A Menina Dos Olhos escrita por Escarlate


Capítulo 2
Qual Decisão?


Notas iniciais do capítulo

Bom galera imagino que esteja um pouco sem sal...Mas vamos de vagar sim?! Afinal são dois adolescentes rsrsrs.

Espero que gostem. Boa leitura!



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– È eu sei disso, só não entendo o motivo dessa proibição já que aqui não tem nada que possa comprometer ninguém – Dizia Ikki com voz divertida para tentar amenizar a situação.

Esmeralda por sua vez apenas riu do comentário de Ikki e após alguns segundos começou a fitar o chão já que não conseguia ter nenhum tipo de reação na presença dele.

– E então... Você está legal? – Perguntou Ikki a tirando de seus devaneios.

– Ahh sim, estou bem, obrigada!

– Por que saiu correndo?

– A fumaça começou a arder meus olhos, meu rosto começou a queimar, senti uma tontura devido ter inalado aquela fumaça de cheiro forte, e... Ah claro, a classe inteira começou a rir da minha cara!

Ao ouvir o desabafo de Esmeralda Ikki se sentiu mal, pois ele era um dos garotos que faziam a vida de pessoas como Esmeralda um verdadeiro inferno. Agora ele via o estado emocional que a pessoa ficava ao ser ridicularizada na frente de todos, e por um momento se odiou por isso.

– Olha me desculpe você recebeu aquela rajada de fumaça no rosto por minha causa.

– Tudo bem, olha vamos esquecer esse ocorrido, meus olhos ainda ardem muito e minha cabeça lateja, se você quiser pode voltar para aula que eu me viro aqui. E se o professor perguntar, diga a ele que estou bem, só estou limpando meu rosto; pode fazer isso?!

Esmeralda precisava de cuidados, afinal a fumaça que inalou em grande quantidade era tóxica, porém naquele momento tudo o que ela queria era Ikki o mais longe possível dela. Aquela situação era de mais, sonhara a vida inteira com uma chance de ficar perto dele quando finalmente acontece, uma catástrofe dessas aparecia para atrapalhar. Hoje era nitidamente um daqueles dias dos quais não se deve sair de casa.

– Ta bem, se você diz que não precisa de ajuda, vou indo!

Ikki estava se retirando do banheiro feminino, mas ao chegar perto da porta ouviu vozes do lado de fora e num pulo se jogou para dentro de um dos banheiros para se esconder, trancando a porta e subindo com os pés no vaso para que ninguém perceba a presença de mais alguém ali.

Entraram no banheiro duas garotas, da mesma turma, mas que estavam em outra aula; (já que eram muitos os alunos, a escola dividia as turmas nas aulas práticas de laboratório, já que os números de objetos não eram proporcionais ao número de pessoas).

Ao olharem para a figura que estava dentro do banheiro às garotas se olharam e sorriram de canto tentado segurar a vontade de rir.

Esse ato não passou despercebido por Esmeralda que corou mais ainda, porém não havia muito o que fazer, voltou-se em direção a pia e continuou a limpar seu rosto.

– Ficamos sabendo do ocorrido na aula de química, parece que você tentou criar outro BIG BANG! – Uma das garotas não perdeu a chance de humilhar ainda mais Esmeralda.

Esmeralda não estendia o motivo daquela marcação cerrada com ela, quer dizer, essas garotas nunca foram suas amigas, mas ao menos a deixavam em paz, por que logo agora resolveram pegar no seu pé?! Bom a resposta já viria a aparecer....

– Foi um acidente. A minha dupla misturou dos reagentes que acabaram levantando uma fumaça forte. – Explicava Esmeralda tentando ignorar as “alfinetadas”.

– Que coisa, hoje deveria ter sido seu dia de sorte, conseguiu fazer dupla com o Ikki, iria ficar até o fim da aula do lado dele... tesc tesc tesc. Ta vendo não é por maldade quando mantemos pessoas como você afastadas. – Disse uma das garotas sentindo pena de Esmeralda.

