Boneca De Pano escrita por Daniella Rocha


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá gatinhas! Tudo bem com vocês? ^_^
Nem preciso dizer que fiquei feliz com os reviews, né? Psé, para quem tinha dúvidas eu fiquei mais ou menos assim: http://media.tumblr.com/tumblr_m7d5khN5uq1rpy4m5.gif
Não, não é exagero ._.
Então vamos lá com o segundo capítulo de Boneca de Pano! Espero que gostem.
Boa leitura! xD
#Capítulo anterior#
"- Merda! - Praguejou e olhou para cima, para o cidadão que a havia derrubado. Ele era negro, alto, careca, usava um sobretudo de couro preto e um tampa-olho da mesma cor no olho esquerdo.
— Você deve ser Nicole Faith. Eu sou Nick Fury, da S.H.I.E.L.D."



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— O que? — Nicole entoou confusa, mas ela não esperou por uma resposta de Nick Fury, pois as vozes dos seguranças ouvidas as suas costas fez com que ela se levantasse rapidamente e corresse em direção à calçada sem olhar para trás, seu foco era a parte leste de Nova York, o Central Park.
— Nicole! — Como se já não fosse o bastante ter dois seguranças brutamontes na sua cola tinha aquele cara do tampa-olha também, Nicole pensou ironicamente. Enquanto ela corria se perguntava de onde ele a conhecia e que raios seria S.H.I.E.L.D. — aquele seria um nome bem legal para se colocar em um animal de estimação, sorriu sarcasticamente por tais pensamentos.
De repente um carro preto reluzente se aproximou dela e depois outro e mais outro e outro. Os pelos de seu braço se eriçaram. Em seu intimo o pânico a dominava, ela sentia como se a qualquer momento alguém fosse raptá-la e torturá-la para que revelasse o segredo de alguém do qual ela de fato nem tinha conhecimento existencial do individuo, e no final os caras descobririam que haviam pegado a loura errada e como ela — graças ao sequestro da pessoa incorreta — saberia muito ela acabaria no fundo de um poço, pois todos sabem que quem sabe demais acaba sempre no poço como aquela garota esquisita chamada Samara¹. Talvez sua mente fosse um tanto que fértil ou ela só estivesse assistindo a muitos programas investigativos na televisão de catorze polegadas que ficava no centro da sala de estar de sua casa.
Sua casa.
Que imbecil a atropelara no Brooklyn e a levara para Nova York? Ela ainda queria esmurrá-lo.
— Nicole, eu sou a agente Hill, nós não vamos machucá-la, queremos apenas te ajudar. — Era isso que os caras que no final matavam a testemunha errada diziam. Talvez se ela parasse e se entregasse para que depois a matassem fosse uma boa ideia, afinal, pois assim ela pouparia o sofrimento que carregava em seu coração pela morte de Hannah, ou para não ter que passar pela parte das torturas ela se jogasse de uma vez por todas na frente do carro que a agente Hill manobrava. Mas seu instinto de sobrevivência — ou seja lá o que fosse — a mandou virar à direita e acelerar o passo segurando fortemente no lençol em volta de sua cintura. Se ela continuasse naquele ritmo de corrida chegaria ao Central Park em menos de dez minutos, mas se a cada dois minutos ela parasse para recuperar o fôlego chegaria em vinte minutos, ela particularmente apostava na última conclusão, o que não era nada propicio a sua atual situação.
O suor em sua testa fazia seu cabelo alvoroçado colar contra seu rosto. Sua garganta estava seca, os músculos de suas pernas estavam prestes a traí-la fazendo a cair no chão a qualquer momento. Ela precisava de água, precisava sentar, precisava de oxigênio. Ela precisava de paz para ficar de luto pela sua mãe! Por que não a deixavam em paz?
— Nicole! Pare! — A loura ouviu a agente Hill gritar, mas ela a ignorou e dobrou a avenida, tentando continuar correndo, mas como se as suas forças tivessem se esvaziado por completo ela se desequilibrou e caiu sobre alguns arbustos. Durante alguns segundos ela pôde fechar os olhos e ter um pouco de sossego, mas seu momento de descanso não passou de míseros segundos, pois logo ela sentiu alguém a puxando, mas ela não se entregou fácil, foi como se aqueles poucos segundos tivessem lhe dado uma recarga de cinco por cento e ela se debateu contra um homem grande que vestia terno preto que a havia puxado, ela lhe deu uma joelhada entre as pernas e se abaixou para pegar o lençol e continuar correndo, mas no mesmo estante que ela começou a correr o homem a puxou pelo braço e passou o braço ao redor de sua cintura, a levantando no ar, não permitindo de maneira alguma que seus pés encostassem ao chão e assim ela voltasse a correr. Ela retornou a se debater e a gritar, pedindo ajuda, mas parecia que aquela parte da cidade estava cercada apenas por carros pretos, onde estavam as pessoas de Nova York afinal? Eu vou morrer! foi esse o seu último pensamento antes de ver a agente Hill se aproximar dela com uma seringa e depois tudo escurecer.

