Coming Around Again escrita por Monica Alice


Capítulo 12
Interrompendo.


Notas iniciais do capítulo

Demorei uma vida, mas apareci...
Desculpem a demora, e mais esse capitulo chatinho, fiquei meio sem tempo por causa das provas e tudo mais..

Só para lembrar, da outra fic que estou colaborando, passem lá.

http://fanfiction.com.br/historia/374459/Casamento_Forjado/

Bem então aqui vai.



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POV Peeta

Viro de um lado e escuto um “crec”, torno a virar, e de novo escuto o barulho, na terceira tentativa concluo que dormir nesse sofá será uma tarefa impossível, fico sentado esperando as dores amenizarem e as pernas voltarem a responder meus comandos.

Agradeço a iniciativa de Gale por me deixar passar a noite aqui, embora o sofá seja duro como pedra, era ele ou chão gelado uma vez que na minha atordoada mudança acabei me esquecendo das coisas mais essenciais como uma cama por exemplo. Quando a dormência na parte inferior do corpo diminui começo a vaguear pela casa, paro diante da escada onde fico tentado a ir, já que nunca estive no andar de cima antes. Como sempre a curiosidade vence a razão num impulso subo na direção dos quartos.

“Estão todos dormindo” – penso quando escuto algo parecido com um gemido.

Ando mais um pouco e percebo que os gemidos vêm de um dos quartos, sigo o barulho que fica mais alto na segunda porta a minha esquerda, dou uma leve batida, mas não obtenho nenhuma resposta, uso um pouco do atrevimento que tenho e abro a porta.

Pela pouca luminosidade que entra pela porta que deixei entreaberta vislumbro o pálido e suado rosto da Katniss presa em um pesadelo, me aproximo a passos longos e sorrateiros e me agacho ao seu lado na cama:

- Katniss... - a chamo gentilmente, para não assustá-la ainda mais.  – Acorda ta tudo bem. – sussurro próximo ao seu ouvido.

Depois de mais algumas tentativas ela acorda tão apavorada quanto estava dormindo.

- Esta tudo bem. – digo, para aliviar um pouco seu olhar incrédulo. – Foi so um pesadelo.

Fico sem reação quando ela envolve meu pescoço nos seus braços e desaba a chora no meu ombro. Faço uso e todas as palavras de consolo que conheço, mas nenhuma surte efeito algum no estado de choque de Katniss. Faço a única coisa que posso, simplesmente permaneço abraçado a ela deixando de lado a dor na perna e nos joelhos pela forma como estou agachado. Quando ela finalmente se acalma e a sua respiração que ate agora era descompassada se normaliza, ela diz.

- Foi horrível... – ela diz entre os soluços. – Gale, Johanna, meus pais, cato... – ela faz uma pausa hesitando em continuar. - Você.   

- Mas agora passou. – falo, sentando na ponta da cama segurando sua mão. - Estamos todos bem e você deve voltar a dormir.

Cubro-a da melhor forma que possível e me levanto para voltar para o sofá antes que ela pergunta o que eu estava fazendo no andar de cima.

- Não. – escuto ela dizer num fio de voz. – Não vai embora, fique comigo.

- Sempre. – sussurro.

Seguro a mão que ela me oferece como se minha vida dependesse disso, e me deito no estreito espaço da cama que ela me oferece. Adormeço com o suave cheiro de morango que saem do cabelo de Katniss.

Os raios de sol que entram pela janela, são suficientes para me acordar antes de o relógio tocar. Me mexo o mínimo que possível para não acordar Katniss que dorme tão calma e serena que seria injusto da minha parte acordá-la depois da noite passada, deposito um beijo no alto da sua cabeça e me levanto com um sorriso bobo, quando vejo que ela procura meu corpo. Como ainda tenho um tempo livre penso em preparar um café antes e depois ir me arrumar, então saio do quarto evitando fazer o menor do ruído. Fecho a porta atrás de mim e quando me viro dou de cara com Johanna que abre um grande sorriso e pisca o olho direito para mim, arregalo os olhos e tento ao menos argumentar dizendo que não é o que ela esta pensando, mas com o susto as palavras entalam na minha garganta e perco a oportunidade quando ela entra no banheiro ainda rindo.

Deixo as explicações para depois e vou para cozinha preparar um café, me distraio fazendo torradas, pão com manteiga na chapa ou na frigideira que é o que tem, e monto a mesa, minha distração foi tanta que nem percebi quando Johanna entrou toda sorrateira e se sentou na mesa.

- Que moço prendado. – diz ela, com o mesmo rosto malicioso que ela usava de manha quando a vi. – Se  não tivesse dona eu pegava.

- Mas, você e o Marvel não?? – deixo que ela termine meu raciocínio.

- Ate você acha que eu vou ter alguma coisa com aquele boco. – ela diz mordendo metade de um pão. – E não fuja não eu bem que vi você saindo todo felizinho dão quarta da Katniss. – ela fla com a boca cheia.

- O que tem eu? 

Katniss chegou e eu não vi nem ouvi nada sobre, ela dá volta por trás da mesa e se senta em no balcão entre eu e Johanna.

- Nada ela... – tento responder mais rápido que Johanna tentando evitar uma situação constrangedora entre Kat e eu, uma tentativa inútil já que ela me interrompe.

- Eu bem que vi e ouvi vocês a noite. – ela continua mastigando como se não tivesse dito nada de mais, quase escondido atrás do balcão simplesmente olho para Katniss. – E para confirmar o bonitão ai, saiu bem alegre do seu quarto hoje de manha.

- Se você ouviu mesmo devia saber que eu tive um pesadelo. – Katniss fala servindo um pouco e café e leito no seu copo. – Bom vou subir tenho aula, e você Peeta se quiser aproveitar a carona é bom estar pronto em dez minutos.

Ela sai e eu fico intrigado com essa repentina mudança de humor, olho para Johanna mas simplesmente se limita a dizer:

- Você faz um bem danado a essa menina. – ela pega mais uma torrada e vai saindo da cozinha. – Aproveita sabe-se la quando você vai ter outra chance dessa.

Absorvo as ultimas palavras dela e corro o mais rápido que minha perna permite para o andar debaixo, troco a roupa, pego minha mochila e desço para esperar a Katniss na portaria. Penso que é exagero ir de blusa com co calor que faz logo de manhã, porem quando me viro para voltar pro apartamento, sinto meu coração acelerar quando vejo Katniss descendo.

“Para com isso.” – penso.

Depois da minha ultima conversa com Katniss não quero pressioná-la, mesmos sentindo que devia fazer o contrario e deixar cada vez mais implícito que o realmente sinto por ela.

- Vamos? – ela pergunta, abaixando o rosto quando o sol bate no seus olhos cinza e uma mecha do seu cabelo solto cai no seu rosto.

- Olha sobre ontem...- tento dizer, mas parece que todos resolveram tirar o dia para me interromper.

- Tudo bem. – ela diz com um sorriso. – Você nem sabe o quanto dormi bem depois de você chegar.

Ela passa por mim e eu vou seguindo atrás dela, ate chegarmos ao carro do seu irmão, entro no lado do passageiro e fazemos o caminho na maior parte em silencio exceto por algumas conversas paralelas e vazias que Katniss tenta começar e eu evitar.

Não consigo entender a repentina mudança de Katniss em relação a mim, e tentar entender acaba me deixando nervoso de modo que eixo isso para mais tarde, arrumo uma forma de deixá-la ir na frente e vou caminhando para a sala botando os pensamentos em ordem.

No corredor passo por Effie que me lança um aceno de cabeça,  como sempre faço ignoro esse gesto e vou para a sala assim  que o sinal toca, reparo que ja estão todos La dentro exceto eu e Katniss, sento-me na mesma mesa que sentei anteriormente e aguardo a chegada do professor que não demora muito.

