Suntuoso Passado:A história de Endymion e Serenity escrita por Darin


Capítulo 6
Capítulo 06: Confusões de um apaixonado...


Notas iniciais do capítulo

Inicialmente, não odeiem o Endymion pelo que eu escrever aqui >.<
este capítulo foi um pouco difícil de escrever, pois eu amo o Endymion, mass era necessário¬¬
Bommm, vamos a leitura e nas notas finais eu falo mais...



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Acordo com o canto dos pássaros sagrados, vejo que o despertador não tocou hoje e já são mais de nove da manhã... Socorro, porque ninguém me acordou? Pulo da cama e a gata sagrada, Luna, voa para o outro canto do quarto.

Luna é a gata que acompanha minha mãe, mas vez ou outra ela vem ficar comigo. Segundo minha mãe ela veio de um planeta distante, Mau, como a guardiã da princesa da Lua, ou seja, euzinha. Na grande parte do tempo, ela é bem legal e sábia... Mas tem vezes que é super mandona aiaiai.

– Princesa? – é engraçada a expressão no rosto do pequeno felino.

– Estou atrasada – grito procurando minha sapatilha, Mars não me deixará tomar café!! Paro no meio do quarto sem saber onde a bendita sapatilha está e decido que estou doente... finjo desfalecer. Luna vem a minha ajuda.

–Princesa, o que houve? - a pequena gatinha mede minha temperatura pelo pulso, lógico que minha temperatura está normal... – Princesa, não há nada de errado com seu corpo... – Apesar de eu estar com os olhos fechados, sinto que aquela gata astuta me olha com desconfiança... Tenho que dizer algo que a faça acreditar em mim, afinal, nem toda doença causa febre e pulso fraco...

– Não me sinto bem – olho-a de forma fraca – estou tonta...

Sinto que sou levada para a cama, odeio usar estes métodos, mas é melhor do que levar bronca de Mars, atrasar a sessão de estudos com a Neptune, que vem somente para isso, e tudo isso sem café da manhã... Sinto a aura de minha mãe em meu quarto... Quão doce pode ser a aura da Deusa da Lua?

– Serenity, o que houve? – minha mãe senta nos pés da minha cama – sentes febre – ela eleva a mão para minha testa, é lógico que não estou com febre, então, seguro sua mão no ar.

– Me sinto tonta – meu estômago denuncia-me com um estrondoso ronco, fico vermelha – Acho que nada comi ontem – uma grande mentira, pois comi uns cinco sanduiches de churrasco somente a noite, mas ninguém, além de uma cozinheira gentil, o sabe – Estou tão envolvida com minhas lições que acabei me esquecendo de me alimentar...

– Hoje você deve ficar na cama – minha mãe me olha como se pudesse ler meus pensamentos – Não deverá sair a lugar algum – olho-a com indignação, eu tenho que ir ver Endymion...

– Acredito que na parte da tarde estarei bem – falo com voz cansada – tenho lições com Mercury.

– Serenity... Hoje é seu dia de descanso, esqueceu-se? – Mas que Merda!!! Como eu pude esquecer que hoje era meu esperado dia de não fazer nada? Minha mãe continua – Pena que terá que ficar de repouso... – ela passa suas frias mãos nos meus cabelos dourados - Fico muito feliz por seu empenho, Serenity. Mas a sua saúde está em primeiro plano.

Não tenho o que argumentar... se eu me recuperar de uma hora para outra levantarei suspeitas sobre minha falsa doença... Uma ajudante da cozinha traz pão, frutas e mingau de aveia. Droga e Droga... Como pude me esquecer disso? Hoje eu poderia passar o dia inteiro com Endymion... só dependia do que eu poderia inventar... Mas agora? Droga!!! Nem acredito que vou ter que passar o dia inteiro na cama?

...

Acordo de não sei quantas horas de sono, sinto meu corpo mole pelo relaxamento, elevo minhas mãos aos céus e dou uma gostosa espreguiçada... Nyahhh! Até que não é tão ruim ficar na cama somente dormindo... Sorrio e pego um bolinho que alguém gentilmente deixou em minha cabeceira. Endymion já deve estar me esperando... Preciso tomar banho, se alguém falar algo direi que estou melhor e que irei curtir o pôr do sol em algum planeta vizinho... Será que me deixariam ir sozinha?

