Os Black escrita por Dreamer Girl


Capítulo 2
A vida é uma tragédia.




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Vivian

 

Tom estava na cama com uma garota ruiva de olhos verdes que aparentava ter vinte e poucos anos, não acreditei ele estava em casa todo esse tempo e ainda com uma vadia! A garota pegou suas roupas e saiu correndo deixando apenas eu e Tom no quarto ele se vestiu rapidamente e desceu as escadas eu fui atrás dele tagarelando com um louca "Eu te odeio", "Você vai pagar por isso". Peguei algumas coisas que estavam dentro da caixa mais próxima e comecei a atirar nele, joguei um livro, um abajur e por último um porta-retrato com a foto do nosso casamento, que se chocou contra a parede e caiu em pedaços no chão. 

Depois de ver o que havia feito sai correndo para o banheiro e sentei de costas para a banheira, permaneci lá por horas. Chorei e concluir que tinha que tomar uma atitude, ele não poderia mais me enganar desse jeito! Ele não iria.

Violetta

Finalmente cheguei em casa, eu estava toda quebrada pois elas haviam me atacado de novo, mas tudo bem, só de pensar que esse inferno estava prestes a acabar e eu nunca mais veria essa gente, já ficava com um sorriso no rosto. Quando entrei em casa o chão estava cheio de cacos de vidro, meu pai estava lendo um livro de psicologia, "Idiota", era exatamente isso o que eu conseguia pensar sobre ele, meu pai sempre fora um completo idiota. Entrei no meu quarto e tranquei a porta para que minha mãe não me visse em tais condições, eu tirei a blusa e pude ver como estava machucada, tinha um enorme corte na minha barriga e manchas roxas no meu braço esquerdo. Eu apenas deitei na cama e fiquei imaginado como tudo seria se eu fosse bonita igual as garotas da escola, na verdade, não sei bem por que elas me batem, elas só me batem se me dizer o  motivo, mas por mim tudo bem. O que me deixa realmente chateada e saber que minha mãe sabe disso. Eu sempre tentei esconder, porém tem dias que chego em uma situação deplorável, tirando as últimas duas vezes que fui para a enfermaria. Eu não queria que minha sofresse por minha causa, já bastava o idiota do meu pai enganando ela. Minha mãe sempre fora tão ingenua. Eu me sentia culpada toda vez que ela saia da sala do diretor chorando, desde então eu comecei a me cortar.

Vivian

Sequei minhas lágrimas e abri a porta com uma decisão, eu o perdoaria pela Violetta, mas essa seria a última vez. Desci para avisa-lo sobre isso. 

- Quero que saiba que por Violetta não irei embora. - falei chamando sua atenção. - Mas se acontecer de novo, eu não vou te perdoa nunca mais! - disse por último e fui para a cozinha fazer o jantar.

- Me perdoa. - Ouvi ele dizer por trás de mim, eu juro que isso não vai mais acontecer. - falou.

- É mesmo? Engraçado,  você disse a mesma coisa da última vez lembra? - Perguntei.

- Mas já faz dois anos e nós nunca mais transamos. O que você quer que eu faça? - Ele me perguntou.

- O quê? Você me traiu no momento mais difícil da minha vida. Você foi completamente egoísta, só pensou em acabar com a sua dor - eu disse chorando. 

- Nossa, olha quem fala, você ama mais aquele cachorro do que eu. - ele disse se referindo ao Plus, o cachorro que comprei depois que perdi meu bebê, pois me disseram que cachorros ajudam a não ter depressão. - Você queria que eu ainda te visse da mesma forma depois disso. Eu não tenho a obrigação de ser sempre seu. - Dei um tapa na cara dele. 

- Cala a boca. - Gritei. Estava atordoada. "Pela Violetta", pensei.

Violetta

Meus pulsos ainda ardiam, eu havia passado a lamina em quase todo meu braço, coloquei um suéter vermelho e comecei a chorar alguns minutos depois que consegui me recompor, vi que não havia comido nada o dia inteiro. Desci até a cozinha, mas perdi a fome quando vi meus pais brigando. E pude pensar mais uma vez "Meu pai é um idiota". Voltei para  o quarto e me cortei novamente deixando os ferimentos mais profundos.

Depois de um tempo minha mãe me chamou para jantar, eu desci até a sala de jantar onde só havia a mesa, pois o resto já estava encaixado.

- Você é uma doente. - disse meu pai bebendo um pouco de vinho.

- Não tanto quanto você! - respondeu minha mãe.

- Meu Deus, agora a culpa é minha? Você que é uma imprestável! - disse meu pai me fazendo explodir.

- Eu odeia essa família, se é que isso aqui ainda é uma! - Gritei chorando e sai correndo para o meu quarto. Tirando a conclusão de que a vida é uma droga e que não há nada de bom em viver pelo contrário, viver doí!


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Notas finais do capítulo

Fui apenas isso, para vocês veem como eles vivem um drama familiar, espero que gostem e comentem. Beijos ♥