— Não, só estou evitando problemas! — Eu disse.

— Problema? Não entendi. — Disse descruzando as pernas.

— É o seu segundo dia aqui, você fez aquilo comigo na minha casa e vem pra uma festa de alguém que não conhece, e que te chamou por educação. — Eu disse mas, logo depois me senti mal pelo o que disse em relação a festa, e se ele quisesse apenas se enturmar?

— Ela pode ter me chamado por educação e eu quis retribuir, além do mais... Recebi uma mensagem que disseram que você estava louca que pra eu vim, e a Luce queria se enturmar. — Ele disse levantando e saindo.

— Espera! — Gritei e puxei seu braço — Então você veio por causa de mim?

— Não vou mentir que te achei muito bonita, mas embalagem não é conteúdo. — Ele saiu e eu fiquei o observando sentado no sofá mexendo no celular.

Meu Deus! Como eu pude ter feito isso com ele? Nem tinha o conhecido ainda e falei essas idiotices, minha consciência doía, eu sentia uma dor na nuca horrível. Não demorou muito pra a Vic ir falar com ele, senti uma sensação ruim e fui pra porta da casa Anne, chamei um taxi.

— O senhor pode esperar um minuto?

Corri o mais rápido que puder pra avisar para as meninas que ia pra casa, eu ia passar mensagem, mas meu celular descarregou. Quando cheguei onde eu tinha visto a Vic e o Cam eles não estavam mais lá, nem a Tay e o Josh estava conversando com a Luce, mas que estranho na hora que eu preciso esse povo some. Foi quando eu ouvi um barulho e pessoas gritando em direção a piscina. Lá estava Jane e Elisabeth brigando na piscina, foi quando eu vi Tay, Vic, Luce e Josh rindo, fui correndo e perguntei:

  — Meu Deus! Que diabos aconteceu?

  — Você sabe... Homens! —Disse Tay— Do jeito que a Jane é, só pode ser por isso.

Eu ri e continuei assistindo a briga.

A Jane é baixinha, cabelos pretos e tem duas irmãs biológicas e uma adotada, ela é como diz o povo, uma verdadeira “piriguete”, briga por homem no meio das aulas e já namorou com praticamente todo o Stretford Wogel. Já a Beth não é assim soube de poucas coisas dela, mas eu ainda não tinha entendido o barraco, foi quando eu lembrei... O taxi.

  — Tay! Preciso ir o taxi esta na porta, depois eu explico.

Sai sem esperar ela responder e entrei no taxi já explicando a demora a o taxista.

  — Me desculpe é que houve uma briga... Manhattan por favor! — Foi ai que eu ouvi alguém gritando.

  — Espera! — E Cam entra no taxi. — Se importaria em dividir o carro comigo Alice?

  — Pode entrar. — Eu disse morrendo de vergonha e culpa.

Ele sentou ao meu lado e eu coloquei o meu fone de ouvido fingindo estar ouvindo música quando o motorista berrou: não tenho a noite toda mocinha, espero gorjeta.

  — Eu vou para Long Island — Disse Cam.

O motorista arrastou o carro e eu contava os minutos para chegar em casa mas, infelizmente da casa da Anne para a minha eram 30 minutos e eu precisava me desculpar com o Cam.

  — Cam... — Ele olhou pra mim — É... desculpe pelo o que eu disse da festa da Anne.

Será que ele iria me desculpar? Ele também não me pediu desculpas pelo que ele fez na minha casa, nem bem eu o conheço e ele já quer me beijar.

  — Alice, Alice, Alice... — Ele disse com um sorriso de canto — E você ainda diz que eu sou problema, com uma garota como você que me xinga, diz que eu estou atrás de você o tempo todo e pede desculpas, afinal você quer falar comigo ou não?

  — Estou apenas tirando um peso das costas, vai me desculpar ou não?

  — Vou, eu já tinha até esquecido do que você tinha dito, a Vic era tão interessante.      — E continuou no celular trocando mensagens.

Não vou mentir que quando ele falou que a Vic era interessante eu senti umas pontadas de ciúmes, até porque é sempre bom ter alguém bonito afim de você. Queria saber quem era a pessoa das mensagens e então eu recostei no banco e fiquei meio inclinada e vi o nome “Victoria”, voltei para o meu lugar com raiva da Vic e de Cam, eu não sabia o porquê dessa sensação até porque a Vic estava certa, eu tinha dito que não gostava dele e não gosto, ele é bonito e gentil com ela, porque ela não iria se interessar? Convenhamos.

  — Mensagens? — Eu disse descontraída.

  — Como pode ver, sim. — Cam disse, frio.

Joguei meu celular na bolsa.

  — Esses celulares de hoje! — Arfei — Não aguentam uma horinha e já estão descarregados.

O Cam riu e disse — Você é péssima pra puxar assunto — Ele riu e pegou o meu celular — E qual seria o numero desse lindo celular? — Ele olhou nos meus olhos.

  — É... é — Gaguejei.

  — Chegamos moça — Fui interrompida pelo taxista.

  — Cam — Disse puxando a minha bolsa — Tchau.

Espera o Cam pediu o meu numero? Meu Deus que confusão, agora a pouco eu o odiava e ele gostava de mim, depois isso inverteu e agora eu gosto dele... ou não! Meu Deus eu não estou entendendo mais nada.
        Em meio a milhões de pensamentos eu entrei em casa, joguei a bolsa no sofá e corri para o meu quarto cai na cama e coloquei o celular para carregar, precisava falar com as meninas.