– Entende agora meu bem? Fazemos isso para seu próprio bem. Sabe, em um quebra - cabeças existem peças que se encaixam e outras que não, é a mesma coisa com vocês. Vocês possuem o ambiente apropriado como a biblioteca, o laboratório de química, de informática, os fundos da área do intervalo e as últimas arquibancadas do ginásio, não há motivos para quererem se misturar é isso o que acontece quando você sai da sua zona de conforto. Se tivesse se contentado em fazer dupla com seus colegas “nerds”, não estaria passando por esta situação, mas não, por algum motivo você achou que poderia se sentar e desfrutar da companhia de Ikki... Você não pertence ao mundo dele! – A outra rebateu em tom ameaçador.

Esmeralda nesse momento perdeu o chão, a fala e tudo o que ainda lhe restava, não ia chorar, mas também não iria entrar na discussão delas, não desceria ao mesmo nível, sabia muito bem se portar, até porque essa não era a primeira vez que garotas “populares” a ridicularizavam.

– Bom eu não escolhi o Ikki para ser minha dupla na aula, o professor fez isso. Até porque, se eu o fizesse, ele jamais aceitaria, eu tenho total conhecimento disso, eu sou uma “nerds”, o Ikki é um jogador, ele prefere garotas bonitas, bem dotas, ou líderes de torcida como vocês, não faço o tipo dele e nem pretendo mudar meu estilo por isso, por tanto ele continua sendo inteiro de vocês!

Quando terminou de falar, só jogou rápido um pouco de água no rosto, arrancou um papel e saiu para enxugar o rosto do lado de fora mesmo, pois não queria ficar nem mais um minuto na companhia daquelas meninas.

Ao sair se lembrou de duas coisas importantes; Ikki estava no banheiro e ouviu todo o insulto que fora direcionado a ela e seus óculos... Sim ficaram no banheiro. Ela sabia que se as garotas o tivessem achado elas não o devolveriam, e tão pouco tinha vontade de voltar lá para pegá-los e dar de cara com as duas de novo. Preferiu deixar quieto.

As garotas que permanecerem no banheiro apenas riram da resposta de Esmeralda e continuaram o que estavam fazendo. Constantemente elas e as demais garotas, entravam nos banheiros para fumar escondido, já que dentro da escola era proibido e elas ainda eram menores de idade.

Enquanto isso, Ikki que permanecia escondido não pôde deixar de ouvir os insultos, e claro não conseguiu esconder o orgulho e a satisfação em saber que as garotas da escola tinham ciúmes dele. Por um momento sentiu-se um tolo, por causa dele outras pessoas eram maltratadas, mas o que ele deveria fazer, gostava da vida que levava, gostava de ser popular e de ter a garotas a disposição, mas pela primeira vez, sentiu-se mal ao ver uma pessoa ser humilhada.

Quando as garotas saíram do banheiro, Ikki desceu do vaso e destrancou a porta para sair do seu “esconderijo” e quando se aproximou das pias, viu no chão um objeto que refletia com a luz. Abaixou-se e ao se aproximar, viu que eram os óculos de Esmeralda. Um sorriso de satisfação brotou no seu rosto, estava contente em tê-los encontrado afinal usaria isto de desculpa para falar com ela novamente, porem seu sorriso logo desapareceu. Isso seria loucura, não poderia ser visto junto com ela ainda mais depois do que aconteceu. A garota agora era motivo de piada para escola inteira, se vissem eles num gesto terno com ela seria o fim da sua reputação. Ikki observou por um instante o objeto em suas mãos e depois o guardou no bolso, mais tarde pensaria no que fazer com ele...



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Notas finais do capítulo

Agradeço ao meu novo colega Chucky que me deu um ponta pé pra que eu começasse a escrever! Grande garoto. Valeu!!



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