Dois dias haviam se passado, teoricamente tudo estava normal, voltamos as aulas, eu tinha consulta marcada e Jenna Swan havia sumido, a policia a procurava por todos os cantos, ninguém sabia onde aquela doida poderia estar.

Sentada a mesa com meus amigos no refeitório eu sabia que todos falavam de nós, e de como Ângela Weber havia tentado me matar, eu respirei fundo tentando me concentrar no bolo a minha frente, eu havia o desejado tanto que quase briguei com Rose pelo ultimo pedaço, mas agora eu não tinha nenhuma vontade de comê-lo então o empurrei para Rose e me levantei saindo da mesa.

Sabia que Edward me seguia e sai do refeitório, parei pra que ele pudesse me abraçar quando estávamos do lado de fora, nada disse apenas seguimos para a biblioteca e nos sentamos em um dos sofás que lá estava, apenas a bibliotecária estava no local.

–O que ouve? -Edward questionou. –Esta se sentindo doente?

–Não. –Eu disse e suspirei. –Estou com medo. –Eu sussurrei sentindo as lagrimas vindo a meu rosto. –Com medo de Jenna, com medo do que pode estar me fazendo mal, com medo pela nossa família, pelo nosso futuro, por você.

–Nós vamos ficar bem! –Edward me garantiu e beijou meu cabelo antes de secar meus olhos. –Eu não vou permitir que nada te aconteça, eu não vou deixar aquela mulher chegar nem um centímetro perto de você.

–Eu sei. –Eu sussurrei. –Mas as vezes não podemos impedir.

–Não se preocupe com isso. –Ele pediu e começou a cantarola uma canção para mim, me encostei em seu ombro e lá ficamos até que o sinal tocou, voltamos para nossa aula, ele me deixou na porta da sala junto com Alice que já me esperava e me deu um selinho antes de ir até a sua sala.

No caminho para o hospital eu me mantive olhando para fora, olhando tudo ao nosso redor, vendo pela primeira vez como Forks e o caminho para Seattle era bonita, acho que era o lugar com maior vegetação dos estados unidos, o tempo frio e chuvoso fazia com que alguns lugares ficassem marrons, e eu notei, estávamos entrando no outono, eu olhei para Edward que estava sorrindo e o retribui com muito prazer.

–É quase outono. –Eu disse e ele assentiu.

–Outono e inverno as melhores estações do ano. –Edward disse e ele sabia que eu concordava.

–Obrigada por me amar. –Eu agradeci e beijei seu ombro sentindo seu cheiro.

–Eu que agradeço por me permitir isso. –Ele disse. –Quando amamos realmente alguém o tempo não importa, a distancia não importa e nada apaga.

–Eu vou te amar para sempre. –Eu respondi e segurei sua mão.

Duas horas mais tarde estávamos esperando o resultado do meu exame de sangue, havíamos explicado ao médico que eu não podia engravidar, mesmo assim ele passou o exame de sangue, por que algo poderia sair no resultado.

–Srta. Cullen. –O médico estava com uma prancheta na mão e nós nos pusemos de pé.

–Sim. –Eu respondi sentindo Edward envolver meus braços.

–A senhorita precisa fazer mais um exame. –O médico disse e eu olhei para Edward.

–O que você acha que é? -Questionei e ele respirou fundo.

–Nada com que vocês precisem se preocupar, só queremos confirmar uma suspeita. –O Dr. disse sorrindo calmamente. –Eu prometo que traremos sua namorada de volta em breve, questão de vinte minutos.

–Vai ficar tudo bem amor. –Edward disse para mim. –O doutor sabe o que faz.

–Me espere aqui. –Eu pedi e lhe dei um selinho.

–Para onde mais eu iria? -Eu sorri para ele e segui o médico até uma sala, ele pediu para que eu suspendesse minha blusa e uma médica passou um gel em minha barriga, eu estava deitada em uma cama de hospital e eu chorava silenciosamente, enquanto a médica passava uma maquina que eu sabia bem para o que servia em minha barriga.

Flash Back.

–Para que serve isso? -Questionei ao médico a minha frente.

–Vamos descobrir se á algum resto do feto em seu útero, se por algum motivo tiver, você terá que fazer uma curetagem para retirar os restos.

–Ok. –Eu respondi e fechei meus olhos.

Fim de flash back.

