– Eu os declaro marido e mulher. – O reverendo anuncia. – Pode beijar a noiva.

Ethan me beija e me rodopia.

– Eu amo você Senhora Kavanagh. – Sussurra em meu ouvido.

Adoro como as palavras soam. Eu finalmente estou casada com o homem da minha vida.

Nos casamos quase dez meses depois do pedido, demorado, eu sei. É um lindo por de sol de sábado, no prado da casa de Christian, que ele cedeu depois de muita insistência. É uma cerimônia simples, por incrível que pareça, só para nossas famílias e amigos mais próximos.

Olho em volta e mamãe está lá se desmanchando em lágrimas. Papai a abraça ternamente. O mesmo acontece com Lauren e John. Ana e Christian estão lá com seu pequeno Ted. Kate está com um lindo sorriso ao lado de Elliot. Rose e Alex estão lá também.

Além da família meus melhores amigos de Seattle e de Nova York.

Estão todos nos olhando. Hoje eu posso ser o centro das atenções.

Abraços apertados nos envolvem, e muitos desejos de felicidades, sinceros eu sei. Não consigo tirar os olhos de Ethan, ele está muito lindo, obviamente, mas é algo muito maior que está me prendendo a ele agora.

– Enfim sós. – Ethan diz enquanto entra no quarto me carregando.

Vamos passar a noite em um hotel e pela manhã viajaremos.

Ele me coloca na cama.

– Enfim sua. – Falo.

– Você é minha desde o dia que nossos olhares se cruzaram pela primeira vez. – Ele fala.

Não poderia negar, Ethan me ganhou no primeiro segundo.

– Quer se trocar? – Ele pergunta.

– Você poderia tirar esse vestido para mim. – Digo maliciosa.

– Com todo prazer.

Ethan solta habilmente os botões do vestido.

– Eu prometo te fazer feliz e fazer com que cada um dos nossos dias juntos, seja sempre o melhor. – Sussurra em meu ouvido.

Eu tenho certeza que serão.

Abro os olhos e deixo minhas lembranças voarem para longe.

Ethan tem cumprido sua promessa.

Ele foi um ótimo amigo, namorado e noivo, e há um ano e onze meses é o meu marido perfeito. E nos últimos dois meses está sendo o melhor pai do mundo para nosso pequeno Joseph.

Agora eles estão ali na minha frente, na poltrona. Os homens da minha vida. É o que sempre digo.

Os bebês tem se multiplicado em nossa família. Ted, filho de Ana e Christian está prestes a completar três anos, e agora eles também tem Phoebe, de oito meses. Kate e Elliot têm Ava de um ano e dois meses. Do outro lado da família Rose me contou ontem que está grávida. Fico feliz que todos eles crescerão juntos e em boas famílias.

Me esforço para ser para Joseph uma mãe tão boa como Grace foi para mim e meus irmãos.

Ethan se levanta e coloca Joseph no berço. Estou parada na porta.

– Vamos. – Ele me chama para nosso quarto.

Dou uma ultima olhada em Joseph e vou.

– Com sono meu amor? – Ethan pergunta.

– Na verdade quero um banho. – Digo.

– Ótimo, vai lá. – Ele diz sem perceber o que quero dizer.

– Eu enchi a banheira, esperava que tomasse banho comigo. – Explico.

Ele que já estava se jogando na cama ergue uma sobrancelha.

– Te espero lá. – Digo.

Quando vim encher a banheira há alguns minutos havia me preparado. Deixo o roupão de seda deslizar corpo abaixo, ficando totalmente nua. Encaminho-me até o banheiro.

Estou prestes a entrar na banheira quando Ethan aparece.

– Achei que ia me esperar. – Diz.

Ele tira sua roupa e entra na banheira, encostando suas pernas nas laterais para que eu me sente entre elas. Já lá dentro ele pega uma esponja de banho e começa a deslizar pelo meu corpo.

Depois da gravidez algumas partes do meu corpo ficaram mais sensíveis ao toque dele, agüento o quanto posso, mas entro em combustão com aquele contato.

Viro-me na banheira e ataco ferozmente a boca do meu marido.

– Você nunca se cansa senhora Kavanagh? – Ethan pergunta.

– Nunca. – Respondo.

– Se continuarmos nesse ritmo Joseph logo terá um irmão. – Brinca.

– Bom, espero que isso só aconteça quando Joseph já estiver pelo menos dizendo mamãe e papai. – Rebato.

Ethan passa seu corpo por cima do meu na banheira. Com uma mão segura meus dois braços para cima e com a outra começa sua doce tortura pelo meu corpo.

Dizem que depois de casar e ter filhos os momentos de intimidade entre um casal diminui, isso não acontecia conosco.

Vamos começar ali e ir para a cama e se possível faríamos amor a noite toda, mas sabemos que logo Joseph irá acordar então vamos até lá para trocar a fralda, dar seu leite ou alguma outra coisa. Iremos correndo até lá e fazer o que for preciso e niná-lo de novo. E quando ele dormir vamos para a sala tomar uma taça de vinho enquanto ficamos abraçadinhos no sofá vendo qualquer coisa que esteja passando na televisão. Não importava. O que importava é que somos uma família e no fim do dia eu ia adormecer enquanto ele deslizava seus dedos entre o meu cabelo.

A vida me deu muito mais do que qualquer pessoa poderia sonhar, uma família maravilhosa, estabilidade profissional, amigos incomparáveis, um grande amor e um filho dele. Isso seria sempre o bastante para ser feliz.

Lembro-me de quando era pequena e mamãe lia história de princesas, e quando elas se casavam e o livro terminava em um “Foram felizes para sempre” eu me aborrecia, pois achava que a história tinha terminado na melhor parte. Hoje sei que eu tinha razão, a melhor parte da história é sempre aquela que ainda está para ser escrita, a que estamos vivendo neste exato momento, a melhor história é a realidade. Estes sim são os verdadeiros contos.