A primeira coisa que sentiu foi o estofado de couro abaixo da sua mão e depois pelo resto de seu corpo. Parecia que ela tinha sido jogada dentro de um liquidificador e depois o mesmo fora ligado na velocidade máxima. E apesar da sensação de ter dormido durante três dias o cansaço não a abandonara e sua cabeça continuava a latejar. Aos poucos ela foi abrindo os olhos. Diferente da visão clara da ultima vez que ela acordara, no hospital, aquela visão era escura, faltava luz naquele lugar, tudo ali parecia ser feito de metal e pintado de preto, espera aquilo era uma parede ou de fato um quarto revestido de metal? Ela sentou-se na maca onde estava e logo levou a mão na cabeça, tudo ao seu redor girou e ela pensou que iria vomitar — até poderia ter feito isso, se tivesse algo em seu estomago para ser jogado para fora. Ela olhou para suas mãos e depois para seus braços, para seu torso e assim seu olhar foi seguindo cada parte do seu corpo, percebeu então que ela não estava mais vestindo aquele vestido aberto nas costas do hospital. Ela estava trajando uma calça de algodão preta, uma camisa a regata branca e uma blusa de frio masculina cinza, de zíper aberto.
Uma lágrima rolou pela sua maça do rosto.
Estava tudo tão confuso. Ela estava em um lugar desconhecido, estava machucada — por dentro e por fora —, estava com sede, com fome, com dor. Perdida! Ela só queria estar em casa chorando pela morte de sua mãe, queria estar olhando o álbum de fotografia das duas, queria estar deitada na cama de Hannah agarrada com a blusa azul celeste preferida dela, inalando o cheiro que provinha da mesma. O que era uma lágrima se tornou uma torrente de lágrimas. Ela se levantou e foi até a porta que parecia ser aberta só por fora, no centro dela tinha uma pequena janela de vidro, Nicole começou a esmurrar aquela região mais sensível tendo a vã esperança de quebrá-la, mas percebendo que não adiantava de nada começou a chutar e a socar a parte feita de metal como se a cada golpe dado a frustração fosse expulsa de seu corpo, mas pelo contrário, ela apenas aumentava, assim como sua raiva.
— O que vamos fazer senhor? — A agente Hill perguntou a Fury que assistia a Nicole através de uma tela de computador. O quarto em que ela estava possuía uma câmera na diagonal principal, no teto.
— Vamos aguardar.
Haviam se passado sete minutos desde que Nicole começara a descontar tudo o que sentia na porta e sua irá era tanta que nem percebera que os nós de seus dedos começaram a sangrar. Mais dois murros e suas pernas fraquejaram a levando ao chão de joelhos diante da porta, ofegante, ela olhou para cima, seu rosto vermelho. Depois de alguns segundos ela caiu para trás, perdendo a consciência.
A agente Hill olhou de esgueira pra Fury, como se aguardasse pela sua ordem.
— Quando ela acordar novamente me chame. — Dito isso ele se retirou da sala de controle e foi em direção ao corredor, desaparecendo logo em seguida.
Ela havia acordado fazia algum tempo, mas não havia se mexido, permanecera no chão, respirando lentamente e deixando seus pensamentos enjaulados, ela não queria pensar, pois isso era sinônimo de sentir e ela não queria mais sentir.
— Oh, meu Deus. — Ela fechou os olhos com força e mais lágrimas quentes transbordaram. Nicole não conseguia parar de chorar e nesse momento ela vacilou e começou a divagar sobre a morta de sua mãe e naquelas pessoas que haviam a pegado no Central Park. Não era justo com ela. Ela era uma boa garota, por que aquilo estava acontecendo? Por quê?
Sentando-se vagarosamente, ela colocou a cabeça entre os joelhos e puxou o ar para seus pulmões. Até respirar estava começando a ficar difícil.
— Senhor, a Faith acordou. — A agente Hill comunicou ao Nick Fury pelo comunicador.
— Ok. — Nick olho na direção da porta do quarto em que Nicole estava e caminhou até lá. Ele estava encostado à parede como se estivesse apenas aguardando a notificação da agente Hill.
