– Majo!Majo! - Bibi chegou tropeçando em suas pantufas de pandas no quarto de Maria Joaquina. - Tenho uma boa notícia!

– Então fala! - Majo riu.

– Costurei uma versão muito melhor de um vestido de noiva.

– Sério? - Majo sorriu. - Mostra aí.

Bibi tirou uma caixa de seu guarda - roupa roxo.A caixa era enorme, para caber vários modelos.Ela retirou um vestido branco, com a saia de babados curta na frente e com uma longa cauda atrás.O corte tomara-que-caia até que era bem delicado, mas lembrou o quase-casamento de Maria Joaquina.

Majo deixou uma pequena lágrima escapar de seu olho.

– Não chore, diva... - Bibi falou abraçando Majo de lado.

Majo deu um risinho fraco pelo seu novo apelido.

– Diva?Se eu me achar, a culpa vai ser sua.

– Uma diva não se acha. - Bibi começou. - Deixa os outros acharem ela.

[...]

– Bom dia, companhia! - Jaime saltou do nada na mesa do café da manhã.

– Bom dia, Jaime!

– Bom dia, Pariro!

– Bom dia, louquinho!

– Majo, hoje nós iremos no Teatro Municipal. - Jaime disse, se sentando do ladoda loira.

– Eba!Qual peça iremos ver?

– Peça? - Jaime riu. - Não, não.Lá só se apresentam orquestras sinfônicas.

– Jaime Pariro?Orquestra "sifônica"?Que estranho...

– Come essa salada de frutas quieto, japonês.

– Não confunda louco com grosso, Palilo. - Bibi revoltada.

Jaime apenas fez uma careta para a ruiva.

– Acho orquestras bem emocionantes, mas você não vai ficar entendiado? - Majo.

– Mas foi por isso mesmo que eu fui dormir mais cedo ontem! - Jaime falou enquanto devorava um pedaço de bolo de laranja. - Eu fico sem sono e você escuta a sinfonia e não os meus roncos!

– O que "ser" roncos? - Kokimoto perguntou.

– Essa eu respondo! - Bibi exclamou quando Jaime abriu a boca para falar. - Roncos são o resultado da mistura de berros e arrotos.Eles são produzidos quando o Jaime dorme, mas, são piores ainda quando ele exagera na sobremesa.

[...]

– Jaime! - Majo gritava, enquanto descia a escadaria do Teatro Municipal. - Jaime!Jaime...

Jaime estava sentado na calçada, comendo um grande, e aparentemente, delicioso hot dog.Tranquilamente.

– Jaime! - Majo berrou no ouvido de Jaime, fazendo o mesmo derrubar o hot dog na rua e ser atropelado por uma van. - Estamos atrasados!

– Perdi meu "doguinho"... - Jaime choramingou.

Maria Joaquina pegou no moicano de Jaime e o puxou até a bilheteria.Não sei como ela conseguiu fazer isso, mas conseguiu.

– Tá bom, tá bom... - Jaime revirou os olhos. - Eu vou comprar dois lanches e você convence o guarda deixar a gente entrar lá dentro, tá bom?

– Tá...Mas vá logo!

E Jaime foi.

– Ok, ok...Onde tem um guarda por aqui? - Majo perguntou para si mesma.

– Quer ajuda, moça? - um homem de aparentemente 25 anos, cabelos castanhos claros, olhos escuros.Mas aqueles olhos eram familiares.Lembravam um certo...Insano.

– Espera...Você é algum parente de Jaime Palilo?

– Sim, mas ele desapareceu há uns dois anos... - O homem disse com uma expressão triste. - Aliás me chamo Jonas e sou irmão dele.

– Mas eu estou acompanhada por ele!

– Meu irmão?Impossível...- o homem se sentou em uma cadeira.

– Por que impossível?!

– Ele fugiu de casa traumatizado pela morte morte da última namorada dele, Melissa.Ela tinha câncer e...

– Posso entrar de uma vez?!Estou atrasada, mas já paguei. - ela interrompeu Jonas, que assentiu com a cabeça. - Ah, um garoto de cabelo moicano está comigo, tá?

"Jaime tem um trauma...Deve ser por isso que é louco!Mas, por um lado, ele disse que quer encontrar a felicidade ao meu lado...E eu vou fazer de tudo para que isso aconteça...Nem que eu fique louca"!http://25.media.tumblr.com/df58057bdd819189bbf3d351dbee57c0/tumblr_ml5p1bTwWE1rr3e1qo6_r2_250.gif