Eu, Henry e minha futura esposa estamos agora na mansão, eu acabei de levar o kid para a cama dele e a Regina foi ver se estava tudo bem. Nesse momento estou aqui sentada no sofá esperando que ela desça, eu penso no dia que acabei de ter com ela com o nosso filho e os meus pais, foi tão bom ver eles se dando bem e que eles estejam fazendo isso por minha causa, quero dizer, eu sou demais, certo? Minha mãe e a Regina estavam sendo tão gentis uma com a outra, minha linda levou a sério essa coisa toda de se dar bem com a sogra, sorrisinho no rosto, ela odeia se lembrar de que no final das contas Snow White acabou sendo a sogra dela, por minha parte eu acho mais do que justo, quero dizer minha mãe tirou o amor dela ( Eu posso estar indo para o inferno por ficar feliz com a morte de alguém, mas ainda bem por que agora eu tenho ela para mim) e agora por meio da filha dela trouxe o amor de volta a vida da minha Regina, eu não posso dizer que eu não me divirto com isso tudo (mas não contem a ela), como eu sempre digo a Regina, ela conseguiu a sogra perfeita, pelo fato de ser minha mãe é claro, piscadinha de olho, por que sei que vocês concordam comigo, certo?

Eu observo agora a cesta de maças no centro da mesa, minha Queeny é tão obcecada por maças, eu tenho medo de perguntar se ela preferia a mim ou a elas, medo da resposta que ela me daria... mas eu sei que ela me ama assim como eu a amo, e isso é amor demais, do tamanho de um poste como citei certa vez, ela sorriu é claro, eu já disse a vocês que o sorriso dela é mágico e completamente encantador? Acho que sim, e agora estou falando coisas quase sem sentido pra vocês, mas ei essa é quem eu sou. Um pouco impaciente eu olho para as escadas mais uma vez, só para ser presenteada com a visão de vê-la descendo-as lentamente, eu amo essa mulher!

Eu me levanto e vou ao encontro dela, quando ela chega ao fim das escadas, eu me aproximo até que estou invadindo o espaço pessoal dela, nós nos olhamos e sorrimos.

- Então, você se sentiu torturada por passar a tarde com os meus pais? – eu pergunto conforme abro meus braços para ela.

- Um pouco – ela sorri e se aproxima de mim aceitando o meu abraço.

- Ah, vamos lá, Regina, foi divertido! – eu tentei outra vez.

- Tudo bem eu suponho que tenha sido – ela se rendeu, eu sabia! - Principalmente a parte que sua mãe chorou assistindo Titanic – ela abriu aquele sorrisinho malvado tão característico dela.

- Ela sempre chora, você devia vê-la assistindo Greys Anatomy – eu sorri apertando a cintura dela.

- Por deus, não! – ela também sorriu deitando a cabeça no meu ombro.

- É uma ótima serie – eu sussurro e sinto o cheiro de maças do cabelo macio dela.

- Você só gosta por causa da Callie e da Arizona.

- Elas me lembram a gente, morena perfeita, loira gostosa... – ela riu na pele do meu pescoço.

- Você é terrível!

- Mas você me ama.

- Claro que amo – ela me olhou com aqueles olhos castanhos chocolate e eu quase me derreti com a intensidade do olhar dela.

Eu apertei ela mais contra mim – Eu posso te abraçar pra sempre?

- Sério, dear? – ela falou com um tom um pouco depreciativo, minha expressão feliz desmoronou momentaneamente, mas ela logo continuou falando – É a única coisa que você quer fazer comigo? – agora a voz dela era tão rouca e sedutora que um arrepio correu a minha espinha.

- Claro que não – eu respondi quase imediatamente, podia sentir meu coração batendo mais forte como o rumo de nossa conversa – Tem tantas coisas que eu queria fazer com você, madame Mayor, nós iremos fazer todas essas coisas quando nos casarmos e...

Foi ai que ela me empurrou e saiu do meu abraço.

- O quê? – ela perguntou indignada cruzando os braços sobre o peito – Eu não acho que ouvi direito – ela demandou que eu repetisse erguendo a sobrancelha.

- Eu disse que nós podemos fazer sexo depois do casamento – eu repeti.

- Eu escutei isso, só queria que você repetisse, Miss Swan – ela agora estava na defensiva e lá vinha o Miss Swan novamente – Eu estou apenas me perguntando se você está falando sério ou se isso é só mais uma das brincadeiras suas sem graça alguma?

