Shark escrita por ervilha


Capítulo 21
Capítulo 21 - Tesão Selvagem


Notas iniciais do capítulo

*--* A gêmea da Noite Selvagem, tá.



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Narração de Tesão Selvagem [ON]


                Eu estava realmente preocupada com a Dercina. Logo que minha irmã Dia Selvagem deixou só uma greta da jaula da Dercina aberta, ela sumiu logo junto com seus filhos, ainda por cima. Aquela loba irresponsável!, vai morrer de fome dentro dessa selva sem fim! Felizmente que ela foi treinada por mim, junto com todos os outros lobos, javalis, veados, corços e outros animais da floresta, para que, quando se perdessem, eu tocava essa melodia e eles vinham correndo. Pena que parece não estar funcionando: estou tocando faz uma meia hora e ela não aparece, nem os filhotes. Mas, eu não vou desistir! Meu pai vai me recompensar se eu conseguir achar eles primeiro que todo mundo!, já que todos andam procurando eles faz bastante tempo. Umas horas, eu acho. Mas, eu não estou certa que eu queira que ele me recompense. Minhas irmãs mais velhas gostam, só que eu, por ser criança, acho, não gosto muito.


                De repente, antes que eu perdesse todas as esperanças, o Tchiki e a Mikyui apareceram. Eram dois dos quatros filhos da Dercina.


                - Lobinhos! – Eu peguei eles no colo, e logo a seguir apareceu a Dercina também. – Dercina! – E apareceram dois humanos estranhos. – Quem são vocês?! – Eu apontei minha flauta para eles.


                Eles se pareciam uns animais, com roupas de cores diferentes e sem sentido para as idades e género deles. Além de que os cabelos deles eram totalmente fora de moda. Mas, a garota era muito bonita, apesar de estranha. E era peituda também, igualmente a algumas de minhas irmãs. O garoto tinha um cabelo horrível, mas era muito tesão.


Narração de Tesão Selvagem [OFF]


Narração de Bárbara [ON]


                Continuámos seguindo a loba, até que chegámos à praia de novo. Então, nos deparámos com uma menina de uns 15 anos. Assim em traços largos, era uma autêntica tábua. Mas, ela tinha um vestido, diferente das outras, que tinham camisolas e calças. Nos apontou a flauta. Devia achar que teríamos medo daquilo, como se fosse uma arma.


                - Nós somos turistas. – Eu botei um pé na areia, ou melhor, o sapato de salto alto, para ela entender o que é calçado, porque todo mundo anda descalço ou de sapato raso.


                - Turistas não são bem-vindos! Vocês são humanos, humanos destruidores! Vocês destroem os habitats dos nossos animaizinhos! Então, caiam fora daqui! – Ela gritava conosco, como se nos conhecesse bem.


                - Nós somos náufragos. Estamos aqui porque… fomos obrigados. – Vicent tentava acalmar a criança. – Por favor, abaixe a flauta.


                - Vocês vão machucar a Dercina! – Ela largava a flauta e abraçava a loba. – Vão embora, seus feios!


                - FEIOS?! – Eu pegava em um monte de areia nas mãos. – Olha só, você é uma criança mimadona, que não tem pais decentes sequer. Não me chame de feia, ou eu jogo esse monte de areia no ninho de ratos que você tem na cabeça!


                A seguir ao que eu falei, se instalou o silêncio. Vicent estava nervoso e eu, não sabia se havia de pedir desculpa ou de jogar a areia nela. Não joguei, porque podia acertar nos lobinhos, e eles não tem nada a ver com a conversa. De repente, Tesão Selvagem se jogou com a cabeça no chão e começou chorando. Bateu milhares de vezes com a cabeça na areia e então, eu decidi que devia parar aquele masoquismo. Não que a areia machucasse, mas ela se devia estar ferindo por dentro. Corri até ela, me ajoelhei, levantei sua pequena face e a encostei no meio peito, e a abracei. Como era possível que aquela sex bomb da cabana fosse irmã gêmea dessa menina inofensiva?!


                - Vamos, venha conosco. Com certeza você nasceu no lugar errado! – Eu falava no ouvido dela, enquanto ela, com a cabeça encostada no meu ombro, sacudia suas lágrimas. A loba e as crias pareciam se importar com ela, entendiam seus sentimentos, e pareciam querer acalmá-la também.


                - Não… eu não posso. – Ela se recompunha e se levantava. – Estou treinando para ser uma boa menina no futuro. Não posso confiar em estranhos, que chegaram agora mesmo à ilha… mesmo que a Dercina tenha simpatizado com vocês!


                - Dercina, é?


                - Sim, era o nome da minha mãe. Ela não foi uma boa menina, e morreu. Pelo menos, não foi boa o suficiente para ser digna desse regime da ilha.


                - Certo, você vai nos explicar tudo… - Interrompi o que estava falando, porque notei que a garota tinha marcas de asfixia no pescoço. - … assim que você for vista por nossos colegas! Vamos, venha com a gente!


                - Não, eu não…


                - … venha. – Vicent, com sua voz máscula e autoritária, fez a menina ressentir e nos acompanhar até Karl e Bella.


Narração de Bárbara [OFF]


                - Bom, seu amigo parece ter uma ferida bem grave… - A veterinária da cabana branca visionava minha perna. - … mas, como eu já falei, pode não ficar perfeito, porque eu sou veterinária, não médica!


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Notas finais do capítulo

D= Não resisti, mudei de narrações de novo.



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