Coming Around Again escrita por Monica Alice


Capítulo 13
Cicatrizes


Notas iniciais do capítulo

Voltei... Aqui vai um capitulo esclarecedor pra vocês, espero que gostem e comentem.

Bjoos



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Incrível como tempo passa quando esta tudo indo bem na sua vida. Me lembro da tarde em que me declarei  a Peeta como se fosse ontem, mas depois daquilo os dias viraram semanas e as semanas viraram meses, e seria muito bem dito  que foram meses perfeitos.

- quanto tempo faz que você esta  acordada? – Sou pega distraída enquanto mecho nos cabelos desgrenhados de Peeta que acorda ao meu lado na cama com o seu sorriso rotineiro. – E porque você esta com esse sorriso logo cedo?

- Já te falei que você fica lindo dormindo?- digo, sorrindo ainda mais, dando um suave beijo nos seus lábios. – Principalmente quando fica tão sereno assim.

- Para o seu governo eu sou lindo em tempo integral... e não só dormindo. – ele se senta na cama me puxando para seu colo. Uma sensação de paz percorreu meu corpo quando Peeta moldou seus lábios nos meus, minhas mão terminado de bagunçar os seus cabelos  as dele segurando firmemente minha cintura. Por mim passaria o resto da minha vida assim.

- E modesto também. – falo rindo, parando para pensar enquanto prendo meus olhos nos seus.

- O que você esta pensando? – Peeta pergunta enquanto deposita uma serie de beijos pelo rosto e depois colando nossas testas.

- Engraçado.... Você sempre sabe quando eu tenho um pesadelo...- digo sentindo o peso do seu olhar sobre o meu. – E eu nunca sei quando você os tem?? Como você consegue?

- Não sei explicar... Geralmente todos os meus pesadelos envolvem perder você. – ele diz, me deixando sem palavras. – Dai simplesmente acordo e vejo você do meu lado e tudo fica bem.

Me agarro a Peeta como se minha vida dependesse da dele, o beijo de um jeito intenso, transmitindo a ele todo o amor, carinho e apreço que tenho para com ele. desejo mais que tudo ficar na cama com ele, longe da vida que espera fora das cobertas mas, não posso, tenho varias tarefas a cumprir entre elas convencer  a Clove a me levar para visitar Cato. Embora depois da internação dele tenhamos nos aproximado relativamente bem sinto que ela ainda tem os dois pés atrás e não perde a oportunidade de bater de frente comigo.

-Acho melhor levantarmos. – digo, tentando me livra do aperto de Peeta sem vontade alguma de sair.

- So mais uns três... quatro... dez minutos e levantamos. – ele diz me prendendo mais. – Ou você prefere encontrar com Effie? – ele completa rindo.

Rio de lembrar dos meus ocasionais encontros com Effie, de longe somos inimiga ela ainda não perde a chance de me menosprezar diante dos outros mas já percebi vários acenos e cumprimentos discreto quando ela passa perto de mim e não tem ninguém olhando.

- Se você acha que ia preferir ela a você, eu seria no mínimo burra. – digo, brincando.

- Realmente seria muito burra, louc.. – ele fala rindo , colocando esse adjetivos em mim, dou um tapa leve em seu ombro como sinal de desaprovação. – mas, vai continuar sendo linda.

- E você bobo.- sou presa novamente por ele que me beija deixando a ambos sem ar.

- Podem parar de se atracar porque tem pessoas inocentes no recinto. – a porta se abre num estrondo deixando livra a entrada de Johanna que vem entrando com os olhos semi fechados. – Posso abrir os olhos agora?

Se eu não a conhecesse a praticamente uma vida, ate cairia na sua cara de inocente enquanto pisca os olhos castanhos, se jogando deliberadamente na cama.

- Porque você não vai acordar o Marvel? – pergunto, debochando de sua cara. -  e não deixa a gente aqui curtindo um pouco.

- Ih, sei não Peeta, pelo humor que ela esta hoje, acho que você não deve ter tido um bom.... “desempenho” essa noite. – ela sai da cama e vai embora, antes de eu pensar em resposta. – Mas pode tentar se redimir agora. – ela pisca o olho mas consegue desviar do travesseiro que joguei na sua direção. – Peeta estamos com fome.

- E você pode para de rir, não tem graça nenhuma – digo batendo no seu braço. – E perdi o clima, vou tomar um banho.