Saio do banho e não avisto sinal de ninguém... Posso fingir estar dormindo, assim não haverá erro, sorrio com a ideia e com a minha aura crio uma cópia de mim... estas figuras espectrais não sabem falar muito menos realizam ações complexas, mas ela somente fingirá que está dormindo...

Tentarei se rápida, indico a cama para a minha figura espectral e começo a dançar... O correto seria que eu fosse ao templo que há maior concentração de energias, mas isso seria demasiado arriscado... Começo a cantar o hino que Endymion me ensinou, neste momento a figura de meu amado nasce na minha mente e sei onde encontra-lo. Em meio aos meus rodopios viro fumaça estrelar e desapareço para surgir no meu rio precioso.

Olho em volta, mas não vejo Endymion... Sento-me na margem do rio, triste por ele não está me esperando... Olho para o céu e já passa da hora de nos encontrarmos... será que ele não aguentou esperar e partiu?

– Por que chegou tão tarde? – sua voz era inquisidora... Ele está parado nas minhas costas – Não aguentava mais te esperar.

Abri a boca para me justificar, mas não estava entendendo... Por que ele estava tão mandão? Não queria brigar... – Eu tenho pouco tempo... Todos pensam que estou doente – falei vitoriosa, mas ele me olha com desprezo.

– Você anda mentindo muito... – O quê? É lógico que ando mentindo... Se eu não mentisse não poderia vê-lo...

Ele percebeu meu descontentamento com suas últimas palavras e sorri pedindo desculpas – Estava ansioso por te ver, minha pequena criatura encantada.

A qualquer sinal de carinho dele eu começo a me derreter, tão grande é seu poder sobre mim... Ele cobre minhas mãos com suas mãos quentes e me puxa para si... Será que meu coração vai saltitar toda vez que ele me beijar? Já foram quantos beijos? Não sei... Mas em todos eu me perco... Minha respiração falha, minhas pernas não querem me sustentar... Por que o amo tanto?

Seu beijo começa a ficar mais agressivo, sinto-o mordendo minha orelha e tocando de modo ousado nas partes proibidas... Suas mãos quentes pelo meu corpo me fazem delirar... Ele para em especial em meus seios, sim, sua parte favorita... Mas... O que ele está pensando? Seu aperto está dolorido e ele morde meu ombro...

Empurro-o com força, mas ele avança para mim... Não que nunca tenhamos feito isso, mas não desta forma rude... tento empurrá-lo novamente... escuto sua voz em uma ordem ríspida – Fique quieta!! – não sei o que fazer, lágrimas brotam de meus olhos e obedeço-o ficando completamente imóvel...

Quando ele percebe minhas lágrimas, sua fúria é aplacada, ele senta-se de lado... Tento me levantar, mas meu corpo dói tanto quanto o meu pobre coração... olho para o hematoma em meu ombro... Como poderei esconder isso? – Endymion?

Vejo lágrimas em seus olhos, meu ombro ainda dói, mas não consigo deixa-lo tão desconsolado...

– Serenity, perdão... – ele me olha nos olhos – Eu pensei...

– O que aconteceu, Endymion? Porque estava tão agressivo?

– Me falaram que você gostaria mais de mim se assim eu agisse – O quê? Quem foi o maluco que falou isso para ele? – “As mulheres gostam de serem dominadas”, se você relaxar elas vão te esquecer... Não quero que você me esqueça nunca...

– Que pensamento mais falho... Nunca poderei te esquecer – acaricio seu rosto... mesmo em meio a sua agressividade e rispidez ele era o homem que eu amava – Às vezes é bom que você tome iniciativa – olho para o meu ombro – Mas não desta forma...

Esta foi a primeira vez que senti dor e medo provocados por Endymion... Mas após a tormenta, veio a calmaria... Quando vejo seus olhos azul safira, me perco... o verbo retorna para o presente e, mesmo neste momento de fúria, eu o amo e o amarei por toda a minha eternidade... Afinal: É fácil gostar das qualidades, mas a maior prova de amor é amar os defeitos do outro... não?

– Conversarei com quem me orientou –Endymion olha para baixo – tenho medo das mulheres que Kunzite se envolve... Realmente sinto pelo que aqui aconteceu – ele se levanta ainda depressivo. Eu também me elevo e abraço seu braço.

