She Makes My Heart Scream Color escrita por nanny


Capítulo 2
Meet Ginny Weasley, Bitch!




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Era bom estar n'a toca. Eram boas as comidas da Sra. Weasley e as histórias sobre trouxas do Sr. Weasley. Tudo era bom naquele lugar. A felicidade pós-guerra; a amizade de Hermione e Ginny que crescia a cada dia mais e mais... Era tudo perfeito. Até mesmo o ruivo idiota que havia roubado meu coração. Sim, Ronald Weasley. "Ele não é idiota, Luna." Minha consciência gritou comigo mesma.

É sim! - Respondi em voz alta e todos na mesa do jantar olharam para mim.

Nós sabemos que você é louquinha... - Disse o gêmeo sentado de frente para mim.

Mas chega de demonstrações públicas... - Completou o outro, sentado ao seu lado.

– Deixe para quando estiver sozinha! - Concluiu o gêmeo que havia começado a frase e os dois gargalharam.

O primeiro gêmeo - que reconheci como George por conta do "G" em sua camisa - me lançou uma piscadela. Gargalhei sozinha.

– Não falem assim com ela. - A ruiva sentada ao meu lado rosnou. - Mamãe, faça com que eles parem!

– Como se fosse fácil fazê-los parar. - Hermione deu um sorriso.

Parecia orgulhosa dos gêmeos - como sempre - e Fred lançou-a um sorriso acompanhado de outra piscadela Weasley. Ela não se cansava de defendê-los, mesmo que fosse indiretamente.

– Eu não ligo. - Sorri. - Às vezes eu não consigo me manter calada, me desculpem.

– Não precisa se desculpar, querida. - Era a vez de Molly dizer algo. - Depois de todos esses anos por perto, entendo que já tenha se acostumado ao tratamento de Gred e... Fred e George, mas isso não justifica que lhe tratem mal.

Os dois lançaram olhares severos à mulher mais velha - obviamente porque ela havia feito confusão com seus nomes - e depois irromperam em gargalhadas. Até mesmo Molly acompanhou-os. Na verdade, todos gargalhamos juntos antes de voltar a comer.

– Esse momento devia ser registrado. - Hermione disse de repente, puxando a manga de Fred e fazendo-o olhar para ela. - Ronald não está esfomeado feito um trasgo devorando o jantar da família inteira de uma vez só!

Ela falou num só assopro e fiquei espantada por não ter embolado todas as palavras. Dito isso, os quatro caíram na gargalhada. Quando digo quatro, esses são Fred, George, Ginny e Hermione. Bufei e prestei muita atenção no meu prato.

Dia seguinte

– Vamos, vai ser divertido! - Ginny encontrava-se praticamente ajoelhada aos pés da castanha. - Por favor?

Eu, obviamente, apenas observava e ria sozinha. As duas estavam na mesma posição há no mínimo quarenta minutos. Hermione se recusava à sair - queria ler e dormir - mas não era tão fácil assim convencer a ruiva. Negar um convite para sair de Ginny, era o mesmo de dizer "nego aos teus planos de cupido e à tua genialidade".

– Oh não! - Hermione revirou os olhos. - Porque eu não consigo dizer não a um pedido Weasley?

"Você quis dizer chantagem." Murmurei e - graças aos deuses - nenhuma das duas ouviu. Ginny se levantou em um salto e abraçou a morena. "Você não vai se arrepender dessa vez" dizia enquanto enchia a garota de beijos na bochecha, fazendo-a rir.

– E agora precisamos nos arrumar. - Virou-se lentamente em minha direção e deu um sorriso diabólico. - E não pense que eu não escolherei com cuidado suas roupas, loira...

"Luna, isso foi uma ameaça?" Sim, isso foi uma baita ameaça. Estremeci dos pés a cabeça e ouvi a gargalhada de Hermione Granger ecoar pelo quarto. Bom, explicarei toda a situação: Ginevra Weasley - a namorada do menino-que-sobreviveu aos ataques de vocês-sabem-quem - acha que é um cupido ruivo, baixinho, maligno e ambulante.

Então ela "acha" - não, ela sabe - que sou apaixonada por Ronald Weasley e gasta todas as suas flechas para tentar fazer com que fiquemos juntos. Isso nunca deu certo - e tenho a impressão de que nunca dará. Mas discutir com Ginny Weasley é a primeira - e mais importante - regra para uma boa convivência. Ignore a regra se quiser a ruiva ajoelhando-se aos seus pés, chantageando-te, armando planos contra sua vontade e - ou - colocando fogo nos seus cabelos. Certa vez ela quase fez isso com a Mione, mas obrigada; eu não que ela coloque fogo nos meus cabelos.

– Quem? - Perguntei simplesmente.

– Lillá, Fred, George, Draco, Rony e... - Suspirou. - Bom, meu lindo, magnífico e amado namorado.

Suspirei e Hermione me acompanhou. Não que não estejamos acostumadas com o jeito da ruiva, mas é irritante ouvi-la colocar o namorado em um pedestal quando nem eu, nem Hermione temos alguém pra chamar de "nosso".

– Então vamos à luta. - Hermione disse parecendo "super animada".