- Vou com você... – vejo ele se levantar e arqueio uma sobrancelha em descrença. – Que foi.

- Primeiro que ainda não vai ser hoje. – digo indo para o banheiro. – E segundo que de qualquer forma a resposta é não. – fecho a porta atrás de mim e grito para ele.  – Não!

Tomo um banho calmo lavando meu cabelo sem me preocupar com o mundo ou com a paciência dos outros, saio do chuveiro depois de estar com quase todos os dedos das mãos enrugados, me enrolo na toalha e saio do quarto vislumbrando Johanna totalmente a vontade deitada na minha cama com meu celular nas mãos.

- O que... – tento dizer. – Onde esta?

- Ele foi fazer o café e eu vim ficar aqui ate aquela nojentinha da Madge ir embora com bocó do Marvel. -  ela diz indiferente sem nem desperdiçar um olhar para mim.

- Madge alem de ser um anjo, é a namorada do Marvel. – digo secando o cabelo. - Porque você não admite logo que arrasta um navio cargueiro por ele e vocês param logo com esse doce de vocês.

- Anda logo, para de cuidar da minha vida e se emboneca para podermos descer e tomar café. – ela diz passando a mão na barriga que em resposta lhe dá um sonoro barulho.

Termino de me arrumar e desço seguindo Johanna com seu estomago falante, chego na cozinha inebriada pelo cheiro de torradas com mel, antes de vê-las já começo a salivar.

- Bom dia. – falo para geral, e recebo um matinal beijo no tampo da cabeça de Gale.  – Madge, surpresa em ver você aqui.

- Surpresa seria se ela fosse embora. – Johanna sussurra indiferente no tom mais alto que consegue para que todos possam ouvir.

- Surpresa maior seria se você ficasse quieta. – Diz Marvel.

- Vai começar de novo. – digo, puxando Madge e levando ela pra sala.

Deixamos que os dois terminassem de se matar e sentamos na sala para ver alguma coisa que passa na televisão, fico ansiosa esperando que as horas passem, ou que alguma coisa me distraia, mas o mais perto disso são as conversas paralelas entre Gale e Peeta e os beijos enjoativos de Annie e Finnick.

Não é a primeira vez que vou visitá-lo mas é a primeira que vou com Peeta, esses últimos dois meses não consegui contar para Cato que eu Peeta estamos juntos e o quanto estou feliz. Ainda continuo achando injusto jogar minhas alegrias na sua cara, de modo que quando vou à clinica apenas ficamos sentados com o silencio entre nos.

- Nervosa? – Peeta pergunta próximo a mim.

- Não.... Bem eu sempre fico. – respiro fundo, uma vez ou duas. – Como você acha que ele vai reagir quando eu contar? Tipo não foi errado, mas também não foi certo...

- Deixa de lado sua paranóia, se o problema for contar pode deixar comigo. – ele me abraça beijando meu ombro. – Vai se arrumar.

Mais cedo que pensava ou queria Clove já tinha chegado e estava esperando na sala, pego minha bolsa e desço,  onde vejo que Peeta também já esta pronto e so estava na minha espera.

- Terminou de se arrumar boneca? – Clove diz revirando os olhos. - Não sei se você esqueceu mas temos um horário a seguir.

- Não, não me esqueci – digo dando o ombro ao seu insulto. – E você não vai me dar o velho aviso?

- Não preciso você esta careca de saber, tipo, não literalmente porque você tem cabelo, - ela se confunde, ou fingi muito bem, me fazendo rir. – O importante é que você sabe que se você fizer alguma coisa ao Cato, eu corto seu pescoço com uma das minhas facas especiais. – ela diz, encostando o dedo no meu peito. - E o mesmo vale para você, Pequeno Príncipe.

Peeta ri tão desconfortável quanto eu, embora essa ameaça para mim seja velha de guerra, ignoro como sempre e abro a porta para que todos saio, pisco o olho para Marvel que desce a escada sem camisa agarrado a Johanna, que se assustam em me ver.

O percurso ate a clinica demora cerca de uma hora que fazemos em silencio, exceto pelo som do carro que toca uma das musicas barulhentas que agradam a Clove. Quanto mais nos aproximamos mais suadas ficam as palmas da minha mão.

- Como ele está? – pergunto quebrando o silencio.

- Como você acha? – Clove diz sem desviar o olhar do transito. – Só não entendi o porquê de o Pequeno Príncipe vir junto.

