Acordei super mal! Tive aqueles sonhos horríveis de novo! Nesse sonho eu vi um cara e ele estava segurando o meu braço muito forte e me puxando, mas não chegávamos a lugar nenhum, e de repente aparece outro cara e ele vira um mostro horrivelmente horrível! Na hora em que o monstro ia me matar eu acordei!

 Levantei-me e me arrumei para mais um sábado de tédio mal sabia eu que estava totalmente errada.

Fui até a sala, vi que meu “meio-irmão” estava fazendo qualquer droga no computador.

Decidi que queria comer algo, fui até a cozinha e quase cai por causa do skate do meu querido irmãozinho! Quando fui pegar algo para comer, percebi que não estava com fome, então fui para a sala assistir TV.

-Que tal você me dá o controle irmãzinha! – A chatice em pessoa apareceu na minha frente. Ser adotada não é fácil!

-Que tal você sair da frente! – Eu falei para minha outra “meia-irmã”.

-Fique quieta garota! DÊ-ME O CONTROLE AGORA! – Ela gritou.

-PAREM DE GRITAR VOCÊS DUAS! – Meu “pai” gritou do quarto.

-Aff... Toma essa porcaria de uma vez! Aproveita engole e morre engasgada! – Falei com raiva.

-Grossa! – Ela disse e eu ignorei.

Meu celular tocou, era a minha melhor amiga Lisa, ela me convidou para ir ao shopping, obviamente eu disse sim, eu amo shopping!

Em menos de uma hora eu já estava pronta (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=79185747&.locale=fr), fiquei mexendo no computador enquanto esperava Lisa.

Quando ela chegou fui até o carro, ela estava linda como sempre (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=79189242&.locale=fr).

-Lisa! Nossa! Quanto tempo que eu não te vejo! – Falei. Na verdade nós tínhamos nos visto na noite passada, mas somos o tipo de amigas inseparáveis!

-Ownn minha linda! Você está maravilhosa!

-Quem é esta? – Perguntei vendo uma garota no banco do motorista.

-Esta é a Stefany, é minha “irmã” só que diferente da sua ela é bem legal! – Lisa respondeu, ela também era adotada.

-Legal prazer em te conhecer! – Tentei ser simpática.

-O prazer foi meu – Ela sorriu – Vamos logo se não nem metade do shopping nós vamos conseguir andar já que 3 horas vocês vão perder só na loja de musica – Ela riu, eu e Lisa não achamos a menor graça, mas forçamos um sorriso.

Chegamos ao shopping super animadas, até descobrirmos que estavam reformando ele! Nossa animação acabou de vez!

Na volta, percebi uma moto preta perto de onde estávamos o cara que estava na moto era muito estranho. Ele era loiro, mas seus olhos eram de uma cor indescritível. Ele me olhou de um jeito estranho! Assustei-me ao ver que eu o conhecia de algum lugar! Do meu sonho! Pedi para Stefany acelerar, mas como num passe de mágica ele chegou ao meu lado na moto.

-Você corre risco de vida! – Foi exatamente isso que ele disse.

Stefany acelerou e ele fez o mesmo! Pedi para ela encostar e sai do carro, eu sou corajosa, ta eu não sou!

O cara parou a moto e ficou me olhando por um tempo.

-Você é a Nanda? - Eu fiquei quase sem ar! Tentei lembrar-me do seu nome.

-Roy?

-Fique quieta!

-O que? – Perguntei. Eu não estava entendendo nada!

-Não posso falar aqui! Você terá de vir comigo!

-Eu não vou com você! – Voltei para o carro.

Andamos um pouco. Ouvi um barulho muito alto e apaguei totalmente!

Acordei em um hospital! Meus pais adotivos e biológicos estavam lá!

Pensei que tinha morrido!

-Ela não passará de domingo, é um caso perdido! – Ouvi o médico falar.

 Gritei para chamar a atenção, mas não deu certo!

-Vamos fazer os últimos exames assim que sua consciência voltar e depois... – O médico ia falando.

-Ela está muito pálida! – Minha mãe disse estranhando.

Olhei para a minha mão e meu braço, estava tudo normal! Mas, ela não estava olhando para mim, ela estava olhando para outra garota na cama.

-Verdade, ela não deveria estar pálida assim! Vou examiná-la agora! – O médico disse, chamou alguns enfermeiros e a colocou na maca.

-Oi... – Roy apareceu do nada na minha frente.

-Tudo bem Roy! O que está acontecendo? – Perguntei.

-Não me chame de Roy, sou Thomas agora!

-Como?

-É difícil, não posso tentar disfarçar! Você... Quer dizer, nós... Somos... Diferentes – Ele se enrolou nas palavras.

-Sim, eu sei que somos muito diferentes! Por exemplo, é impossível me comparar a você! – Brinquei com a situação.

-Não brinque Nanda, isso é sério! Corremos riscos aqui!

-Como assim riscos?

-Escutou esse barulho? – Ele perguntou mudando totalmente o assunto.

-Que barulho?

-Fica quieta e presta atenção!

Fiquei prestando atenção, ouvi um barulho longe como o de uma explosão só que era um pouco menos estrondoso!

-Temos que sair daqui agora! – Ele disse.

-Porque e para onde vamos? – Perguntei.

-Agora não é hora para perguntas! Temos que achar o Jake! Ele irá nos ajudar a sair dessa. Espero que vivos!

Espero que vivos?! Como assim espero que vivos? Nossa ele ajuda muito a ficar calma!

-Mas...

-Olha, nós não temos tempo para falar! Você quer morrer? Acho que a resposta é não! Vamos logo!

-Mas, Thomas! Como morrer? – Fiz a pergunta mais sem noção do mundo, mas ele entendeu o que eu quis dizer.

Ele ficou quieto, não respondeu a pergunta.