Bilhete Trocado? Pretérito Imperfeito escrita por seethehalo


Capítulo 38
Esclarecimentos & motivos


Notas iniciais do capítulo

EMA ganho (dááááááááá-lheeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!), agora mais um capitulinho aqui. 'Cês têm sorte, hein? O Nyah voltar enquanto eu ainda tô enrolando aqui...
Enjoy.



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     - O estado de inconsciência dele permanece o mesmo, mas estamos com receio de que se ele não apresentar pelo menos 1% de melhora em uma hora possa vegetar.

     - Ve-vegetar?? – indagou Bill, ao mesmo tempo em que sua mãe caía sentada na cadeira – Calma, mãe, agora a gente precisa ser forte pra ajudar o Tom.

     - Bill... – Gih chamou – Me desculpe. A culpa foi minha.

     - O que você tá dizendo? Não tem culpa se apareceu um motorista inconsequente e passou por cima dele.

     - Passou foi por baixo. Mas se eu tivesse parado pra escutar o que ele tinha pra dizer ele não teria atravessado a rua nem sido atropelado.

     - Se tivesse, Gih, não se culpe. Agora já aconteceu, não dá pra voltar no tempo. Vem cá. – ele a abraçou forte.

     - Mesmo assim.

     - Para com isso, ele tem que melhorar, e a gente com esse pessimismo não estamos ajudando em nada.

     - Tá bom. – ela enxugou as lágrimas. – Feer, Looh, melhor vocês irem pra casa. Eu vou ficar aqui. Tá tarde.

     - Você também, mãe. Eu levo vocês três pra casa e depois volto pra ficar com a Gih.

     - Eu vou ficar, Bill. Nem tente me tirar daqui. – Simone resistiu.

     - Por favor, mãe. Você não pode ficar aqui.

     - Não só posso como vou.

     - Mãe! Vai pra casa, descansa, amanhã cedo você volta. Aflita desse jeito sua pressão vai acabar baixando, e...

     - Tá, Bill, eu vou pra casa. Mas me dê notícias.

     - Tá bom.

     Bill levou sua mãe, Eloisa e Fernanda para casa e meia hora depois estava de volta ao hospital.

     - Alguma notícia, Gih?

     - Até agora nada. Tudo o que eu tenho feito é rezar.

     - Ele vai melhorar.

     - Como pode saber?

     - Ele é forte.

     - Mesmo com a possibilidade de ele... Vegetar? Meia hora já passou, Bill. Se em mais 30 minutos ele não melhorar o risco aumenta.

     - Cadê ele?

     - No terceiro quarto do corredor.

     - Não posso vê-lo?

     - O horário de visita é restrito, só meia hora por dia, se eu não me engano no fim da tarde. Mas agora... Que horas são?

     - Nove horas.

     - Olhe-o pelo vidro, Bill. Mas entrar lá dentro definitivamente não tem condição.

     - Vem comigo?

     - Tá, vamos.

     Giovanna levou Bill até onde Tom estava; desacordado, cheio de aparatos médicos no corpo, respirava com a ajuda de um aparelho e o “pi” contínuo de um outro indicava que, apesar do coma, no fundo estava bem.

     - Eu quero entrar, Gih.

     - Eu também, Bill. Mas a gente não pode.

     - Eu preciso entrar!

     - Bill, calma. Vamos sair daqui, tomar um gole d’água e refrescar as ideias.

     - Tá bom. Quer comer alguma coisa? Apesar de toda essa confusão eu não jantei, e tô com fome.

     - Nem eu, mas não estou com apetite agora. Obrigada.

     - Come alguma coisa. Já basta um no hospital.

     - OK, você venceu.

     Depois de comerem qualquer coisa voltaram à sala de espera ainda mais aflitos – o tempo passava e não apareciam notícias sobre o estado de Tom. Mas dali a alguns minutos a Dra. Elisabeth voltou procurando os acompanhantes de Tom Kaulitz.

     - Sou eu! – Bill se apresentou ansioso – Como ele tá?

     - Bem. Melhorou 5%. A chance de ele se recuperar totalmente é alta.

     Bill e Giovanna se abraçaram, sorrindo aliviados.

     - Ele ainda está em coma – a doutora continuava -, mas de manhã talvez já esteja melhor.

     - Ah, que bom! Ainda bem que ele melhorou! – disse Gih.

     - Doutora, a que horas é o horário de visita? – Bill perguntou.

     - Olha, tem dois horários disponíveis; de manhã e à tardinha, mas só é permitido um horário por dia. E uma pessoa por vez, já que ele está na UTI.

     - Eu não posso ir vê-lo agora? Por favor?