- Peeta! Se preferir esse é meu nome, pode usá-lo a vontade. – Peeta responde um pouco grosseiro, deixando de lado o seu silencio que ate agora me era estranho. -  E não posso me preocupar com meu meio irmão.

- Bem chegamos. – digo indiferente a discussão dos dois olhando pelo vidro do carro.

Clove para o carro no estacionamento do lado de fora, enquanto me apresso em passar pelos enormes portões brancos que fazem a entrada e saída dos visitantes,  toda vez que venho fico deslumbrada pelo jardim florido que hoje esta particularmente mais verde.

Fico procurando por Cato que por um momento esqueço de que estou acompanhada de Peeta, que prende forte minha mão na sua. Vejo quando Clove passa por nós e seguir andando como se soubesse aonde ir, sem hesitar vou atrás.

- Pequena?! – uma voz diz atrás de mim. Clove volta correndo e pula nos braços de Cato que retribui o carinho com demorado beijo e um sorriso largo. Depois disso é que eles se voltam para mim e para Peeta, e é nesse momento que seu sorriso desaparece.

POV Cato.

Sou amassado pelo forte abraço que recebo de Clove e devolvo o gesto de carinho com um beijo, extravasando toda a saudade que sinto dela, fico olhando para ela ate ela desvia o olhar. Vejo Kat sorrindo e Peeta com o braço envolta de seus braços com um sorriso um pouco menos proeminente, a duvida em saber o que ele faz aqui quase consegue dominar minha mente.

 O susto cede o lugar a alegria em vê-los e dou um abraço forte e apertado em Kat e um outro já um pouco menos desconfortável em Peeta, que devolve da mesma forma.

- Como você esta? – ele pergunta. – Precisa de alguma coisa?

- Bom acho que já estive melhor. – brinco.

Levo ele para uma mesinha do outro lado do chamamos “casarão”  onde sentamos e ficamos mais a vontade.

- Quem vai ser o primeiro a falar? – pergunto quebrando o clima e o silencio.

A tarde passa em uma velocidade incrível, num momento estou recebendo a todos, matando as saudades com abraços e no outro as meninas já se preparam para ir embora, vejo quando as duas saem da mesa deixando eu Peeta sentados um de frente pro outro sem ter o que dizer.

- E então.... Você e a Kat estão? – digo, desconfortavelmente.

- Se você quer saber se estamos juntos, ea resposta é “Sim”. – Peeta responde um pouco seco demais. – E so espero que você não tente mudar isso.

-Caso você tenha se esquecido, eu estou com a Clove, ela foi uma das pouca que me apoio e não me deixou aqui, jogado. – digo

- HAHAHA – me assusto com a risada que Peeta solta. – Você? Jogado? E eu que fiquei quase metade da minha vida trancado ou como você diz jogado num colégio do outro lado do mundo, tudo por culpa sua e da senhora sua mãe. Sem uma visita, um telefonema, uma porcaria de carta.

De repente já não estou aqui discutindo com Peeta. Estou me vendo com uns quatorze ou quinze anos brincando com uma caixinha de fósforos, acendendo os palitos e jogando em Peeta que não devia ter mais do treze.

*Flashback On*

- Para com isso. – Peeta diz com sua fina voz de criança, que eu ignoro completamente.

- Ahh, é divertido.... vamos faça uma vez – digo riscando mais um palito e oferecendo a ele. – Ou você tem medinho de fogo?

- Não quero brincar com isso. – ele diz se afastando quando jogo o palito acesso em sua direção. – Vou chamar meu pai.

Ele pega a caixinha da minha mão e sai correndo para algum comendo da casa,vou atrás dele temendo entrar em alguma encrenca, ele entra correndo num quarto e tenta fechar a porta, mas e facilmente o interrompo deixando seu corpo cair ao chão, pego a caixinha de sua mão e começo a acender vario palito ao mesmo tempo jogando na direção de Peeta que ainda esta caído e assustado.

- Aiii.- ele grita quando consigo acertar sua mão deixando no local um vermelhidão. – Você me queimou?

- Aiinn, vai chorar vai? – debocho, rindo da cara que ele faz, enquanto tampa a mão.

Ele corre de volta pelo longo corredor enquanto eu me distraio antes de voltar a persegui-lo, esbarro nele que subitamente parou quando olhou para trás.

