Taruto e Pudding estavam na casa da Mew laranja (NAT: é laranja?) contando aos irmãos da menina todas as aventuras que tiveram no decorrer dos anos como Super Gatinhas e Cinyclons inimigos (NAT: acho que é assim que escreve). Com o passar das horas de história, todos começaram a ter fome e Pudding resolveu ir fazer um belo almoço para os irmãos e o convidado. Taruto estava muito curioso em saber como Pudding conseguia sustentar os irmãos sozinha, trabalhar no Café, e na época de Mew Mew, como conseguia tempo pra tudo isso? Resolveu perguntar:

-Como você conseguia tempo e dinheiro pra cuidar dos seus irmãos e da casa, trabalhar e ser uma Mew Mew?

-Sabe, no começo foi difícil, até mesmo porque eu tava muito abalada com a morte da minha mãe, mas depois eu percebi que se eu ficasse trancada no quarto chorando, ia perder meus irmãos e toda a minha vida, e eu sei que minha mãe não iria querer isso pra nós... Além disso, no tempo que eu trabalho no café, os meus irmãos ficam na escolhinha e eu ganho dinheiro trabalhando lá, mesmo quando vocês resolviam atacar nós ganhávamos nosso salário... Então depois de muito tempo, a professora da escolhinha da minha irmã acabou descobrindo tudo e resolveu cuidar de nós, embora ela continue trabalhando e vivendo na casa dela e nós aqui, ela disse que sempre podíamos contar com ela pra tudo. – Terminou a menina com o olhar um pouco distante e pensativo, mas, ainda sim feliz.

-E o seu pai? Nunca ajudou vocês com nada? – Perguntou o alien mais novo.

-Nosso pai sumiu a muitos anos, não sabemos nada sobre ele. – Agora sim ela estava triste. – Só que eu não to triste por isso, não mais... Eu sei que as meninas estão do meu lado e você também!!! – Dizendo isso a menina pulou no pescoço de Taruto que por sua vez, ficou vermelho ao ouvir aquilo.

-Não me abraça assim, eu não sou seu amigo, e vê se faz logo esse jantar, eu to com fome...

-Quer dizer que se você não é meu amigo, então você não ta do meu lado? – Disse a menina com os olhos marejados. Taruto se sentiu mal ao ver aqueles olhos tão grandes e lindos, agora tão tristes e molhados.

-É claro que eu to do seu lado, então eu sou seu... Ami-mi... Amigo. – Disse com certa relutância por estar envergonhado. Ele tirou do bolso uma bala, ainda embrulhada e mostrou-a para a menina.

-Você ainda tem? – Perguntou com os olhos brilhando de alegria.

-É claro que eu tenho. Achou que eu ia esquecer meu primeiro presente da minha primeira e melhor amiga? Jamais. – Dizia Taruto com tom sério, como se repreendesse a pobrezinha, que logo pulou de novo em seu pescoço, mas dessa vez ele a abraçou também.

-Melhor amiga. – Repetiu ela. – Taru-Taru, obrigada. – Completou a menina, o abraçando mais forte.

-Sabe irmãzinha... Não quero estragar o clima, mas tá todo mundo com fome, sabia disso? – Perguntou um dos irmãos.

-Desculpe, vou terminar em alguns minutos, agora vá pra sala e prepare a mesa pra comermos. – Disse Pudding ao pequeno.

         Quando Pudding terminou o jantar, Taruto ajudou-a a levar a comida, e assim comeram da maravilhosa comida de Pudding. Taruto gostou tanto que repetiu três vezes, todos o olhavam com uma cara de espantados.

-Desculpa, mas fazia tempo que eu não comia alguma comida tão boa assim. – Falou Taruto, um pouco envergonhado, sem perceber que também deixou Pudding corada por dizer que sua comida era boa.

-Agradeço pelo elegio da comida, ficou muito satisfeita por você gostar ^.^ - Disse a menina muito feliz.

-Bom, a comida estava maravilhosa, mas vamos arrumar toda essa bagunça logo. – Dizia o alienígena se levantando.

-Por que tanta pressa, Taru-Taru? – Perguntou a Mew curiosa.

-Bom, tenho que ajuda - lá com essa bagunça e depois ir pra nave dormir, tivemos um dia bem cansativo... – Respondia aquilo com certo cansaço em sua voz, que foi logo percebido por um dos irmãos de Pudding.

-Você poderia dormir aqui. Já está tarde e você deve estar cansaço pra dar um jeito de chegar a nave ou sei lá o nome daquilo... – Disse o menino.

-É uma idéia maravilhosa!!! – Dizia Pudding com alegria demais na voz, o que fez com Taruto também ficasse feliz, sem ao menos perceber o motivo.

-Não sei não... – Disse isso e quando olhou pra cara pidona da amiga ficou imóvel com a imagem e pensou melhor em sua resposta. – Só se vocês não forem me acordar cedo.