- Eu estou sendo mortalmente séria, Regina, nós deveríamos esperar até o casamento – eu sei, vocês devem estar pensando que eu sou louca, mas se isso fizer ela querer se casar mais rápido, ponto para mim, veja isso, eu sempre tenho um plano brilhante a ser executado, eu sei que foi de mim que o Henry puxou com essa coisa toda de operações, mas enfim, ela me parece bastante chateada ainda.

- Você realmente existe? – ela não falou isso como se fosse uma boa coisa, ela continuava irritada e eu abri para ela o meu melhor sorriso.

- Eu existo sim, baby, e eu sou toda sua – não me surpreendeu ela ter se afastado quando eu tentei beija-la, eu só não sei o que faço para merecer isso dela.

- Ahh, vamos lá Regina, você sabe que eu venho de uma família tradicional e... – eu ia continuar falando, mas hoje ela estava com uma mania terrível de me interromper.

- Como sabe se seus pais não fizeram antes do casamento? – ela me perguntou com um sorriso que era lindo (assim como tudo nela) mas pura maldade.

Eu sei que agora eu tenho a aparência de alguém prestes a vomitar – Eu realmente preferia não pensar em meus pais com qualquer coisa relacionada a sexo, mas como eu ia dizendo você vai se casar vestida de branco e eu não quero roubar sua inocência eu sou seu cavaleiro branco e...

Ela gargalhou – Você não quer roubar minha inocência? Alguma parte de você acredita que eu sou inocente mesmo depois do que aconteceu com...

Eu tapo meus ouvidos e começo a cantar bem alto, la la, la la, la la.

Ela bate no meu braço.

- Eu não quero saber de ninguém que esteve com você, você sabe que eu gosto de fingir que você não tem passado, eu sou feliz assim.

- Eu já te disse que você é a criatura mais irritante que eu já conheci? – eu sorrio.

- Você também já disse que me ama, várias vezes – os cantos dos lábios dela se puxaram formando um sorriso lindo que faz meu coração bater mais rápido.

- Você é uma idiota – quando eu tentei me aproximar dela dessa vez, ela não se afastou.

Eu fiz beicinho quando olhei para ela – Mas baby, eu sou a sua idiota – eu abro meu sorriso bobo e me inclino para beijar ela, ela não resiste dessa vez.

- Então, vamos esquecer essa história de sexo só depois do casamento? – Ela me pediu com uma voz doce, que ela raramente usava, mas dessa vez ela não ia conseguir, sim, eu tinha que alcançar meus objetivos.

- De forma alguma – eu respondi e ela se afastou de mim, de novo...

- Você é impossível...

- Talvez isso vá te fazer aceitar meu pedido e...

- Você está brincando comigo? Você está fazendo isso só para fazer eu me casar com você?

- Você não pode me culpar por tentar, estou apenas defendendo os meus interesses.

Ela suspirou em aparente derrota naquela hora eu deveria ter adivinhado que ela tinha planos para mim, planos muito malvados eu diria, mas eu era a inocente na história, não percebi nada, mal sabia o que estava me esperando. Ela então sorriu e me beijou de leve nos lábios.

- Então, está tarde, eu deveria ir agora.

- Por que você não fica e dorme aqui comigo? – ela me pediu de um jeito que eu quase não encontro forças para recusar.

- Não acho que seja uma boa ideia, por que... – ela colocou o indicador sobre os meus lábios.

- Nós não vamos fazer nada que você não queira – ela sussurrou sedutoramente em meu ouvido, naquele momento eu soube que estava perdida – Você vai ficar ou vai deixar sua rainha aqui sozinha? Que tipo de White Knight é você?

- Você é tão má mulher! – agora era a minha vez de ficar indignada enquanto ela sorria satisfeita.

- Eu faço o que posso – ela segurou a frente da minha camisa e me puxou para um beijo demorado, ela mordeu meu lábio inferior para suga-lo em seguida e quando nossas línguas se encontraram elas começaram a brigar por dominância, uma mão dela estava no meu pescoço e a outra no meu cabelo me mantendo no lugar enquanto as minhas seguravam a cintura fina dela, eu estava tão perdida, mas naquele momento com os nossos corpos tão colados e a sensação perfeita de beija-la eu nem conseguia me importar.

Ela quebrou nosso beijo, e quando eu abri meus olhos eu olhei diretamente nos dela, eles estavam escurecidos, ela distraiu minha atenção mordendo os lábios, e eu fiquei encarando eles, querendo beija-la de novo.

- Vamos subir? – ela segurou minha mão e me guiou até a escadaria, eu olhei para ela, tão linda, então ela soltou um gritinho de surpresa quando me abaixei e a tirei do chão, segurando ela firme nos meus braços.

- Me coloque no chão, Emma – ela falou em tom de ameaça.