Embora, tenha muito pouco tempo na faculdade, não me recordo de já ter visto ele nem nos dias normas e nem quando vim fazer minha visita, antes de me matricular.

- Bom dia a todos, eu sou...

Ele começa a se apresentar quando a Katniss entra interrompendo o professor, solto um leve sorriso quando penso que não é só eu que estou sendo cortado na hora de falar hoje.

- Desculpe o atraso, eu... – ela começa dizendo tentando puxar o oxigênio para os pulmões.

- Tudo bem apenas vá se sentar. – ele diz educadamente – Bem.. como eu ia dizendo, eu sou Cinna e darei aula de canto para vocês.

“Só me faltava essa” – penso.

- Por hora não saber o nome de vocês, mas o seu talento... – ele faz uma pausa para tirar alguns papeis da sua pasta. – E qual a melhor maneira de fazer isso do que cantando o que estamos sentindo, por isso sortearei os nomes e vocês virão me mostrar uma pequena parte do que estão sentindo.

A medida que as suas palavras são absorvidas pelos alunos todos começam a se entreolharem e como para mim é inevitável procuro os olhos de Katnis que esta sentada a duas  fileira de distancia com os olhos tão arregalados quanto os de qualquer outro aluno.

- Não precisam ficar assustados, é so por diversão e conhecimento. – ele pega um papel na mão e começa a chamar. A medida que alguns vão se apresentando e mostrando o nervosismo ele faz o que esta ao seu alcance para tornar o ambiente menos tenso e a pessoa mais confiante.

- Katniss Everdeen. – ele chama, e um nó começa a se formar na minha garganta e fica difícil respirar. No fundo do coração desejo que ela seja sincera e cante o que realmente esta se sentindo, e quando ela começa a falar sei que é isso que ela vai fazer.

Noto a rigidez e o nervoso dominando seu corpo, e forma como sua mão estão cerrada a ponto de as juntas dos seus dedos estarem brancas pela falta da circulação de sangue.

- Bom...- ela diz tentando disfarçar o tremor nas pernas. -  Essa situação é inusitada e o mais dificil é escolher uma musica que descreve o que eu sinto quando na verdade nem eu sei... – ela faz uma pausa forçando um sorriso enquanto olha pro chão. – Não é bem o que sinto, mas diz muito do que sou e o que você é.

Ela olha no fundo dos meu olhos e se volta para a banda precariamente montada na lateral da sala, Cinna faz um gesto para que paguem as luzes e musica inicia, com alguns acordes da guitarra e as batidas

- When you were here before, Couldn't look you in the eye… - A voz de Katniss estava levemente mais grossa do qual ela costuma usar, se arrastando pelas palavras.

- You're just like an Angel, Your skin makes me cry – ela vai dando seqüência a musica e uma sensação de que a conheço passa pela minha cabeça. - You're just like an Angel, Your skin makes me cry.

- You float like a feather, In a beautiful world. – Katniss fecha os olhos e conforme a batida da musica fica mais intensa a batida do coração também aumenta de intensidade quando começo a entender o que ela quer dizer. - I wish I was special, You're so very special.

Quando a musica entra no refrão os olhos dela se abrem e fixam nos meus, tenho a sensação de é como se ela pudesse ver todo o meu interior a minha alma.  

- But I'm a creep, I'm a weirdo

What the hell am I doing here?

I don't belong here.

Tento acreditar que essa musica esta sendo cantada para mim, mas a lembrança de é Cato que sempre ouvia essa musica e com toda a certeza que foi ele quem a apresentou  a Katniss, me deixa transtornado. Percebo que aqui esta tudo o que eu não quero, viver  com a sombra de alguém me rondando e se para evitar isso eu tenha que deixá-la para trás, talvez seja melhor assim.

Desvio o olhar para não deixar à mostra a raiva que estou sentindo, pela janela olho o céu e me perco na procura de como tira Katniss da minha cabeça, depois que a conheci todos os meus pensamentos se baseiam nela, para mim tudo é ela, penso também que a melhor coisa que me aconteceu foi aquele beijo trocado no pequeno café.

