POV Misto. (Alex e Isa.)

Ainda estava chorando. Mas estava calma agora. Parecia que tinha tirado um peso do meu peito. Mas doía muito.

A tinha puxado para meu colo e a embalava como criança.- Você não quer aquele banho agora? Vai te fazer bem e descansar melhor.

Balancei a cabeça em afirmação.- É melhor.- Sequei minhas lágrimas.

– Eu te espero aqui.- Tentei sorrir para dar força a ela.

Entrei no chuveiro e deixei a agua cair por todo o meu corpo. Sentia-me mais limpa do que nunca. Lavei meu cabelo. Parecia que toda a culpa sai junto com a água. Mas a dor de perder um pai, sem nem ele ter morrido, era muito forte. A dor era quase insuportável. Lavei bem o rosto. Enrolei-me na toalha e sai para o quarto.

Eu sabia que ela estava mal ainda, por isso não fiz comentário algum sobre como estava linda naquela toalha.- Melhor?

– Um pouco.- Fui até as sacolas das compras que tinha feito hoje e peguei um short jeans e uma blusa.- Já volto, vou me vestir.

– Quer algo mais confortável? Posso pegar um pijama com a minha mãe.- Disse.

Fui até as sacolas e vi um pijama ali. - Não precisa eu comprei.- Olhei para o relógio Eram 00:00 nem tinha notado. Estava mal mesmo.– Vou me vestir.- Me vesti e voltei novamente para o quarto.

– Vem, vou colocar você para dormir.- Falei.

– Ok.- Me deitei na cama.

A acomodei em meus braços tentando dar o máximo de conforto.- Quer a praia de novo?

– Não, dessa vez pode ser um lugar com neve. Eu amo neve e frio.- Sorri.

– Ok.- Passei a mão no cabelo dela e dei um beijo nela.- Boa Noite, meu amor.

– Boa noite.- E logo em seguida peguei no sono. Sonhando comigo e Alex na neve. Quando estava acordando, já no outro dia, a primeira coisa que vejo é Klaus parado na porta nos olhando. Alex dormia tranquilamente.

– Não queria acordar você. Só passei para ver se estava tudo bem.- Ele disse.

– Não, tudo bem. Hoje é segunda.- Olhei no relógio eram 7:00 da manha. Estava na hora de acordar.- Tenho aula.

– Tudo bem, mas acho que Alex vai querer ir também, chame ele. O café será servido daqui a pouco. Bom dia querida.- Ele disse e saiu.

– Alex.- Chamei.

– Hum...- Resmunguei.

– Acorda dorminhoco.- Sussurrei no ouvido dele.

– Me deixa dormir.- Disse ainda sonolento.

– Ok. Eu vou pra escola sozinha.- Me levantei e comecei a escolher uma roupa.

Me acordava.- Isa?

– Sim?- Falei.

– Por que você está acordada tão cedo? Volta para a cama.- Disse.

– Eu tenho aula. Não posso faltar de novo.- Falei.

– Aula?- Meio que me levantei.– Vou com você, posso?

– Poder você pode. Mas você vai á escola?- Perguntei em dúvida.

– Sim, eu ia em Mistyc Falls. Na verdade era para eu estar em semana de prova.- Disse.

– Ok. Será que está frio?- Perguntei.

Levantei e abri a janela.– Está sim, mas não muito.

–Ok.- Tirei o pijama, ficando somente de lingerie. Comecei a escolher uma roupa.

A olhei.- Isa, eu estou respeitando o seu momento, mas assim você está me maltratando né?

Ri e fui até ele, o beijando.– Não estou te maltratando não. Eu já vou me vestir.

A puxei para um beijo mais longo.- Bom dia amor. Dormiu bem?

– Dormi sim.- Disse.

– Vou tomar um banho e já volto.- Falei.

– Ok.- Coloquei uma calça jeans e uma blusa vermelha ligada ao corpo. Eu amava minha cintura então gostava de usar roupas assim. A Blusa tinha um decote, pequeno, mas bonito. Coloquei meu colar com meu nome e estava arrumando meu cabelo no espelho. O arrumei deixando liso e solto.