Eu simplesmente a beijei a ignorando e subi as escadas com ela, que mantinha um aperto firme em mim – Eu não vou te deixar cair – eu assegurava, mas ela não diminuiu o aperto.

Quando chegamos ao quarto dela, eu abri a porta e a coloquei na cama – Viu? Sã e salva.

Ela não disse nada apenas me olhou intensamente, eu fiquei olhando para ela até que ela finalmente falou – Venha aqui.

Eu engoli em seco enquanto subia na cama, quando eu me deitei ela subiu em cima de mim e começou a beijar, ela estava me levando à loucura aos poucos, enquanto ela me beijava daquela forma eu começava a esquecer meus propósitos.

Ela parou nosso beijo enquanto começa a beijar a pele do meu pescoço, enquanto eu ficava mais e mais excitada eu finalmente percebi o que ela estava fazendo.

- Regina?

- Sim? – ela falou contra a pele do meu pescoço.

- Você não está tentando me seduzir, está?

- Claro que não, eu só estou te beijando, eu não posso mais te beijar? Vou ter que esperar até depois do casamento?

- Então você admite que vai haver um casamento?

- Nós podemos não falar sobre isso agora? – ela me perguntou, quando eu ia responder eu a vi desabotoando sua camisa lentamente.

- O que você está fazendo?

- Está quente aqui – antes que eu pudesse falar alguma coisa ela me beijou novamente, minha boca estava de repente muito ocupada para perder tempo falando, minhas mãos começaram a se mover contra a minha vontade pelo corpo dela, quando eu estava subindo a saia dela eu voltei a mim e tentei fugir da tentação.

- Nós não deveríamos fazer isso – eu me afastei.

Ela suspirou, a tristeza pela rejeição estampada nas feições dela – Regina – eu chamei por ela suavemente quando ela não olhou para mim eu segurei o queixo dela fazendo ela me olhar, quando os nossos olhos se encontraram eu vi que os dela estavam lacrimejando, eu era uma idiota e agora o amor da minha vida estava quase chorando por minha causa.

- Regina, eu te amo, me desculpa...

- Mas você não me quer...

- É claro que eu te quero, você é tudo que eu mais quero na minha vida, você é o ar que eu respiro, eu te amo mais que tudo – minhas palavras naquele instante eram tão cheias de sentimentos.

- Então por que está me dizendo não?

- Eu não estou te dizendo não, eu só queria esperar até que a gente se casasse quando você finalmente vai ser minha, vai ser perfeito.

- Eu já sou sua, você não precisa de nenhum papel para comprovar isso.

- Eu sei, mas eu quero fazer isso certo porque você é a melhor coisa da minha vida, eu quero que você me pertença de todas as maneiras possíveis.

Ela sorriu, finalmente me entendendo, ou pelo menos aparentemente – Tudo bem – ela me beijou suavemente e se afastou levantando da cama.

- Onde está indo?

- Vou tomar meu banho, my love – ela respondeu e eu continuei olhando para ela e meus olhos aumentaram de tamanho quando vi o que ela estava fazendo.

- Por que está tirando suas roupas? – eu perguntei, por mais que eu tentasse não olhar para ela era impossível.

Ela se virou quando estava completamente nua e me deixou sem ar, ela era absolutamente perfeita, meu coração batia tão acelerado que eu sentia que ele queria saltar do meu peito – Você não esperava que eu tomasse banho vestida, esperava?

- N-não – eu gaguejei, acredite em mim, você também iria com a visão que eu estava tendo.

Ela se virou e me deixou olhando para as costas dela, aquela pele macia sem falhas, cintura fina e aquela bunda perfeita, aquelas pernas, eu já devia estar babando por ela a essa altura, então ela olha para mim sobre o ombro e pergunta – Você vai se juntar a mim?

Eu tive que usar todas as minhas forças para dizer não, ela não falou nada apenas entrou no banheiro, eu me bati na cabeça, aquilo era pura tortura, eu comecei a roer minhas unhas, eu sei não é um bom hábito eu só não conseguia evitar.

E o tempo se arrastava, enquanto as imagens dela na banheira não saiam da minha cabeça, então eu me levantei pronta pra desistir de tudo, tomar ela em meus braços e fazer tudo que tenho vontade, mas logo eu ouvi a voz dela – Emma?

- Sim?

- Eu esqueci a minha toalha, você faria a gentileza de trazê-la para mim?

- Claro, onde está?

- No closet – ela respondeu.

Eu peguei a toalha e entrei no banheiro, eu ia apenas deixa-la lá e sair antes que eu fizesse algo imprudente, mas Regina tinha outros planos quando se levantou da banheira e caminhou até mim completamente nua com a água escorrendo pelo seu corpo perfeito.

