Vidas Cruzadas escrita por Dannyelly


Capítulo 25
Capítulo 24 – VERDADES E MENTIRAS




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CAPITULO 24 – VERDADES E MENTIRAS


 


Aos poucos as lembranças de todos aqueles acontecimentos foram ficando distantes e quando percebi o carro já estava estacionado.


Sem perceber como; eu vi que tinha chegado ao penhasco. Minhas mãos ainda permaneciam no volante na mesma posição, enquanto eu ainda tentava raciocinar sobre a última pergunta que Bella me fez:


“Sem querer parecer intrometida, mas você tem que me dizer o que tá acontecendo?”


Eu já não agüentava toda a pressão, mas Deus é testemunha de quantas vezes eu tentei falar com Rose. Isso é; se eu ainda tivesse algum crédito com Deus depois das minhas mentiras.


Depois daquele beijo eu tentei falar com Rose, dizer que não tava dando mais, mas ela sempre se esquivou.


No fundo eu acho que ela sabia que a gente ia romper.


E eu por me sentir culpado de estar fazendo isso com ela e com a irmã deixava a conversa pra depois.


Depois de beijar Bella eu já não conseguia ficar com a mesma naturalidade de antes aos beijos com Rosalie. E era por isso que nossas brigas aumentaram. Tudo nela ultimamente parecia me tirar do sério!


Fiquei um tempo sentado olhando em direção ao horizonte, olhando pro mar que parecia não ter fim.


Quando consegui ficar mais calmo entrei no carro pra voltar pra casa.


Bella já estava sabendo que alguma coisa estava errada entre Rosalie e eu.


E eu já não podia ir muito longe com aquela farsa, decidi que era hora de responder as perguntas de Isabella.


Eu estava decidido, no dia seguinte iria terminar com Rosalie e procurar Bella e esclarecer tudo.


Voltei pro carro e fui dirigindo pra casa... Sem pressa, com os vidros abertos. Aproveitando o vento que invadia o carro.


Cheguei em casa e fui pro meu quarto, mamãe insistiu pra eu comer alguma coisa, mas eu estava sem fome.


Liguei o meu notebook e coloquei uma coletânea de musicas pra me distrair.


 


#FIM DA NARRATIVA DE EDWARD#


 


#NARRATIVA DE BELLA NOVAMENTE#


 


Que garoto mais doido minha irmã resolveu arrumar pra namorar!


Do nada o garoto saiu e me deixou falando sozinha.


Ele saiu da biblioteca e eu tentei segui ele ate a frente da escola, mas não tive muito sucesso. O cara praticava basquete e aquele passo rápido pra ele não foi nada. Agora eu que estava fora de forma, afinal não praticava esporte nenhum cheguei na frente da escola sem fôlego, parecia que eu tinha estado em uma maratona.


Pude ouvir o barulho dos pneus cantando quando Edward saiu em seu volvo e me deixou plantada lá perto do portão. Não adiantou chamar seu nome, ele nem olhou quando eu gritei.


Sem ter o que fazer, fui ver o tal jogo de futebol.


A Pulguinha Saltitante deu um beijo de boa sorte na boca do Loirão  e deixou um bando de marmanjo morrendo de inveja. É... Agora eles estavam ficando, segundo as palavras da Pulguinha ela era boa de pontaria e conseguiu laçá-lo. Ela praticava esse esporte no seu país.


- No Brasil eu pegava boi no laço! Vocês acham que esse gatinho seria diferente? Eu sou mais eu!


Quando Brendita nos contou na ocasião, eu e Déia rimos muito. Ela persistiu em seus planos de ciúmes até deixar o Loirão doido, e no fim ele acabou se declarando pra ela. Acho que ele nem lembrava mais que um dia foi gamado em minha prima.


O jogo correu normalmente com a gritaria que as das duas torcidas faziam.


O Loirão e seu time ganharam, mas foi por pouco, se não fosse por um pênalti que o time adversário fez num dos jogadores do nosso time, o jogo acabaria empatado.


Pelo menos Rose esteve bem durante o jogo. Cara! Ela levava a sério aquela coisa de animadora de torcida!


O pessoal saiu pra comemorar a vitória sofrida e eu Rose voltamos pra casa.


Dentro da caminhonete ela retirou a coisa mais improvável da bolsa.


-Hey!!!!! Desde quando você fuma?


-Desde quando deu vontade! E nem adianta ficar me olhando assim, garanto que o seu visual assusta muito mais do que o meu cigarro.


-É... mas o seu cigarro prejudica muito mais do que o meu visual. Dá isso aqui!


