Ele É Apenas O Meu... (MODIFICADO 2020) escrita por lubizinha
Oi pessoal! Eu vou ficar uns dias viajando e não vou poder postar. Mas não pensem que eu abandonei a fic porque assim que eu voltar eu vou postar um novo capítulo para vocês. E não se esqueçam de deixar um comentário pra eu saber se vocês estão gostando ou não. Boa leitura.
—
Acordei e percebi que não era um pesadelo. Eu estava mesmo ali naquele quarto, naquela casa e naquela cidade. Levantei-me e vesti um short jeans claro e uma camiseta branca com as palavras em preto: Rock n’ roll. Eu sai do quarto e fui até a cozinha gigante. Comi alguns waffles que tinha em cima da bancada e depois sai andando pela casa procurando minha mãe.
— Mãe! – gritei entrando na sala.
— Ela não está aqui. – disse alguém, eu olhei e vi que era Nathan sentado numa poltrona lendo um livro.
— Então onde ela está? – perguntei.
— Foi fazer um passeio de barco com o meu pai. – respondeu Nathan virando uma das páginas calmamente.
“Que ótimo!” pensei pulando no sofá e ligando a televisão. Mudei de canal em canal até achar um desenho animado antigo.
— Eu estou lendo, caso não tenha notado. – disse Nathan.
— E daí? – perguntei.
— A televisão está me atrapalhando. – falou ele tirando o livro do rosto.
— E daí? – perguntei de novo, nem me importando.
— E daí que essa é a minha casa e você é uma visitante então não pode me incomodar. – disse Nathan irritado. – Por que não vai brincar de boneca ou fazer alguma coisa parecida?
— Nós temos a mesma idade. – disse revirando os olhos. – E eu não pedi para estar aqui.
— Ótimo! – falou Nathan se levantando da poltrona. – Então pode ir embora. Vai fazer um favor enorme para mim e para o meu livro!
— Se eu pudesse já teria ido para não ter que ficar olhando para o seu rosto. – disse me levantando também. “Na verdade, eu acho ele muito bonito e olhar para o rosto dele não é exatamente ruim”. Esqueçam que eu pensei isso.
— Opa! O que está acontecendo aqui? – perguntou minha mãe entrando na sala com o Sr. Mcdeall.
— Eu estava aqui antes dela. – disse Nathan para o seu pai. – Ela veio aqui me incomodar. – minha mãe me olhou com uma expressão muito séria.
— Não é verdade. – me defendi. – Eu apenas estava assistindo televisão, que mal tem isso hein?
Eles dois se entreolharam.
— Filha, vá já para o seu quarto. – mandou mamãe.
— E você para o seu, Nathan. – ordenou o Sr. Mcdeall.
Fiquei vermelha de raiva, ela não podia me tratar como uma criança ou ficar do lado deles. Sai da sala e fui direto para o meu quarto. Bati a porta com força depois que entrei e me joguei na cama agarrando o Jack.
— Está vendo, Jack? A injustiça que eu tenho que passar? – momento louca dois.
O resto do final de semana não foi melhor. Eu e Nathan brigávamos sempre que nos víamos. Sempre minha mãe ou o pai dele apareciam e nos davam um sermão. Mas isso não era a pior coisa que havia acontecido, pior foi ouvir a minha mãe dizer:
— Já estão brigando que nem irmãos. – Como ela poderia dizer aquilo? Nós nunca seriamos irmãos, nunca!
Hoje é domingo e o Sr. Mcdeall inventou de levar todo mundo para um passeio de barco. Mesmo eu tendo recusado minha mãe me obrigou a ir, desse jeito: eu me agarrando na cama e ela me puxando pelos pés. Lá estávamos no cais esperando que o Sr. Mcdeall terminasse de aprontar o barco.
— Eddie, isso é para você. – disse minha mãe botando o colete salva-vidas laranja em Eddie.
— Acho que ela também precisa. – falou Nathan apontando com a cabeça para mim enquanto lia o seu precioso livro.
— Realmente não é muito seguro com você por perto. – resmunguei.