- O que é essa fumaça. – ele pergunta.

Viro na direção que ele olha e tento procurar uma explicação lógica, e muito menos como aconteceu, algum palito deve ter caído na cama ou algo parecido. É a única explicação que encontro para dar justificativa a fumaça escura que sai do quarto de Peeta e vir na direção do corredor. Deixo cair  caixa que segurava e saio correndo buscando alguma coisa que também nãos sei.

Corro na cozinha onde encontro minha mãe e conto para ela o ocorrido que antes de tomar uma atitude, dá um dolorido tapa na minha cara. Vejo quando ela liga para os bombeiro e para Haymitch, no desespero lembro que esqueci Peeta  que desce correndo as escadas com meu coelho na mão.

É tudo tão rápido que quando os bombeiros chegam a parte superior da casa já estava completamente dominada olho para minha mãe que esta analisando Peeta segurando as caixinha, subitamente ela se agacha perto de mim e diz:

- Aconteça o que acontecer, você NÃO diz que era você quem estava com os fósforos. – Ela enterra fundo seus dedos no meu braço. – Ta me ouvindo? Não foi você.

- Ta. – digo baixo.

Tão rápido como começou, acabou. A noite chega e estamos os quatro  parado diante da casa encharcada, escura e cheirando a queimado.

- O que raios aconteceu aqui? – Haymitch grita alterado.

- Não sei amor, talvez... – minha mãe diz com uma voz sobre humana de tão calma, como se nada tivesse acontecido, abraçando Haymitch por trás. – Talvez tenha sido os fósforos que Peeta pegou enquanto eu fazia nossa comida.

-Não. – Peeta diz com os olhos encharcados. – Foi ele. – diz apontando para mim. – Ele que estava jogando os palitos acessos.

Olho para todos incrédulos principalmente para minha mãe, que esta irreconhecível falando baixo e tão calma. Mas o único que percebe isso é Haymitch que me lança o mais severo dos olhares pedindo minha explicação.

- Eu... eu... – começo  a gaguejar e olho para Effie que permanece com o seu rosto impassível, que conheço muito bem. – eu disse pro Peeta me entregar a caixinha, mas ele continuou brincando.

Abaixo a cabeça com vergonha de olhar para Peeta.

*Flashback Off*

- Lembrou né? – Peeta pergunta. – E se lembrou também da surra que eu tomei depois disso?

Fico mudo, hoje entendo o mal que devo ter causado a Peeta, e como ele deve ter sofrido por ter saído de casa como a criança irresponsável.

- Engraço que a única cicatriz eu ficou foi a da minha mão queimada. – ele coloca sua mão no alcance dos meus olhos de forma que é inevitável não ver a mancha na sua mão, hoje menor e menos vermelho do que lembrava. – Pior que sempre quis te odiar ou te culpar por tudo que me aconteceu de ruim, mas só consigo culpar a Effie, afina foi ela quem te entregou o palito e foi ela quem deu a idéia para o meu pai me colocar naquele maldito colégio interno e com certeza foi ela quem te mandou me culpar, não é?

- Sim. – respondo num fio de voz depois de um breve silencio.

- Bem e o que você ganhou? Com toda certeza não foi o amor que você espera. – ele diz sentando de volta no banco a minha frente. – As garotas estão vindo e já vamos embora, e você pode ficar tranqüilo que mandarei lembranças suas ao meu pai... e Effie.

- Acho melhor pegarmos a estrada. – Katnis diz sorrindo e deixando ser abraçada por Peeta. – Aconteceu alguma coisa?

- Não. – digo forçando um sorriso. – Já estou com saudades da minha pequena aqui.

Faço a minha despedida de Clove que promete vir mês que vem, so então me despeço de Katniss e Peeta.

- Te espero para fazer o que os irmãos fazem, quando você sair daqui. – Peeta diz com a mão em meu ombro, o abraço como se estivesse pedindo desculpas e em troca ele tira um peso das minhas costas que já estava acostumado a carregar.

- Me desculpe, por tudo. – falo.

E fico parado, vendo eles saírem pelo portão com seus sorrisos e promessas de retorno enquanto penso o quanto  Peeta é melhor do que eu sempre fui.


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Notas finais do capítulo

Quem gosta da Prim, proximo capitulo ela aparece...

E não esqueçam de comentar e quem achar que eu mereço alguma recomendação ficarei super feliz tambem.

Bjoos