Finalizo a chamada.

–Você se importa. – digo passando por ele e indo em direção as escadas com um sorriso de vitória...

–Você é louca garota? – Castiel diz furioso me seguindo escada a cima.

–Foi só uma brincadeirinha. – digo sorrindo inocentemente como uma criança. Mas na verdade estava assustada com a cara que ele fazia.

Ele sorriu maliciosamente. Estávamos no meu quarto já. Tentei sair mas ele impediu. Estava na minha frente. Fechou a porta.

– Então você gosta de brincar? - Ele começou a andar em minha direção. Eu recuava assustada, ou talvez não fosse medo, fosse outra coisa. Desejo? Impossível, não pode ser. Não pelo meu primo...

Continuei recuando, até que minhas pernas chegaram nas pernas da cama e eu fui ficando indefesa do que estaria por vir dele...

– Que tal a gente começar uma nova brincadeirinha? - Ele me empurrou para a cama.

Eu deveria estar brigando, gritando, mas minha voz não saia, meu cérebro não me obedecia. Eu estava ansiosa. Mas por que?

– Sa... - Tento encontrar minha voz, mas ela sai apenas em um fio. - Se afasta.

– Por que? Pensei que gostasse de brincar. – Ele sobe na cama. Eu me empurro para trás. Tentando fugir, mesmo que por dentro meu corpo parece pedir para pular nele.

Por que?

– Já chega. - Me obrigo a ficar séria - Isso não tem graça.

- Não é pra ter graça.

Sua mão alcançou minha perna nua e minha minha mente viajou por tantas idéias loucas. Um calor começou a me incomodar entre as pernas.

Sua mão foi subindo. Seus olhos não deixavam os meus.

– Eu já entendi seu ponto... - Digo mal podendo esconder meu gosto por tal gesto - Não farei mais brincadeirinhas com você.

Ele esta em cima de mim... Sua mão passou por cima da minha saia colada, alcançando minha cintura. Eu desviei de seus olhos e encarei seus lábios. Eles vinham em minha direção, poucos centímetros... poucos... ele me alcançou...

Lábios quentes alcançaram os meus. Primeiro num roçar, depois uma mordida no meu lábio inferior.
Ele me olhava ainda. Não deixou de fazê-lo em nenhum momento.
Um gemido rouco ecoou entre nós dois. Ele sorriu levemente, então eu percebi que o gemido vinha de mim.
Eu estava totalmente fora do controle, o que estava acontecendo comigo? minha respiração descompassada, excitada em antecipação, esperando...

– Nunca.mais.brinque.comigo. - Ele disse sério e então se afastou.

Ele parou na porta e me deu um sorriso de que ia de orelha a orelha, então saiu e fechou a porta. Me deixando sozinha, quente...
Eu me deixei cair na cama enquanto tentava me acalmar e entender o que havia acontecido. Eu não o impedi, em nenhum momento, a não ser com palavras, mas elas pareceram mentira no momento em que deixaram minha boca.