Era um dia como os outros na minha vida de SuperStar, Um show lotado com todas as fãs fanáticas cantando junto comigo e tentando passar pelos seguranças e entrar no meu camarim. No final no Show Nico, meu melhor amigo que me acompanha nas turnês estava esparramado no sofá do meu camarim tentando lembrar onde estava o seu celular. Ele já o tinha perdido a três dias e eu tinha quase certeza que ele nunca mais ia achá-lo, eu e meu pai tentamos convencê-lo  a esquecer disso e comprar outro, mas era naquele que estava o numero da “gatinha” numero 42 se não me engano.

-Hey, Nico. Pare de babar no meu sofá! – Falei o chutando de leve.

-Há-há, engraçadinho. – Falou me jogando uma almofada. –Ah, e seu pai quer falar com você. O que você aprontou Jackson?

-O que? Nesse último mês nada sério. O que será que ele quer falar comigo?

-Não sei. Por falar nisso, você viu meu celular?

Revirei os olhos.

-Como está Bianca?

Bianca era a irmã gata do Nico, Ela é modelo e quase nunca a vemos mas está sempre ligando pra Nico.

-Sei lá, faz tempo que ela não me liga. Agora que você falou é até estranho. E mesmo que ela tenha ligado nesses dois dias, eu não poderia atender já que MEU CELULAR SUMIU!

-Deixa de Drama Di Angelo. E ela sabe o meu número e o do meu pai, não é mesmo?

-É. – Disse ele curto e grosso cruzando o braço igual uma criança sem doce.

 E sai do camarim, indo procurar o meu Pai.

-Jane, Onde está o meu pai? – Jane era uma mulher de uns 45 anos que trabalha conosco desde o inicio da minha carreira.

-O Sr. Jackson está ali – Ela apontou para um homem alto há uns 12 metros de nós.

-Obrigado.

Ela assentiu enquanto eu andava em direção ao meu pai.

-Pai? Nico me disse que queria falar comigo.

-Ah, sim Percy. Houve uma mudança de planos nas datas da turnê e eu sei que deveríamos continuar aqui em Colorado até semana que vem, mas teremos que partir hoje mesmo.

-Hoje?! Mas...

-Eu sei. Vamos resolver isso. Mas para isso precisamos embarcar para Seattle ainda hoje.

-Seattle? Pai você ficou maluco?

-Deixe de besteiras Percy! Apenas embarque naquele jatinho ás 15:00h e pronto! – Ele se irritou e levantou o tom de voz.

Estava com muita raiva do meu pai agora. Ele não podia simplesmente decidir que eu iria para Seattle, mudar toda a programação. Era a minha vida profissional, não a dele.

Me virei e praticamente marchei até o camarim, batendo a porta forte atrás de mim.

Nico, que estava Olhando pela 10000ª vez debaixo do sofá procurando a porcaria do celular se assustou e bateu a cabeça.

Me Joguei no sofá enquanto ele gemia de dor com a mão na testa. Bufei.

-Você como um bom amigo devia perguntar o que aconteceu e como me sinto sobre isso.- Eu disse o olhando.

-Desculpa, estava ocupado demais sentindo dor E QUASE MORRENDO.

Dramático nada ele, Né?

Sem perceber eu comecei a rir da cara dele. No começo ele me olhava do tipo Serial Killer, mas depois começou a rir comigo.

-Mas e aê, o que aconteceu?

Eu contei a ele o que aconteceu e ele também ficou revoltado. E nós dois concordamos que meu pai não era disso. O que será que meu pai tem?

*****

Antes que eu percebesse, deu as malditas 15:00 h e Jane nos chamou para embarcarmos.

Eu e meu pai andamos em direção ao jatinho, que estava a uns 50 metros. Nico iria depois (queria procurar o bendito celular de novo, isso já começou a irritar!)  Quando de repente ele parou e deu uma desculpa idiota de trabalho e disse para eu ir na frente no jatinho. Achando aquilo tudo muito estranho, eu caminhei até o Jatinho e entrei no banco de trás.

Olhei pela janela. E der repente o jatinho começou a decolar .

-Espera! Ainda falta meu pai e meu amigo!

-Não, não faltam. – Falou uma pessoa ao lado do piloto que só agora eu percebi que estava ali.

-Rachel?!?

Ela olhou pra mim e deu aqueles sorrisinhos maléficos dela.

-Olá, Percyto! Saudades?