Comecei a tentar pegar o maço de cigarros com uma mão enquanto a outra permanecia no volante. Numa das mãos Rose tinha um cigarro aceso e na outra o maço de cigarros. A gente estava em igualdade e ambas só tinham uma mão livre.


-Dá isso aqui Rose, eu vou contar pro xerife!


-Não se mete Bells.


O carro começou a dançar no meio da pista fazendo zigue zague e foi aí que o inevitável aconteceu.


No meio daquela briga idiota eu perdi a direção e bati a frente do carro numa das arvores próximas do acostamento.


A batida nos pegou de surpresa e nós duas ficamos paradas no banco olhando pra fumaça que saía da frente do motor.


A sorte é que eu não estava correndo, se bem que nem que eu quisesse iria conseguir. Não com a minha caminhonete tartaruga.


Abri a porta e fui dar uma olhada no estrago.


A mão foi logo pro meio do cabelo, o típico gesto que eu e meu pai sempre fazíamos quando a gente tava nervoso.


-Pâta que o paréu Rose!!! Olha o que você fez caralho!!!


Ela começou a gaguejar tentando se explicar.


-Desculpa Bells, eu só queria pegar de volta... aí você veio pra cima... e a culpa também foi sua... desculpa eu não queria...


Ela tampou o rosto com as duas mãos e começou a chorar.


Ao mesmo tempo que fiquei com dó de ver ela naquele estado eu queria ir pra cima e encher ela de voadora!


Peguei meu celular pra ligar pro xerife.


-Alo pai? Então... Lembra que o senhor sempre falava que eu tinha que encostar a caminhonete pra dar uma revisão nela? Agora eu acho que concordo com o senhor. Essa seria uma boa hora pra dar uma geral.


Contei pra ele da batida e ele mandou a gente ficar lá esperando por ele.


Depois de um tempo a viatura chegou acompanhada de um reboque.


-Vocês estão bem meninas?


O xerife desceu do carro e abraçou a nós duas. Murmuramos que estava tudo bem.


-Afinal de contas o que aconteceu? – ele perguntou.


-É Rose... O que aconteceu? – perguntei também.


Ela abaixou a cabeça e contou pra ele, e ali mesmo teve sua sentença: 01 mês de castigo, da casa pra escola e da escola pra casa. Sem namorado, sem shopping ou sem ir pras baladinhas de Port Angeles aos fins de semana. E se ele a visse com algum cigarro na boca ela iria ficar banguela. Cara, ele ficou muito nervoso quando ela falou o porquê da briga.


Ele nos levou pra casa e chegando lá ligou pro serviço da Renné. Nossa mãe toda zen com aquelas coisas de yoga que nosso corpo era nosso templo passou por telefone um sermão em minha irmã. Sobre como a sua energia devia estar alterada e diferente dos seus chakras e pontos vitais e toda aquela baboseira que não fazia sentido algum pra mim.


Esperei o xerife ir embora pra eu poder sair.


Rose estava de castigo, eu não.


Bati a porta da frente e saí. Agora sem a caminhonete eu teria que andar um bocado e sinceramente eu não era o tipo que se sente bem em dar trabalho extra as solas dos meus pés.


Após um longo tempo, e quando digo longo, acredite foi longo mesmo. Eu poderia apostar que eu teria calos no pé no dia seguinte cheguei em frente á fachada da casa.


Subi alguns degraus pra chegar na porta e antes que tivesse tempo de apertar a campainha alguém apareceu.


-Olá Isabella. Que surpresa agradável!


-Oi senhora Esme.


-Só Esme, nada de senhora – ela dizia enquanto sorria.


-Ok, o Edward está Esme?


-Claro querida! Venha, entre. Eu só lamento não poder ficar, eu marquei de encontrar meu marido no restaurante.


-Desculpa, eu posso voltar outra hora Esme.


-Imagina Isabella! Edward ficará em casa e se eu bem me lembro você estava a sua procura não é?


-Sim.


-Suba as escadas e bata na porta, ele está escutando musica e não irá te ouvir chamá-lo. O quarto dele é o primeiro á esquerda. Eu já vou indo, Carlisle odeia atrasos. Sinta-se a vontade.


Esme fechou a porta atrás de mim e eu fiquei ali, no centro da sala sem saber o que fazer.


Chamei Edward três vezes e em nenhuma delas tive resposta.


Resolvi subir as escadas pra fazer como Esme tinha dito.


Em frente a porta indicada bati uma vez . Como nada aconteceu bati de novo, dessa vez com mais força.


-Entra!


-Edward? – perguntei abrindo uma fresta na porta e colocando a cabeça dentro do aposento.


