*Pov Ally*

Ficamos a semana toda preparando as coisas para a chegada da minha mãe. Estava muito ansiosa! Fazia tanto tempo. Sentia muita falta dela! Juntei todos os presentes que ela tinha mandado da África para mim, assim quando ela chegasse, eu usaria todos, como uma surpresa!

As coisas entre eu e Austin continuavam as mesmas! Ele estava me ajudando a superar meu medo de palco, ia cantar comigo na primeira vez... seria mais fácil! Ele realmente me dava tranquilidade e estava começando a achar que eu iria conseguir cantar na frente de tanta gente!

Sobre o beijo: nunca mais falamos sobre isso! Era como se nunca tivesse acontecido!

Instalamos um cartaz na Sonic Boom, escrito: “Bem-vinda de volta, mãe!”.

– Ally, o que você está usando? – disse Austin, olhando para a minha saia africana.

– As roupas que a minha mãe me mandou da África.

– Mas isso aí não é uma saia, é uma cortina!

– Claramente você não está por dentro das modas da África. – e o deixei rindo sozinho. Dali cinco minutos minha mãe chegou do aeroporto e em coro dissemos:

– Bem-vinda de volta, mãe! – sai correndo para abraça-la. Apresentei Dez e Austin. A propósito, minha mãe disse que minha saia era uma cortina e claro, Austin jogou na minha cara!

Depois de me trocar, toquei um pouco de piano para ela.

– Você melhorou muito desde que viajei para a África! Ally, você é muito talentosa!

– Obrigada, mãe! Falando sobre talento, aconteceu uma coisa muito legal nessas últimas semanas. Trent Reznor pediu para eu ser a nova compositora dele!

– Ally, isso é maravilhoso! Você aceitou?

– Sim, mas aconteceu muito mais! Ele descobriu que eu posso cantar e vamos fazer um dueto juntos além de estarmos construindo um álbum solo para mim!
– Você está preparando um álbum?

– Aham, e já gravei metades das músicas!

– Espera aí. Você não tem medo de palco?

– Tenho. Mas, Austin está me ajudando a superar!

– E como fica o Austin?

– Não sei. Acho que vou continuar escrevendo para ele, mas não conversamos sobre isso ainda.

– Bom, se você está feliz, eu estou feliz!

– Tem mais. Eu quero me apresentar pela primeira vez com o Austin naquele restaurante floresta!

– No dia da convenção do meu livro?

– É.

– Ok. Eu não ligo! Estou doida para te ver cantar!

Estava quase tudo resolvido, mas ainda tinha medo de me apresentar. Principalmente, de subir no palco e depois sair correndo!

*Pov Austin*

Kira ainda não tinha me dado uma reposta. Já tinha cansado de esperar, mas se forçasse as coisas, talvez ela ficasse brava, então, fiquei na minha.

Chegou o dia de cantar com Ally no restaurante! Eu achava que ela estava mais preparada que nunca, mas ela ainda tinha um pouco de medo!

Quando sua mãe nos apresentava, atrás da cortina do palco, ela me disse:

– Austin, mesmo que esteja virando uma cantora e mesmo que não tenhamos conversado sobre isso, eu quero continuar compondo com você. As suas... e as minhas músicas. – eu também queria continuar compondo com ela! As minhas... e as músicas dela.

Então, abriu-se a cortina. Em um momento Ally estava lá e em outro não estava!

– Acho melhor falarmos com ela! – o pai de Ally disse.

– Deixa que eu vou. Nunca estou em casa para fazer esse trabalho!

Fiquei preocupado! Sabia que Ally era capaz, mas ela não confiava em si mesma!

*Pov Ally*

Quando minha mãe disse...:

–“ E aqui estão eles: Austin e Ally!”

... e quando a cortina começou a se abrir, eu entrei em pânico e sai correndo. Fui para a sala em cima da Sonic Boom, onde sempre ficava e comecei a chorar!

Estava com a cabeça enterrada em minhas mãos, quando ouvi:

–Ally! Cadê você? Ah! Está aí! – minha mãe se sentou do meu lado – Não chore querida! – eu a abracei muito forte! Estava morrendo de vergonha das pessoas do restaurante! – Eu sei que é difícil, mas você deve enfrentar seus medos, querida! É sempre difícil enfrenta-los, é claro, mas, algum dia, temos que fazê-lo!

– Mãe, eu quero muito voltar lá e enfrentar, - ela fazia carinho na minha cabeça – mas não sei se consigo encarar aquelas pessoas!

