O Castelo Dos Meninos escrita por Lady Padackles


Capítulo 25
Capítulo 25 - Capítulo Final


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao capitulo final... Espero que gostem.



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Enquanto caminhava em direção ao quarto de Dean, Sam sentia seu coração palpitar. Estava com medo, muito medo de Dean estar chateado com suas suas palavras e gestos grosseiros. E se seu amado não quisesse perdoá-lo? Só de pensar nisso Sam sentiu seus olhos marejarem.

O menino aproximou-se da porta e corajosamente bateu. Dean não custou a abrir. Quando os seus olhares se encontraram, Sam pôde perceber que o louro estava tão aliviado quanto ele, e nenhum dos dois conseguiu segurar as lágrimas emocionadas quando jogaram-se nos braços um do outro antes mesmo que qualquer desculpa verbal fosse pedida.

Ao apertar o corpo de Dean contra o seu, Sam sentiu que o amava mais do que a própria vida. Tudo o que desejava é que Dean pudesse ser feliz. Se ver as estrelas a noite fazia parte dessa felicidade, Sam o ajudaria a realizar o desejo. Eram 16h e ainda dava tempo de descerem até a praia com claridade.

– Vamos ver as estrelas hoje a noite? – Sam sussurrou no ouvido do louro.

Dean sorriu e seus olhinhos brilharam de felicidade. Sam percebeu que sob o céu estrelado teria a oportunidade ideal de fazer a sua declaração de amor. Finalmente arrancaria do peito todas as palavras que quase dissera por tantas vezes, mas que insistiram em permanecer não ditas. Talvez estivessem apenas esperando um momento realmente especial.

Sam correu para comprar o lanche e buscou o cobertor mais quente que tinha para que pudessem se proteger do frio. Enquanto isso Dean terminou de se ajeitar, alimentou Ben e colocou-o para dormir, despedindo-se com um beijo carinhoso. As 16:30h já estavam prontos para a descida.

Durante o percurso, Sam notou o quanto Dean estava enfraquecido. A descida, que o menino antes fazia quase sem esforço, tornara-se bastante cansativa para seu corpo debilitado. Sam fez questão de permanecer junto do louro apoiando-o quando preciso. Também foi necessário que fizessem algumas paradas para beber água e descansar.

Assim que chegaram a praia, Dean parecia esgotado.

– Vamos para a gruta? – o louro perguntou quase sem fôlego.

Sam concordou. Talvez fosse bom mesmo que se sentassem um pouco. Antes de se sentar, entretanto, Dean andou em direção ao baú onde guardava suas pinturas. Sam o acompanhou. Será que Dean iria mostrar-lhe o quadro que pintara com seu rosto? Será que declararia estar apaixonado por ele? O coração do menino disparou só em pensar. Sentiu seu rosto enrubescer quando Dean começou a mexer nos quadros.

– O que está fazendo? – Sam perguntou um tanto curioso, tentando disfarçar o nervosismo.

– É aqui que meus quadros vão ficar agora. Todos juntos...

Sam viu Dean tirar quadro por quadro e coloca-los em disposição na areia, em um local quase escondido. Pegou o retrato da mãe, do irmão, do pai, o dele mesmo com Ben, e finalmente, por último, o retrato de Sam.

O moreno estava trêmulo quando Dean levantou o último quadro em sua direção para que ele o visse.

– Gostou? Fiz o seu retrato... – Disse o louro corando, estava visivelmente sem graça. Em seus lábios havia estampado o sorriso mais lindo do mundo – Vou coloca-lo aqui, bem do lado do meu...

Sam sorriu de volta, não conseguiu dizer nada, e Dean sentou-se ao seu lado. Após alguns segundos de silêncio, o moreno sugeriu que comessem alguma coisa.

– Agora não, Sammy... Estou tão cansado...

Sam notou que Dean estava tremendo.

– Está passando mal, Dean? – o moreno perguntou preocupado.

– Estou com frio...