     - Lamento, só de manhã mesmo.

     - Tá. Obrigado mesmo assim.

     Os dois voltaram para o corredor e ficaram olhando Tom pelo vidro de novo. Silêncio.

     - Giovanna... – Bill falou de repente.

     - Hm?

     - Você não ficou com raiva porque eu não te falei antes, ficou? Eu me sinto com duas toneladas na cabeça por ter ficado no meio dessa história; de um lado, Tom, que é meu irmão; e do outro você, minha BFF... Me sinto um idiota dizendo isso.

     - Você apenas protegeu o Tom. Imagina se eu tivesse metido um processo pra saber a origem dos e-mails e descoberto ele, o grito que não ia dar? Raiva de você, por que eu ficaria? Você esclareceu que não foi você o autor daquelas mensagens na hora em que as viu. E pela sua reação, creio que você só ficou sabendo que foi ele depois de ver a minha caixa de entrada.

     - Descobri logo depois. Quando te liguei, pedindo pra não fazer nada ainda, confesso que foi egoísmo, eu não queria me meter em escândalo. Mas, depois, tava pensando e descobri que podia ter o dedo do Tom nisso; afinal ele era o responsável por deletar aquela conta, sabia a senha, e ainda por cima me conhece bem até demais; então todos os indícios apontavam que ele estava se passando por mim no e-mail. Assim que eu cheguei na casa da minha mãe, fui tirar satisfação com ele; ele confirmou, e ainda fez uma acusação ridícula contra mim e... er, deixa essa parte pra lá – disse ficando vermelho -; sua prima ouviu tudo, foi lá em casa e o resto você já sabe.

     - Do que ele te acusou? – Gih perguntou, espantada.

     - Deixa pra lá, er... não é nada importante.

     - Fala! Agora eu fiquei curiosa!

     - Esquece, não é nada.

     - Você tá vermelho como uma pimenta! É importante sim!

     - Tô, é? Não é não!

     - Fala, Bill!

     - Não falo.

     - Fala!

     - Não falo!

     - Fala!!

     - Não falo não!

     - Por favooooor?!

     - Ai, assim é tortura, sabe que eu não resisto a esse seu “por favooooor”! Para!

     - Beleza. – pausa. – Por favooooor?!

     - Tá bom, tá bom, você venceu, mas foi golpe baixo. Ele disse que achava que... que eu... er...

     - Que você...?

     - Que eu... eu eu... Quer mesmo saber, é?

     - Quero!

     - Você não vai gostar!

     - E daí? Fala logo.

     - Ai, tá bom, ele disse que achava que eu tinha me aproximado de você porque queria ficar com você sabendo que ele gostava de você mas não é nada disso porque eu me aproximei de você pra aproximar vocês dois. Pronto, falei.

     - Comofas?! Fala devagar que eu não entendi uma vírgula do que você disse.

     - O Tom disse que achava que eu tinha me aproximado de você porque tava interessado em você. Ele sempre gostou de você. Mas não é nada disso, no início eu me aproximei de ti só pra aproximar vocês dois, mas não deu muito certo, e então você se tornou minha melhor amiga... É isso. E eu te garanto que nunca quis nada além da sua amizade contigo.

     Eram uma pimenta e um tomate. Impossível dizer quem estava mais vermelho; se Bill, por ter falado da ridícula desconfiança do irmão; ou Giovanna, por ser pivô de discussões entre os gêmeos.

     - Eu avisei que você não ia gostar.

     - Quê isso. Verdade às vezes pode doer, mas eu prefiro. – Giovanna tinha tristeza na voz.

     - Por que esse desânimo repentino?

     - Nada não. Só um pouco de sono.

     - Acha que eu não te conheço? Pode ir contando o quê que tá acontecendo. Foi alguma coisa que eu disse?

     - Nada, não é nada, Bill.

     - Foi alguma coisa que eu disse. Eu não vou dizer “eu disse que você não gostaria, mas foi você que insistiu, então não me culpe”. Diga, Giovanna, o que eu disse que te deixou desse jeito?

     - Isso de o Tom... gostar de mim...

     - Ele sempre gostou de você. Desde criança, toda hora ficava olhando. Mas o que isso tem a ver... ah, não. Já sei. Giovanna, olha pra mim e responda: Você... você gostava de mim?


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Notas finais do capítulo

Prontinho, confusão armada!

Mas uma vez aqui estou eu nas notas finais reclamando.
Ok, vamos rumo aos 300 reviews, quem deixar o próximo ganha um banner!
Review não mata nem dá doença, apenas aumenta seu cash e esperiência (isso era pra rimar rs).
Até semana que vem, mais capítulos emocionantes. Au revoir.