-TARU-TARU!!!!!Vou preparar o quarto da mamãe pra você agora mesmo!!! – Disse a menina se retirando do local.

-Sabe que só deixamos que dormisse aqui por que você faz minha irmã feliz como ninguém, não é? – Disse um dos meninos.

-Agradeço muito a vocês, é ótimo poder estar perto da sua irmã, e é muito melhor saber que ela se sente bem perto de mim, foi ela quem me fez mudar de lado, deixar pra trás as guerras e voltar pra humanidade em paz, por ela eu quis voltar a este mundo tão diferente do meu. – Respondeu o pequeno alienígena, que sem saber falou tudo aquilo enquanto Pudding ouvia tudo atrás da parede. Não que ela fosse uma curiosa, não. Mas ela foi apenas perguntar se ele dormiria de coberta ou de lençol, e então ouviu ele dizendo tudo aquilo e de uma forma tão... Apaixonada. Entrou na sala com um sorriso enorme no rosto, fazendo o coração de Taruto pular pra fora do peito.

-Isso que você falou é verdade?

-Bom, eu... Não... Quer dizer sim... Não sei como explicar... Mas acho que aqui nós temos uma palavra que diz tudo, só que eu não consigo dizer ela. – Tentava em vão se explicar de alguma forma.

-Só me diz como é a palavra, ai eu vou entender tudo. – Pedia Pudding, ainda como o olhar hiper feliz.

-A palavra seria... “Amor”. – Disse Taruto, corando violentamente.

-Você me ama? Ama de verdade? – Perguntava a menina loira ficando afobada.

-Bom, sim... Mas se você não gostar de mim eu vou entender, afinal você é comprometida com aquele cara - sei – lá – das – quantas – do – templo.

-Bobo, eu não sou mais comprometida com ele, velho demais pra mim, e eu só quero estar com você... E claro que com meus irmãos também!!! – Terminando a frase, pulou no pescoço dele, abraçando forte e ele acabou retribuído, enquanto passava as mãos no cabelo curto e dourado da pequena.

-Caham, como disse antes, não gosto de estragar momentos, mas estamos com sono, mana, pode ir arrumar a cama pra ele, nós arrumaremos a nossa.

-Desculpem crianças, estou indo, terminem de arrumar suas camas e vão se arrumar pra dormirem, está tarde demais pra vocês ficaram acordados!!! – Dizendo isso, soltou o pescoço do amigo-quase-namorado e foi arrumar a cama da visita.

-Espero que tenha uma boa noite de sono. – Desejou a menina, já saindo do quarto.

-É claro que vou ter, se eu sonhar com você!!! – Disse-lhe o amigo, deixando a rubra.

-É... Bom... Eu vou me arrumar... Boa noite!!! – Respondeu a menina encabulada, o que arrancou gargalhadas do alien.

-Tudo bem, boa noite.

         Todos foram dormir em questão de minutos e a casa estava silenciosa e escura. Taruto se perguntava de onde tirou tanta coragem pra dizer aquilo para a amiga. Já Pudding, sonhava profundamente, no sonho ela estava sozinha em um lugar escuro, ela via sua falecida mãe, o que a deixava imensamente feliz, e contava tudo sobre as Mews e sobre Taruto, inclusive a “declaração de amor mais esquisita do mundo”, como disse a sua mãe. A moça apenas abraçou a menina depois de ouvir tudo em tamanho silêncio, ela fazia carinho nos cabelos da menina e chegou perto do ouvido dela, dizendo:

-Minha pequena Pudding, você era tão nova e ficou sozinha para cuidar dos irmãos, e ainda por cima tinha de se sacrificar todos os dias indo lutar. Mas nada disso a desanimou, por você ter amigos ao teu lado e inimigos que no final seriam de grande companhia, você se tornou forte, doce, alegre e perfeita criança. Não sei se ainda devo chama - lá de criança, está tão crescida e responsável, sinto tanto ter perdido minha pequena Pudding, mas estou feliz que tenha encontrado o seu amigo, do qual já havia um sentimento maior, por isso, seja responsável e boa com ele, sei como o pobrezinho já sofreu por causa do povo dele, ele só precisa de uma amiga forte, decidida e alegre como você, não se esqueça dos seus irmãos e dos seus amigos, e lembre-se do mais importante: Eu sempre estarei ao lado dos seus irmãos, ao seu lado e ao lado do seu amor. Se cuide meu anjo, minha “pequena Pudding”. – Depois de dizer isso a doce moça desapareceu, deixando novamente Pudding ali sozinha, mas agora não triste, e sim feliz e pronta para o que desse e viesse, afinal, de uma coisa ela teria certeza: Sua mãe sempre protegeria seus irmãos, a ela e principalmente ao seu grande amor, que era tudo que ela precisava naquele momento, alguém do seu lado para mostrar que a vida não é feita de sofrer e aprender, mas sim de sofrer o tombo, aprender a levantar e seguir em frente com mais força do que nunca.