-To no banho! Eu já saio num segundo Rose.


O cabeção me confundiu com minha irmã; e a nossa voz nem era parecida!


Dei uma geral no quarto enquanto esperava. O lugar era impecavelmente limpo. Os móveis eram de mogno escuro enquanto as cortinas, lençóis e outros acessórios do local tinham tons claros.


Sentei na beirada da cama esperando por ele. No notebook que estava em cima de uma escrivaninha ao lado da cama uma musica clássica começou a tocar e eu não consegui deixar de fazer uma careta. Outch! Que musica chata!


Quando ela finalmente acabou, outra tão chata quanto a anterior começou.


-Edward! Posso trocar de musica?


Ele não respondeu nada e eu imaginei que ele não devia ter me escutado. Não havia mal algum em simplesmente tirar a musica certo?


O Media Player já estava aberto e eu só tive que dar um clique para ir para a próxima.


A musica começou a tocar e graças aos céus não era outra musica clássica. Essa era uma conhecida por mim e estava entre as minhas preferidas, I’ll stand by you – The Pretenders.


O grupo era muito bom. A vocalista Chrissie Hynde era uma das vozes femininas que eu mais gostava de ouvir.


Comecei a cantarolar baixinho acompanhando o ritmo da musica quando Edward saiu do banheiro.


Confesso que vê-lo sair só de bermuda e sem camisa me deixou muito desconfortável, aquilo era estranho. Sem querer dei um olhar de relance em seus músculos expostos, minha irmã tinha bom gosto!


Ele ainda estava de cabeça baixa, a toalha passava atrás do pescoço e enquanto uma das pontas estava caída sobre um dos ombros, a outra extremidade da toalha estava em sua mão. Ele esfregava pra enxugar os cabelos molhados que deixavam gotas de água espalhadas sobre o chão.


Quando Edward levantou a cabeça pude ver a surpresa em seu rosto. Ele não me esperava ali.


-Hey, oi Bella! O que você faz aqui? Aconteceu alguma coisa?


-Na verdade sim. Eu tentei falar com você lá na escola lembra? Você me deixou falando sozinha.


-É... Eu meio que estava de cabeça cheia. Mas então? O que você quer aqui?


-Eu vim falar sobre Rosalie – notei que Edward ficou sério, e me lembrei do que tinha falado na escola, sobre seus problemas não serem da minha conta.


Ele puxou a cadeira da escrivaninha e se sentou de frente pra mim, ficou um tempo de cabeça baixa com os antebraços apoiados nos joelhos, deu um longo suspiro e por fim me encarou.


-Não tem jeito não é? Bem na verdade eu já estava me preparando pra essa conversa.


-Hoje Rose começou a fumar na minha frente – interrompi o que ele ia começar a dizer e falei a frase toda mais rápida do que eu esperava.


-O que? Como assim?


-Bem eu esperava que você me explicasse não é? Afinal você é quem troca saliva com ela o tempo todo! Era de se esperar que você sentisse o gosto ou o cheiro!


-A gente não está tão junto, eu meio que estou tentando...


Ele abaixou a cabeça e ficou quieto.


-Terminar? – perguntei.


-Sim. Na verdade já tem um tempo que não rola nada entre sua irmã e eu. Toda vez que eu tento falar com ela sobre isso o seu comportamento muda e ela fica na defensiva.


E foi quando a introdução da próxima musica começou.


Edward continuou a dizer algumas palavras, mas meu ouvido estava totalmente focado para a melodia.


-Onde você conseguiu essa musica? – perguntei.


-Hã?


Antes que ele tivesse tempo pra dizer alguma coisa a introdução tinha acabado e a voz já cantava. A voz que eu reconheceria em qualquer lugar.


-Essa cantando sou eu! Onde você conseguiu isso?


-Ah, sei lá Bella. Acho que foi  de um dos shows...


-Não, não foi. Eu nunca cantei essa musica nas nossas apresentações. Onde você conseguiu?


Edward continuava sério.


-Olha Bella, eu preciso falar com você. Tem como vir aqui um minuto, senta aqui.


-Não! Primeiro me diz. Ed essa foi a primeira musica que eu compus e eu só mostrei pra uma pessoa.


E então um nó se formou em minha garganta e a pergunta simplesmente saiu.


-Você conhece ele?


-Ele não respondeu e mostrou o lugar da cama onde eu estava sentada pra eu voltar a me sentar.


-Você conhece? Perguntei de novo.


Ele ficou calado encarando o chão.


O silencio que havia formado entre nós 02 foi quebrado por uma musica alta e agitada que começava a tocar assim que acabou aquela onde eu cantava. Eu gostava de rock, mas sem duvida aquele não era o momento.


