Taite

Sai correndo enquanto o grupo de adolescente me perseguia, eu sabia quem eles eram, mas não podia me reder tão fácil. Paramos na praia.

- Por que Taite? Por que fez isso comigo? – Perguntou-me Catharina.

- Eu não sei do que vocês estão falando – eu respondi chorando. Lembrando do que havia feito.

- Eu deveria ter trinta anos. Deveria está casada e com um bebê. – Explicou Renata chorando.

- É Taite. Por que você fez isso? Eu deveria ser um jogador de futebol profissional – Disse um dos garotos que se encontravam na biblioteca.

- Vocês pegaram o cara errado – eu insisti.

- Vamos Catharina o sol já está nascendo – chamou Renata e todos se foram me deixando sozinho. Quando o sol nasceu voltei ao porão.

Violetta

Constance me arrastou até a casa dela. Onde tinha um chá quente nos aguardando. Ela apenas disse que Adelaide havia morrido e que a culpa era minha, porque fui eu quem havia feito ela ficar bonita. Eu achei que ela estava me odiando por isso, mas…

- Eu só tenho que te agradecer pelo que você fez, Violetta – ele disse entre lágrimas. – Você realizou o maior desejo dela.

- Eu? Hãn? Qual era? – Perguntei confusa.

- Ser bonita – ele disse tendo um ataque de choro, não me restou fazer nada a não ser abraça-lá. – Você é uma boa pessoa. Acho que estava enganada sobre você. Me desculpe pelos cupcakes. Ainda bem que não comeu. – Ela disse me apertando.

- Eu não, mas a Mylena sim – falei tentando não complicar as coisas.

- Eu sinto muito. Eu não queria fazer mau a ninguém. – Ela disse secando as lágrimas – eu literalmente não sabia o que estava fazendo.

- Olha tá um pouco tarde. E que eu não vejo minha mãe já faz muito tempo. Ela sim vai querer me matar – Eu disse olhando para o relógio que apontava para as seis e quinze.

- Tudo bem querida. – Ela falou me deixando parti.

Vivian

Quando ela entrou no quarto eu estremeci. Sua aparência estava horrível. Ela não estava com aquele rostinho bonito que eu havia conhecido. Mylena parecia tomada pela raiva.

- Mylena? O que está fazendo aqui? – Perguntei sem acreditar que estava falando com um fantasma.

- Quero que você saiba o porque que eu vim pra cá – ela disse.

-Então diga. Você é Tom havia voltado? – Perguntei interessada. Isso já tinha sido o cúmulo. E se ela não estava morta e se Mylena e Tom planejaram tudo isso pra eu não desconfiar de nada.

- Não. Nós íamos ter um bebê – ela disse me deixando surpresa.

-Então Tom contou que eu estou grávida? – Perguntei deixando furiosa.

- Grávida? – Gritava ela – grávida? É por isso que ele não quis o meu filho. Ele já tem o seu. – Ela disse jogando um porta-retrato no chão quebrando. Ela pegou um dos vidros e ficou segurando. Foi então que Tom entrou no quarto.

- Vivi… – Ele ficou sem reação ao ver Mylena.

- Tire ela daqui. Eu vou ligar para polícia – eu disse pegando o telefone. Em alguns minutos a viatura chegou e levou Mylena.

- Amanhã mesmo você vai embora – eu disse à Tom.

- Vivian você não pode fazer isso comigo – ele disse me deixando irritada.

- Não né? Agora você pode fazer o que quiser. Inclusive engravidar vadias – gritei.

- Ela não e vadia – ele a protegeu me deixando mais irritada.

- Claro. Você sempre protegeu ela. Sempre – gritei mais alto.

- Não. Eu sempre protegi você – ele falava, mas sua expressão era vazia.

-Mentiroso – falei sentindo as lágrimas escorrerem. – Por que você não vai atrás dela? – Perguntei entre os dentes.

- Por favor, Vivian – pediu ele.

- Por favor digo eu. Meu Deus. Eu te odeio. Eu odeio você. Vai embora! Agora! – Gritei chorando e só parei quando vi Violetta cruzar a porta.

- Eu achei que você estava preocupada comigo, mas vejo que tem problemas maiores – ela disse subindo sem falar mais nada. Estava na cara que ela estava com raiva e isso só aumentava meu ódio por Tom.

Tom

Eu não sabia o que estava acontecendo. Que confusão era aquela? Como Mylena havia vindo até aqui. Pelo que eu sabia ela estava morta e eu até teria que depor sobre isso. Já que o corpo estava na minha casa. Eu queria poder vê-lá e pergunta o que ela queria. Só não sabia se era uma ótima ideia. Na verdade como iria encontra-lá de novo? Minha vida estava uma bagunça começando por Taite. Havíamos ido à cafeteria e eu decidi ajuda-ló. Eu só queria que ele ficasse longe da Violetta. Mas o que eu realmente queria e que Mylena nunca mais voltasse a aparecer. Eu peguei as minhas malas e parti, sem rumo. Sem destino algum.

Violetta

Meu pai já estava fazendo merda de novo. Nós mudamos pra cá para mudar de vida, mas parece que tudo estava piorando. As coisas não estavam fáceis e pra piorar eu me vi no Google pesquisando sobre o massacre. Ele realmente aconteceu no meu colégio a alguns anos atrás. Comecei a ler a história, estava falando que um dos alunos entrou armado e atirou em todos que ele via pela frente. Vi algumas das vítimas e lá estavam os garotos de ontem. O assassino ficou foragido por uns tempos, mas assim que o encontram para prede-ló ele tentou reagir e morreu.

Fiquei horrorizada ao abrir a foto do assassino era ele Taite Langdon. Eu comecei a chorar. Meu namorado era um assassino? Estava completamente decepcionada. Como Taite mentiu assim para mim? O que eu faria? Quando cheguei a cozinha Constance estava lá.

- Você já deve saber a verdade sobre Taite não é? – Ela me perguntou me deixando com uma interrogação.

- O que você tem a ver com isso? – Perguntei agressivamente.

- Não se preocupe eu também não acreditei quando soube – ela disse fumando um cigarro.

- Você sabe quem ele é? – Perguntei confusa.

- Violetta querida. Taite é meu filho.