Sai correndo escada a baixo, quando escutei alguém me seguindo. Era Dabria.

- Nora, espere. Desculpa, eu não deveria ter falado com você daquele jeito. Deixa eu te levar para casa.

- Não! Você conseguiu o que queria. Você queria Patch e agora o tem. Faça bom proveito.

- Mas você não vai a lugar algum. – Dabria disse me pegando pelo braço. Ela era forte.

- Me solta. Você é uma psicopata, me larga. – eu estava lutando, mas ela tinha uma força incomum.

- Ninguém. Encosta. No. Patch. Ninguém. – ela estava quase espumando. – Eu quero ter uma conversinha com você. – Ela me apontou o carro e eu entrei. Assim que tivesse uma chance, escaparia. Onde estava Patch nessas horas?

- O que você quer de mim? Eu não te fiz nada. Você quer o Patch? Pode ficar, ele é seu.

- Você não entende. Ele me deixou por sua causa. Tudo isso está acontecendo por sua causa, você não vê? Eu estava certa, sempre estive. – ela estava agindo como uma louca.

-Minha causa por que? O que foi que eu fiz?

- Você não deveria estar aqui. Deveria ter sumido junto com eles. Você é uma vadia destruidora de vidas, isso sim.

- A culpa não é minha se o Patch não te quis. – isso foi a gota d´água para ela, porque ela me olhou furiosa e começou a dirigir mais rápido.

- Eu deveria ter escutado a Katerina. Patch não deveria ter encontrado você.

- Você conhece a Katerina?

- Claro que sim. Seu namorado a conhece, ele não te contou? Pensei que vocês dois não tinham segredos.

- O que você fez com ele?

- Nada que te interesse. Voltando a nossa conversinha, você é muito tola mesmo. Katerina é a irmã do seu querido Patch. Peça a ele para te contar tudo.

- Não. – eu berrei e puxei o freio de mão, fazendo o carro- que estava em movimento – girar descontroladamente e cair da pequena ponte de onde estávamos.

Eu pensei que seria o meu fim. Estávamos Dabria e eu presas em um carro submerso e tudo por culpa dela. Eu estava começando a perder o ar, quando vimos um vulto. Patch finalmente aparecera e quebrou o vidro da frente. Ele estava começando a me tirar, mas eu estava presa no cinto e se ele continuasse iria matar nós duas. Apontei para ele tirar Dabria primeiro, e ele o fez. A última coisa da qual me lembro é do olhar horrorizado de Patch.