Sam encostou a mão na testa do louro, sentindo que estava quente demais.

– Vem, se enrola aqui... – o moreno disse tirando o cobertor da sacola. Ele ajeitou Dean bem coberto, com o corpo recostado sobre o seu, e abraçou-o.

Ficaram ali juntinhos, por muito tempo, olhando o entardecer. Sam sentiu o corpo quente de Dean pesando sobre o seu, dando-lhe a sensação de que estava agora completo. Não precisava de mais nada nesse mundo para ser plenamente feliz.

O momento era tão belo e tão mágico que Sam sentiu-se angustiado, com medo de perdê-lo.

– Dean, o entardecer é tão lindo... Eu não quero que o sol se ponha...

Dean suspirou.

– Mas só após o pôr-do-sol é que veremos as estrelas... – Ele disse, com a voz soando especialmente fraca.

Sam abraçou-o com força e beijou sua nuca. Amar daquele jeito chegava a doer. O moreno lembrou-se do sorriso do louro ao lhe mostrar o quadro no qual pintara o seu retrato. Mesmo sem palavras, aquilo havia sido uma declaração de amor. Então Dean o amava de verdade!

Sam sentiu o coração palpitar. Não podia esperar mais, nem mais um segundo. Diria para Dean também o quanto o amava.

– Dean... eu...

Antes que pudesse terminar sua frase, Sam sentiu o corpo de Dean tornar-se mais pesado, e tombar desajeitadamente para o lado. A mão, que segurava a sua, amoleceu. Com desespero, o moreno percebeu a respiração do louro tornar-se fraca até sessar. Seu coração finalmente parou de bater, no mesmo momento em que o sol se pôs.

Com o corpo sem vida de seu amado nos braços, Sam urrava de dor. Um vazio imenso chegou a galope, destruindo os seus sonhos e esmagando, sem piedade, o seu coração. A tristeza infinita era agora a sua única companhia.

Por que não havia se declarado antes? Agora teria que engolir as palavras para sempre... Dean nunca haveria de saber o quanto ele o amou. Nunca haveria de ver o céu estrelado da praia. Culpa dele... Agora era tarde demais... Tarde demais para ser feliz. Sam enfiou o rosto entre os braços e chorou. Era um choro tão sofrido, um sentimento tão ruim e tão profundo, que nem parecia real.

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Sam levantou a cabeça, reconhecendo a sala de aula. Não estava de fato chorando, mas todos olhavam para ele curiosos, inclusive o professor de matemática. Voltado de costas para a turma, um rapaz louro resolvia equações no quadro. Parecia o seu primeiro dia naquela escola... Ganhara uma segunda chance?

O moreno sentiu lágrimas de emoção começarem a rolar de verdade em seu rosto. Não podia esperar mais, nem mais um segundo. Destrambelhado, Sam correu em direção ao quadro, se desvencilhando dos obstáculos que atrapalhavam seu caminho. Cadeiras foram jogadas no chão. Livros e cadernos voaram por todos os lados.

Ajoelhado aos pés do colega, Sam, já aos prantos, gritou para que a turma inteira ouvisse:

– Dean, eu te amo! EU TE AMO!

Dean olhou aturdido para ele. Aquele garoto novato só podia ser doido...

FIM


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Notas finais do capítulo

Ai, espero que não me matem depois de ler esse final... Mas ele já estava planejado desde o primeiro capitulo (podem ir lá dar uma olhadinha no cap.1, no momento que o Sam dá uma dormida na carteira). Foi por esse motivo que tive que escrever tudo do ponto de vista do Sam. Essa história foi baseada em um sonho que eu tive! Mas... Resolvi que ela não podia terminar assim, e vou continuar explicando muita coisa na história Uma segunda chance. Em breve postarei o primeiro cap. (ainda não tem data marcada, mas vocês sabem que eu não aguento muito tempo sem escrever, rsss).

Obrigada por lerem até o final! :)
Por favor, me digam o que acharam!!!!
Beijos e até a próxima!



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