E Se Eu Não Voltasse, Você Sobreviveria Sem Mim? escrita por GiGihh


Capítulo 28
Ultimos momentos...?


Notas iniciais do capítulo

Oiiie!
Sei que demorei, mas estava com um enorme bloqueio. Sabia o que faria, mas não conseguia me expressar em palavras.
Bom ficou curtinho, mas eu amei! Desculpem qualquer erro e se manifestem, ok?
Boa leitura!



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SADIE

Assim que prendemos a Lua em uma arvore, Walt me tomou nos seus braços e pulou nas águas fundas. Brincamos bastantes, jogamos água um no outro, puxamos e empurramos para o fundo, e, mesmo lá no fundo, continuávamos a brincar. Nossos corpos deslizavam sempre muito perto um do outro; isso me fazia sentir um frio e um calor que iam e vinham com rapidez...

Mas vocês não querem saber disso, não é? Interessam-se pelo que veio depois...

Quando subimos a superfície a distancia não existia. Nenhum de nós dois tinha fôlego algum; só não sabíamos se culpávamos o tempo embaixo da água ou se era a proximidade. Uma das minhas mãos descansava em seu ombro (melhor dizendo, eu me apoiava em seu ombro). Não sei bem como nós pensávamos, mas agíamos como nossos corações mandavam. Suas mãos enlaçaram minha cintura ainda embaixo da água. O arrepio frio e quente voltou. Walt se aproximou e eu não o impedi...

Seus lábios chegaram aos meus úmidos e doces, sedentos de verdade. Era como se nós dois fossemos feitos de cristal ou um material ainda mais frágil. Cada toque era tão puro e suave que quase não me lembro de senti-los nos meus lábios. Nossa pele antes fria, agora estava quente quase fervendo. A água de repente me pareceu ainda mais fria, misturando a sensação aos outros montes que se formavam em mim. Em algum instante no meio disso, a camiseta de Walt foi parar junto com os meus jeans. Mas nada disso impediu o beijo de ser lento e suave.

... Não imagino como soube, mas agradeço a qualquer deus por ter descoberto. Estava completamente alheia ao mundo ao meu redor; os lábios dele eram tudo o que eu conhecia e realmente me importava, mas... Ao fundo o ruído das folhas sobre os pés de alguém eram intrusos a minha mente.

O vai e vem de seus lábios dificultava meu raciocínio, sendo que eu já estava completamente perdida e milhões de sensações diferentes...

O ruído das folhas sob os pés de alguém estavam mais perto... Tinha qualquer coisa de errado com aqueles passos...

O calor dos braços de Walt me mantinha refém. Com a mesma delicadeza e leveza do beijo, o apertei contra mim...

Um galho foi quebrado e eu empurrei Walt para o fundo do rio. Surpreso, ele deixou que eu o puxasse até o fundo. Seus olhos me diziam o quanto estava confuso. Voltei a colar meu corpo ao seu e toquei seus lábios com um dedo, logo em seguida olhei para cima... O som do tiro foi audível até embaixo da água... E a bala passou a centímetros de Walt. Eu o puxei para ainda mais perto de mim e ele me prendeu em seus braços...

O dono da arma murmurou qualquer coisa, mas era visível que não sairia da beira do rio. Segurei a mão de Walt e comecei a puxá-lo na direção da cachoeira. Nadamos até lá ainda de mãos dadas e seguindo pelo fundo. Era fácil saber onde as águas caiam; era só seguir a corrente mais fria. Puxei Walt até lá e assim que passamos pela queda d’água eu o soltei. Subi a superfície quase desesperada por ar e ele veio depois.

Uma espécie de caverna existia escondida pela vegetação e pelas águas. Voltei a nadar até já não ser possível; subi na rocha e voltei para olhar Walt. Ele seguiu o mesmo caminho que eu. Ele se encontrava sem camisa e com os pés descalços; em algum momento seus tênis haviam sumido no fundo do rio, mas nada disso importava mais.

O som das águas deveria encobrir nossos passos e as respirações quase ofegantes. Duas coisas inesperadas em uma mesma hora. Isso era demais até pra mim. Meus passos pareciam seguir firmes e seguros, mas as batidas do meu coração discordavam. Bom... Não era uma caverna. Eram alguns túneis ainda em rochas que seguiam em diferentes caminhos. Guiei Walt até a primeira bifurcação dos túneis. Encostei minhas costas na parede buscando qualquer apoio. Walt fez o mesmo, só que na parede a minha frente.

-Você sabe onde estamos? – ele perguntou em voz baixa. Estávamos longe da cachoeira, mas eu ainda conseguia ouvir o cair das águas.

-Eu descobri esses túneis quando tinha uns cinco anos. – minha voz parecia um sussurro frio – acho que ninguém mais sabe deles. Um desses pode nos levar para cerca de uma milha de onde deixamos a Lua... Mas eu já não sei qual.

Os túneis por si só já eram escuros e úmidos, agora estavam começando a ficarem negros como corvos. A noite se aproximava e eu pretendia chegar até meus avôs pelo menos junto com a lua e não achar a minha Lua quando a escuridão já se fizesse presente.

-Vamos tentar esse aqui. – Walt sugeriu o da esquerda e nós nos embrenhamos nas sombras. Andamos alguns poucos passos, mas eu já não conseguia ver um palmo a minha frente.

Um ruído de passos rápidos e de pedras rolando pelo chão me chamou a atenção.

-Walt, por favor, me diz que isso foi você. – pedi com a respiração já falha pelo medo.

-Só se você quiser que eu minta. – a voz dele estava quase no mesmo estado que a minha. Ele pegou minha mão e demos meia volta. Dessa vez nos corremos e voltamos a chegar à antiga bifurcação. Nós seguíamos agora pelo túnel da direita, o mesmo que havíamos ignorado antes. Ele estava muito mais escuro que os outros. Os nossos passos se misturavam aos do estranho e ambos ecoavam pelas paredes.

 Fechei meus olhos e pensei desesperadamente na bolinha de luz... Ela surgiu e começou a flutuar seguindo o caminho pela rocha. Soltei a mão de Walt e nós dois corremos ainda mais. Estava começando a sentir uma pontada de esperança quando senti a primeira pontada de dor. Walt me jogou contra a parede e a arma foi disparada. A bolinha sumiu no ar e a escuridão voltou a se fazer presente.

Eu sentia a rocha irregular e áspera na minha pele e ouvia os sons de luta e disparos de arma. Sabia que Walt lutava com alguém, mas já não posso descrever nada. Eu sentia um medo crescente na garganta; Apófis não estava brincando. A cobra podia manipular quem quisesse para me matar... Qualquer um que julgasse a beleza mais importante. –Varias fariam o mesmo que Andrea, muitos variam por ela. Não vê? Sua alma será minha, não importa o que aconteça... Mas quer que eu tire a vida do jovenzinho que lutou tanto para estar vivo hoje? – a voz da serpente incomodava meus ouvidos.

Não sei como, mas comecei a enxergar; podia ver varias formas na escuridão. Não via nada com clareza, mas já tinha uma leve noção do que acontecia:

O túnel era largo e Walt e outro cara brigavam de forma feroz, ambos disputando a posse da arma. Achei uma pedra pontiaguda e a tomei em mãos. Vários disparos... E de repente Walt estava no chão... E o meu mundo também.


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Notas finais do capítulo

E????
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Mereço recomendações?
Digam amores!



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