Flashback ON

P.O.V Fin

Eu acordei no hospital e me deparei com ela dormindo na poltrona ao lado da cama. Ela estava tão linda adormecida. Ela havia ficado ali a noite toda? Não era exatamente confortável. Fiquei encarando-a por um tempo, até que ela acordou.

-Hey, how are you feeling? – Melinda me perguntou, dando um sorriso e passando a mão pelos cabelos, um pouco desgrenhados.

P.O.V Melinda

Acordei um pouco desconfortável, consequência de dormir em uma cadeira de hospital. Eu podia adorar hospitais, mas não nesse aspecto. Cocei um pouco o olho antes de abri-lo, e acabei me deparando com Fin me encarando, era bom saber que ele estava bem.

-Hey, how are you feeling? – Eu perguntei com um sorriso, passando as mãos por meu cabelo, para arrumá-lo, afinal, era Fin na minha frente.

-I’m okay. – Ele respondeu, me dando um sorriso de volta e se ajeitando para ficar confortável na cama. – Me diz uma coisa, você dormiu aqui?

-No! Eu cheguei hoje de manhã e dormi para disfarçar. – Eu respondi com um sorriso irônico, e ele deu uma pequena risada. – O que exatamente aconteceu na loja?

-Eu fui baleado. – Foi a vez dele de ser irônico. Eu somente dei um pequeno sorriso.

-Seriously.

-Well... Eu e Liv estávamos de tocaia, então eu fui comprar café, havia uma criança, um homem e o caixa. Entrou um gangster na loja, automaticamente fui para o lado do garoto. Depois entrou o outro, assim o primeiro anunciou o assalto apontando a arma para o caixa. Quando ele atirou no caixa e começou a atirar para o teto, fiz o garoto se abaixar e atirei no cara com a arma. Mas ele me atingiu também, e o outro sacou a arma, então atirei nele antes de perder a consciência. Daí, tudo é um branco, até que eu acordei no hospital. – Meus olhos brilharam. Esse homem era perfeito. Ele arriscou sua própria vida por uma criança que ele nem conhece.

P.O.V Fin

O que era aquele brilho em seus olhos? E ela estava me encarando. O que era? Comecei a ficar um pouco incomodado.

-What? – Perguntei.

-Eu estava com muito medo que você morresse. – Ela respondeu. Uma sensação explodiu dentro de mim, só por ouvir a afeição que essas palavras significavam, especialmente vindo dela.

-E eu estava com muito medo de morrer sem... – Travei. Eu estava indo diretamente para AQUELE assunto.

-Sem o que? – Ela pediu, curiosa, e eu percebi que aquele era o momento de lhe dizer como me sentia.

-Sem te dizer que eu te amo. - A boca dela quase caiu, literalmente. Ela se levantou e se aproximou da cama, em lentos passos. Eu fiquei com medo de sua reação, afinal, não era uma revelação pequena.

-Yo-you love me? – Ela gaguejou.

-Yeah, I love you. E eu já estava me cansando de esconder isso. Além disso, é um sentimento ótimo, não é uma coisa para se esconder. ‘Course, you don’t have to... – Fui interrompido por um beijo vindo dela, um beijo apaixonado e intenso, que eu COM CERTEZA esperava há muito tempo. Quando ambos precisávamos de ar, afinal, nós também somos humanos, nos separamos. – Glad you did this. Eu estava começando a me sentir um pouco idiota. – Ela deu um pequeno riso, que me fez sorrir.

-I love you too. – Ela respondeu finalmente.

Flashback OFF

-... e ficamos conversando e namorando até eu receber alta. – Fin terminou a história, passando o braço pelos ombros de Melinda, a puxando para mais perto.

-Aquele foi com certeza um dos melhores dias da minha vida. – Melinda comentou com um sorriso.

-UM dos melhores? – Ele perguntou, levantando as sobrancelhas.

-Não seja tão confiante, honnie. – Melinda rebateu, dando tapinhas no peito dele e causando pequenas risadinhas pela mesa. – Your turn. – Ela mudou de assunto, se referindo a Cragen e Alex.

-Alex tinha voltado do Programa de Proteção de Testemunhas... – Cragen começou.