Best Of You escrita por Vitória C


Capítulo 3
You again


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa a demora, meu irmãozinho nasceu e está uma correria aqui em casa, mas aí está o terceiro. Espero que gostem.



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     Acordei no outro dia com o despertador tocando In bloom. Eu precisava ir até a faculdade para confirmar minha transferência. Eu cursava Engenharia Química, e devo admitir que não combinava muito comigo, mas eu até gostava.

   Me levantei e tomei um banho. A manhã estava fria, por isso vesti uma calça preta, uma blusa azul e um casaco preto de lã. Prendi meus cabelos em um coque deixando meus poucos cachos pretos soltos. Passei um lápis, delineador e um brilho labial. Não se parecia muito comigo, mas estava ótimo pra eu resolver coisas da faculdade.

  Chamei o elevador e desci até o estacionamento. Quando entrei no carro, tocava Best of you no som, sorri me lembrando da noite passada. Danny era um cara legal, eu mal o conhecia na verdade, mas ele parecia ser legal.

  O tempo fresco me agradava, eu gostava do céu nublado e do vento frio entrando pela janela do carro e batendo no meu rosto. Eu estacionei no campus da faculdade que era melhor que o da outra cidade.

   Me dirigi até a secretaria da universidade e organizei tudo, minha primeira aula seria no outro dia. Resolvi da uma volta pelos campus.

   Enquanto eu andava olhando para baixo com os fones no ouvido, algum idiota esbarrou em mim me derrubando no chão.

   -Olha por onde anda!- gritei tirando os fones.

  -Desculpa, - ele pelo menos me ajudou a levantar – eu não vi você. Lili? – ele perguntou franzindo o cenho.

  -Daniel? – eu ri – Só pode ser piada, você está mesmo em todos os lugares que eu.

   -Parece que a gente tem um ímã que atrai um ao outro.

   -É, parece, mas sabe que todo ímã colocado com os dois lados iguais, se repele. – eu disse sarcástica.

   -Talvez não tenhamos lados iguais.

   -Ótimo, - eu ri – então, você estuda aqui. Legal, faz o quê?

   -Publicidade. – ele fez uma pausa – Lili, o que acha de irmos almoçar? – eu ri quando ele ficou vermelho – Sabe, ficar no meio do campus conversando não é tão sensato. – ele mudou o peso do corpo de um pé para o outro desagradavelmente.

   -Eu não sei Daniel, você deve ter muitas coisas pra fazer e eu não quero atrapalhar, de novo.

   -Bom, mas se a gente está se vendo muito então acho que o destino quer que a gente se conheça melhor. – parece que ele perdeu a vergonha de antes.

   - Tudo bem, mas só se você prometer que eu não vou atrapalhar, e , que se eu tiver tomando seu tempo você vai falar.

   -Prometo. – ele deu aquele sorriso estonteante – Ah, e fica tranquila porque não é um encontro.

     -Então é o que?

     -Um “não encontro” – ele disse rindo.

    -Ótimo, então aonde vamos no nosso “não encontro”?

       Saímos do campus no meu carro, já que ele estava de carona com um amigo. Nós fomos até um restaurante perto do meu prédio. Era um restaurante de comida italiana, nó pedimos dois pratos de rondelli e ficamos um tempo conversando. Ele me contou que Circe era sua irmã gêmea e eles se davam muito bem. Ele era muito engraçado e legal, perdi a conta de quantas vezes ele pediu pra eu chama-lo de Danny.

     -Sabe,-ele começou – eu não queria entrar na aula de violão, mas eu entrei pela Ci, perdi uma aposta. Mas agora, não me arrependo nem um pouco de ter entrado.

    -Violão é apaixonante, você vai ver. – tentei disfarçar, já que por fora eu estava confiante mas por dentro me derretia de vergonha.

   -Então,- ele viu que eu estava sem jeito e mudou de assunto – você se mudou faz muito tempo?

    -Duas semanas.

    -E qual o motivo da mudança?

    -Eu precisava de novos ares, sabe, me distrair, esquecer algumas coisas.

     -Entendi. – ele deu um sorriso meio irônico – Esquecer algumas coisas ou alguém?

     -Você me pegou, alguém.

     Ele mexeu nos talheres que já haviam sido postos na mesa, suspirou e olhou para mim.

     -Quer falar sobre isso? – perguntou finalmente.

     -Na verdade, não. Não agora.

     -Tudo bem. – ele sorriu de novo. Por que ele tinha que sorrir tanto e ter um sorriso tão lindo?

    Nosso pedido chegou, e eu estava com tanta fome que em cinco minutos já tinha terminado com os rolinhos de massa do meu prato. Nós pagamos a conta e fomos para a porta do meu prédio.

   -Eu ainda acho que Nirvana foi a melhor coisa que já existiu no mundo do rock – ele continuava nosso assunto sobre melhores bandas.

   -Tudo bem, se você diz. – levantei as mãos me rendendo – Então, eu vou subir.

   - Ah, ótimo, então nos vemos depois?

  -Claro! – dei um beijo na bochecha dele e então Wayne abriu a porta de vidro.

  - Oi minha gata arisca, por onde esteve? – ele perguntou com um sorriso amarelado.

   - Não te interessa Wayne. – dei um sorriso irônico.

   -Você tem que parar de fugir assim de mim.

   -Vou anotar isso, quem sabe na minha vida passada, Wayne? Tchau Danny, - me virei para trás acenando e ele estava novamente sorrindo – até mais.

   -Até.

   -Que história é essa de vida passada gatinha? – Wayne falava para mim.

   Subi e deixei um velho com uniforme azul, cabelo desgrenhado e suspensórios falando sozinho.

   A noite eu estudava um pouco para me sair bem no primeiro dia de aula na nova faculdade, que seria no dia seguinte. Meu telefone tocou, novamente número desconhecido. Não atendi. Tocou mais umas três vezes e então desistiu. Mais tarde recebi uma mensagem que dizia : “Sinto sua falta ass: Ethan”.

   Meu coração disparou, não era possível. Ethan era meu namorado, eu havia mudado de cidade por causa dele, das coisas que ele fez e agora ele estragara tudo me mandando aquela mensagem. Parece que as coisas estavam começando a desandar pra mim


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem! ♥



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