– Claro que consegue! Você é muito talentosa! Sei que esse talento existe para ser mostrado para o mundo! Venha! – ela se levantou e esticou a sua mão direita na minha direção – Vamos tentar de novo! – estava esticando a mão para ela quando ouvimos uma voz:

– Posso falar com a Ally a sós por um minutinho? – Austin estava encostado na porta. Não fazia a menor ideia de quanto tempo ele estava ali.

– Claro. Espero-te lá embaixo. – enquanto ela saia, Austin entrava.

– Há quanto tempo estava ali?

– Pouco, mas tempo o bastante para saber que você estava chorando! – eu não sabia o que dizer, mas quando abri a boca, ele me interrompeu – Eu sei que é difícil, mas concordo com a sua mãe, você não tem esse talento para escondê-lo. Precisa mostrá-lo! Se alguma coisa der errado, eu vou estar no palco pronto para te ajudar e consertar! – Ele se inclinou para me beijar, mas só me deu um beijo na bochecha! – De boa sorte! Agora, vamos!

Encontramos minha mãe lá embaixo. Ela estava tentando entender como se tocava o trombone! Admito. Minha mãe às vezes é meio doida, mas se ela acha que vai sair assim tocando trombone de repente, eu não ligo! O que importava é que ela estaria lá para me ver cantar!

Quando chegamos ao restaurante ela nos apresentou de novo, dizendo que tínhamos tido problemas técnicos com o microfone que eu iria usar, por isso eu havia saído correndo. Então, nós dois subimos e Austin começou a tocar o violão!

http://www.youtube.com/watch?v=BJDw-ZSQkcE

Quando terminamos de cantar, agradecemos e saímos do palco. Fomos para a coxia. Eu estava feliz comemorando e sem querer acabei soltando que estava muito feliz dele estar lá comigo e que eu sentia que podia fazer qualquer coisa. Ele disse:

– Eu sei que posso fazer qualquer coisa, desde que eu esteja com você! – e acabamos nos beijando de novo! Mas dessa vez foi diferente! Mesmo que daquelas outras vezes não tenhamos nos beijado ferozmente, era mais um beijo de uma pegada só. Dessa vez, era como se queríamos ficar nessa pra sempre... sempre juntos!

Afastamo-nos e ficamos espantados. Então, ouvimos:

– Austin, eu pensei sobre isso. Sim, eu serei sua namorada! – Kira o abraçou e ele me olhava assustado. Percebi que Dez e Trish estavam lá também e tinham visto tudo. Não sabia o que fazer, resolvi que era melhor desse jeito! Os parabenizei, chamei a Trish e fui embora.

Duas semanas haviam se passado e ninguém comentou nada sobre aquela noite! Austin e eu estávamos estanhos. Eu estava pirando!

– Adivinha quem é a melhor amiga do mundo?- disse Trish entrando na Sonic Boom.

– Ahhhh... você? – perguntei.

– Acertou!

– Por que você é a melhor amiga do mundo? Posso saber?

– Porque eu conversei com o Austin!
– E daí? – me fingi de desinteressada, mas a verdade era que eu estava muito interessada!
– Ele disse que quer terminar com a Kira, mas ela não dá chance pra ele, sem contar que ele não sabe se você ficaria com ele, caso ele terminasse com ela. Ele quer falar com você!
– Pois eu não quero falar com ele! – cruzei os braços.

– Por que não?- Trish me perguntou espantada.

– Porque ele deve ter pedido a Kira em namoro uns dias antes de tudo aquilo acontecer! Naqueles dias, já estava havendo climas entre a gente, mas, mesmo assim, ele a pediu em namoro!
– Ally, esquece isso! Ele realmente está arrependido! Só conversa com ele pelo menos.

– Tá bom. – eu respondi amarga para dar a impressão do tipo : ”Eu aceitei rápido daquele jeito, porque percebi que você ficaria enchendo meu saco caso não o fizesse.”, mas aceitei rápido porque queria conversar com ele.

*Pov Austin*

Trish me mandou uma mensagem dizendo que a Ally tinha aceitado conversar comigo. Fiquei feliz e naquele momento fui correndo para a Sonic Boom , mas encontrei a Kira no meio do caminho.

– Namorado!!! – ela me chamou cantarolando. Adorava falar aquela palavra! – Que bom que está aqui! Que tal um sorvete? – ela deu um beijo no meu pescoço. Respondi rápido.