– Vocês vão tomar lindos e demorados banhos. - A ruiva pôs as pequenas mãos na cintura. - Essa luta eu já ganhei por vocês.

– Vamos. - Revirei os olhos. - Não é como se adiantasse discutir com esse demônio disfarçado de cupido.

Hermione concordou com a cabeça e saímos do quarto, deixando uma ruiva gargalhando com uma expressão maligna no rosto.

-

– Eu não posso vestir isso! - Reclamei, sentando-me na cama. - Eu não posso!



– Porque não pode? - A ruiva revirou os olhos. - Mostrar as belas pernas? Os belos braços? A barriga? Tens alguma tatuagem escondida na barriguinha?

As duas garotas de toalha riram juntas - parecendo doentes mentais - deixando-me extremamente corada.

– Como foi que vocês descobriram? - Perguntei levantando-me. - Quem disse isso? Draco?

– Opa... - As duas viraram-se para mim. - Opa, opa e... Opa!

As duas bocas abriram-se demonstrando surpresa e as duas loucas começaram a gargalhar.

– Então é verdade! - Hermione gargalhou. - Você e Draco já...

– Não! - Gritei. - Bom, é uma longa história. Mas Draco é o único que sabe da tatuagem.

– Por quê? - Ginny disse parecendo assassina.

Eu não poderia negar essa resposta a ela. Era questão de vida ou morte. Se dissesse algo como "não te interessa", minha frase viria acompanhada de um "adeus mundo cruel..."

– Houve aqueles boatos de que ele tinha feito uma tatuagem no mundo trouxa, então pedi que me levasse ao mesmo lugar para que eu também pudesse fazer...

"Tsc, tsc, tsc..." A ruiva fez um som engraçado com a boca e balançou a cabeça negativamente.

– Tem caroço nesse pudim. - Estreitou os olhos. - Mas tudo bem, a gente já sabe que vocês já se pegaram umas duas milhões de vezes.

– Segredo nosso. - Hermione piscou e eu fiquei mais vermelha que um tomate.

– Mas voltando ao assunto, é outro motivo para que vista a roupa. - A ruiva disse parecendo impaciente. - E não demore, eu quero logo ver essa tatuagem!

Eu sabia que estava derrotada. Não havia guerra contra Ginnevra Weasley. A palavra dela era SEMPRE a última. "Pobre Potter..." Pensei infeliz e fitei o conjunto de roupas pretas em cima da cama - ou a falta de roupas, talvez? - e fui encarar meu destino cruel... Isso tem que dar certo dessa vez. Tem que dar!

Em menos de dois minutos eu já estava pronta. "Óbvio, Luna." Minha consciência gritou de dentro da cachola. "Você nem roupas tinha para vestir." Há-há-há. Engraçadíssimo, consciência! Mas dessa vez eu concordo com você. "Ponto pra consciência!"

Era apenas um top, uma saia e uma lita. A lita parecia maior do que o top e a saia juntos, acreditem em mim. Se papai me visse assim... "É melhor não pensar nisso." Minha consciência advertiu e afastei esses pensamentos.

– Ginny! - Gritei. - Estou pronta. Cadê você para fazer a minha maquiagem?

– Right here, babe. - Passou pela porta e fingi bater palminhas.

Ironicamente, enquanto havia me arrumado uma baita "falta de roupas", vestia um blazer vermelho ENORME que mal me deixava ver suas roupas. Uma legging totalmente rasgada e uma lita de spikes. Como sempre, estava maravilhosa. No pulso uma simples pulseira de spikes e no pescoço um colar -também de spikes. Na boca passara apenas um gloss Pink, e rímel nos olhos. "Como é que ela consegue ficar tão bonita sem esforço nenhum?" Pensei ainda fitando-a.

– Então? - Perguntou dando uma voltinha.

– Potter que se cuide. - Balancei a cabeça negativamente. - Ou o rebanho irromperá logo, logo.

– Vira essa boca pra lá, sua louca. - Arregalou os olhos. - Eu e Harry nos cuidamos muito bem! E agora vem aqui porque eu preciso fazer a sua maquiagem... Espera aí...

Seus olhos desceram à lateral da minha barriga, onde um - nada discreto - carneiro localizava-se. Sim, um carneiro. E olha só, meu carneirinho é lindo, então nada de falar mal dele!

– É lindo. - Assobiou e passou a ponta dos dedos no meu bichinho fofinho. - Mas por que um carneiro?

– É da simbologia trouxa. - Dei os ombros. - E ah, é um bichinho tão fofinho...

-

– Você está deslumbrante. - Vibrou, parecendo orgulhosa de sua própria obra.


Acostumem-se, essa é Ginny Weasley! Murmurou alguns feitiços para que minha maquiagem durasse a noite inteira e entregou-me um espelho. Confesso; quase joguei o espelho pro alto!

– Você perdeu a cabeça? - Gritei. - Batom vermelho e... Porque exagerou tanto nos meus olhos?

– É tudo parte do plano... - Saiu do quarto rindo e rebolando. - Parte do plano...


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Notas finais do capítulo

Ginny http://sphotos-h.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash3/934646_279648928847827_2131135810_n.jpg
Loony http://sphotos-c.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-frc3/431812_279641365515250_1429498360_n.jpg