Rise Of The Gods escrita por Sammy Martell


Capítulo 3
Os Outros Guardiões


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora em pessoas! Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/360776/chapter/3

Os dias na base eram longos, ainda mais ara mim que, após dormir por dezesseis anos, me recusava a fechar os olhos, no entanto nada na minha aparência mudava, não tinha olheiras ou marcas de cansaço, estava mais disposta do que o normal.


Eu ganhei meu próprio quarto com minhas roupas, não sabia porque era tratada tão bem, mas adorava. Cada vez que passava nos corredores os outros semideuses acenavam para mim e me cumprimentavam como se eu fosse popular. Mas, bem lá no fundo, tudo que eu queria era ser ignorada e fugir da base, conhecer o mundo lá fora.


As semanas foram passando, eu nunca mais vira aqueles dois garotos, no entanto nem me importava. Eu, Ally e Mari ficamos bem próximas e elas vez por outra me levavam para mergulhar na piscina. Eu também comecei a treinar, pelo visto acreditam que eu tenho um dom especial para caça e blá blá blá, mas isso não vem ao caso. Bem, tudo estava indo normalmente até que um dia A Velha me chamou.


Cheguei em sua estufa.


– E aí tia? – exclamei quando entrei, nunca gostei daquela mulher.


– Seus modos não melhoraram nada desde nosso último encontro. - disse A Velha . – Mas isso não é importante no momento, meninos essa é sua parceira, Haidee.


Os dois garotos que eu esbarrara há algumas semanas atrás estavam ali também. Imagine a minha situação, dois garotos lindos a minha disposição! Nem sou safada.


O mais alto não disse nada.


Avaliei-o da cabeça aos pés. Alto, musculoso, cabelo castanho escuro e olhos castanhos.


– E eu sou Luke. – disse o magro.


Ele também era bonitinho e tinha cara de nerd, bem eu gostei dele também.


– Agora que os três já se apresentaram, sinto que é hora de falar-lhes da missão de reconquista o mundo.


Pronto, mal nos conhecemos e ela já quer que salvemos a Terra, é doida mesmo.


– O tia, explica isso direito. – pedi.


– Melhore seus modos comigo, mocinha, sua vida um dia vai depender de mim e eu não sou irmã da sua mãe. – disse ela severamente, no mesmo momento me calei. – É esperta, aprecio isso. Vocês ficaram em coma por dezesseis anos, os três foram escolhidos para serem os guardiões, aqueles que salvariam o mundo. No dia em que acordaram eu senti uma força enorme, uma força que fiquei anos sem sentir, a força divina, pressenti que vocês acordaram por causa dessa força. Os dias que foram passando-se eu soube de notícias sobre humanos sobreviventes que estavam ficando loucos ou muito poderosos, além disso houve relatos de pessoas que viram parentes ou amigos com olhos dourados, os olhos de um hospedeiro. – ela apontou para o próprio olho.


"Além disso muitos dos nossos agentes no mundo vem noticiando à mim que as passagens do Submundo estão se abrindo, não o Mundo Inferior, não. Um lugar mais profundo que o Tártaro, de onde os exércitos de Riddle descansam. Isso significa que eles estão voltando assim como os deuses e que precisamos de vocês aqui para nos defender e, o mais difícil, retomar a Terra."


Scott pareceu levemente perturbado.


– Então basicamente querem nos mandar para a batalha, se morrermos, morremos, mas se sobrevivermos somos heróis? – conclui ele.


– A não! De jeito nenhum! Vocês podem me enfiar em vestido rosa com laços que pareça um bolo de casamento, mas eu não vou sair desta base sem um treinamento apropriado. – exclamei já me virando para ir embora.


– Eles estão com seu pai. – gritou ela quando eu já estava na porta.


Parei por um momento e balancei a cabeça lentamente me virando.


– Eu não tenho família.


– Passou dezesseis anos em coma e se acha a esperta, escute aqui sua garotinha insolente... – começou A Velha.