– Sei que não fez por mal... – olho-o nos olhos – Mas nunca mais, Endymion, aja desta forma... Eu amo o Endymion que você é... – acaricio seu rosto – Não precisa mudar em nada para receber meu amor... Amo cada célula do seu corpo, por isso, nunca mude... – ele sorri daquela forma que me deixa zonza e me puxa para um caloroso abraço.

– Tenho algo a te dar... – ele me puxa gentilmente e o sigo entre risos.

Andamos mais ou menos 10 minutos, é tão maravilhoso seguir seus passos gentis vez ou outra ele me olhava ainda rubro igual uma criança que fez algo errado e tenta concertar.

Quando avançamos um pouco mais, sinto um desconforto em meu nariz, ele está a formigar... Vai contra as boas maneiras do palácio coçar o nariz em público, mas o desconforto é tamanho.... Me concentro nele, é necessário que este pequeno pedaço de cartilagem pare... Olho para Endymion, nada acontece com ele... Ele evita me olhar pela vergonha do que houve agora a pouco...

A coceira está intensa, quase não consigo respirar e meus olhos começaram a lacrimejar... Disfarçadamente elevo minha mão ao nariz e finjo limpar algo... A sensação é boa, mas nem tanto, o impulso de coçar é maior... Agora percebo que há certo aroma no ar... Olho em volta e estou cercada por... SOCORRO, é um jardim de Penta, aquelas flores minúsculas presas em pequenos ramos nos arbustos... Havia flores brancas, rosa-claro, rosa-forte e vermelha, inúmeros pequenos ramos que me fazem tão mal. Seu cheiro excessivamente doce invade minhas narinas e me fazem espirrar freneticamente.

– Serenity? – Endymion está preocupado e eu não consigo falar nada... Simplesmente, os arbustos de penta são a coisa que mais me causa alergia...

Endymion me envolve com sua capa, isso bloqueia um pouco o cheiro daqueles pequenos venenos, e sai correndo para longe deste inferno que é o campo de Penta...

Agora estou melhor, meus olhos continuam vermelhos, minha cabeça dói intensamente... Meu nariz ainda está congestionado, respiro pela boca... Com certeza estou inchada na parte do rosto... Começo a chorar, não queria que Endymion me visse nesta situação, engasgo por minha garganta estar inchada também, desisto do choro... Ele se aproxima e eu tento esconder meu rosto com as mãos...

– Serenity, você é alérgica a Penta? – a resposta da pergunta era óbvia que nem se eu conseguisse formular palavras responderia – Sinto muito... Pensei que você acharia bonito o campo florido e gostaria do aroma das flores... – ele está completamente desconcertado... E eu? Queria somente está na minha cama, o pouco ar nos meus pulmões está me deixando tonta e sonolenta.... -Te levarei para casa – NÃO, ele não pode... tento sair dos seus braços, mas não tenho forças...

– En.. dym...mion... – quase não consigo falar – não... po..de.

– Serenity pare de ser boba, você não tem condições de voltar... – ele não sabe o que fazer – Prometo que não me demorarei... – o problema não é ele se demorar, é se alguém o ver... Como se estivesse lendo meus pensamentos ele completa - Nem ninguém me verá...

Balanço a cabeça afirmativamente, eu mal tinha forças para ficar de pé, como poderia levitar até a lua... com os olhos zonzos aponto para a lua... revelarei meu segredo a ele... e exigirei, quando estiver melhor, claro, que ele conte-me os seus segredos...

Ele sorri – Eu sei que você é da Lua... O tipo de magia que você usa é de criaturas da lua – safado!! Ele sabia o tempo todo? Ao ver minha expressão de insatisfação, ele se justifica – Um de meus guardiões viu você e me contou...

– Moon... Princess – falo em inglês meu título, é mais fácil do que dizer Princesa da Lua... é mais curto.

– Moon Princess? – ele me olha nos olhos e dar para ver seu susto – Você é encarnação da lua, a sua princesa? – eu sorrio desajeitada, isso ele não sabia...

– Castell – aproximo do seu rosto minha mão e transmito a imagem do meu quarto... se ele for fazer o transporte celeste, este seria o melhor local para ele me levar... rezo para que não tenha ninguém lá... Pouco a pouco desvaneço nos braços do meu amado... Ambos viramos poeira estrelar...

Continua no próximo capítulo...


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