Não Olhe Para Trás escrita por Mnndys


Capítulo 38
Serão pra sempre os mesmos encantos


Notas iniciais do capítulo

Não odeiem o Louis, ele é um príncipe, além do mais precisava aparecer alguém para balançar essa história.



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- Vai sair? – Marie pergunta quando me vê secando o cabelo.

- Louis vem me buscar. – Conto. Ela dá um sorrisinho de felicidade. – Ele é só um amigo. – Acrescento.

- Não estou dizendo o contrário. – Ela fala. – Mas sei lá, de repente...

Marie deixa a suposição no ar, mas sei o que ela quer dizer.

Vi Louis duas vezes durante a semana, ele não tentou nada, porém deixou claro que estava interessado em mim.

- Eu não vou começar um relacionamento para depois ter que terminar. – Digo para Marie.

- Ou não vai começar por causa do Ethan? – Ela pergunta.

Desligo o secador e vou até a cama.

- Não tem Ethan. – Falo. – Ele é passado, lembra?

- Claro que sim, e você?

- Você sabe que eu já superei. – Afirmo ficando irritada com a insistência dela.

Era verdade, eu tinha superado Ethan, ele foi alguém que eu gostei e foi especial, mas acabou. Ou eu estava me forçando a acreditar que tinha superado. Apesar de eu ter que vê-lo pelo resto da minha vida porque ele é cunhado do meu irmão.

- Que bom, isso significa que se o Louis quiser ficar com você tudo bem. – Ela diz.

- Acho que sim, desde que não se transforme em namoro. – Confesso.

Se tinha algo que eu havia aprendido com meu relacionamento anterior era de que enquanto fosse sem compromisso meus relacionamentos duravam, mas quando se tornavam sérios eles acabavam.

- Aonde vocês vão? – Marie pergunta.

- Não sei ainda. – Digo.

Menos de dez minutos depois recebo uma mensagem de Louis avisando que está lá embaixo me esperando.

- Boa noite. – Digo para ele.

Louis me dá um beijo demorado na bochecha.

- Boa noite. – Diz depois.

 Ele está me levando para jantar, uma das coisas boas em sair em Nova York com Louis é não se preocupar com o local, pois ele conhece os melhores restaurantes da cidade.

Paramos no estacionamento de um prédio na Quinta Avenida, fico confusa.

- Aonde é o restaurante? – Pergunto.

Ele aponta para cima.

- A melhor vista da cidade. – Diz em seguida.

Dou o braço para ele e vamos para o elevador. Não posso evitar um suspiro quando chegamos ao topo, o 230 Fifth é um lounge de dois andares com uma vista deslumbrante de Nova York.

A reserva é para o terraço. Fico feliz por ter colocado uma roupa bem quente. Vamos jantar com o Empire State Building de fundo.

- Gostou? – Louis pergunta quando estamos sentados.

- É lindo, não posso acreditar que não conhecia esse lugar. – Digo.

- Ninguém nunca consegue conhecer Nova York por completo. – Ele diz.

- Nem você? – Pergunto.

- Não, bem que eu queria. – Fala.

Ele me conta sob sua infância, a temporada que passou com a família na França, a faculdade de direito que acabou de terminar e a volta para Nova York. O jeito que ele ama sua cidade é encantador.

Estou com o os cotovelos apoiados na mesa e o queixo apoiado sobre as mãos, não me desprendo de nenhuma de suas palavras.

- Faz algum tempo que não vou lá. – Ele fala de repente.

Vejo que ele está olhando para algum lugar lá embaixo e faço o mesmo procurando o que pode ser.

- O Central Park? – Pergunto.

- Sim. – Ele olha para o relógio. – O ringue de patinação deve estar no auge.

- Então vamos lá. – Digo instantaneamente. Louis franze a testa. – Já terminamos de comer e além do mais eu nunca fui ao ringue.

- Nunca? – Ele pergunta. Faço que não com a cabeça. – Onde você vai em Nova York? – Pergunta exasperado.

- Hum, shopping. – Respondo.

Ele revira os olhos e chama o garçom para fechar a conta.

Louis me disse que há uma pista de patinação no complexo de edifícios onde o restaurante fica, mas a sua preferida é uma das que ficam no Central Park, o Wollman Rink. Vamos até lá e nem a neve caindo nos desanima.

O ringue não está muito cheio o que me deixa tranqüila. Nunca patinei antes em qualquer outro lugar que não fosse Aspen, e para falar a verdade não sou uma grande patinadora. Ao contrario de Louis que o faz com facilidade.

- Vamos Mia! – Ele incentiva.

- Eu estou indo, só não consigo fazer com rapidez. – Reclamo.

Ele está rindo.

- Algo que você não faça com perfeição... isso é novidade. – Debocha.

- Você vai ficar rindo ou vai me ajudar? – Pergunto fingindo irritação.

Ele chega mais perto e estica a mão para mim. Coloco a minha sobre a dele e me deixo levar.

Vejo um casal se comportando carinhosamente e quando uma melodia lenta começa a tocar ele puxa ela para uma dança. É romântico.

- É de Serendipity. – Digo quando reconheço a música.

- Você está exatamente onde o filme foi gravado. – Louis diz. Sorrio para ele e então me puxa para seus braços. – Dança comigo? – Pergunta.

- Eu não poderia negar. – Digo e me ajeito em seus braços.

Fecho os olhos e me deixo embalar apenas pelo som da música, mas aos poucos percebo que foi uma péssima idéia. Shawn Colvin canta e cada palavra vai me invadindo e transportando meus pensamentos para a ultima vez que dancei abraçada a alguém, Ethan.

Droga! Tenho evitado pensar nele por semanas.

A música está falando sobre não poder fugir quando se encontra o verdadeiro amor, alguém que te faça não querer esperar amanhã e que não vai te deixar ir. Bom ele me deixou.

Lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto. Solto um soluço baixo, mas Louis escuta e fixa seu olhar em mim.

- Mia o que... – Ele começa a perguntar, mas eu coloco a mão sob sua boca.

- Não. – Falo.

Louis segura a minha mão e a abaixa, em seguida se aproxima do meu rosto e eu não recuo. Afinal, mal não faria.

Ele me beija.  


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