Bilhete Trocado? Pretérito Imperfeito escrita por seethehalo


Capítulo 36
Terceira briga


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO DO MÊS!!!!!
Espero que gostem dele, porque agora vcs só vão ler BT?PI em novembro!!
Muahahahahahahahahahahahaha!
Bom, até que ficou grande... Achei que sairia menor.
Enjoy.



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     - Ah, tá OK. Obrigado por avisar. – ele acenou e virou-se para o irmão – Ouviu isso, Tom? Elas vêm na casa da Eloisa essa noite. Não é uma ótima oportunidade pra deixar de ser besta?

     Tom deu de ombros.

     - Bom, vai de você. Não vou ficar enchendo.

 

___________________________________________________________

 

     Algum tempo antes, noutro lugar...

     - Oh, Feer, logo mais à noite vamos na casa da Looh.

     - Falar da história dos e-mails falsos?

     - É. Bom, contamos minha novela pessoal pra ela, agora temos que mantê-la a par.

     - Tem razão.

     - Eu vou ligar pra ela pra avisar que a gente vai.

     - Aham.

     Giovanna discou o número da prima e esperou que ela atendesse:

     - Alô?

     - Looh?

     - Sim, quem é?

     - Giovanna. Looh, eu e a Feer podemos ir na sua casa logo mais à noite?

     - Claro. Mas pra quê?

     - Bom, preciso te contar o novo capítulo da... “novela”.

     - Ainda tem mais?!

     - Pior que tem. E você não imagina o quê. Mas... não é o tipo de coisa que se conte por telefone, então...

     - Ah, tá ok então. Venham pra cá. Até a noite.

     - Até, tchau.

     - Tchau.

     Horas depois, Fernanda e Giovanna batiam na porta da casa de Looh.

     - Oi, gente. Entrem.

     - Oi, Looh – as duas responderam quase ao mesmo tempo.

     - E aí, Gih? O que houve?

     - Lembra que eu te falei que troquei e-mails com o Bill nos últimos dois anos?

     - Aham.

     - Eram falsos – disse Feer, cúmplice.

     - Como assim?

     - Não eram do Bill. – Gih esclareceu. – Algum sem-o-que-fazer andou usando o nome do Bill pra rir da minha cara.

     - Meu Deus! E você sabe... quem foi?

     - Por mim já saberia. Teria entrado na justiça, mas o Bill não deixou.

     “Entendo por que”, Looh pensava.

     - Disse que ia ver se achava um “modo pacífico” de resolver a situação – Gih fez aspas com as mãos -, mas até agora, nada.

 

___________________________________________________________

 

     Na casa de trás, Tom andava no quarto de um lado para o outro, de um lado para o outro, de um lado para o outro sem parar.

     - A essa hora – dizia para si mesmo -, ela já deve estar aí. Mas o que eu faço? Eu sei que não vou poder esconder isso dela por toda a vida, até porque o Bill já disse que ela quer abrir um processo... – sentou-se na cama e suspirou – Se eu acreditasse em Deus essa seria uma ótima oportunidade pra fazer uma promessa pro tal do Santo Expedito. Afe, Tom, se mata, ‘cê tá começando a delirar.

     - Falando sozinho, Tom? – Simone entrou no quarto, estranhando a atitude do filho.

     - Eu? Hein? Mãe? Han... É. Acho que eu tô.

     - E por que isso, Tom? Você nunca foi de dar esses tiques.

     - Sabe o que é, mãe... eu... er... Nada não.

     - Nada não uma ova. Alguma coisa tem que ter pra você estar nervoso desse jeito. Ande, me conte o que está havendo.

     - Não é nada, mãe. Juro!

     - Você jura, é?

     - Juro.

     - Então tá mentindo.

     - Quê?!

     - Desembucha logo, me diz o que você tem.

     - Nada!

     - Deixa de ser criança, você tem 19 anos. Fala logo o que está acontecendo.

     - Quer que eu fale, mãe? – disse Bill, parado na porta.

     - Sai daqui, Bill! – Tom mandou.

     - Eu prefiro, se esse cabeça dura não falar logo.

     - Tá bom, mãe, você venceu. Lembra da Giovanna?

     - Giovanna... a Gih, que tava sempre aqui em casa, antes de a gente ir morar em Magdeburgo?

     - Ela mesma. Então...

     Tom contou toda a história para a mãe; que gostava de Giovanna no tempo da escola, dos bilhetes do Bill, a desconfiança que tinha quanto a ele, a mudança, as saudades, a conta de e-mail usurpada do Bill, os e-mails trocados durante os 2 últimos anos, o reencontro na loja, a descoberta do irmão, a prima dela que morava na casa de trás e ouvira a discussão, a amiga brasileira que a uma hora dessas já devia estar sabendo de tudo, o fato de Giovanna estar a alguns metros de distância agora, enfim; contou tudo.

     - O que eu faço, mãe?

     - Depois de tudo o que me contou...

     - Ainda pergunta o que tem que fazer! – Bill completou.

     - Oras, o que você acha que eu vou mandar você fazer?

     - Contar a verdade? – Tom suspirou.

     - Dãã, é óbvio, seu besta, o que mais? Eu mereço um irmão desse...

     - Para, Bill, isso é difícil pra ele. Mas é, é isso mesmo o que eu sugiro.

     - E você acha que pra mim não é difícil estar no meio da confusão entre o meu irmão e a minha melhor amiga? Eu tô enrolando a Giovanna pra acobertar a burrada que o seu filhinho fez! Acha que eu não tenho vontade de sair na rua, bater na porta da casa de trás e contar tudo pra ela?

     - Claro que não, Bill, mas isso cabe a ele. Nem você nem ninguém pode contar a verdade pra ela, apenas o Tom. Vai ser muito melhor que ela saiba por ele do que por qualquer outra pessoa.

     - Como se ele não soubesse disso! Mas é uma besta, a melhor oportunidade tá na cara dele e ele não faz nada! Faz o favor, né!

     - Cala a boca, Bill! Isso não tem nada a ver com você! – berrou Tom.

     - Ah, não tem, Tom? Você não usou o meu nome pra enganar a Giovanna, eu não tô tendo que enrolar ninguém, você está suave pra ir contar a verdade pra ela e isso não tem nada a ver comigo? – Bill falava num tom de voz calmo – Imagina se tivesse! E vê se para de gritar se não quiser que ela saiba de “outra forma”, seu histérico!

     - Sai daqui! Sai daqui, Bill, me deixa em paz!

     Bill jogou-se num pufe que tinha no canto do quarto e cruzou os braços, enquanto Simone brigava:

     - Querem parar com isso, os dois? Vocês são irmãos; e eu criei dois homens, não dois búfalos pra ficarem brigando desse jeito! Tratem de se resolver e já! – ela saiu do quarto, deixando os gêmeos a sós.

     Eles ficaram se encarando um tempo sérios. Bill olhou para o lado expressando reprovação e Tom abaixou a cabeça. Depois se olharam de novo pedindo desculpas com os olhos castanhos.

     “Levanta logo”, os dois pensavam, nenhum queria admitir que estava errado.

     - Tá, eu admito. Tô errado. – disse Tom, quebrando o silêncio.

     - Nós dois estamos. – Bill levantou-se do pufe e sentou na cama ao lado do irmão.

     - Desculpa, Bill. Esse tempo todo você querendo ajudar... e eu te recebo com quatro pedras em cada mão.

     - Tá bom, Tomlete. Mas você tá cansado de saber...

     - ... Que não vou poder tapar o sol com a peneira pelo resto da vida.

     Bill ergueu a mão pedindo “bate aqui”. Tom retribuiu o gesto e completou:

     - E sabe o quê, Billete? Vem comigo.

     O gêmeo mais velho puxou o irmão pelo braço quarto afora e desceu as escadas chamando:

     - Mãe! Manhê!

     - Que foi, Tom? Você e Bill já se resolveram?

     - Aham. E a gente vai sair. Tchau.

     - Tchau, ué.

     Já no meio da rua...

     - Tom, pra onde você tá me levando?

     - Você vai ver! Anda, vamos.

 

___________________________________________________________

 

     No mesmo instante, perto dali...

     - Mesmo assim, Gih, ele tá certo. – Looh dizia – Pensa na proporção do desastre se um escândalo desse envolvendo o nome de Bill Kaulitz vaza mídia afora?

     - Ele é tão vítima quanto você; mas o caso é que ele tem uma imagem. – completou Feer.

     (8) [Campainha toca]

     - Deve ser a pizza que eu pedi para nós – Eloisa disse indo atender a porta.

     Talvez tenha sido a fome, ou a distração no assunto da conversa; que fez com que ela esquecesse de espiar pelo olho mágico quem estava do outro lado, já foi abrindo e estendendo a mão para pegar a pizza.

     QUE pizza.

     Deixou Fernanda e Giovanna discutindo e olhou para a porta. O susto foi tão grande que tudo o que conseguiu fazer foi bater a porta na cara de quem esperava na soleira.


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Notas finais do capítulo

É hoooje!!
Mentira, é só no mês que vem.
Bom, pela falta de capítulos para postar esse mês (soubesta), prometo que a fic vai fazer aniversário de 3 meses em grande estilo!
Capítulo grande, emocionante e decisivo!!
Até o mês que vem folks!
Espero reviews!