Não Olhe Para Trás escrita por Mnndys


Capítulo 23
Declaração


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Chegamos a Portland por volta das sete da noite, estivemos voando por um tempinho. É aniversário de Ana e Christian decidiu armar uma pequena surpresa para ela.

Talvez isso a anime. Ray, seu padrasto, se envolveu em um acidente e está internado em um hospital da cidade. Já é dia 10 de setembro, o tempo parece estar correndo ultimamente.

- Surpresa! – Gritamos assim que Ana entra na sala privada com Christian.

Ela está pasma, não consegue dizer algo que faça sentido. Só quando Carla, sua mãe a abraça é que ela se divide entre lágrimas e palavras. Todos a cumprimentam e dizem algumas palavras de apoio em relação a Ray, ela agradece a tudo sem jeito. É o jeito Anastásia de ser.

A mesa de jantar está repleta de gente.

- Mamãe! – Abraço-a. – Acordei e papai disse que você havia saído ainda durante a noite.

- Imaginei que Ana se sentiria melhor com alguém de confiança aqui. – Explica. Depois disso puxa meu rosto e me dá o melhor beijo de mãe.

- Amo você Dra. Grace. – Murmuro.

- Também te amo. – Ela diz. – Ele não tira os olhos de você. – Ela sussurra de repente.

Hã? Como?

Encontro o olhar de Ethan em cima de mim e dou uma piscada para ele.

- Ele gosta de você. – Mamãe diz.

- Espero que sim. – Digo. – Com licença.

Ando apressadamente até onde Ethan está ao lado de José, sem me importar com ninguém passo o braço ao redor de seu pescoço.

- Tem alguém bem incomodado com isso. – Ele diz baixinho.

Olho para trás e vejo Christian com uma expressão séria nos encarando. Ana está conversando com Kate e isso lhe dá um tempo para se preocupar comigo.

Elliot está ao lado dele.

- Já volto. – Digo para Ethan enquanto giro meus calcanhares e vou em direção a eles. – Oi irmãos! – Falo assim que chego perto.

- Estou chateado de saber por Elliot sobre você e o Kavanagh. – Christian me diz.

Lanço um olhar de acusação para Elliot.

- Bem você passou algum tempo fora em lua de mel e ainda não tivemos uma conversa desde que voltou. – Tento me justificar. – Se bem que não há muito para saber.

- Papai disse que tem dormido algumas noites fora de casa. – Christian conta.

- Todos estão fofocando sobre mim pelo que vejo. – Digo em revolta.

- Não mude de assunto. – Ele fala.

- Definitivamente eu já suportei um ataque histérico de Elliot, uma bronca do papai, então não me faça passar por isso de novo.

- Está bem, mas seus quartos hoje são separados. – Ele avisa.

- O que não me impede em nada. – Alerto.

Elliot está se divertindo um pouco com a cena.

- Ela não é mais nosso bebezinho. – Ele fala brincando para Christian. – Mia tem brincado como gente grande agora.

- Cala a boca Elliot! – Grito.

Mamãe olha me repreendendo e sinto como se eu tivesse de novo oito anos e tenho vontade de me queixar deles para ela como fazia na época.

Dou as costas para meus irmãos.

- Não se esqueça que posso colocar um segurança na porta do seu quarto. – Christian fala, e eu não consigo saber se está brincando ou se está sendo controlador de verdade.

- Você pode tentar. – Digo desafiando- enquanto me afasto.

Volto até Ethan, que agora está ocupado conversando com José. Ele puxa minha mão e faz sinal para que eu sente ao lado dele, faço isso, mas não falo nada para não interromper a conversa.

Estão falando sobre a exposição que José fez e algumas fotografias que ele fez de Ana e Christian comprou. Escuto com atenção, e vez ou outra Ethan olha para mim e sorri, me deixando tão feliz quanto desconcertada.