Meu Deus, isso estava mesmo acontecendo, eu pude ouvir um coração batendo bem fraquinho do aparelho e olhei para a médica que me olhava calmamente, eu enxuguei algumas lagrimas e tentei conter o nervosismo que se espalhava sobre meu corpo.

–Eu estou gravida? -Questionei.

–Achei que tivesse dito que isso não poderia acontecer. –O médico disse, mas ele não me julgava.

–Eu não sei como isso aconteceu. –Eu disse e abaixei minha blusa me sentando na maca. –O médico que me atendeu depois que sofri o acidente e perdi o feto me garantiu, ele disse com todas as letras que nunca mais poderia ter filhos.

–Seu útero parece forte pelo que eu vi na ultrassom. –A médica disse anotando na prancheta em sua mão. –O que acontece Isabella, é que você é muito nova, então seu útero deve ter sarado, isso é uma coisa que geralmente não acontece, na verdade acontece de 1 mulher entre 50.

–Meu próprio milagre. –Eu sussurrei passando as mãos em minha barriga. –Será que vocês podem chamar o meu namorado?

–Eu vou chama-lo. –O doutor disse saindo porta a fora.

–Você deve procurar um acompanhamento médico na sua cidade Isabella. –A doutora disse me entregando duas folhas.

–Sim senhora. –Eu sorri para ela, mesmo com lagrimas caindo dos meus olhos. –Obrigada.

–De nada querida, seja feliz. –Ela disse e saiu ao mesmo tempo que Edward entrava.

Pov Edward.

Quando entrei no quarto que Bella estava, ela parecia oscilar entre felicidade, choque e medo, ela me olhou e eu vi as lagrimas em seus olhos, ela mordeu os lábios e controlou o choro até que eu alcançasse sua mão.

–O que ouve Bella? -Questionei. –O que você tem?

–Eu sei que pode parecer loucura Edward. –Ela parou e respirou fundo. –Mais aconteceu um milagre. –Uma lagrima saiu dos seus olhos. –Eu estou gravida.

–Você só pode estar brincando comigo! -Eu disse olhando para Bella que parecia tão chocada quanto eu.

–Não Edward, isso é muito, muito sério. -Ela respondeu e me olhou nos olhos amedrontada.

–Hei, fica calma! Tudo vai ficar bem, eu não vou deixar nada te acontecer! –Eu a apertei em meus braços e o choque inicial começou a passar, uma lagrima caiu dos meus olhos e eu a afastei para olhar em seus olhos. –Você me faz o homem mais feliz do mundo.

Selei nossos lábios em um beijo apaixonada, eu relaxei e a senti relaxar, seus braços em meu pescoço e minhas mãos em sua cintura, nos afastamos por falta de ar e eu sorri para ela.

–Eu vou ser papai! –Eu disse e toquei sua barriga. –Me deixa contar a eles, por favor!

–Quando chegarmos a casa. –Bella disse descendo da mesa.

Seguimos para fora do hospital enquanto eu mandava mensagem a todos incluindo James e Tânya para irem até a fazenda, os dois haviam entrado no circulo e acabaram ficando, dirigi de volta a Forks sentindo meu coração pular de felicidade, Bella ainda estava amedrontada com a ideia, mas parecia tão apaixonada com a história quanto eu.

Assim que entrei na fazenda pude ver os carros de nossos amigos e da mãe de Bella, eu sai do carro e abri a porta para ela, estendendo minha mão a puxei para fora, ela me abraçou e respirou fundo.

–Tomara que eles não surtem! –Ela exclamou e eu ri.

–Eles vão amar a ideia. –Eu a puxei para dentro da casa e todos nos olharam da sala, Bella mordeu os lábios e reparei que todos estavam sérios, e então me lembrei que ninguém imaginava que Bella estaria gravida, todos pensávamos que podia ser qual quer coisa menos isso. –Temos uma boa noticia.

–Então fale logo. –Phil disse.

–Eu vou ser pai! –Exclamei e todos logo começaram a gritar, Jacob alcançou Bella primeiro e ela riu ao abraça-lo eu sabia que Jacob sabia todos os sentimentos de Bella, tudo que ela sentiu naquela época e sabia que ele compartilhava mais dessa vitória do que muitos na sala.

–Parabéns cara. –Ele me abraçou logo depois e eu o retribui. –Cuide dela.

–Eu vou, com minha vida se for preciso. –Eu respondi e ele sorriu.

Logo todos estavam conversando sobre ser menino ou menina, sobre nomes e tudo que precisaríamos fazer para resolver tudo, Bella estava sentada em meu colo e apenas ria da situação toda.