Como Edward parecia estar em outro planeta eu resolvi ir até o notebook pra desligar o som. E foi quando fechei o Media Player e vi.


-Que porra é essa???


Ele levantou a cabeça em minha direção.


-Porque a minha foto da festa de escola esta como papel de parede no seu computador?


A foto era da festa da escola onde todos usavam trajes típicos.


Eu me lembrava muito bem dessa foto. Eu mesma a escolhi pra mandar pro Arcanjo.


O que diabos estava acontecendo?


-Eu ia te contar Bella, eu juro, eu só precisava falar primeiro com a Rosalie...


-Durante esse tempo todo você sabia quem ele era e nunca falou nada? E o que tem minha irmã com tudo isso?


-Bella eu não fiz nada de caso pensado, quando eu dei conta já estava assim e cada vez ficava mais difícil falar a verdade...


Enquanto Edward tropeçava nas palavras falando tudo muito depressa ele vinha em minha direção.


Quando chegou perto me deu um abraço que eu não esperava e me deu um beijo.


Tentei me soltar, mas seus músculos pareciam apertar cada vez mais e mais ao meu redor conforme eu me mexia. Senti seus lábios pressionando os meus e na mesma hora pude distinguir o gosto. Era o mesmo gosto do beijo do coreto. Ele era o Arcanjo.


Dentro de mim uma luta teve inicio. Uma parte em que eu queria continuar exatamente do jeito que eu estava e desfrutar aquela boca, e outra parte que mandava alertas constantes ao meu cérebro avisando de que aquele filho da puta era namorado da minha irmã.


Lembrar quem Edward era me deu forças pra desvencilhar dos seus braços e eu consegui me soltar.


-Bella eu te amo tanto que ás vezes chega a doer em mim, eu juro que eu não queria, eu tentei me afastar, mas não tive forças...


-Você é doente. Um maldito doente filho da puta!


-Me deixa explicar Bella. – ele suplicava enquanto eu dava passos pra trás conforme ele andava em minha direção.


-Explicar o que? Que você fudeu com a minha vida? Que minha irmã está fazendo as coisas mais idiotas porque sente que o estúpido do namorado está se afastando dela? Não muito obrigada, você já fez um bom trabalho em ferrar com as nossas vidas.


Cheguei perto da porta e me virei pra abri-la.


Senti Edward puxar minha mão pra me impedir de ir embora.


-Bella você não pode ir assim, vamos conversar primeiro.


-Nunca – mais – toque – em - mim!


Eu disse cada palavra pausadamente enquanto as primeiras lagrimas escorriam em meu rosto.


Eu não iria dar o gostinho daquele babaca me ver chorando.


Corri pra sair logo da casa.


Nos últimos degraus minha visão já estava toda embaçada por causa das lágrimas e eu já não enxergava nada á minha frente, foi quando acabei batendo em alguma coisa no centro da sala e caí pra trás sentada, na verdade aquela coisa parecia como uma parede de tijolos.


-Belóviskiiiiii você por aqui!


Reconheci a voz.


-Não enche você também idiota. - disse emburrada enquanto me levantava e limpava o rosto na manga da blusa.


-Foi um prazer falar com você também Bellão.


Ainda pude ouvir as risadas de Emmet quando eu cruzei a porta. O que eu menos queria naquele momento era qualquer um dos Cullens em minha frente.


Tomei um ônibus não muito longe da casa e fui para o único lugar que eu sabia que poderia ficar sozinha, fui pra casa do xerife. Naquela hora do dia ele estava na  delegacia e ainda iria demorar bastante pra encerrar seu turno.


Dentro do ônibus veio tudo de novo em minha cabeça; a foto no computador, o beijo e ele pedindo pra gente conversar. Novamente as lagrimas vieram.


Cheguei na casa de Charlie e peguei a chave reserva debaixo do tapete e entrei. E chorei. Deus como eu chorei.


Quando meu pai chegou á noite eu ainda estava chorando.


-Bella o que foi minha filha?


-Eu não quero falar agora pai – consegui balbuciar entre soluços.


Ele só me abraçou e afagou meus cabelos enquanto eu deitava minha cabeça em seu colo.


Até meu pai se assustou com o quanto eu chorei.


Eu estava muito magoada com Edward, ele não tinha o direito de brincar com os meus sentimentos daquela maneira, de mentir daquele jeito. Eu me sentia enganada demais, eu contei pra ele os meus segredos mais íntimos, eu me abri pra ele de um jeito que não fiz com mais ninguém.


