POV Esmeralda

–... E assim, termina o grandioso conto de Sherlock Holmes, e seu fiel parceiro, Dr. Watson... Devo dizer que este é um dos meus contos favoritos de Sir Arthur Conan Doyle. - disse Shun, comentando a grandiosa obra "Sherlock Holmes O Vale do Terror" para a classe a pedido de sua professora.

– Concordo plenamente com você Shun. - disse eu sua melhor amiga.

– Esmeralda, sua vez de comentar um livro, que em sua opinião, foi o melhor que você já leu. – me disse a senhorita Erin Grimliwell, a mais chata das professoras.

– Sim, Senhora Grimliwell. Vou falar agora, de uma obra de Willian Shakespeare, se chama "Romeu e...

Eu havia sido interrompida, pela porta que se abria, do lado direito da sala. Era Ikki quem entrava por ela.

– Atrasado de novo senhor Ikki. Vá até a direção, e pegue uma permissão para entrar. - exclamou Sra. Grimliwell.

– Esta bem. - respondeu Ikki seco.

– Me diga uma coisa espertinho. Porque você constantemente se atrasa para as aulas? - perguntou Erin Grimliwell.

– Dormi demais... - disse Ikki tentando enganar sua professora, e Shun sabia bem disso. Já que era irmão de Ikki, conseguia perceber o que acontecia com ele.

POV Shun

Era toda noite a mesma coisa; June, a mais bela das Líderes de Torcida ia lá em casa acompanhada de suas companheiras as outras líderes de torcida, todas dotadas de belos rostos e corpos; que causavam euforia nos garotos de toda escola. Era sempre eu quem abria a porta para elas, e assim, noite após noite. A conversa se prolongava a cada comentário insano que meu irmão fazia sobre suas roupas e maquiagens, e as garotas por sua vez, não perdiam a oportunidade de elogiar e se oferecer para o Ikki, elas pareciam enlouquecer com aquilo.

Quando a “reunião” deva-se por terminada, eu dava boa noite a June e ela me dava um sorriso. O mais encantador que eu havia visto em toda a minha vida. Eu sempre gostei muito de June, e meu irmão não sabia. Elas subiam juntas para o quarto de Ikki, e ali ficavam por horas, às vezes até quase amanhecer.

No café da manhã eu conversava com meu irmão e perguntava sobre a “reunião” com as líderes, porém mais interessado em apenas uma delas, o Ikki me resumia os fatos sem perceber onde eu realmente queria chegar.

POV Ikki

Ahhh que mulhersinha irritante. Lá vai eu de novo até a sala do diretor..... Ela não poderia ter simplesmente me deixado entrar, que culpa eu tenho se a noite dela foi ruim?! Eu até poderia ajudá-la a aliviar a tensão se os panacas com quem ela sai não estão dando conta do recado (rsrsrs). Chegando até a sala do diretor, pude encontrar meus colegas, que jogavam junto comigo no futebol. Tony e Gustav.

Ambos haviam se mudado para nossa cidade recentemente. Tony é da Itália. Ele tinha cabelos cor cinza, e tinha uma personalidade muito agressiva. Gustav, também era deste tipo, mas ele era meio diferente de nós. Gustav era um grande apreciador das belezas naturais. E assim ele se auto-chamava, beleza natural. Ele tinha cabelos e olhos azuis claros, e uma pinta perto de seu olho esquerdo.

– E ai seus irresponsáveis.... Hahahaha – eu já entrei na sala dando um salve geral.

– E ai, o que aconteceu desta vez? – perguntou Gustav.

– Cheguei atrasado... De novo. Agora preciso de permissão para entrar.

– Então ta boa sorte! Vejo você no treino. – disse Tony.

Já na sala do diretor...

– Senhor Ikki... Veio pegar permissão novamente, para poder entrar na sala de aula? – perguntou o Diretor.

– Sim diretor Frank. Acabei chegando atrasado de novo.

– Sabe Ikki, você chegou atrasado aos últimos 17 dias. Terei que chamar seus pais. – disse o diretor tocando no ponto fraco de Ikki.

– Meus pais? Se por um acaso os ver , diga que eu e o Shun queremos muito poder reencontrá-los!

– Me desculpe, havia me esquecido que você não tem pais. Neste caso, irei conversar com um de seus responsáveis. – disse o diretor.

– Eu já tenho 18 anos, sou responsável por mim mesmo agora. – exclamou Ikki.

