Nisi Amare escrita por LA_Black


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Notas/LA_Black: Pessoal desculpem a demora! Está cada vez mais difícil organizar minha vida. Espero que isso acabe semana que vem.O capítulo não foi passado para a Lolitta e ela provavelmente irá me matar por isso, mas estamos muito atrasadas. :S Peço desculpas, novamente. Espero que gostem, assim, provavelmente, ela ficará menos nervosa. Kkk'Capítulo super dedicado à Milleyd Fanfics que recomendou a fic. Nossa primeira recomendação! Então eu tomo a liberdade de agredecê-la por mim e pela Lolitta :D Ficamos muito emocionadas e felizes com a recomendação Mih! Amamos mesmo ;)



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Batidas violentas na porta, obrigaram-na a acordar.

Inconscientemente, ela correu os olhos pelo quarto e, notando a claridade causada pelos raios de sol, parou na janela. A águia já havia saído.

— Levante, Kahli! Já são quase sete e trinta! — A voz da mãe atravessou o cômodo, chegando até onde ela estava.

— Já acordei, mãe.

Um bocejo foi coberto pelas costas de uma mão, e a outra coçou os olhos. Quase sete e trinta? Franziu o cenho, procurando pelo relógio. Sete e quinze...

— Sete e quinze?! — Jogando as cobertas para o lado, sem ver que elas, agora, estavam caídas no chão, Kahli ergueu-se e ajeitou o pijama velho. Os shorts já haviam perdido o elástico há tempos, mas eram confortáveis e azuis, sua cor favorita. A blusa, conjunto dos shorts, também estava desbotada e ficava acima do umbigo. Essa era sua roupa de dormir. Não que fosse tão carente, a ponto de não poder comprar pijamas novos, mas o fato era que ela gostava daquele. Estava acostumada.

A cômoda, a pouco mais de cinco passos de distância, logo ficou próxima o bastante para que ela pudesse abrir as gavetas e procurar o uniforme: calça jeans, blusa cavada e os itens básicos – calcinha e soutien.

No banheiro, Kahli apenas lavou o rosto e virou-se de costas para o espelho, tirando a blusa do pijama. Quando tentava abotoar o fecho do soutien, viu, de relance, uma sobra em seu ombro esquerdo e, curiosamente, olhou para o reflexo. Uma meia lua negra começava a se formar ali. Os traços perfeitos pareciam pertencer à sua pele desde sempre. Nenhuma marca, nenhuma cicatriz. E, observando atentamente, dava para notar finos traços brancos, em meio ao preto do que parecia ser tinta.

— Mas o que...

Passou a unha pelo desenho, tentando lembrar se havia dormido por cima de algum adesivo. Não. Aquilo era na pele, como havia suspeitado. Mas não estava ali no dia anterior... Ignorando a sensação de mau agouro, ela terminou de se vestir e olhou para o espelho novamente. A blusa era cavada demais, dava para ver a marca e se sua mãe a visse, provavelmente teria um ataque. Sem tempo para trocar-se, Kahli puxou uma jaqueta de couro do cabideiro e colocou-a. Por hora, serviria.

Sibila estava sentada à mesa, comendo calmamente seu desjejum, quando Kahli apareceu na porta da cozinha, somente para cumprimentá-la de longe. A garota não escutou a resposta da mãe, e, ajeitando a mochila nas costas, abriu a porta da frente para enfim sair.

Ela tinha dois minutos para chegar à escola, a sorte era que morava praticamente na mesma rua que o lugar. Sorte. Que sorte ela tinha... Desenvolver insônia em seu último dia de licença havia sido perfeito. Principalmente quando a causa dessa insônia fora um rapaz mal educado, com um peitoral sarado e olhos castanhos lindos... Lindos, mas sofredores.

Sacudiu a cabeça, impedindo que pensamentos inoportunos a assolassem.

Assim que visualizou a escola correu mais um pouco. Foi o tempo exato de pisar na calçada, para Clarissa, a “supervisora”, encostar os portões.

— Clary! Espere aí! — Em um pulo, entrou na escola.

— Kahli! — A senhora abraçou-a, fazendo a longa trança de cabelos brancos balançar. — Achei que não viria hoje, por causa do seu sumiço de ontem.

— Eu não sumi, Clary, — sorriu docemente — só tive que sair do encarceramento ao qual minha mãe me submeteu.

— Sibila quer o seu bem, querida. Eu sei que ficar longe da natureza, para nós, pode ser difícil, só que, da próxima vez, avise alguém e não vá sozinha, sim?

— Tudo bem. Eu aprendi.

— Ótimo, agora, vá logo, sua sala já entrou.

— Certo.

Kahli seguiu pelo caminho entre o jardim da frente e entrou no corredor repleto de murais coloridos. Sorriu quando viu seu desenho pregado ali: ela estava embaixo de uma árvore giggante, sentada sobre rosas amarelas e, deitado em seu colo, havia um lobo marrom enorme. A arte fora grudada no painel quando ela tinha cinco anos. Em um sonho, Kahli teve aquela visão, quando acordou, contou para a mãe e esta lhe advertiu, mandando não falar para ninguém sobre o ocorrido. Ela não falou, só desenhou.

