Terça-feira.

Trim! Trim! ~barulho de despertador~

Ah não.. De novo NÃO!

Dessa vez eu vou MATAR ESSE GAROT... Ah é o meu, ops.

Desliguei aquele aparelho repugnante que marcava 8:30. Me levantei, fui ao banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes, percebi que ainda estava com a mesma roupa de ontem... quando cheguei em casa a noite estava tão cansada que nem coloquei o pijama. Amarrei o cabelo num coque meio solto, sai do quarto fui para o fim do corredor onde se encontrava o quarto da minha mãe, que não estava lá. Desci as escadas fui até a sala também não se encontrava ninguém, na sala de jantar também não, me dirigi até a cozinha para tomar café e me deparo com a tal figura.

Castiel na frente dos balcões, parecia estar procurando alguma coisa, estava de costas para mim por isso ainda não tinha me visto, ele estava de pés descalços, uma calça de moletom preta e sem camisa... não pude deixar de encarar por alguns segundos o abdômen bem definido de Castiel... No que você está pensando sua tarada? É o seu primo...

-Onde está todo mundo? – perguntei e Castiel se virou me olhando surpreso.

-Bom dia pra você também! – ele disse soltando seu famoso sorriso de canto e depois voltando a atenção no que procurava – Cinthia e Elizabeth saíram e Cristian foi para uma reunião. Ah! E hoje é dia de folga da Nana. 

-Por que não diz pai e mãe? – eu perguntei franzindo a testa.

-Sei lá... prefiro Elizabeth e Cristian. – ele disse ainda mexendo no armário.

-Hum... o que você ta procurando?

-A ração... do...Dragon...-ele disse entre pausas – ACHEI!

-Dragon?
 

-É, Dragon, meu cachorro. – ele disse pegando a ração e colocando numa tigela de plástico em cima da mesa.

-Não sabia que vocês tinham um cachorro.

-Vocês não... eu. – ele disse pegando uma camiseta gola ‘’V’’ preta da cadeira e a colocando-a (que pena).

-Seus pais não sabem que você tem um cachorro? – eu disse com os olhos arregalados.

-Não... claro que eles sabem, eles só não gostam muito de cachorros. Até por que seria difícil esconder o Dragon deles...

-Por que? – eu perguntei

-Por que não descobre sozinha? – ele disse apontando para o pátio fechado da casa.

-Ele está lá no pátio? – eu perguntei e ele assentiu. Então fui direto para o pátio, eu amo cachorros, já estava pronta pra me jogar no chão e apertar a coisa fofa!

Entro e me deparo com o contrario do que achei que fosse... aquilo não era um cachorro era um dinossauro! Ele era enorme, ok deu de exageros juliana, mas ele era grandinho sim. Ainda bem que ele estava de coleira, e a coleira estava amarrada em sua casinha, assim ele não poderia se avançar e digamos... me comer viva!

-Oh Deus! – eu disse e Castiel apareceu atrás de mim

-ele não é uma fofura? – disse castiel num tom irônico.

-Ah claro! Muito fofinho. – disse devolvendo o tom irônico.

-Por que não faz carinho nele? – ele disse jogando o sorrisinho de canto.

-TÁ LOUCO? ELE VAI ARRANCAR A MINHA MÃO FORA!  - eu gritei

-Nunca julgue um livro pela capa. – ele disse. Castiel estava calmo e de bom humor hoje... estranho.

-Ele não vai me morder né? – Eu falei e ele negou com a cabeça. – ok Então, mas se eu perder algum membro do meu corpo a culpa será sua! – ele riu.

Fui até Dragon e fiz carinho nele, e ele começou a abanar o rabo até se deitou de barriga para cima, e é claro como todo mundo normal nesse mundo, eu fazia carinho em dragon e chamava ele de fofinho, bom garoto... com voz de criança.

-Viu só? – Disse Castiel se aproximando e fazendo carinho em Dragon também. Logo Castiel foi buscar a ração que deixou em cima da mesa da cozinha e trouxe para dragon que devorou tudo em menos de 2 segundos.

-Pera aí! Hoje é terça-feira não é? – Castiel assentiu – E são ...- eu disse olhando no meu relógio de pulso e completei – nove horas – de novo ele assentiu – VOCÊ DEVIA ESTAR NO COLÉGIO!

-é eu sei, eu não fui. – ele disse

-E o seus papais sabem disso? – eu falei com uma cara de chantagista.

-Não. E você não vai contar. – ele disse me fitando.

-Vou pensar no seu caso...Se você continuar com esse bom humor eu não conto. – eu falei com um sorriso de canto para ele.

-Daqui a pouco as nossas mães chegam, e Elizabeth não pode me ver em casa, então a gente vai dar uma volta. – ele disse com um sorriso malicioso nos lábios.

-A gente? – ele assentiu. O que ele pretende? (lê autora: nem te conto MUAHAHAH) – Você quer que eu te ajude a cabular aula? – eu falei surpresa

-Não, eu vou te mostrar como é matar aula.

-O que te faz pensar que eu nunca fiz isso? – eu falei com um tom superior cruzando os braços. E ele me olhou desconfiado não acreditando. E logo eu me entreguei – Ok, eu nunca cabulei aula. – ele começou a rir.

-Vai se arrumar! – ele mandou, eu resmunguei mas logo obedeci e subi as escadas.

                ....Continua no próximo capítulo...