Naquela noite pude ouvir do meu quarto o xerife ligando pra minha mãe pra avisar que eu ia ficar por lá.


Acordei no dia seguinte com uma tremenda dor de cabeça, olhos inchados e vermelhos, com febre e espirrando.


Meu pai estava na cozinha e em cima da mesa uma xícara de chá já junto com uma aspirina do lado me esperava.


-Imaginei que você não ia acordar bem Bells.


-Valeu pai.


Engoli o chá e tomei o remédio. Eu estava um caco e depois de ver que eu estava começando a ficar resfriada meu pai me deixou faltar na escola.


-Filha sobre ontem, nós precisamos conversar.


Olhei pra ele o meus olhos estavam marejados de lagrimas.


-Oh, por favor xerife, é a mesma historia de sempre. Adolescente apaixona-se, não é correspondida e fica mal por isso. Não tem o que falar pai, é só uma fase e daqui a pouco passa.


Limpei as lagrimas na manga da blusa antes que elas caíssem e dei um meio sorriso pro meu pai.


-Bom, ele não sabe que garota maravilhosa está perdendo – ele dizia enquanto afagava meus cabelos- Se quiser eu posso ficar aqui hoje.


-E deixar os cidadãos de Forks desprotegidos?Não... Pode ir lá pra bancar o homem da lei pai. Eu vou ficar legal sozinha.


Depois de ter certeza que eu ficaria bem, papai pegou seu cinturão e saiu. Antes de fechar e porta da cozinha me mandou um beijo e fechou a porta em seguida.


-Pai!


Ele abriu a porta de novo e colocou a metade do corpo pra dentro da cozinha e ficou me olhando esperando eu continuar.


-A mamãe não sabe de nada ainda.


-E eu suponho que você queira que continue assim.


Acenei que sim com a cabeça, ele tinha entendido o recado.


-Está bem Bells, eu não vou contar nada. Mas se ela te ver desse jeito vai descobrir na mesma hora que tem alguma coisa errada.


-É por isso que você vai ligar e avisar que eu vou passar a semana aqui com você.


-Ok, a noite a gente fala sobre isso.


Ele fechou a porta e saiu.


Eu não ia conseguir ficar em casa e encarar minha irmã, não nesse momento. O melhor era ficar na casa do xerife mesmo.


Durante toda a semana eu continuei na casa do meu pai, minha mãe nem se importou já que era eu a que ficava mais tempo por lá.


Como o resfriado tinha piorado eu fiquei o resto da semana sem ir pra escola, e essa era a primeira vez que eu me sentia satisfeita por estar doente. Eu ainda não estava pronta pra encarar o Cullen.


Todos os dias na casa do xerife na parte da manhã a cena era a mesma.


Eu acordava com o nariz vermelho escorrendo, os olhos inchados, e espirrando feito uma doida. Em cima da mesa uma xícara fumengante de chá sempre me esperava.


Meu pai botava a mão na minha testa pra ver se eu estava com febre e dizia que aquele resfriado tinha me pegado de jeito, em seguida ia trabalhar.


Se ele desconfiou que eu continuava a chorar como naquela primeira manhã em que eu passei lá, ele nunca disse nada ou sequer comentou comigo.


Durante as noites eu sempre conversava com a Sininho pelo Messenger e a primeira vez em que eu falei com ela, ela disse que tinha uma novidade: naquele mesmo dia em que eu tinha resolvido ficar na casa do xerife o Cullen apareceu lá em casa e terminou o namoro com minha irmã. Alice disse que já não agüentava mais as crises de choro e o mal humor de Rosalie, se ela já estava estranha antes, depois do fim do namoro tudo piorou.


Sininho disse que nem estava saindo direito em solidariedade á Rose que precisava de companhia nesta fase difícil e que não podia sair por causa do castigo. Também disse que era pra eu voltar logo pra casa.


Passados 11 dias na casa do xerife eu resolvi que era hora de voltar pra casa.


Fui embora deixando pra trás um resfriado curado, um coração partido e um rio de lágrimas derramadas pelo Cullen. Cafona a frase, eu sei. Mas era assim que eu estava por dentro.


Eu não sabia como ia ser, eu só sabia que não teriam mais lagrimas e nem insônia durante a noite, essa era uma promessa, minha tabua de salvação e eu me agarraria nela com todas as forças.


A viatura do meu pai estacionou em frente á casa de Renné e eu abandonei os meus devaneios.


Desci do carro e caminhei em direção á casa.


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Notas finais do capítulo

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Mais uma vez gostaria de agradecer a todos os reviews recebidos, acreditem, eles significam muito!
Bjos