— Nicole eu preciso que você se acalme, não faça com que a sedamos novamente e a amarremos a uma cama. Nós não vamos te machucar, quero apenas conversar com você. — Foi à primeira coisa que Fury disse após abrir a porta.
Nicole se levantou do chão e encarou friamente o rosto de Fury, ela ficou parada durante um tempo, apenas o observando, mas depois ela o surpreendeu correndo em sua direção, ele tentou impedi-la, mas era tarde e ela já corria pelo corredor, sem pensar duas vezes ele foi atrás dela. — Nicole!
Faith continuou correndo e entre dobrar corredores e subir escadas ela se deparou com uma enorme vidraça que revelava o céu azul... ela estava em uma espécie de avião? Nave gigantesca? Seu coração batia tão fortemente contra seu peito que chegava a doer. Mas a conclusão de que ela estava sobrevoando Nova York — ou seja lá onde eles estavam, ela dormiu a noite toda, então sabe-se lá se eles já não estavam em alguma parte da França — não a intimidou e ela voltou a correr, porém ela estava cercada por um homem de estatura mediana, roupa preta, cabelo escuro e olhos azuis que lhe apontava um arco com flecha, uma mulher ruiva com roupa de couro preta e com duas pistolas direcionadas a ela, um homem de jeans, camiseta verde, olhos azuis e louro, mas fora esses três em especial — eles eram os únicos que não usavam roupas iguais aos dos outros que a cercavam — os outros sete ou nove vestiam calça camuflada azul escuro, camisa preta de manga longa e uma espécie de colete cinza, estes lhe apontavam armas. Ela se virou para trás e viu Nick se aproximando.
— Nicole. — Ele levantou as mãos em rendição.
— Você se mostra rendido quando sou eu que estou em volta de pessoas armadas! — Gritou furiosa.
Nick olhou ao redor e em um assentir de cabeça fez com que cada um ali recuasse.
— Só nos prometa que você vai se acalmar.
— Como você quer que eu me acalme? Vocês me raptaram e agora eu estou dentro de uma coisa voadora estúpida sem saber onde estou realmente! Eu estou com fome, com sede, estou machucada, cansada e a única coisa da qual eu realmente gostaria é de estar de luto pela minha mãe — ela estava chorando —, essa é a única coisa pela qual eu almejo, mas vocês não permitem. Vocês não me deixam em paz! — Caiu de joelhos e colocou as palmas das mãos sobre o chão revestido de metal. Ela estava arfante e agora que seus olhos estavam sobre suas mãos ela percebeu o sangue escorrendo. O que os olhos não veem o coração não sente. Agora sua mão ardia como brasa. — E estou sangrando. — Disse baixo, mas todos ali ouviram. — Por dentro e por fora.
Todos ficaram em silencio, ver aquela menina dizendo aquelas coisas fez com que cada um ali sentisse pena dela, cada um com exceção de um, o de jeans com camiseta verde, pois ele percebera o quão corajosa e persistente ela estava sendo, pois não se entregava mesmo já estando na jaula dos leões.
— Nicole. — Ela sentiu a mão de alguém sobre seu ombro e ela levantou o rosto para Nick Fury.
— Se afasta. — Ela pediu como se procurasse forças para continuar lutando contra cada um ali, mas sua voz saiu arrastada como se ela já não suportasse mais. Como se fosse um convite para que eles fizessem o que quisessem com ela.
Nick retirou a mão de seu ombro.
— Você acredita que não vamos machucá-la? — Perguntou.
— Vocês já me machucaram. — Sua voz estava embargada pelo choro. — O que vocês querem? — Ela voltou a olhar para baixo, ela estava de quatro, encarando não apenas o chão, mas suas mãos ensanguentadas.
— Falar sobre o que aconteceu com sua mãe.
— Não há o que falar. — Fungou, e respirou, em mais uma tentativa de parar de chorar, mas agora ela estava se saindo melhor. — Ela morreu.
— Sim e eu sinto muito por isso. — As palavra de Nick pareciam ter saído automaticamente, Nicole percebera isso, todos ali perceberam isso.
— Sente droga nenhuma! — Gritou e jogou seu corpo para trás, sentando-se com as costas contra a enorme janela de vidro. Ela desejou que aquele vidro não existisse, assim ela poderia se jogar dali e nunca mais sentir nada. Medo, raiva, frustração, dor, tristeza. Nada!
Nick colocou a mão sobre a testa, de todos que ele um dia pegara Nicole estava sendo o caso mais difícil. Ela era muito... não tinha palavras para definir aquele ser.