– Neste caso, se você chegar atrasado amanhã, ou nos próximos dias, você será suspenso. – disse o diretor Frank. Então, ele bate o sinal, avisando que acabou a aula do professor que estava na sala, e disse – volte para a sala agora.

Assim como ele havia pedido, eu voltei para a sala, e o professor já estava lá me esperando.

– Onde é que você estava Ikki? - perguntu Sr. Grasst, Bobby Grasst professor de química.

– Eu estava na sala do diretor Frank. – respondi para ele.

– Neste caso, tudo bem. Agora eu irei escolher as duplas. - dizia o professor. - Serão [...] Saori e Jabu, Marin e Aiolia, Seiya e Miho, Tony e Gustav, Shun e June, Ikki... Ikki e Esmeralda.

Eu não sabia quem era esmeralda, então eu perguntei para o Sr. Grasst.

– Professor, quem é esta tal de Esmeralda, que eu nunca havia ouvido falar?

– Sou eu... - dizia uma foz suave. Eu havia olhado, e vi uma garota que estava olhando para baixo. Pude perceber os seus cabelos loiros, que até eram um pouco bonitos, mas com aquele penteado "rabo de cavalo", para mim, acabava com qualquer charme que poderia existir.

Ela levantou o rosto, que era bonitinho. Ela tinha olhos lindos da cor verde, eu até imaginei que esse fosso o motivo de seu nome. Mas a beleza era atrapalhada por uns gigantescos óculos, que junto do aparelho, "estragavam a estrutura".

Eu fui em direção a “nossa” mesa, que era a última. Quando olhei, Shun meu irmão era quem estava com June, A mais gostosa da escola. Fiquei aliviado naquele momento, afinal meu irmão não é meu inimigo e muito menos motivo para eu me preocupar. (será?) Imagine só, se June estivesse com Gustav ou Tony. Eles iriam atrapalhar minhas investidas..... Provavelmente, eles queimariam meu filme, para tentar ter alguma chance com ela.

Eu cheguei até a mesa. O professor Bobby começou a explicação de como deveríamos fazer os experimentos. Naquele momento, Esmeralda olha para mim, e diz...

– Olá, prazer me chamo Esmeralda. - dizia ela com um sorriso no rosto, um tanto quanto feio, por causa do gigantesco aparelho em seus dentes, mas um sorriso diferente dos que eu costumava receber, sem malícia, sem segundas intenções, era apenas......um sorriso.

Eu olhei para ela, e disse oi também, e depois fiquei calado. Peguei dois potes pequenos, que continham dentro deles, líquidos que eu não conhecia. Um azul e outro vermelho.

Eu comecei a misturar o conteúdo dos copos, quando de repente...

– Ikki, cuidado... - disse Esmeralda me jogando para o chão. Eu não entendi porque, mas uma grande fumaça voou para cima de Esmeralda. Os seus cabelos antes amarrados e penteados estavam agora totalmente arrepiados e cinzas, assim como seu rosto, que aos poucos iam sendo limpos, com as lágrimas que saiam de seus olhos verdes. Seus óculos começaram a embasar, e assim ela os retirou do rosto e soltou o cabelo já que o rabo de cavalo havia se desfeito com a pequena explosão ocorrida.

Quando a vi, ela estava suja e com os olhos avermelhados devido a fumaça que viera em sua direção, mas apesar disso o visual de agora estava muito melhor do que o anterior.

Meus companheiros no futebol, Tony, Gustav, Kanon, junto das líderes de torcida Shaina, Marin entre outras e outros começaram a rir. A exceção era eu, e meu irmão Shun, seu único amigo, e June. Uma culpa começou a tomar conta de mim, e então comecei a pensar que ela estava sendo humilhada por minha causa. Neste momento, Esmeralda saiu correndo em direção ao banheiro, e eu, sem saber o porquê, lhe segui.

Eu não me importei, e até entrei no banheiro feminino. Encontrei ela, trancada dentro de um dos box que lá havia. Eu bati na porta, e como resposta, escutei um grito:

– Vá embora, quem quer que seja... – disse Esmeralda com uma voz de choro.

– Oi sou eu Ikki, vim lhe pedir desculpas. – eu disse sem graça.

Esmeralda saiu do box. Eu estava em sua frente. Ela me encarou chegou perto e disse?

– Sabia que homens são proibidos no banheiro feminino?