A saga crepúsculo - Lua azul escrita por Isa Holmes


Capítulo 16
O hospital, sua melhor solução!


Notas iniciais do capítulo

Olá!



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Seth me puxava freneticamente por entre as árvores, a chuva ainda encharcava nossos corpos. Eu queria perguntar para ele o que realmente estava acontecendo, mas Seth parecia não me dar ouvidos, ele ofegava enquanto corria e, às vezes, soltava um xingamento quando tropeçava em alguma coisa. Era-me total surpresa, afinal, nunca havia visto meu amigo daquele jeito.

A chuva pereceu estar mais forte, trovões e relâmpagos eram avistados de poucos em poucos minutos. Não tardou e senti minha cabeça começar a girar.

De repente comecei a ouvir soluços vindos à nossa frente. Achei que pudesse ser Seth que começara a chorar, mas eu estava enganada. Os soluços vinham de baixo de uma árvore-oca. O ar tinha o típico cheiro metálico de sangue, todo misturado com terra molhada.

– Andrew! – Seth largou a minha mão e agachou perto do garoto. Não dava para ver sua aparecia direito, mas dava para perceber sua perna sangrando. O Sangue todo com a água da chuva.

– Oi, Andrew. – cumprimentei-me, calma. – Eu sou a Renesmee. O que houve, amigo?

Seth me jogou um olhar de repreensão pela pergunta, um raio foi libertado fazendo com que o seu rosto ficasse medonho. Eu o ignorei.

– E-Eu não sei. – Adnre enrugou o cenho e logo soluçou. – E-Eu não lembro.

– Tudo bem. – aproximei-me e lhe toquei a perna. – Isso dói?

Com apenas uma sílaba, Andrew gritou. Evacuei a mão o mais rápido possível. O sangue espalhado pela minha mão cheirava tão bem.

– O que vamos fazer? – perguntou-me Seth.

Um raio azulado cruzou o céu, iluminando o rosto de Andrew. Seus cabelos castanhos estavam molhados e bagunçados, seus olhos cor de avelã estavam marejados e amedrontados, seu rosto estava cheio de hematomas arroxeados e seus lábios cor-de-rosa estavam trêmulos.

Passei minha mão sobre os bolsos da minha calça jeans , mas não encontrei o que eu realmente precisava.

– Seth, seu celular está com você? – perguntei.

– Po-Por quê? – gaguejou ele, seu sidekick já em suas mãos.

– Precisamos de alguém que saiba lidar com isso! – peguei o sidekick e comecei a digitar o número de casa – Como, por exemplo, o Carlisle.

O telefone tocou três vezes e foi atendido. Dava para escutar a televisão alta do outro lado da linha, mas por cima dela um eco de um Alô?.

– M-Mãe?

– Renesmee! – anunciou ela – Oi meu amor, tudo bem?

– Cadê o meu avô?

Um trovão ecoou a distância, a chuva parecendo diminuir.

– O Carlisle está aqui, querida. Por quê? O que houve? Você está bem?

– Apenas passe para ele. Eu estou bem. Apenas preciso dele.

Ouvi um ruído do outro lado da linha, até que uma nova voz, calma e grossa, pronunciou o meu nome.

– Vovô? – soltei o fôlego, abrindo um sorriso ao Seth – Estou com o Seth, estávamos voltando para casa e encontramos um amigo ferido. Acho que ele quebrou a perna e ela está sangrando muito. O que eu faço? Eu preciso de você!

– Tente impedir a hemorragia. Lembra-se daquela vez em que você caiu e começou a sangrar sem parar? Você ainda se lembra do que eu te ensinei enquanto ia pegar um curativo? Pois bem, querida. Faça aquilo com seu amigo.

– Você pode vir aqui?

– Apenas me diga onde você está.

Ouvi alguém soltar um xingamento por cima de Carlisle, e em seguida uma repreensão feminina. Com certeza era o meu tio Emmett assistindo Beisebol, e a minha tia, Rose, lhe dando uma lição de modos.