Saía do banheiro quando a vi.- Uau, você está linda.

– Obrigada.- Respondi.

– Assim vou ficar com ciúme na escola.- Falei.

Ri.- Por que?- Me olhei no espelho.- Preciso ir a academia urgente. Faltei dois dias.

– Que academia? Você está ótima assim.- Disse.

– Você diz isso por que não engorda.- Olhei pra ele que ainda estava sem camisa e sorri.- Ainda bem que você não engorda, tá lindo assim.

– Estou? Então vou assim.- Disse.

– Bem capaz. Nenhuma garota vai ficar secando você não. Minha mão é bem pesada quando quer, sabia?

Fui até ela.– Mesmo? A senhorita além de linda, incrível, é ciumenta também?

– Eu sou muito ciumenta.- Sorri.– E não queira testar minha mão em você. Sabe, acho que mesmo um vampiro não pode com a fúria de uma mulher.

– Isso é verdade. Meu pai todo poderoso como é morre de medo da minha mãe. Mas não diz que eu te falei isso.- Disse.

Comecei a rir. - Tadinho dele. Não vou contar pode deixar.- Peguei um casaco.- Será que precisa?

– Melhor colocar. Não queremos você gripada. Isa, eu queria perguntar uma coisa.- Falei.

– Pergunte.- Disse.

Cheguei ao lado dela.– A noite que ficamos juntos, foi a primeira que você teve com alguém que gostava?

Olhei pra ele.- Foi.

– Imaginei. Desculpa, deveria ter sido mais especial.- Disse.

– Foi especial. Você é especial. Não precisa se desculpar.- Falei.

– Não, deveria ter sido melhor... eu vou compensar você, está combinado?- Disse.

– Ah, agora eu entendi.- Falei.

– O que?- Perguntei.

– Isso é mais um daqueles pedidos quando a pessoa tem vergonha de pedir diretamente, sabe? Por exemplo, quando você vai pedir comida na casa de um amigo, você pede meio que em indiretas. E você está fazendo isso.- Disse debochando dele.

– É um pouquinho disso, mas eu quero te dar o que você não teve. Eu quero e vou dar o melhor pra você.

– Você me deu. Amor. Isso é o bastante.- Beijei ele.

– Mas você merece mais ainda, no que tiver ao meu alcance será seu.- Disse.

– Eu não vou discutir com você.- Coloquei o casaco.- Vamos tomar café?

– Vamos. Para variar estou com fome.- Disse.

Fomos tomar café e Emma e Klaus estavam ali tomando café. Junto com um homem moreno que não sabia quem era.

– Bom dia amores.- Emma sorri.

– Bom dia mãe, pai, tio Elijah. Isa, esse é meu tio.- Os apresentei.

– Prazer. Sou Isabela.- Disse.

– Prazer, Elijah Mikaelson. Alex não perdeu tempo e já arrumou uma namorada linda.- Ele falou.

– É meu filho, irmão.- Klaus disse.

Sorri.- Obrigada Elijah e gostei do seu nome.

– Obrigado, mas acho ele estranho.- Elijah disse.

– Por quê?- Me sentei para tomar café.

– Todos nós temos, só Rebekah é mais normal. Mas não reclamo, é bom ser diferenciado.- Klaus disse.

– O meu também é estranho. Emma.- Ela disse.

– Eu gosto do nome de vocês. Elijah, Klaus e Emma. Eu acho lindo.

– Não amor, seu nome é lindo.- Klaus falou.

Ela sorri para Klaus.- Obrigada amor.- Ela olha para Alex.- Tudo bem?

– Tudo, só uma dor de cabeça.– Estava aumentando, mas não queria preocupar ninguém.

– Tem certeza?- Ela questionou.

– Tenho.- Agora parecia que ela ia explodir.– Acho que tomar um analgésico vai ajudar.

– Alex, o que você tem? Isso não é normal.- Klaus disse.

– Não, isso é muito estranho. Vampiros não sentem dor de cabeça.- Ela disse.

Estava cada vez pior. Coloquei a mão na cabeça tentando fazer ela parar.– Ahh, isso dói.

– Filho, o que houve?- Ela perguntou preocupada.

