Bilhete Trocado? Pretérito Imperfeito escrita por seethehalo


Capítulo 46
Ich liebe dich


Notas iniciais do capítulo

A cada dia que passa que eu tenho que postar um novo capítulo e abrir o youtube pra procurar um vídeo da música tema, eu vou ficando com um misto de sentimentos.
Ora estou triste por essa minha primeira fic estar acabando; ora feliz porque, pra uma primeira fic, ter os seus 48 capítulos e chegar até aqui a caminho dos 500 reviews e com mais de 6000 pessoas lendo, é um p*** ibope.
Ok, tenho que admitir que a minha fic preferida é Beichte (apesar de me condenar por isso, já que não se deve diferenciar o amor que se tem pelas suas criações, mas continuando), mas quando eu acabei de postá-la, não estava tão triste como estou agora...
Bom, vocês podem já ir se despedindo de mim, já que eu estou acabando a BT?PI aqui e Ich Bin Nicht Ich também (que aliás, pra mim, tá sendo um fiasco, tenho 3 capítulos sem um mísero review) e não tenho certeza se farei alguma outra fic.
Então, desde já, agradeço a quem dá atenção a essa reles desocupada autora de fic.



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Eu não quero cair aos pedaços
Eu só quero sentar e te encarar
Eu não quero falar sobre isso
Eu não quero conversar
Eu só quero chorar na sua frente
Eu não quero falar sobre isso
Porque eu estou apaixonada por você
Fall To Pieces - Avril Lavigne

 

 

     - Gih!

     - T-Tom?! – ela se assustou.

     - O que você tá fazendo aqui?

     - Eu é que pergunto! Desde quando você vem aqui em cima?

     - Desde que eu decidi que vou esclarecer os nossos assuntos pendentes de uma vez por todas! Anda, desce daí que a gente tem muito o que conversar.

     - E se eu não quiser descer? – ela disse virando o rosto.

     - Aí o problema é seu, porque eu falo daqui mesmo. Primeiramente o que o Bill já deve ter te dito; é, eu gostava sim de você. E pra falar bem a verdade... ainda gosto.

     - Bela merda, né, Tom; é tão fácil dizer isso e catar vinte na mesma balada...

     - Isso não vem ao caso. Eu gosto de você, mas não vou parar a minha vida por causa disso.

     - Que coisa, porque eu tive que parar a minha vida duas vezes por sua causa!

     - E eu achava que você gostava do Bill, porque foi ele que foi falar com você primeiro, e você passava mais tempo com ele, e tals...

     - Ele me disse.

     - Então por causa disso acabei com medo de contar tudo pra você... Eu tinha essa dúvida, mas não conseguia perguntar pra você... Daí quando o Bill me pediu pra deletar a conta de e-mail dele, eu vi a oportunidade perfeita pra saber.

     - Mas precisava usar o nome dele, Tom? Não era só passar o meu e-mail pra sua lista de contatos?

     - Você não entende, eu ia dizer que era eu.

     - No século 22? Porque a gente trocou e-mail durante dois anos e eu achando que você era o Bill! Isso se o mundo existir até lá, porque do jeito que a coisa vai...

     - Eu não achava oportunidade. Eu sei que não devia ter feito isso, eu fui um idiota, eu sei. E sei que a cada mensagem que eu mandava a coisa ficava pior. Tiveram algumas vezes que a gente interrompeu o contato, mas depois voltava a mandar mensagem... Sabe, o Bill tinha te mandado uma mensagem com o e-mail novo, mas quando ele pediu pra excluir a conta, eu cancelei o envio. Ok, eu ter feito essa barbaridade toda não deu o resultado que eu queria, mas quanto mais eu tentava parar mais vontade me dava de continuar escrevendo, escrevendo, escrevendo; ainda mais porque você tava no Brasil... Eu era... Eu SOU um moleque, abobado, imaturo, inseguro. Mas apesar disso... Apesar disso...

     Giovanna ouviu tudo, quieta, prestando atenção em cada palavra. Apenas tomou fôlego pra respirar quando ele se interrompeu; ele então fechou os olhos bem apertado, trepou na calha do telhado para poder olhá-la nos olhos e declarou:

     - Merda. Eu te amo.

     - Eu... também. – ela sussurrou impulsivamente.

     - Como?

     - O que... Eu disse alguma coisa?

     - Disse. Eu só não entendi o quê.

     - Melhor assim. Vai que eu tenha dito alguma coisa que não devia...

     - Por que não devia?

     - Porque não é verdade. Só isso. Olha, Tom... Aquele dia que você acordou no hospital o Bill me levou pra casa, e a gente ficou conversando. Eu vou te falar francamente o que ele disse, com todas as letras. Ele me disse que achava que eu gostava de você também. Me deu vários motivos pra eu crer nisso, mas pra mim nenhum fez sentido. Ele me mandou reler todos os e-mails que a gente trocou, agora sabendo que era você o remetente; eu fiz isso, mas não consegui associar direito, porque as mensagens recebidas foram do Tom, porém as enviadas foram para o Bill. ‘Cê tá me entendendo? Isso é suspeita boba do Bill. Não é verdade.

     - A quem você tá tentando enganar?

     - Como assim?

     - Você tá tentando se convencer de que não me ama. Mas isso tá escrito na sua testa, porque eu ouvi quando você respondeu “eu também” depois que eu disse que te amo.

     - Isso não é...