Luke se levantou trocou um olhar com Scott e disse em alto e bom som:


– Chega, vocês duas. Haidee, pode por favor voltar para acabarmos logo com isso e Senho...


– Não sou casada. – interrompeu a velhota.


– ...rita. – terminou ele. – Só nos conte o que aconteceu.


A Velha assentiu e começou a contar.


Não prestei muita atenção no que ela dizia, estava muito distraída com meus próprios problemas. E se fosse verdade? Eu tinha um pai? Uma família?


– E devem chegar no Portão Desalmado para entrar no Mundo Inferior e chegar ao Submundo. Entenderam?


Todos nós assentimos.


– Ótimo, encontrem a Treinadora Kennedy no Salão das Portas para se prepararem.


Por estar mais perto da porta, fui a primeira a sair, logo depois Scott que passou direto por mim e Luke que parou ao meu lado. Olhei para ele.


– Obrigada, sabe pelo o que você fez, às vezes ela é meio insuportável.


Ele sorriu.


– Não foi nada sempre que precisar. Eu vi você nos treinamentos, é muito boa com as armas e melhor ainda em campo.


Ri nervosamente e coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha, mas que diabos está acontecendo comigo? Acho que isso é aquilo que chamam de paixão...Argh, sai de mim diabo!


– E você também é com armas de longa distância. – sorri de volta.


Scott que estava andando na nossa frente olhou pelo canto do olho e voltou ao seu caminho, que garoto assustador, mas bonito.


– Luke, você ouviu o que ela disse? Eu não prestei muita atenção, pode me explicar? – pedi timidamente.


Ele riu. Ele riu de mim! Que absurdo, exijo um advogado!


– Claro! Bem, para encurtar a história, nós devemos achar quatro chaves do Submundo, entrar no Portão Desalmado, atravessar o Mundo Inferior, descer o Tártaro e por fim chegar no Submundo usando as chaves. – ele explicou rapidamente, mas que fôlego, hein?


– Obrigada! – agradeci rapidamente.


– Disponha.


Continuamos o caminho nos conhecendo e descobri que Luke era uma pessoa bem simpática, do tipo que não se vê todo dia nessa base.


Depois de uma longa caminhada pela base chegamos ao Salão das Portas. É um lugar escuro, com portas em todos os cantos e, em cima delas, havia um pequeno quadro mostrando qual era a sala. Era o lugar mais movimentado de toda a base, semideuses iam de porta em porta, turmas, guardas, instrutores, todo o tipo de pessoa passava ali. Havia também alguns sofás laranjas que brilhavam na escuridão. Parecia mais uma boate aquele lugar, com luzes coloridas piscando, pessoas se esbarrando, um ambiente escuro e tudo mais.


Luke segurou meu pulso com força, virei-me para ele agradecendo estarmos no escuro, porque meu rosto estava vermelho.


– Por que está fazendo isso? – perguntei.


– Para não me perder de você.


Entendi sua lógica.


Seguimos Scott até um canto sem nenhuma porta, apenas com um sofá envolvido por uma cortina deixando o ambiente bem particular. Soltei-me de Luke e passei a frente de Scott abrindo a cortina, lá encontramos a Treinadora Kennedy em seu habitual uniforme camuflado.


– Moleques e Haidee. – ela me ama – A Velha explicou a missão, presumo. Aqui estão suas mochilas, em cada uma há duas mudas de roupa, comida enlatada, garrafas d'água e fósforos. O resto vocês sabem fazer, espero que saiam vivos, aqui estão algumas armas que acho que gostaram de ter.


Ela me deu duas facas de caças e um arco e flecha, para Luke ela deu uma besta e flechas; e para Scott uma espada e um punhal. Nos despedimos dela e entramos na porta cujo a imagem era o lado de fora. Entramos no elevador sem dizer uma palavra enquanto ele subia para a superfície, então as portas se abriram e pela primeira vez eu respirei ar puro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ficou horrível, eu sei, fiquei sem criatividade e sempre achei esse início meio chatinho.