— Escuta Nicole, que tal agora você se levantar, nós fazemos um curativo nas suas mãos, então você se alimenta, dormi mais um pouco e então nós voltamos a conversar? — Nick tentou mais uma vez.
Nicole estava preparada para jorrar insultos contra Nick, mas sentiu o braço de alguém passar por sua cintura ajudando-a levantar, ela ia se afastar, mas o aperto se fez presente, não permitindo que ela se afastasse um centímetro sequer. Era o homem de jeans e camiseta verde, é claro.
— Eu te levo até a enfermaria senhorita Faith. — Nicole olhou dentro daqueles olhos azuis. — Eu realmente sinto muito pela sua perda. — Suas palavras sinceras penetraram fundo na mente de Nicole e ela percebeu que ele realmente sentia muito. Ele não emanava falsidade como Nick Fury. Mas mesmo assim ela ainda resistiu a acompanhá-lo, mas acabou que ela foi junto com ele para a enfermaria. Não por vontade própria, mas exatamente pelo contrário, pela falta de vontade, de forças a para poder resistir mais uma vez.

Seus olhos estavam focados na porta de metal aberta, ela já estava preparada para caso ela voltasse a se fechar, ela não queria voltar a ficar presa, ela não era um animal encarcerado.
— Só porque vim com você não significa que eu confie em você. — Deixou claro para o louro de olhos azuis.
— Eu sei disso. — Sorriu abertamente. As feições do rosto daquele homem não lhe eram estranhas, o cabelo liso e louro bem penteado, os olhos profundos pareciam enxergar sua alma ferida, o nariz desenhado em linhas retas e os lábios carnudos. Os ombros largos, o torso quente e duro — ela pôde sentir quando estava praticamente pendurada sobre ele quando ele a trouxe para a enfermaria —, as pernas grosas e — Nicole corou ao chegar aquela conclusão quando ele se virou para buscar a faixa que enrolaria nas mãos dela — mais bunda do que uma garota na puberdade em total desenvolvimento corporal, certo, talvez aquela comparação não tenha sido apropriada para o momento, mas foi a única coisa — mesmo sendo estúpida — que passou pela a cabeça dela. Ele havia acabado de lavar as mãos dela com soro e agora colocava um tipo de remédio. Ela se contorceu sobre a cama em que estava sentada e travou o maxilar para impedir um gemido de dor. Aquilo ardia. — Desculpe.
— Pelo o que? Por você ter participado do meu sequestro ou por você ter se sentido piedoso ao ponto de resolver me ajudar a colocar um remédio ardido em minhas mãos?
Ela era dura na queda, ele constatou.
— Você não foi sequestrada, queríamos apenas conversar com você e te proteger.
— Proteger do que? — Seus olhos estavam como fendas. Estavam escuros, mais do que o normal.
Ele terminou de enfaixar uma das mãos dela e logo seguiu para a outra.
— Eu estava me desculpando por ter quase te atropelado. — Voltou ao assunto.
Nicole sentiu seu sangue ferver. Então o ser que ela ia esmurrar era ele? Perfeito, ele a poupou uma grande perda de tempo no requesito “busca pelo idiota que a trouxe ao hospital mais caro de Nova York” e agora ela se sentia no direito de acrescentar “idiota que a atropelou”, “idiota que ajudou a sequestrá-la — mesmo ele e todos que estavam naquela nave dissessem o contrário” e “idiota que, era um idiota, apenas”.
— Eu não te desculpo não e saiba que depois que minhas mãos ficarem boas eu vou te bater até você chorar. — Soltou rispidamente, mas o que deveria ter soado como uma ameaça aos ouvidos do louro soou como algo divertido e ele sorriu. — Está rindo do que?
— Não estou rindo, estou esboçando um sorriso.
— Um sorriso divertido, como se alguém tivesse contado uma piada.
— Desculpe, mas o que você disse não foi uma piada?
Nicole sorriu ironicamente e o insultou incansavelmente por pensamentos.
— Vou ver o que trago para você comer. — Anunciou indo em direção à porta.
— Não a feche. — Ordenou.
— Não vou. — Tranquilizou-a e depois se retirou.
Nicole suspirou e levantou da cama, ela olhou para suas mãos enfaixadas. Elas pareciam ter sido colocadas dentro de um forno à temperatura de 290 graus. Ela nunca sentira dor física tão dolorosa quanto aquela. Olhando para cima e para os lados ela percebeu que aquele quarto parecia com o que ela estava antes, com a diferença de que ali havia utensílios médicos. Quem eram aquelas pessoas? E o que eles queriam conversar com ela e do que elas queriam a proteger?
