Não Olhe Para Trás escrita por Mnndys


Capítulo 30
Cada vez melhor


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei para postar... mas é fim de bimestre e tô atolada de trabalho...

Beijoos



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- Acorda meu amor.

Ethan está passando a mão pelo meu cabelo, enquanto tenta me acordar, mas na verdade isso me deixa com mais preguiça.

- Vamos tomar café. – Ele fala. – E depois fazer mais uma pequena viagem.

Abro os olhos.

- Viagem? – Pergunto.

- New Port. – Diz. – Quero ver alguns amigos, se não tiver problemas.

- Claro que não. Vou me arrumar. – Digo e vou até o banheiro.

Não demoro muito para me arrumar, logo nós saímos.

Assim que chegamos em New Port ele liga para um dos seus amigos avisando que chegou e esse pede para irmos até sua casa.

- Ethan Kavanagh! – Um homem grita assim que chegamos.

Ele e Ethan se abraçam com carinho e companheirismo, acredito que deve ser um grande amigo de Ethan.

- Paul. Quanto tempo. – Ethan diz. – Essa é Mia. Minha namorada. – Ele apresenta.

Paul me dá um beijo no rosto, ele é espontâneo e gosto dele logo de cara.

- É um prazer te conhecer. Ethan falou muito de você. – Ele fala e Ethan fica sem graça.

- Espero que bem. – Digo.

- Se ele falasse mal de uma mulher tão linda eu o espancaria. – Paul diz.

- Chega né. – Ethan diz. – Se eu deixar vocês conversando daqui a pouco isso vira um complô contra mim.

Paul ri e o abraça novamente, assim entram na casa e eu os seguindo.

Têm umas quinze pessoas lá dentro, Ethan abraça um por um, trocando palavras de afeto ou brincadeiras. Me apresenta a todo mundo, mas eu não consigo decorar todos os nomes.

Eloise a noiva de Paul é a única com quem tenho uma conversa de verdade, por uma incrível coincidência ela também cursou gastronomia e isso faz com que nós tenhamos assunto.

- A pousada está quase pronta e sou eu que vou chefiar o restaurante. – Ela diz.

- Eu quero tanto ter meu próprio negócio, mas ainda preciso de experiência. – Digo.

- Eu e Paul passamos dois anos na Califórnia, ele complementando a formação e eu trabalhando como auxiliar de chef em um bom restaurante. – Conta.

Ela me conta sobre suas experiências, a expectativa de ter seu próprio restaurante e isso me deixa com vontade de voltar a pensar em me especializar.

Reparo que uma das amigas de Ethan me olha sem parar, está me encarando desde a hora que chegamos.

- Quem é ela? – Pergunto discretamente a Eloise. – Ela não para de me olhar.

- Sandy. – Ela diz. – Ela é muito amiga da Rebekah. Suponho que saiba quem é.

- Sim, eu sei. – Confirmo. – Rebekah é daqui também? – Pergunto.

- É, mas não aparece aqui há anos. – Eloise responde.

Eu não me aprofundo no assunto, não quero saber nada sobre o relacionamento de Ethan com Rebekah.

Paul e Ethan se aproximam de nós novamente e nos puxam para os sofás junto do resto das pessoas.

- Ethan era o galã do colégio, as meninas ficavam todas atrás dele. – Paul conta brincando, enquanto Ethan balança a cabeça se sentindo acuado pelo amigo.

- Até pouco tempo ele ainda era assim. – Digo. – Eu nem sei o que as mulheres vêem tanto nele. – Falo em tom de brincadeira.

- Ah é? – Ethan diz entrando na brincadeira. – Por que está comigo então? – Pergunta.

- Eu precisava de um psicólogo particular e ao meu dispor quando eu quisesse. – Brinco.

Os amigos dele estão rindo.

- No colégio ele fazia sucesso tocando violão. – Eloise conta. Olho para Ethan e franzo a testa. – Ele não te contou? – Ela pergunta.

- Não. – Respondo.

- Eu quase não toco mais meu violão. – Ele se justifica.

- Você tem um violão? Eu nunca vi. – Digo.

- Embaixo da cama. – Ele fala.

Provavelmente eu teria que tirá-lo de lá e fazer Ethan tocar para mim um dia desses.

- Foi tocando violão, fazendo serenatas que ele começou a namorar a Rebekah. – Sandy diz.

A sala toda fica em silêncio, é constrangedor. Eu não sei o que ela pretendia falando aquilo, provavelmente me atingir ou a Ethan.

- Eu não tenho duvidas que meu namorado tem muitos talentos. Sinceramente espero poder vê-lo tocar algum dia. – Digo.

Ethan me dá um beijo rápido.

- Eu também nunca te vi tocar. – Sussurra em seguida.

Isso era verdade.

- Pega o violão e Ethan pode tocar agora. – Paul sugere.

Eloise vai por um corredor e logo volta com o violão em mãos e entrega a Ethan. Ele fuzila Paul com os olhos por fazê-lo passar por isso, mas pega o violão e começa a mexer em suas cordas.

Ele está sem graça, não acredito que seja por estar no meio de tanta gente afinal todos eles já o viram tocar antes. Então é por estar tocando na minha frente.

De repente começa a tirar o som do violão, não sei que música é até que ele começa a cantar. Ethan está cantando Just the way you are. Ele está de cabeça baixa quando começa, mas depois ergue a cabeça e encontra o meu olhar e fica preso ali o tempo todo. A voz de Ethan é muito bonita, mal posso acreditar que ele havia escondido isso de mim até agora.

Cada frase da música ele está cantando pra mim, só pra mim, por alguns minutos me esqueço de que todas aquelas pessoas estão ali também e só me prendo a ele.

- Nossa. – Digo quando ele termina, não consigo encontrar outra palavra melhor.

Ele dá um sorriso torto sem jeito.

Os amigos dele pedem para tocar mais e eles acabam relembrando os tempos de adolescentes. Eu fico assistindo encantada.

Vamos embora ao meio da tarde. Ainda precisamos passar na casa dos pais dele antes de voltarmos a Seattle. Eloise e Paul se despedem amavelmente de nós e prometo a eles que voltamos outro dia quando a pousada estiver funcionando.

- Mia tem algo para você em cima da cama. – Papai diz quando entro em casa.

Ethan não entrou comigo, só me deixou e foi para casa. Estava cansado.

Dou um beijo no meu pai e subo para ver do que ele estava falando. Tem um envelope em cima da cama, o pego da cama e olho o remetente.

“Instituto Culinário da América” leio para mim mesma.

Tanta coisa aconteceu nos últimos tempos que eu havia me esquecido completamente do assunto e vendo aquilo agora não sabia se ainda considerava uma boa ideia.


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