assentiu e falou dos planos de Sirius. Depois que James terminou de explicar, detalhe por detalhe, Lene franziu os lábios se sentando na grama, ao lado de James.

–Quê! É só... é só isso? Isso é muito, ahn, romântico e brega para ser idéia do Sirius. -falou Lene depois de um tempo. - Mas, sabe, eu espero que vocês se resolvam logo.

James suspirou e ficou pensando se seria legal mesmo fazer aquilo ou não. Já estava ficando repetitivo essas tentativas frustadas de tentar voltar com Lílian, mas fazer o que se ele queria? Era irritante, as vezes, quer dizer "eu sou James Potter, um maroto, não tenho que sofrer por amor, eu não vivo pra isso" pensou James com seus botões, mesmo sabendo que esse momento sempre chega pra alguém.

–É... também espero isso para você é Almofadinhas. -disse James depois de pensar, dando um fim na conversa.

***

Sirius estava estirado na cadeira, estava cansando de ter que ficar na biblioteca. Estudando, estudando... Como Remo conseguia? Já estava quase dormindo em cima de um livro de Transfiguração quando alguém resolveu fazer companhia à eles. Sirius levantou lentamente o olhar e viu que era Dorcas, então se virou e sorriu malicioso para Remo, que apenas revirou os olhos para ele. Dorcas se sentou perto de Remo começou a folhear um livro sobre feitiços, mas logo perdeu o interesse e ficou inquieta até finalmente reunir coragem e sussurrar alguma coisa no ouvido de Remo. Ele sorriu torto e assentiu, largando os livro na mesa e seguindo Dorcas para fora da biblioteca.

Sirius olhou a cena chocado, não sabia se ficava feliz por Remo, já que parara de agir como idiota, ou se ficava revoltado por ter deixado ele e Peter sozinhos como um pilha de anotações. Olhou para Peter e os dois começaram a choramingar.

Remos caminhou ao lado de Dorcas, estavam chegando um andar acima da torre grifinória e nada da loira dizer alguma coisa. Remo se sentiu desconfortável e já ia perguntar o que ela queria quando Dorcas resolceu falar:

–Remo, eu queri, ahn, continuar a nossa conversa daquele dia.

Aluado foi pego de surpresa e ficou por um momento sem reação. Dorcas esperou impaciente a resposta que demorou a vir.

–Dorcas, eu só quero o seu bem. Eu sou um monstro, aceite isso.

Dorcas sentiu as bochechar arderem de raiva e se colocou na frente de Remo, impedindo-o de continuar.

–Ah, mas você não se preocupa em ficar com aquela texuga!

–Calma! Daphne é minha amiga, apenas amiga. E, outra, ela tem namorado. -retrucou Remo num meio sorriso.

Dorcas deixou-se ficar em choque, abaixou a cabeça por vergonha de ter gritado e brigado com Remo por uma coisa. Mesmo ainda não ter perdoado ele por terminar com ela por ser um lobisomem.

–De...desculpe, Remo. -balbuciou, corada.

–Eu que lhe peço desculpa.

Remo sorriu abertamente, o que foi repetido por Dorcas ao perceber que Remo sorria. Então, num ato inesperado, Remo a beijou.

A sorte parecia estar voltando.