Lost Memory escrita por Nellie


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Título suspeito, não? Haha... Mais um capítulo, mesmo não tendo nenhum comentário =( Enjoy!



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Faz um mês desde que eu voltei pra casa. Depois que acordei, fiquei apenas uma semana no hospital, para fazer alguns exames e logo recebi alta. Em casa, eu comecei a tomar remédios toda hora, e ficava com sono muito frequentemente. Praticamente só comia e dormia. Também ficava muito nervosa, chorava por pouco. "Efeito dos remédios", diziam os meus pais.

Em uma tarde de sol, resolvi passear pela praia, em frente à minha casa. Ela era muito bonita, principalmente no pôr-do-sol. Malibu ficava cheia o dia inteiro, e à noite também, quando vários adolescentes se juntavam e faziam festas e luaus.

A minha mãe, por início, não permitiu, mas eu insisti, alegando que estava bem e que eu sabia o caminho de volta para casa e ela permitiu, desde que eu não demorasse muito.

Fui andando descalça na parte da areia em que as ondas se quebravam, tocando meus pés. Era uma sensação tão boa! Eu finalmente estava livre daquela prisão, finalmente estava em casa. Mas parte de mim estava trancada, parte importante de mim, da qual eu não conseguia me lembrar. O fato de ter perdido a minha memória ainda me abalava, mas eu começava a me conformar que nunca a teria de volta.

Os meus pais tentavam me confortar, dizendo que eu poderia construí-las como quisesse, desde que eles estivessem comigo em cada imaginação.

Estava andando sem rumo, em uma parte da praia onde haviam grandes pedras no meio do mar, de onde várias pessoas pulavam na água, quando bati de frente com um garoto, que me segurou pelos ombros para que eu não caísse.

–Sugar? Melissa Sugar? -Ele perguntou, com uma voz rouca e sexy, me fitando com aqueles olhos cor de mel hipnotizantes.

–Sou eu. Me desculpe, mas eu te conheço? -Franzi o cenho, tentando ser o mais educada possível.

Ele riu baixo como se estivesse debochando de mim e perguntou:

–É sério? Você não se lembra de mim?

–Deveria me lembrar? -Arqueei uma das sobrancelhas.

–Sou Daniel Smith, não se lembra? -Ele sorriu, parecendo um tanto feliz com o fato de eu não me lembrar dele.

–Não, eu realmente não me lembro. Na verdade, não me lembro de quase nada. Culpa daquele acidente maldito. -Bufei. -Nós eramos amigos?

–É.. Isso. Você não se lembra mesmo?

Balancei a cabeça negativamente.

–Nem do... Nosso... Beijo?

Nesse momento eu engasguei e olhei para ele com as duas sobrancelhas arqueadas. Ele sorriu ao ver a minha reação e perguntou se eu estava bem, mudando sua feição para preocupada logo depois.

Tranquilizei-o e nós fomos caminhando em direção à minha casa, enquanto conversávamos.

–Então você saiu do hospital há um mês? Nossa, eu não sabia. Fiquei com medo de te visitar... -Seu olhar parecia distante, e seus olhos estavam nebulosos.

–Medo? De quê?

–Você não entenderia.

Resolvi não insistir e sorri para ele, enquanto dizia:

–Já posso voltar para a escola! Nós somos da mesma sala?

–Somos. -Ele finalmente olhou para mim, mas nós já estávamos na frente da minha casa.

–Não quer entrar? Acho que a minha mãe estava fazendo pudim!

–Ahn, desculpe. Não posso, quem sabe outro dia?

–Ah, pode ser... Nos vemos na escola então, Daniel. Não posso demorar. -Acenei, e ele sorriu, me puxando pelo braço.

Me virei de frente para ele e ele selou nossos lábios, num selinho rápido.

Sorriu e eu entrei em casa, dançando pela sala fazendo minha saia preta voar para os lados. Fui até a cozinha e a minha mãe me observava pelo canto dos olhos enquanto desenformava um pudim de leite, achando que eu não estava percebendo. Sentei-me no balcão de frente para ela e ela perguntou:

–O que aconteceu? Você está tão esvoaçante! O rosto corado... Ah, garotinha, acho que vou deixar você sair mais vezes!

Sorri para ela enquanto pegava uma fatia fina de pudim. Subi as escadas, quase batendo de frente com o meu pai no corredor e entrei no meu quarto, sorrindo para o nada como uma boba.

Eu estava sendo fuzilada de pensamentos, a minha cabeça tentava se decidir em qual prestar atenção.

"Será que foi o meu primeiro beijo? Não pode ser, eu tenho quase 16 anos! Será que nós eramos namorados? Será que as pessoas ainda vão querer saber de mim?"

Cansada de culpar o acidente, fui para o banheiro que ficava na minha suíte e tomei um banho quente bem demorado.

Penteei os meus cabelos loiros, quase dourados e os prendi em um rabo de cavalo, a franja escapando pelos lados. Vesti um pijama de moletom fofinho, que me deixava parecendo uma menininha, e, sem nem jantar ou dar boa noite aos meus pais, adormeci.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Percebi que já tenho algumas leitoras! Por favor, cometem, digam o que acharam! Como disse uma das minhas escritoras favoritas aqui no Nyah, a Juliiet, fantasmas são temidos, não bem-vindos. Bom, é isso. Kisses...



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