Ela caminhou até a porta e olhou de um lado para o outro, sem sinal do louro. Certo, ela não tinha como fugir daquele lugar e se de alguma forma conseguisse achar a saída iria morrer, pois ela não tinha como se jogar de uma altura tão grande caindo na superfície sem quebrar cada osso de seu corpo.
— Pensando em fugir? — Ela ouviu a voz do louro ao seu lado, perto da porta. Ela nem percebera ele se aproximando.
— Penso nisso desde que acordei naquele quarto de hospital. — Voltou a se sentar na cama, o louro a seguiu e colocou uma bandeja com um sanduiche, um suco rosado e algumas frutas ao lado dela. Nicole não pensou duas vezes antes de devorar tudo que fosse comestível ali. Ela nem se preocupou em parar para ver o que era que estava comendo, ela apenas jogava para dentro e tão pouco se preocupou com as boas maneiras, não quando ela estava seja lá quantos dias sem comer.
— Você sabe quem nós somos? — Ele perguntou encostando-se a parede de metal, perto da porta aberta. Nicole fez que não com a cabeça.
Na sala de controle Nick Fury e a agente Hill assistiam através da tela a cena que sucedia na enfermaria pela câmera implantada na mesma.
— Você acha que é uma boa ideia o capitão Roger contar a ela? — Hill perguntou.
— Ela fica calma na presença dele, vamos ver se ele consegue transmitir a ela o que estamos tentando desde que a pegamos.
Na enfermaria o capitão Roger umedeceu os lábios.
— Eu sou Steve Roger.
— Capitão América? — Perguntou depois de engoli o que mastigava. De repente sua mente se clareou. Claro, S.H.I.E.L.D., Os Vingadores, o ataque à Nova York há alguns meses atrás — a cidade ainda estava sendo reconstruída. — Agora eu sei quem vocês são e adivinha só? — Levantou-se da cama e Roger se afastou da parede, ficando na defensiva caso ela tentasse alguma coisa. — Eu — se aproximou dele, olhando pra cima para que pudesse fitar dentro dos olhos dele — odeio ainda mais vocês.
— Então você sabe. — Roger concluiu.
— Sei o que Capitão? Quem é meu pai? — Cuspiu a ultima frase. — Eu o odeio mais do que a todos vocês juntos.
— Então você sabe que há pessoas de rixa com seu pai que vão querer te machucar pra afetar a ele. — Informou-a.
Nicole franziu o cenho.
— Do que você está falando? — Questionou impaciente. Ela não acreditava que tudo aquilo aconteceu por causa do homem desprezível que seu pai era.
Roger se retirou da enfermaria e Nicole foi atrás dele, mas ele a impediu, encostando a mão no abdômen dela em um aviso claro de que ela não deveria sair da enfermaria. Ela cruzou os braços e travou o maxilar, aguardando a volta dele, que não demorou muito a acontecer, ele apareceu com um jornal entre as mãos, parecia ser o jornal do dia anterior.
— Antes de sua mãe morrer ela escreveu uma matéria e enviou para Violet Scott, ela é colunista do jornal de Nova York e quando ela leu a matéria não acreditou, mas sua surpresa e incredulidade fora tanta que ela não pensou duas vezes antes de confirmar o que sua mãe havia escrito e publicou a matéria para toda a Nova York. A S.H.I.E.L.D. tomou conhecimento de todos os seus dados e me mandou atrás de você, foi quando eu quase te atropelei.
Nicole sentia que todo seu corpo tremia. O sonho de sua mãe na juventude era ser jornalista e ela gostava de escrever coisas, na verdade um pouco sobre tudo, como se de fato fosse uma grande jornalistas e todas as pessoas fossem ler o que ela escrevia. Apenas Nicole e Reese liam. Hannah era boa, e Nicole apostava muito nela, infelizmente sua mãe morreu antes que a loura conseguisse convencê-la a mandar uma de suas matérias para o jornal, mas parece que ela havia mandado sim uma matéria para o jornal e Nicole sentia seu chão sumir só de imaginar qual matéria ela teria enviado. Ela torcia para que fosse sobre a última eleição, mas claro que uma matéria sobre a eleição não teria causado todo esse transtorno.
— Qual — engoliu em seco — matéria? — Ela não pôde deixar de perguntar.
— Sobre o Homem de Ferro. — Fez uma pausa. — Sobre Tony Stark ter uma filha chamada Nicole Faith.


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Notas finais do capítulo

Eita, eita! ;OOOO
O que vocês acham que vai acontecer? Comentem e digam-me se estão gostando da história, ok?
Agradeço desde já, princesas.
Beijoos! ;** E fiquem com Deus! Nhaawww ;3333



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