– Na reserva. Mas não sei exatamente onde. – olhei para a perna de Andrew, o sangue acumulado pela sua calça. – Apenas... siga o cheiro de sangue.

Carlisle limpou a garganta, parecendo incomodado, mas não tardou em assentir, prometendo estar conosco o mais rápido possível.

Desliguei o Sidekick de Seth e entreguei-o a ele. Aproximei-me de Andrew e rasguei sua calça – apenas no local do ferimento. Seth não ficava quieto por nenhum segundo, perguntando o que realmente eu estava fazendo.

Uma rajada de vento gélido passou por nós, senti um arrepio percorrer minha espinha.

– Precisamos evitar que ele perca mais sangue, Seth – argumentei, madura, enrolando um pedaço seco da calça jeans de Andrew em minhas mãos. Pressionei seu ferimento, mantendo-o. – Pelo menos até que o Carlisle chegue.

Andrew tinha um grito de dor aguda, mas eu dei-lhe de ombros.

Carlisle não demorou em chegar.

##########

A pausa da chuva foi um bônus ao Carlisle. Sem ela fora mais fácil de fazer um curativo de improviso na perna esquerda de Andrew.

Meu avô assentiu sobre a perna quebrada, e disse que a causa da hemorragia pudesse ser proposital. Carlisle disse que o melhor para Andrew naquele momento seria o hospital. Ele disse que poderia levá-lo até lá, mas que o carro não passaria por entre as árvores da reserva. Sugeri então que levássemos Andrew para a casa de Seth, e que Carlisle o buscasse lá. Carlisle dera meia volta e dissera que estaria o mais rápido possível na casa do meu amigo.

Andrew tentava manter seu choro silencioso, mas de nenhuma maneira que eu não o ouvisse. Ele não conseguia levantar, muito menos andar. Seth teve que levá-lo para casa no colo.

Quando chegamos, Leah estava na cozinha, lavando louça. Havia um sorriso em seus lábios, até que ele desapareceu. Um dos pratos que ela segurava despencou de suas mãos.

Ai meu deus. – sussurrou.

Seth estava quieto, a água da chuva ainda escorria por seus cabelos negros. Leah se aproximou do irmão, perplexa. Ela não dissera nenhuma palavra, apenas observou Andrew, que agora estava mantendo seus olhos fechados. Andrew tremia. Junto de suas lágrimas havia gemidos de dor. Quando ele abriu seus olhos novamente, eles seguiram até Leah. Houve um sorriso forçado em seus lábios, as lágrimas brilhavam em seus olhos castanhos. Até que eles se fecharam. Seu corpo começará a ficar desleixado entre os braços de Seth, sua cabeça tombará para frente.

O som de uma buzina de carro soara na noite vasta.

– Carlisle.

Seth foi para fora, ansioso.

Abri a porta de trás do carro prata. Carlisle abaixará o vidro do passageiro.

– Acho melhor um de vocês irem comigo.

Olhei para Leah que estava encostada na soleira da porta. Fiz um gesto com a cabeça, falando para que ela fosse junto. Leah assentiu, rapidamente, e se aproximara de nós.

Ela sentou no banco de trás, junto de Andrew, que estava com sua cabeça apoiada ao seu colo.

– Você pode ficar com o Seth está noite, de novo? – Carlisle perguntará a mim. Olhei para Seth e ele assentiu com a cabeça. Segui o mesmo ato quando voltei meus olhos aos de meu avô. – Ótimo. Não precisa se preocupar com sua mãe. Ligarei para ela e contarei sobre o imprevisto. Tudo bem? Ok.

Afastei-me da janela do carro, aproximando-me do garoto cuja uma das mangas da blusa estava cheia de sangue.

Carlisle ligou o carro novamente, dando a partida. Primeiro se via a luz da traseira desaparecendo entre a escuridão, e depois, nada.


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Notas finais do capítulo

Vamos fingir que Andrew Garfield é o nosso Andrew, está bem? (: