Sobreviva escrita por Marcel Vianna


Capítulo 4
Na escola


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, demorou para vir ideias na minha cabeça. :p



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– AI CARALHO !! - gritamos em uníssono dando um pulo para trás

Levamos um grande susto com aqueles três filhos da puta vestindo o uniforme da lanchonete, mas antes de qualquer tipo de pensamento, por puro reflexo, ataquei o zumbi da esquerda com minha picareta, acertei-o bem na bochecha, e a ferramente perfurou sua maça do rosto e acabou saindo pelo centro de sua boca podre.

– Merda, minha picareta, parece que a perdi - falei recuando lentamente

– Bom, pelo menos este mordedor não poderá nos morder com ela no centro da boca - respondeu Lucas fazendo o mesmo que eu

Mal dando tempo de iniciar uma conversa, os três mortos-vivos avançaram para cima de nós, mas por muita sorte, conseguimos desviar do ataque e começar a correr para dentro da escola, e tentar realizar uma fuga.

– Para onde estamos indo ? - perguntei

– E você se importa ? Melhor do que ficar lá com aqueles três zumbis ! - respondeu

– Tem razão, mas e minha picareta ? Sem ela estamos desarmados

– Vamos achar alguma coisa lá na frente, acredite - respondeu ganhando velocidade

Fugimos do local sem nem se preocupar com a comida da lanchonete, ela já podia estar contaminada por causa daquelas três aberrações, e também, enfrenta-los sem arma é suicídio.

Ficamos correndo como loucos por mais ou menos 2 minutos, comparando a nossa velocidade com a deles, achamos que os despistamos.

– Bom, acho que nos livramos deles por algum tempo - falei ofegando

– Acho que sim - concordou ofegando também

– Que horas tem ai ? - perguntei

Lucas não respondeu, ainda esta puxando ar, mas ele levantou o braço para poder ver o horário.

13 : 47 min | 29 s | 17 / 7 / -6

– Por que tem um número apagado aí ? - perguntei encarando o relógio

– Não sei, acho que bateu em algum lugar - respondeu

– Ok, vou procurar por algo para podermos usar como arma - falei

Lucas concordou e se afastou, subiu uma escada aqui perto para fazer algo que sinceramente não sei bem o que é, enquanto isso, fui procurar nas plantas se achava algo de interessante, mas no decorrer dos minutos só achava galhos com uma ponta um pouco afiada que seja e pedras lisas, mesmo não sendo muito bom, os separei em um canto para caso não achasse nada melhor.

– Ainda não achei nada de interessante ! - falei alto para Lucas escutar lá encima

– Procura um pouco mais ! Tenho certeza que você irá achar algo ! - respondeu igualmente alto para eu poder escuta-lo com clareza

Ouvi o conselho dele e voltei a procurar por mais alguma coisa interessante, mas dessa vez, não fiquei pegando todas as pedras que via pela frente, fui tirando elas do caminho até achar algo realmente útil, no meio de tudo, acabei me espetando por algo que estava somente com a ponta desenterrada, então como qualquer um ia fazer, desenterrei e encontrei uma bela chave de fenda, ela tinha o metal comprido, ótimo para confronto corpo-a-corpo com os zumbis, mas antes mesmo de dizer uma única palavra Lucas começou a gritar.

– MARCEL !! ELES ESTÃO SE APROXIMANDO ! VEM LOGO ! - gritou Lucas

– Quem ? - perguntei

– OS TELETUBIES ! - berrou - QUEM VOCÊ ACHA ?

Coloquei a nova ferramenta no bolso, lógico que coloquei a ponta para cima, não sou idiota, corri as escadas e fui em direção a Lucas

Ficamos correndo pelo corredor mais próximo, e olhando para o lado de fora, percebi uma coisa, nenhum dos zumbis que estavam indo para nossa antiga localização estava com uma picareta no rosto, e também estavam usando roupas diferentes, pelo que me lembro, os outros estavam com o tipico uniforme de lanchonete, mas esses não, e pelo que sei, mortos-vivos não sabem trocar de roupa.

– Merda - falei desacelerando - Não são os mesmo zumbis de antes, olhe eles !

Lucas demorou um pouco para responder enquanto isso reparei nos mordedores que estavam lá fora,o da direita usa uma toca cinza rasgada e cheia de buracos, com o casaco no mesmo estado e uma calça jeans rasgada e cheia de sangue, o da esquerda estava usando um traje formal rasgado e encharcado de sangue, e o do meio na sua vida humana era uma mulher com uma roupa escrito com enfeites dourados " God Save The Queen ", e shorts jeans rasgados.

– Eu sei, por que acha que gritei tão desesperado para você ?

– Isso é mal, muito mal - falei com um nó na barriga - Se esses estão aqui, onde estão os outros ?

– Não importa, o que importa é acharmos mais algumas armas, só uma chave de fenda não vai nos ajudar - falou Lucas

– Como sabe da chave de fenda ? Eu ainda não te contei

– Não sou cego, da para ver ela saindo do seu bolso

Depois de um tempo ficamos entrando em cada sala que encontramos no cominho para ver se achamos alguma outra arma, mas nada de interessante sai de lá, isso era um pouco lógico, boas ferramentas que podemos usar como arma são bem difíceis de se encontrar em uma sala de aula, mas o apocalipse zumbi está acontecendo neste exato momento, então eu já dei um foda-se a lógica à muito tempo.

– Nada útil nessas salas, esquece o que eu disse vamos logo - falou Lucas

Fiquei quieto por um instante, pensando, e torcendo para que uma ideia apareça na minha cabeça.

– Já sei ! - falei animado - Tive uma ótima ideia ! Ou pelo menos uma ideia que não é horrível...

– No que você pensou ?

– Bem, logo logo irá descobrir - falei entrando em uma sala - Só lhe digo que sempre quis fazer isso

Fiquei admirando algumas carteiras, até achar a mais ferrada de todas, quando a encontrei, cheguei perto, a peguei, ergui ela no ar feliz da vida.

– Um sonho será realizado agora - falei animado

Joguei a carteira com toda a minha força na parede cheia de azulejos tão brancos que refletiam a luz das lâmpadas, então a única coisa que vejo a seguir é uma coisa que sempre quis ver em chamas, se despedaçando.

– Por que você fez isso ? - perguntou Lucas

– Ferro dessa cadeira que se soltou pode servir como um bastão - respondi

Peguei um, o joguei para Lucas, agora ele tinha uma arma, e podemos ir.

– Tudo bem, agora podemos ir - falei

– Espera, enquanto você estava destruindo uma coisa de domínio público, eu tive uma ideia.

– O que ?

– Vou precisar de álcool

– Pra que você vai querer álcool ?

– Para usar nos ferimentos do grupo, e até pode ser útil em outras coisas, agora vai lá na cozinha e pega alguns fósforos - respondeu

– Descer lá sozinho ? Nem pagando ! - respondi

Lucas ficou procurando pela garrafa que queria mas não achou nada

– Ok, eu vou com você, deve ter só na enfermaria

– Então vamos logo

Descemos a escada sem nenhuma preocupação, chegamos no objetivo bem depressa, sem nenhum obstáculo no caminho

– Lembre de pegar mais coisas além do álcool, como algodão ! - lembrei Lucas

– Certo !

Entrei na cozinha surpreendentemente limpa, somente com alguns pratos quebradas no chão e comecei a procurar pelos fósforos abrindo todos os armários que via pelo frente, no sexto já comecei a ficar irritado, não achava nada !

– Se não for esse eu desisto ! - falei

Abri o sétimo bem devagar e encontrei talvez a melhor coisa que já tinha visto nesta escola, um machete !

Me segurei para não ficar pulando de alegria e fazer muito barulho o peguei e fui para o próximo armário, logo neste e acho os fósforos e saio feliz da cozinha, encontro Lucas do lado de fora me esperando com um kit médico em mãos.

– Bela machete

– Valeu, acabei de encontrar, agora vamos logo

Saimos da porta esperando nossos amigos animados para nos receber, mas tudo que achamos foi um vazio sinistro.

Todos haviam sumido.

o peguei e fui para o próximo armário, logo neste e acho os fósforos e saio feliz da cozinha, encontro Lucas do lado de fora me esperando com um kit médico em mãos.


– Bela machete


– Valeu, acabei de encon


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Notas finais do capítulo

TAM-TAM-TAM



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