Klaus foi até ele.- Alex, fala o que você tem?

– Minha cabeça parece que vai explodir.- Eu ouvia algo dentro dela, mas devia estar imaginando.

Ela suspirou.- Silas, seu desgraçado!- Ela pegou o rosto de Alex nas mãos.- Filho, se entrega e se concentra.

– Emma, o que...- Klaus começou.

Fiz o que ela falou. Apesar da dor, a voz e imagem ficaram nítidas.

– O desgraçado do Silas está mandando uma mensagem. Da forma mais dolorosa.- Ela olha para Alex.- Nos conte o que está vendo.

– Um quarto e tem um... corpo numa cama. Eu não sei quem é.- Disse.

– Descreva o corpo.- Ela falou.

– “ Você decidiu receber, que bom. Quero a cura verdadeira em minhas mãos ou o queridinho Kol de vocês vai sofrer eternamente.“- Falei o que ouvia antes.

– Kol?- Klaus perguntou sem entender.

– Alex. O corpo está vivo ou morto?- Ela perguntou.

– Ele parece queimado, não sei, não consigo ver direito. Ahh.- Ouvi um grito horrível e muita dor.– É morto.- A dor era horrível.– Faz ele parar, dói muito.

– Filho, eu vou entra na sua mente. Como sou mais velha eu consigo. Vou ver por você, ok?- Ela disse.

– Ok.- Respondi.

Klaus o amparava.- O que aquele desgraçado está fazendo?

– Vamos descobrir.- Ela se concentrou e entrou na mente dele.- Ah, meu Deus.

– O que foi?- Klaus questionou.

– Ele está torturando ele. O fantasma. Ele está sofrendo muito, Klaus.- Ela disse.

– Esse infeliz não vai parar?- Ele questionou irritado.

– Ele quer a cura. Para me curar. É melhor eu me entregar e assim ele para logo com isso.- Ela disse.

Senti Silas voltar a minha cabeça– "Ela não serve mais, tenho outra bruxa. Quero a cura verdadeira em minhas mãos em dois dias ou isso não será nada perto do que vou fazer a ele."- Repeti a eles.

– Mas não temos cura nenhuma! Como vamos entregar algo?- Emma exclamou irritada.

– Temos sim. Está comigo e Kath.- Elijah disse.

– O que? Como assim? Por que vocês não disseram?- Emma questionou.

– Quer dizer que aquilo tudo foi falso? Bem a cara dela enganar todos.- Klaus disse.

– Klaus, não fale assim dela. Eu também não sabia até ela me mostrar meses depois que voltamos. Afinal ela é muito valiosa e perigosa. Mas como ele descobriu que era a falsa?- Elijah questionou.

– Eu simplesmente não acredito! Você tem noção do quanto entregar essa maldita cura iria ajudar? Para começar o Alex não teria que ter vivido com ele, por 12 anos!- Emma explodiu.

– Como você fez isso? Todos nós tínhamos o direito de saber. Foi a nossa vida que foi afetada.- Klaus disse.

– Elijah, você devia ter contado! Alex sofreu esses 12 anos, você não podia ter feito isso. Não podia.- Emma disse.

– Eu não pensei assim, me perdoem. Só não queria toda aquela briga por ela de novo. Ela destruiu a gente da primeira vez.- Elijah falou.

– Mãe, pega leve com ele.- Alex pediu.

Ela respirou fundo.- Desculpe Elijah. Eu fiquei nervosa. Você não tem culpa.

– Claro que tem, mas depois falamos nisso. Já que temos essa cura temos que planejar como tirar Kol de lá.- Klaus disse.

– Ok.- Ela olhou para Alex e Isa.- Você e Isa vão pra escola, ok? Qualquer coisa liga. Não podemos deixar esse desgraçado achar que estamos recuados.

– Mas eu quero ajudar.- Disse.

– Você vai, mas pode ser mais tarde. Isa, espero que não tenhamos assustado você. Mas se acostume, essa família é assim mesmo.- Emma disse.

– Tudo bem.- Disse.

– Está bem. Isa, é melhor a gente ir então.- Pegamos nossas coisas e saímos.