- Legal vocês estarem juntos também. – José diz. – Estão formando uma só família.

Abro a minha boca para me opor ao que ele falou, mas Ethan é mais rápido.

- A culpa de tudo isso é da Ana. – Fala. – Ela conheceu Christian, e depois fez com que Kate e Elliot se conhecessem e depois me apresentou a Mia.

- Anastásia Steele acaba ajudando as pessoas sem nem perceber. – José fala.

- Aham. – Ethan concorda. – Em algum momento vou precisar agradecê-la.

Ethan admitindo e falando com alguém sobre nós era algo totalmente novo, ouvir isso me deixa em êxtase. Não posso tirar o sorriso bobo do rosto até o fim da noite.

- Posso saber o motivo desse sorriso? – Ele me pergunta no corredor quando estamos praticamente na porta do quarto.

- É óbvio não? – Pergunto. – O motivo é você. – Confesso.

Ele para no corredor.

- Eu? Por quê? – Pergunta.

- Por que você me faz feliz. – Digo.

- Faço? Mesmo a gente brigando sempre?

- Estranho seria se não brigássemos. Nós somos diferentes e mal nos conhecemos, é algo normal. – Falo. – E isso não me importa, não apaga os momentos bons juntos.

- É bom saber disso. – Ele diz.

- Tem mais uma coisa que você precisa saber. – Falo e respiro fundo para tomar coragem. – Eu te amo Ethan. – Os olhos dele se arregalam um pouco, mas ele não diz nada. Então continuo. – Não sei quando foi que eu me apaixonei de verdade, se foi no dia que te conheci, se foi quando me beijou pela primeira vez, de verdade não sei. Mas aconteceu e o fato é que eu te amo mais do que imaginei que fosse possível amar alguém na vida. – Desabafo.

Fico esperando ele dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas ele não diz. Apenas me puxa, me pressiona contra a parede e me beija. Não era um beijo comum, era diferente de qualquer outro beijo que ele já havia me dado antes, como se ele estivesse esperando o momento certo.

Coloco a mão no bolo de trás da calça dele e retiro a chave. Balanço a chave na frente dele.

- Quarto?! – proponho.

- Quarto. – Ele diz pegando a chave da minha mão e me puxando para dentro do quarto.

Entramos esbarrando em tudo, nem nos damos ao trabalho de acender a luz. Ele me joga na cama e em seguida se coloca em cima de mim.

- Eu te quero Mia, muito. – Ele sussurra em meu ouvido. – Você não faz idéia do quanto eu te quero. – Ethan nunca havia falado daquela maneira antes, tem desejo na sua voz, mas acima de tudo tem sentimento.

Me sinto mais excitada do que de costume, acho que são os efeitos das palavras dele juntamente ao caminho que suas mãos percorrem pelo meu corpo.

- Mia... Mia... Mia. – Ele diz baixinho. Sei que ele não está só dizendo meu nome, e sim dizendo que sou dele.  Fazendo alusão ao significado do meu nome.

Tão maravilhoso.

- Sua. – Digo muito próximo a sua boca, a palavra sai quase um sopro em direção aos lábios dele. – Te amo, te amo, te amo. – Repito algumas vezes.

Posso ouvir um riso abafado de Ethan e percebo o efeito que essas palavras têm sobre ele.

Fazemos amor.

É melhor do que todas as outras vezes, porque sei que me e quer tanto quanto eu o quero. Além do mais é diferente do ritmo enérgico que estou acostumada com Ethan. Ele está sendo mais gentil e explora meu corpo de todas as formas vagarosamente, como se quisesse me dar o máximo de prazer possível.

Quando finalmente está dentro de mim é fora do comum, pela primeira vez me sinto realmente dele. É como se daquele modo pudéssemos nos tornar um só.


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Notas finais do capítulo

Meninas vou ficar sem internet por uma semana... vou tentar dar um jeito de postar... mas acho que só segunda vou conseguir



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