Não Olhe Para Trás escrita por Mnndys


Capítulo 47
Você só pode estar brincando


Notas iniciais do capítulo

Estou com preguiça de responder os comentários um por um, então vou generalizar aqui haha

Bem sobre Louis visitar Mia, eu não se no fim isso seria bom ou ruim. Sobre Rebekah, podem ter certeza eu a odeio também. Sobre a atitude da Mia: eu só consigo colocar dois caminhos, ela desprezar o Ethan ou cair matando e pegar o que é dela haha

Sobre a falta de cenas picantes eu explico, sei que por ser uma história inspirada em 50 tons algumas pessoas esperavam mais, porém eu preferi focar maia na história, espero que ter feito isso não tenha frustrado demais.

Em relação ao capitulo, a Mia vai se aconselhar com a Ana... então talvez já consigam prever o que acontecerá



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- Chuta isso direito Mia! – Christian manda.

Encaro-o e coloco mais força em meus movimentos. Me ajeito e chuto com vontade. Estou há cerca de meia hora deferindo socos e pontapés contra um boneco, na sala de musculação de Christian.

- Eu deveria fazer isso há mais tempo. – Digo ofegante.

- Concordo, assim gastaria essa energia toda que tem. – Ele diz.

Reviro os olhos para ele, mas não interrompo meu ritmo.

Escuto a porta se abrir.

- Bom dia! – Ana fala.

Ameaço me virar para falar com ela.

- Foco Mia. – Christian impede. – Bom dia baby! – Diz a Ana.

- O que estão fazendo? – Ela pergunta.

- Mia está tendo aulas de luta, estou só vendo o quanto ela já aprendeu. – Fala. – Chega por hoje!

Finalmente ele me libera. Estou exausta.

 - Onde está Ted? – Pergunto.

- Com a minha mãe. – Ana conta. – A moça que a mãe de Kate mandou chega em meia hora. – Avisa.

Vamos fazer os últimos ajustes nos vestidos.

- Vou lá ver Ted e deixar vocês vendo essas coisas chatas. – Christian fala enquanto deixa a sala.

- E você precisa de um banho. – Ana diz para mim.

- Podemos conversar antes? – Pergunto a ela.

Ana nem me responde, ela senta-se ao meu lado e fica pronta para me ouvir.

- Eu preciso saber se estou exagerando com Ethan. – Falo.

- Eu não sou a melhor conselheira, mas dou minha opinião se quiser.

- Ta. Preciso que se imagine em uma situação. – Digo. – Vamos supor que Christian tivesse uma ex que de alguma forma fez mal para ele. E depois dela e por causa dela ele tivesse optado por relacionamentos impessoais, até conhecer você.

Pauso para ver se Ana está atenta, ela parece concentrada.

- Então você meio que o ajuda a superar isso. – Continuo. – Mas de repente vocês se afastam e ele corre de volta para ela. O que você pensaria disto?

Ana solta a respiração, parece estar incomodada.

- Algum tempo atrás eu acharia que na verdade ele nunca tinha mudado ou que nunca tivesse se afastado de verdade do que o ligava a ela. – Ela diz.

- É isso que eu penso. – Digo.

- Mas eu mudei meu jeito de pensar. – Fala. – Provavelmente ela foi a maior ou única forma de amor que ele conheceu antes de te conhecer, então quando ele achou que tinha te perdido esta pareceu a única saída. – Opina.

Ela fala como se tivesse conhecimento de causa, o que é bem estranho, já que Christian não tinha nenhuma ex para ela se preocupar, pelo menos não que eu conhecesse.

- E o que eu faço? – Pergunto.

- Você quer deixar ele se envolver com ela ou quer lutar por ele? – Ana questiona. – Eu particularmente não deixaria alguém que amo nas mãos de uma pessoa que eu considerasse prejudicial a ele.

Penso nisso por um instante, talvez ela tivesse razão. Se Ethan não conseguia enxergar que ela não merecia uma segunda chance e que ela não era a mulher certa, eu teria que fazer algo.

- Então, o que me aconselha? Encarar ela e dizer: Sai porque ele é meu. – Brinco.

- É. – Ana se empolga. – Não!

- Sim ou não Ana?

- Eu não sei. O que sei é que tem que fazer ele, e ela também, notar que você está ali pronta para reconquistá-lo.

Aceito o conselho de Ana. Já que ficar com raiva dele era impossível eu ia a luta.

O celular chama. Uma. Duas. Três. Quatro vezes.

- Oi. – Ethan não é muito cordial. Ele sabe que sou eu.

- Oi. – Digo enquanto procuro palavras. – Só liguei pára perguntar se você pode esquecer o meu stress do outro dia.

- Você não está mais brava comigo? – Ele pergunta.

- Um pouco. – Assumo. – A verdade é que eu desaprovo e não compreendo o que você fez, mas não vou falar mais nada. Só não quero te perder.

- É bom ouvir isso. É muito importante ter você na minha vida Mia. – Ele diz.

- O mesmo serve em relação a você. – Falo. – Preciso ir agora. Até mais.

- Até mais baby.

É eu posso dar uma de amiga de Ethan, pelo menos por enquanto.

Depois de desligar volto para dentro do bistrô para verificar a entrega dos móveis. Esse lugar está uma bagunça.

Odeio ter que fazer isso sozinha.

Os rapazes terminam de colocar as coisas onde recomendo e logo fico sozinha.

Quando estou me preparando para sair uma mulher entra.

- Mia? – Ela pergunta.

- Isso. – Confirmo. – Você é de alguma empresa de artigos de decoração? Combinamos para amanhã não foi? Quando a decoradora estiver aqui.

- Eu não sou de nenhuma empresa. – Ela diz.

Está me analisando, isso me deixa desconfortável e assustada.

- Meu nome é Rose. – Se apresenta.

- Olá. Pode me dizer o que quer, porque eu já estava de saída.

Os gestos dela denunciam um certo nervosismo.

- Sei que vai parecer estranho. – Ela começa. Mas vou ser direta. Mia eu sou sua irmã.

- Só tenho dois irmãos, homens. – Respondo automaticamente.

A situação estava cada vez mais estranha.

- Adotivos. – Ela me corrige. Dá a entender que ela sabe coisas sobre mim. O que era bem estranho e medonho. Minha vontade é sair dali correndo.

- Mia não fica com medo. – Ela pede. – Só quero conversar com você, conhecer minha irmã biológica.

Fico sem reação com o que ela diz. Tenho vontade de mandá-la calar a boca, mas não consigo.

- Você nunca teve curiosidade de saber sobre sua família biológica? – Pergunta.

- Não! – Grito. – Sai daqui! Mesmo que isso fosse verdade eu não faço questão de saber.

- É a sua história, sua família, você deveria ter curiosidade, pelo menos. – Ela diz.

- Minha família são os Grey e minha história começou com eles. – Digo. – Agora sai daqui. – mando.

- Mia a gente deveria conversar... – Ela sugere.

- Eu disse para sair! – Grito

Ela não insiste mais e começa andar até a saída.

- Se tudo isso é porque você tem duvidas sobre quem sou, pergunta para a sua mãe o nome da sua mãe biológica e onde ela a conheceu. – Diz antes de sair. – Eu posso adiantar a reposta. O nome dela é Lindsay e elas se conhecerem quando ela estava presa.

- Eu não quero saber. – Volto a dizer.

- Você vai querer então me liga. – Ela deixa um cartão sobre a mesa e sai.

Puxo uma cadeira e sento. Estou irritada e também insegura.

Por que isso estava acontecendo comigo?


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