- Aqui – eu estendi a mão para ela pegar.

- Você poderia me secar – foi ai que eu percebi a armadilha na qual tinha caído, bem jogado, Regina, bem jogado.

Eu tentei ao máximo evitar olhar para ela enquanto abri a toalha e a envolvi no meu abraço, eu deveria saber, ela não ia facilitar as coisas para mim.

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- Emma! – ela me chamou enquanto entrava na delegacia.

- Ruby, que bom te ver.

- Eu te trouxe seu chocolate quente, você não apareceu lá no Grannys essa manhã.

- Eu estava na casa da Regina, ela fez café da manhã para mim- eu falei sorrindo com a memoria.

- Isso é ótimo – ela sorriu – Fico feliz por você, eu sei o quanto você esperou por isso, então, como estão as coisas?

- Com ela? Perfeitas, nós só temos um novo jogo para ver quem resiste mais, na verdade ela me tenta e eu tento resistir.

- Whoa, resistir ao que? Fazer alguma coisa esquisita na cama?

- Não – eu sorri – eu disse a ela que a gente só faria sexo depois do casamento.

- Você é louca?

- Talvez, um pouco... – eu admiti.

- A prefeita é muito gostosa Emma, eu mesma tentaria se tivesse a chance.

- Ela é minha! – eu falei sério.

- Eu sei, mas você não está dando o que ela precisa, se você não quer eu poderia...

- Não, ela é minha – eu repeti.

- Relaxe, Emma – ela levantou as mãos – Eu estou apenas brincando.

Eu dei um sorriso forçado.

- Você podia explicar o por que de fazer isso?

- Você sabe, eu resisto porque sou uma boa cristã - (não tão boa assim, mas eu tento, não tanto, na verdade eu não me tanto importava com a moral e os bons costumes, eu só queria fazer isso certo e fazer dela minha esposa, me processe por querer ela pro resto da minha vida)

Ela sorriu e ignorou o que eu disse – Você está fazendo isso só para ela aceitar seu pedido?

- Me processe! – eu exclamei.

- Você acha que isso vai funcionar?

- Eu não sei Ruby, eu não sei – eu suspirei – Não sei como sobrevivi a noite inteira com ela, depois de tomar banho ela não quis colocar as roupas, ela disse dormia assim, nua, então eu tive que dormir na mesma cama que ela, com ela nos meus braços, a noite inteira, eu achei que ia morrer, ela dificulta tanto as coisas para mim, ela é tão má, só agora eu vejo.

- Boa sorte com isso – ela falou amigavelmente – Eu tenho que ir agora, mas se precisar conversar é só me chamar.

- Obrigada, Ruby e valeu pelo cocoa novamente.

- Por nada Emma, tenha um bom dia.

Ela saiu e fechou a porta.

Eu suspirei e deitei a cabeça na mesa, eu ia ter um longo dia e ia ficar pensando nela o tempo inteiro.

Eu continuei na delegacia até 12:30, hora do almoço finalmente, quando estava me preparando para sair, Regina e Henry entram na delegacia.

- Emma – Henry correu e me abraçou.

- Hey, Kid – eu sorri e baguncei o cabelo dele, e logo meus olhos se focaram na morena linda, ela sorriu para mim.

- Nós viemos te buscar para almoçar, vamos?

- Sim, baby – eu me aproximei dela e a beijei.

- Ei, eu estou aqui ainda – Henry reclamou depois de alguns minutos.

- Eu posso te ver, kid – eu respondi e continuei beijando ela.

- Vocês estão velhas para fazer isso – eu sorri e Regina também.

- Você não tem que sentir ciúmes, você também vai ter uma namoradinha assim como eu tenho sua mãe, kid.

Eu olhei para ele, Henry estava vermelho de vergonha e eu continuei – Então nós vamos ter a “conversa”, sabe Henry quando duas pessoas se amam...

- Oh não, por deus não – ele choramingou.

- Tudo bem, kid, nós vamos ter a conversa depois, eu como seu pai é minha obrigação ter essa conversa com você.

- Você não é o pai dele Emma... – Regina suspirou.

- Claro que sou, eu estou namorando a mãe dele.

Henry olhou para Regina – Eu disse a ela, ela não me escuta.

Regina suspirou – Vamos – eu segurei a mão e ela a do Henry, e nós fomos almoçar, e aproveitar nosso tempo em família.

Eu olhei para o kid – Depois conversamos – eu pisquei o olho para ele.

- Oh não! – ele resmungou e eu sorri e beijei a mão dela e nós caminhamos juntos até o Grannys, a família perfeita, a mãe, o pai e a criança.