A porta da sala estava aberta e, no momento em que entrou, um furacão loiro a atacou, quase derrubando-a.

— Tia Kahli! — A garotinha de olhos verdes a fitou com sincero interesse, enquanto outros baixinhos as rodeavam.

— Oi, meu amor! Tudo bem? — Kahli agachou-se e correu os dedos pelos fios enrolados da menina.

— Aham — sacudiu a cabeça rapidamente. — Senti saudades. — Afirmou enquanto os outros concordavam avidamente.

— Também senti saudades. — Sorriu olhando para seus alunos. — Sinto ter ficado longe de vocês, mas agora eu estou de volta, e pretendo ficar, até não me quererem mais. — Beijou a bochecha da loirinha, a fazendo rir.

— Sempre vamos querer você, tia Kahli.

— É mesmo? — Perguntou olhando doze cabecinhas afirmarem. — Que bom! Também vou querer vocês... Sempre! — Falou levantando-se e colocando a mochila sobre a mesa.

Kahli parou em frente à classe e olhou para os rostinhos felizes, ali presentes. Não fazia ideia de porque dera ouvidos à mãe e tirara licença por quase três meses. Era ridículo. Como se ficar trancada em casa, a deixasse mais protegida que os outros, que continuaram a viver suas vidas “normalmente” após o início dos ataques.

Bom, felizmente agora ela voltara a fazer o que amava. Assim ela teria mais tempo com as crianças e menos tempo para pensar em bobagens... Bobagens ou Jacob.

...

— Jacob! — Alguém, o alpha não conseguiu identificar quem, gritou. Como se ele não pudesse escutar a fala se ela estivesse num volume normal. — Estamos saindo! Vamos fazer a ronda até as três, depois você e Seth trocam conosco!

Ele murmurou algo e jogou a coberta por cima do rosto. Tudo que queria, e precisava, era de mais duas horas de sono. Será que nem isso lhe era permitido?

— Jacob! — A cabeça de Collin apareceu na porta. — Você escutou? — A testa franziu-se e ele coçou a barba que era rala, mas um motivo de orgulho para o jovem.

— Escutei! — Um Jacob, irritado, levantou-se da cama e deu as costas para o rapaz, indo abrir a janela para deixar o sol entrar, receber a luz no corpo e todas essas porcarias, já que não o deixaram dormir...

A testa de Collin, que já estava franzida, fez uma curva entre as sobrancelhas, enquanto ele coçava os cabelos curtos em uma expressão clara de curiosidade. O que era aquilo nas costas de Jacob?

— Cara, você fez outra tatuagem e se esqueceu de nos avisar?

— O quê? — A surpresa fez o lobo virar-se envolta do corpo e, assim, enxergar apenas um vulto. — De que merda você está falando?

— Vem cá.

O mais novo agarrou Jacob pelo pescoço e levou-o até o banheiro pequeno, que ficou ainda menor quando os dois homens entraram, e ficaram de frente ao espelho do armário.

— Estou falando disso.

Seguindo a direção em que o dedo do amigo apontava, Jacob viu uma linha grossa e curva tingida de um preto que destacava a cor morena da pele e cobria a parte inferior de suas omoplatas. Estava bem no meio das costas, e tinha alguns traços brancos, uns sobre os outros.

— Que porcaria é esta? — Jacob dividiu-se entre olhar o reflexo ou cutucar a marca que aparecera ali “magicamente”.

— Eu é que vou saber? — Collin tombou a cabeça para, depois, colocá-la para fora da porta. — Pessoal! Venham aqui ver uma coisa! — Ele gritou e, para felicidade de Jacob, mais três homens entraram, deixando o banheiro mais abafado que o de costume.

— O que foi que você fez, Jacob? — Embry forçou o espaço e parou ao lado do amigo de infância.

— O que eu fiz? — Olhou para o rosto de Embry que aparecia no reflexo do espelho. — Por que a culpa sempre tem que ser minha?

— Cara... Eu não sei, mas alguma coisa você fez pra ter esse casco de barco nas costas. — Soltou um sorriso maroto.

— Vá à merda! Acha que eu vou querer um negócio desse grudado na minha pele? — O soco que Jacob deu no lavatório, trincou o mármore e enviou um sinal de perigo para os outros.

— Calma aí! — Embry colocou as mãos na frente do corpo, como se isso fosse separá-lo da fúria iminente do lobo castanho avermelhado.

— Calma?! Como calma? Eu mal cheguei a esta cidade e já tenho uma onda de problemas que parece aumentar a cada hora! Querem mesmo que eu fique calmo?!

Os quatro entreolharam-se, tentando chegar a algum consenso, e, parecendo concordar com uma ideia, viraram-se para Jacob e falaram:

— Queremos.

Excelente!

Além da marca nas costas, agora Jacob possuía amigos palhaços. Tinha como ficar melhor?


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Notas finais do capítulo

notas/LA_Black: Gostaram? Ficaram curiosas com essa misteriosa marca? Notaram que na Kahli ela é muito menor que no Jacob? Se não, ela é maior no Jacob e descobriremos o porquê mais à frente.Comentem à vontade, okay? Rs'Beijos e, agora é certeza, até semana que vem.