— Querem parar? – perguntou minha mãe, e ficamos emburrados.
— Pronto! – falou o Sr. Mcdeall. – Podem entrar, já tá tudo prontinho.
Entramos no barco e eu fiquei lá dentro, onde o Sr. Mcdeall pilotava porque era mais seguro. Enquanto Nathan ficou lá fora com Eddie.
— Não é perigoso ele ficar lá fora? – perguntei. A verdade é que eu não sei nadar. Quando criança inventei de aprender a nadar sozinha escondida dos meus pais e teria me afogado se minha mãe não tivesse chegado bem na hora quando percebeu a minha ausência. Depois disso eu criei um medo enorme de água, no caso, da água do mar e da piscina. O Sr. Mcdeall percebeu que eu falava de Eddie e respondeu:
— Não, o Eddie já está acostumado a andar de barco. Além disso, ele está com o irmão.
— Por isso mesmo. – murmurei, tenho certeza que ninguém ouviu.
Levantei-me e fui lá para fora apesar do medo que eu tinha. Sabe, eu gosto do Eddie, ele não é como o irmão dele irritante, e ele não tinha culpa da minha mãe ter me arrastado até aqui, além disso ele era a única pessoa legal comigo e que parecia gostar de mim genuinamente, não por obrigação como o Sr. Mcdeall.
— Eddie, quer ficar lá dentro? É mais seguro. – o chamei.
— Não, aqui é mais legal. – falou Eddie admirando a vista.
— Eu estou cuidando dele roxinha, relaxa. – disse Nathan. Roxinha? Roxinha! Quem ele pensa que é para me chamar assim? Tá legal que não é nenhum apelido feio e grosseiro como Barney, mas mesmo assim ele não tinha esse direito. Quando foi que eu dei essa intimidade toda?
— Não me chame assim de novo. – falei ameaçadora.
— Se não o quê? – perguntou Nathan me desafiando.
— Se não... - olhei para o lado. — Eu te jogo na água.
— Essa eu quero ver. – falou Nathan se aproximando de mim. – Roxinha. - murmurou.
— Não me provoque! – disse irritada.
— Roxinha. – falou ele com um sorriso.
Me virei prestes a ir embora para não cometer nenhum assassinato, mas eu tropecei em uma corda que tinha no chão do barco e quando tentei me equilibrar acabei que empurrando o Nathan que foi parar dentro do lago.
— Nathan! – gritou Eddie.
— Sr. Mcdeall o Nathan caiu! – gritei desesperada. Aquilo iria sobrar para mim, já estava vendo.
O Sr. Mcdeall fez o barco voltar e foi parando aos poucos até ficar perto de Nathan e ele poder nadar até a gente. Ele pegou o braço do filho e puxou ele para dentro do barco.
— Nathan, você está bem? – perguntou o Sr. Mcdeall. Nathan respirava com dificuldade e minha mãe já estava ligando para a emergência quando ele falou:
— Eu estou bem. – o Sr. Mcdeall foi até dentro do barco e pegou uma toalha para ele se aquecer.
— Mas como isso aconteceu? – perguntou minha mãe preocupada. Nathan me lançou um olhar e minha mãe captou. – Lena! Por que você fez isso?
— Foi sem querer! Eu tropecei, tentei me equilibrar, mas acabei que empurrando ele para o lago! – tentei explicar.
— Ela ameaçou me jogar se eu a chamasse de roxinha, um apelido carinhoso que eu criei para ela. – disse Nathan se fazendo de inocente com uma expressão de cachorrinho perdido. E adivinha quem caiu na dele?
— Você está de castigo por uma semana! – falou minha mãe. – Sem Ipod.
— O quê? – perguntei irritada. Sem Ipod? Sem música a minha vida era apenas um monte de nada (por falta de palavra melhor).
Nós voltamos para o cais onde o Sr. Mcdeall parou o barco e nós descemos. Enquanto íamos em direção a casa Nathan passou por mim e sussurrou no meu ouvido:
— Roxinha.
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