–Mais se for menina precisa ser um nome lindo. –Renée disse e Bella mordeu os lábios parecendo estar longe.

–Podia ser Isadora. –Eu sussurrei em seu ouvido e ela me olhou, seus olhos brilharam e ela tocou meu rosto docemente.

–Obrigada. –Ela sussurrou calmamente.

Durante o jantar percebi Bella se afastar, mas há deixei um minuto sozinha, talvez ela precisasse se acostumar com a ideia um pouco e eu não a queria sufocar.

Pov Bella.

Sai da sala deixando eles animados com a ideia, não é que eu não compartilhava dessa animação, mas a ficha ainda não havia caído, eu estava na volta da casa, mantendo ela sempre a vista apenas mexendo as pernas, até sentir braços em minha volta, eu gritei o mais alto que eu pude.

–Caladinha vadia. –Ouvi a voz de Jenna e temi como nunca temi antes, afinal agora não era apenas eu e sim o bebê que crescia no meu ventre. –Vamos lá eu quero ver minha querida filha.

Andamos até a casa, ela mantinha uma arma em minha cabeça, assim que pisei dentro de casa todos se levantaram assustados, Jenna tinha um sorriso doentio nos lábios, e vi Victória estremecer.

–Se querem que ela fique viva, vocês vão fazer o que eu mandar. –Ela disse apertando o cano da arma na minha nuca. –Victória filha. –Ela chamou. –Amarre-os.

Ela jogou a corda que só então eu notei para Victória que estremeceu e vi uma lagrima cair dos seus olhos, ela parecia pronta para recursar, mas Ben se sentou e colocou as mãos para trás na cadeira a dizendo silenciosamente para o amarrar, eles sabiam que aquilo seria o melhor.

Victória e eu éramos as únicas não amarradas além é claro de Jenna, que continuava com a arma na minha cabeça, Victória se sentou no sofá com medo, eu a encarei nos olhos tentando lhe passar forças.

–Por que esta fazendo isso Jenna? -Meu pai questionou.

–Calado ou eu explodo seu cérebro. –Ela disse e eu respirei fundo tentando controlar o medo em mim.

–Pai. –Eu chamei. –Por favor. –Eu implorei pedindo que ele ficasse calado.

–Por que esta fazendo isso mamãe? –Victória questionou e eu percebi que ela estava atuando, não para mim, mas para Jenna.

–Por você querida. –Jenna disse e eu a olhei me afastando um pouco com sua distração. –Você não pode ver o que essa vadia e a irmã dela fizeram? -Ela questionou, eu controlei o ódio pelo jeito que ela falou da minha irmã, guardando-o para mais tarde. –Você era pra ser a única filha de Carlisle, tudo isso deveria ser seu, a casa, os carros, o amor dele, tudo deveria ser somente para você.

–Mas Carlisle me ama! –Victória explodiu se pondo de pé. –Eu não quero o dinheiro dele, eu não quero ser filha única, eu quero poder ver Isabella todos os dias, ela é minha irmã, ela me ama e eu a amo, e eu queria conhecer Isadora, queria poder ter abraçado ela, saber que tinha uma irmã mais velha para me proteger como ela protegeu Bella, você me tirou tudo isso, você me tirou o direito de ter com minhas irmãs uma amizade.

–Como você pode ser tão ingrata? -Jenna questionou e Victória deu um passo em direção a mãe.

–Você não esta fazendo isso por mim Jenna. –Ela disse com raiva. –Esta fazendo por si mesma, por que mesmo Carlisle tendo traído Renée ele preferiu ela a você e imagino como você se sentiu quando ele veio para Forks e se casou com Esme em vez de te procurar, você é uma invejosa. –Victória disse. –Charlie podia não valer nada, mas o que você fez e o que você continua fazendo, você é pior que ele e até mesmo se bobear pior que Ângela.

Jenna deu um tapa no rosto de Victória e aquilo fez com que eu perdesse a cabeça, eu a puxei pelo cabelo aproveitando sua distração a fazendo soltar a arma a joguei no chão e a chutei com força.

–Solte eles. –Eu gritei para Victória. –Você vai me pagar por ter matado minha irmã, ter feito que eu tivesse meu mundo ruído tão nova, vai me pagar por machucar Edward e vai me pagar por machucar minha irmã. –Eu disse irritada. –E dessa vez eu estou falando de Victória.