– Eu adoraria,masnãoposso! – do jeito que a Kira era, no momento que dissesse adoraria, ela nem me deixaria terminar de falar e me puxaria para uma sorveteria – Eu já combinei com a Ally de ensaiar, mas quando terminar o ensaio, eu te ligo. – ela estava com as mãos em volta do meu pescoço.

– Pro-me-te? – ela me deu um selinho cada vez que falava uma sílaba.

– Prometo! Prometo! – cruzei os dedos enquanto dizia aquilo, peguei em sua cintura e a beijei. Tinha que fazer isso para ver se ela me soltava logo! – Até daqui a pouco. – e saí correndo antes que ela pudesse dizer qualquer coisa.

Entrei na loja e vi Ally atrás do balcão conversando com Trish.

– Ally! – gritei seu nome animado, assim que a vi. Fui para trás do balcão e a abracei, tirando-a do chão! – Que bom que você aceitou conversar comigo. – fiquei com medo dela me reprender, então comecei a falar muito para ela não me interromper – Eu estava confuso, então pedi a Kira em namoro, mas depois que tivemos aquela conversa, na hora quis pedir você! Não fazia a menor ideia de que ela iria entrar na coxia! Não podia simplesmente falar para ela que não queria a namorar mais, porque ela havia acabado de aceitar. Tentei terminar com ela diversas vezes, mas algo sempre acontece e depois de um tempo, fiquei em dúvida se devia terminar com ela, já que estávamos distantes e diferentes um com o outro. Fiquei muito feliz quando Trish veio falar comigo! E então? –todo esse tempo ela me olhava espantada! Não sei se foi por tudo o que disse ou como disse ou na rapidez que disse ou se foi porque cheguei de repente a levantando e tudo mais! Enfim, ela disse:

– Você já terminou com ela?

– Não! Queria conversar com você primeiro. Mas meio que temos um negócio marcado e pretendo terminar com ela!
– Então termine e depois conversamos! – ela se fazia de indiferente.

– Sim senhora! – sai correndo mandei uma mensagem para Kira e a esperei na praça de alimentação do shopping.

– Oi, namorado! – disse beijando meu pescoço por trás.

– Ah, oi Kira. Senta aí. Vamos pedir alguma coisa! – depois que pedimos dois milk-shakes, eu comecei – Kira, eu cansei de mentir para você! Você tem sido muito legal, mas estava muito confuso e agora posso dizer que me enganei.

– O que está dizendo, Austin? – ela me fitava.

– Que quero terminar! Sinto muito!

– Eu sabia que isso não ia durar enquanto Ally existisse na sua vida! – ela falou brava.

– Mesmo assim, não tenho certeza se Ally não existisse, se mudaria o que eu sinto por você! – ela jogou meu milk-shake na minha cara, pegou o dela e foi embora.

Fui para minha casa tomar um banho. Quando sai, vi cinco ligações perdidas de Trish e retornei.

– Alô?

– Trish?

– Ah! – ela disse animada – Oi, Austin! Tá ocupado?

– Não. Eu queria conversa com a Ally, na verdade!

– Ótimo! Venha aqui, estamos dando uma festa parabenizando a Ally por ter terminado de compor as músicas do cd.

– Ok. Estou a caminho. – depois de desligar o telefone, pensei em fazer uma surpresa para ela, mas não fazia a menor ideia do que fazer.

Quando cheguei na festa, ela estava tão ocupada falando com os convidados que nem percebeu minha presença, então eu subi para sua sala junto com Dez.

– Por que me arrastou até aqui em cima, cara? –disse ele irritado. Ele estava comendo morango com chocolate da fonte quando o puxei para cima!

– Quero fazer uma surpresa para Ally, mas não sei o que.

– Porque você não canta uma música para ela na frente de todos, dizendo como se sente? – Cara, Dez podia ser meio lesado, mas às vezes tinha ideias ótimas!
– É uma ótima ideia, mas eu não tenho uma música pronta e não posso compor uma agora!

– Ela já compôs milhares de músicas, tente achar uma música que diga como você se sente e que não foi para o álbum!

– Mas, ela guarda as músicas no diário e ele está muito proibido para qualquer um!
– A gente dá uma desculpa! – trancamos a porta por dentro e começamos a procurar.

Depois de meia hora procurando, achamos uma perfeita. Dez verificou se era uma boa hora e me chamou.

http://www.youtube.com/watch?v=PflsszfeKgU

Quando a música terminou, nos abraçamos e ela disse:

– Adorei, mas como conseguiu essa música? – eu olhei o Dez que por acaso esta usando uma camiseta roxa escrita em laranja:

“Team Ally”

Havíamos esquecido de combinar a história.