     - Giovanna, cala a boca, é óbvio que é! Não engane a si mesma, por favor! Você acabou de dizer isso, então conforme-se e acredite na realidade! – Tom gritou, já com os olhos úmidos. – Você se lembra do que escreveu uma vez num e-mail? Que achava papo de idiota a história de que romance entre amigos podia estragar a amizade porque não era contigo? Pra quem você disse isso? Pro Bill, não foi? E quem você tirou de consideração? O Tom, não foi? Não foi o Tomlete aqui? O seu melhor amigo é o Bill, é a ele que você se policia a admitir qualquer tipo de afeto diferente de amizade! Então por que tem medo de amar a mim?

     Tom já não continha as lágrimas, e Gih não tinha o que responder. O vento soprava forte, os dois se olhavam esperando alguma resposta, que nunca vinha.

     - Eu... – Gih conseguiu dizer após alguns minutos.

     - Você...?

     - É. Você tem razão. Eu engano a mim mesma, mas não a você. Peço arrego. – ela desceu do telhado.

     - Isso quer dizer que...

     - É, Tom. Acabo de descobrir. Eu te amo.

     - É sério? É sério, é?

     - É sério, é sim, eu não aguentava mais ter que reprimir isso. É, é a você que eu amo, sim, Tom Kaulitz, EU TE AMOO!

     - É sério! É sério! É sério! – Tom, como que bêbado de felicidade, a pegou no colo e pulou e rodou pela grama.

     Resultado: os dois caíram no chão.

     - Er... Gih... Eu posso?

     - Pode o quê?

     - Posso... éahn... Te dar um beijo?

     Essa eu pagava pra ver. O próprio Tom Kaulitz pedindo permissão pra beijar uma garota.

     - Isso é pergunta que se faça?!

     Então os dois se beijaram deitados na grama.

     - A gente vai ficar aqui o resto da vida ou vamos pra casa? – Tom perguntou.

     - Vamos pra casa. O que vamos ficar fazendo aqui? Brrr... Tá frio.

     - Entra na minha blusa.

     - Oba! Como sempre, cabemos nós dois aí, não é?

     - É. Gih, eu tô sem carro, a gente vai ter que ir embora a pé.

     - Não tem problema. É mais gostoso ir com você. Só me deixa fazer uma coisa.

     - O quê?

     Giovanna o deixou sem resposta e entrou na casinha. Tirou um branquinho do bolso e escreveu “für immer” abaixo dos três nomes que Bill entalhara.

     - De onde você tirou isso? – Tom perguntou.

     - Achei na rua.

     - Poxa, eu nunca tinha visto isso aí na parede!

     - Claro, bobão, você nunca tinha subido aqui.

     - Nossa, desculpa então.

     - Bom, já podemos ir.

     - Hmm, então pra onde a gente vai primeiro? Pra sua casa ou pra casa da minha mãe?

     - Pra da sua mãe, é óbvio. O Bill tá lá? Tem que ser o primeiro a saber disso.

     - Opá!

     Lá foram os dois felizinhos para a casa de Simone, e chegaram lá gritando por Bill.

     - Bill!

     - Biiiiill! – berrou Tom.

     - Credo, Tom! Que escândalo é esse? – o gêmeo mais novo apareceu na escada. – Espera aí... Tom... Giovanna... Que sorrisos são esses? Vocês tão querendo dizer que... É?! – Bill fez careta de emoticon de msn.

     - É, Bill, é isso mesmo que você tá pensando. Resolvemo-nos! – Gil esclareceu levantando um braço.

     - AÊÊÊÊÊ! Até que enfim! Até que enfim! Até que enfim, até que enfim, até que enfim!! – Bill pulou, rodou, cantou e bateu palmas feito criança em volta dos dois.

     - O que é essa gritaria aqui na sala? – Simone chegou e quis saber.

     - Mãe, mãe, olha isso, eles tão de bem, eles fizeram as pazes, olha!

     - Tô vendo! Amém!

     - Uhuuull, vamos dar festa!!

     - Ôh Bill, menos, tá? Bem menos. Quase nada. – disse Tom diante do frenesi do irmão.

     - Tá, parei. Mas ah, sei lá, pelo menos um brinde com coca, vai.

     - Tá bom, Bill, você venceu, a gente brinda com Coca-Cola, mas me deixa usar o telefone? – Giovanna pediu.

     - Pra quê? – Bill quis saber.

     - Pra ligar pra casa, ué. Vocês não acham que eu vou andar até o outro lado da cidade a essa hora, né?

     - Tá dizendo que vai dormir aqui?

     - Eu posso?

     - Claro! Você é quase uma sobrinha. – disse Simone.

     - Sobrinha não, mãe. Nora.

     - Tom! – Gih brigou.

     - É, eu tô vendo que vocês se resolveram MESMO. – Simone riu.

     - Que fiasco!

     - Eu sou um fiasco? Nossa, valeu. – Tom fez beiço.

     - Fiasco o escambau, Gih, você sempre foi da família. Não é agora que vai fechar a cara, né? – disse Bill. – E você dorme no meu quarto.

     - O caramba, Bill! Ela dorme comigo.

     - Que medo... – falou Gih.

     - Tá vendo, Tom? Ela vem comigo.

     - Não vai não!

     - Quem é o melhor amigo dela? Eu? Vem comigo!

     - É, mas eu sou o namorado dela, então ela vem comigo!

     - Hey! Querem parar! – Giovanna entrou na confusão.

     - Ótima ideia, assim você resolve onde vai dormir. Comigo ou com Tom?


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Notas finais do capítulo

Espero que ninguém bote defeito no tamanho do capítulo.
Link do vídeo da música: http://www.youtube.com/watch?v=i4MoyY3QZDg&NR=1
Até amanhã!
O penúltimo!! °¬°
Amo vocês, povo!