A Little Help escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 15
14


Notas iniciais do capítulo

Nada a declarar, apenas desculpem a Rose, pelo descontrole.
Espero que gostem :)



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14 – Feliz Natal

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Caro leitor, algumas pessoas passam a vida procurando por alguém que lhes diga "as três palavras mágicas"... Eu não sou diferente dessas pessoas, mas eu costumava esperar "as cinco palavras mágicas". Acho que encontrei. Com amor, Rose Weasley. 

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Eu não sabia para onde estávamos indo. Mas sabia que eu havia entrado no carro de Scorpius (desde quando ele tem um carro?), e que ele dirigia um tanto imprudentemente pelas ruas enevoadas. 

Só percebi onde estávamos quando Scorpius parou o carro e eu vi a mansão enorme dos Malfoy a minha frente. 

Ele não havia dito uma palavra desde A Toca até ali, e eu não senti aquele desconforto básico no silêncio. Na verdade, eu não queria que ele começasse a falar. Eu tinha medo do que ele poderia dizer. 

Ele abriu a porta e me deixou passar a frente, enquanto trancava de novo. Tudo estava tão sério. A barreira entre nós era densa, e só diluiu um pouco quando ele colocou as mãos em meus ombros e me guiou até seu quarto.

O quarto tinha as paredes verde e os móveis brancos. E edredon na cama era verde musgo, havia uma tevê de tela plana na parede, uma estante de livros e outras coisas de garoto de um lado da janela, oposta ao armário do outro lado da mesma janela, e um notebook prateado em cima da cama, fazendo contraste com o verde do edredon. Um grande tapede branco cobria o carpete escuro. O quarto estava claro, as luminárias e os abajures iluminavam bastante.  

— Eu deveria começar com um pedido de desculpas... - ele disse com as mãos nos bolsos do jeans, se balançando para frente e para trás.

— É, deveria. - concordei me fazendo de forte, mas na verdade a minha enorme vontade era de pular no pescoço dele e beijá-lo até meus lábios ficarem dormentes. 

— Me desculpe. Por tudo. - ele se aproximou. - Rose, eu fui o maior idiota de todos os tempos, e sei que deve estar me odiando agora, mas eu tinha que vir aqui fazer isso. Eu estava com a consciência pesada, estava me sentindo culpado por saber que a única pessoa que sabia tudo sobre mim estava magoada por minha causa. 

Fiquei incrédula e provavelmente minha expressão denunciou isso, porque ele se calou imediatamente. 

— Você se sentiu culpado? - acusei. - Sabe o tamanho da minha felicidade ao pensar que você tinha vindo aqui por mim? Sim, enorme. E então você me diz que veio por estar com peso na consciência? AO INFERNO VOCÊ E SEU PESO NA CONSCIÊNCIA SCORPIUS! 

E então ele começou a rir. Gargalhou. 

Mas por que todas as vezes que eu brigo com ele, esse viadinho tem coragem de rir?

— Do que você está rindo caralho? 

— Olha a boca Rosie. - ele disse parando de rir e me empurrando até sentar na cama. Colocou o notebook na escrivaninha e sentou ao meu lado. - Deveria esperar eu terminar de falar as coisas. - assenti ainda irritada. - Eu sei que provavelmente você está bem feliz com o Dan...

— O quê? Não tem... - mas ele me interrompeu, completando sua fala. 

— ... E eu queria, queria realmente estar feliz com isso, mas eu sou a pessoa mais egoísta que eu conheço, e eu sinto raiva só de imaginar outro cara tendo todo o amor que você costumava me dar, porque...

— Eu te amo. - o interrompi novamente. - Eu te amo, Scorpius. 

E então eu comecei a rir. Ele estava achando que eu tinha algo com Daniel, e sentia ciúmes disso, mas eu o amava e era maravilhoso poder dizer isso à ele. 

— ... Porque por mais que isso pareça estranho... - ele continuou. - Eu estou apaixonado por você.

Paralizei. 

Todas as vezes que eu havia chorado por Scorpius, todas as vezes que ele havia me consolado, todas as demonstrações de afeto, todos os momentos que eu só tinha com ele, todos os desenhos que eu ainda guardava em pastas no meu armário, todas as coisas que eu guardava no coração... Tudo, era esperando que ele dissesse isso algum dia. 

E então ele disse. 

As cinco palavras que eu sempre esperei ouvir, ditas pela voz dele e direcionadas a mim. 

Mas então, outras cinco palavras saíram da minha boca e eu me odiei imensamente por isso. 

— Pensei que você fosse gay. 

Ele riu, e então sorriu. 

— Por você eu posso ser bi, tri... O que você quiser. - ele disse se aproximando cada vez mais. - Feliz Natal, Rose. - e me beijou.  


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Notas finais do capítulo

Desculpem o tamanho, mas eu não podia alongar muito se não ia passar para o próximo direto.
AVISO: no próximo terão cenas... quentes, ou seja, espero reviews nesse para me inspirar (:
Beijinhos.