- She's running out the door

She's running out

She run, run, run, run

Run

Volto a olha-la que segura no microfone enquanto move suavemente o pé esquerdo,  enquanto ela solta as notas numa voz ainda mas grossa sem perder a entoação, nem desafinar. Penso que não foi só a mim mas todos na sala ficam arrepiados com o timbre de sua voz.

- Whatever makes you happy, Whatever you want

So very special, I wish I was special

But I'm a creep, I'm a weirdo

What the hell am I doing here?

I don't belong here.

Aos poucos os instrumentos vão diminuindo a intensidade junto com Katniss que agora canta num fio de voz, sem tirar os olhos de mim um segundo se quer.

- I don't belong here.

Ela sussurra uma ultima vez e o silencio domina a sal, os sentindo começam a voltar quando Cinna pede para que as luzes se acendam e então diz:

- Quanta emoção. - ele se volta para ela com um sorriso calmo – O motivo por você querer fugir esta perto? – pergunta gentilmente.

- Não.... - ela responde, fazendo uma pausam para respirar penso. – mas, o motivo para eu querer ficar sim.

O sinal toca mais uma vez, mas ainda fico preso nas ultimas palavras de Katniss seja la o que ela estiver pensando ou quem elas esta pensando já não faz mais diferença para mim, sei que não posso concorrer com Cato, alias acho que nunca pude.

Saio da sala sem pressa alguma e caminho sem um rumo certo, passo pelo portão ignorando uma voz gritando meu nome, só paro quando sou fortemente jogado contra parede.

- Qual é o seu problema? – Katniss pergunta.

- Qual o meu problema? – pergunto num tom de escárnio. – Você vive chorando pelo cantos por um idiota que nem te quer mais, canta uma musica para ele e vem perguntar qual o meu problema. – grito impaciente.

- Deixa eu me explicar... - ela tenta falr e sou quem a interrompe.

- Não. – digo, abaixando a cabeça escondendo as minhas lagrimas. – Eu tentei fazer gostar de mim, como eu gosto de você, mas infelizmente aconteceu, então bola para fre....

- Cala essa boca... – ela diz, mas não tenho tempo de responder tão rápido com um vento sinto sua mão envolvendo meu pescoço e o quente de seus lábios colados nos, tomo a iniciativa pedir a passagem com a língua e ela me cede imediatamente, puxo sua cintura pressionando seu corpo ainda mais no meu com nossas línguas ainda brigando intensamente, com um ultimo suspiro infelizmente nos separamos.

- Porque você fez isso? – pergunto sem entender nada.

- Porque você é quem me faz  querer ficar aqui. – ela diz com um sorriso no rosto por debaixo das lagrimas. – É você quem me faz tremer as pernas, palpitar meu coração, quando estou perto de você é como se tudo o que fizesse fosse certo, eu quero você... se você ainda quiser essa chorona aqui.

Vou me aproximando lentamente tentando conter os fogos de artifício que estouram dentro de mim, com suas fagulhas fazendo as pontas dos meus dedos formigarem, de alguma forma sempre esperei este momento, mas ainda não sabia bem como agir de modo que ela toma a iniciativa. Vejo como ela se aproxima calma, com a confiança de quem já fez isso milhares de vezes, e eu ali me deixando ser embalado pelo seu selinho que serviu para me acalmar, e antes de pensar eu já abria espaço em seus lábios sua língua macia vasculhando cada quanto da minha boca, ela vira um pouco o rosto e nossos lábios se encaixam com perfeição como se fossem feito um pro outro.

O ar fez falta e ela encosta sua cabeça no meu ombro, e num sussurro que me arrepia de um jeito bom, fazendo uma sensação de felicidade que nunca soube que existia dominar meu corpo, ela diz:

“Eu te amo.” 


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Notas finais do capítulo

Caso alguém queira ouvir a musica, eu acho essa versão linda.
http://letras.mus.br/pitty/1144088/

P.s o próximo capitulo sera bombástico.

Beijos amores....