A saga crepúsculo - Lua azul escrita por Isa Holmes


Capítulo 12
O que realmente você é?


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus amores,

Obrigada pelos 200 comentários! Não acredito que já chegamos a isto! Fico muito feliz que eu tenha pessoas com que eu possa compartilhar minha imaginação e criatividade. Obrigada pelos que me acompanham desdo começo da fic e também pelos que me acompanham desda minha primeira fic. Espero chegarmos a 300 comentários! Mas, por enquanto, o que tenho basta, não só os comentários e recomendações magníficas que me agradam, mas sim vocês, leitores!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/354968/chapter/12

Uma luz fluorescente, mais igualada a uma lâmpada de hospital, encarava meus olhos, os deixando completamente embaçados quando desviados. Estava numa sala, branca até o último móvel, sem existência de qualquer janela, apenas uma porta amadeirada. Além de móveis e tubos e frascos ordenados em estantes, também existia uma pia escondida entre uma mesa cheinha de papéis e pastas. O lugar cheirava a álcool.

Cerrei meus punhos e levantei da cadeira onde eu estava sentada. Não era a única na sala, havia mais três pessoas; Um garoto magro e moreno de olhos verdes na casa dos vinte, um homem pouco musculoso, de cabelos louros e olhos negros na casa dos trinta e cinco e um outro brutamontes de aparência espantosa. Sim, ele. Cabelos castanhos longos, olhos verdes musgo e uma típica barba mal feita. O assassino terrorista dos meus sonhos.

Ele estava sentado. Sua blusa estava com a manga arregaçada. Do seu lado havia um aquário de cobra. A parte de cima do recipiente de vidro estava meio aberto. Pensei na hora de avisar a alguém, afinal, se a cobra fugisse ia dar a maior confusão.

Por sorte o garoto de cabelos negros se aproximou de uma mesinha, a qual eu estava perto. Nela havia uma bacia cheia de seringas.

Aproximei-me um pouco mais, ele parecia meio sério, suor escorrendo pela testa.

– Sua cobra está capaz de fugir do aquário, é melhor você conferi-la – arrisquei e chamei-o a atenção. Nenhuma resposta. – Ei, estou falando com você! – passei minha mão por perto do seu rosto – Não está me ouvindo? – logo, ríspida o empurrei de leve.

Na verdade, eu não o empurrei, porque minha mão atravessou o seu corpo. Recuei, espantada. O garoto se afastou com a mesma expressão de antes como se não tivesse acontecido nada, como se eu não estivesse ali. Olhei para o balde de seringas, indignadas, e fiz um teste tentando pegá-lo, mas falhou. Minhas mãos atravessaram o balde, como o meu braço o seu corpo.

Eu virei um fantasma? Estou invisível da cabeça aos pés?

– Obrigado, Toby. – o homem loiro apoio a mão no ombro do rapaz, logo em seguida pegou a seringa de sua mão.

– É um prazer, senhor. – ele sorriu, forçado, e logo secou a testa com seu jaleco.

– Vai mesmo fazer isso, Elliot? – o primeiro homem, o qual não se chama Toby, encarou e perguntou ao assassino.

– Tudo por uma boa verdinha! Grana, grana, grana! – sorriu meu suspeito e murchou na cadeira – Afinal, vai ser divertido, irei ser famoso por ser o primeiro a tomar uma vacina contra uma nova espécie de cobra. Não pode ser tão perigoso.

– Claro que pode ser perigoso, Elliot! – rosnou o homem. Aproximei-me. Ele estava seríssimo. – Sabe que não sabemos se o antídoto está realmente certo, você sabe muito bem que estamos fazendo isso sem que os outros saibam. Estamos escondendo algo grande, grande e perigoso!

– Que se dane, Rick! – riu-se Elliot, desdenhoso – Apenas quero a minha verdinha.

O loiro, Rick, deu um suspiro, e afastou-se do meu assassino, aproximando-se de onde estava Toby.

– Você vai mesmo fazer isso, senhor? – perguntou ele, chacoalhando um potinho de líquido transparente – Não acha muito arriscado?

– Nós precisamos, Toby. – Rick o encarava, seu olhar cansado espelhado no rosto. – Estamos indo a falência, ninguém nunca deu importância para o que fiz – Eele suspirou – Todos sempre disseram que eu era uma fraude, que nunca tive talento, que meu diploma fora dado a toa. Sei que estamos fazendo isso escondido, mas... Se não fizermos, tudo pode acabar, tanto para mim, quanto para você. Não temos mais tempo, ele é nosso inimigo agora.

– Mas, senhor. – O garoto comentou, meio desesperado. – Não acha arriscado fazer a experiência direta nele? Não acha que precisamos de um animal como cobaia antes?

– Eu já disse, Toby! – Rick irritou-se. – Não temos dinheiro para uma cobaia, temos dinheiro para emergência se necessário, e o dinheiro prometido para Elliot. Também Não temos tempo. Elliot não liga para a vida, ele está mais preocupado em encher a cara.

Toby colocou com desdém o potinho em cima da mesa e afastou-se. Rick pegou o pequeno recipiente e injetou a seringa para colher o líquido.

Aproximei-me de Rick, devagar, e o encarei. Deve ser realmente difícil você ter um talento que não seja dado valor. Deve ser horrível ser desprezado. Eu realmente quis poder fazer alguma coisa por ele.

Observei Toby, que limpava seus olhos com a manga do Jaleco. Rick também olhou para ele, em seguida, abaixou os olhos, insinuando arrependimento da pouca grosseria.

– Desculpe-me – Rick aproximou-se do garoto, apoiou a mão em seu ombro e sorriu, desta vez, um sorriso confiante. Toby não deixou de retribuir, colocou seus óculos novamente e soltou um risinho.

– Será que isso vai demorar muito? – Elliot, o monstro dos meus sonhos, reclamou e balbuciou na cadeira. – Combinei com meus amigos de nos encontrarmos no bar e não quero chegar atrasado, afinal, não sou eu quem vai pagar a rodada de uísque hoje.

Rick encarou Toby e a Elliot. Toby fez um sinal para que o homem seguisse em frente. E Foi o que ele fez. Enquanto Toby mexia em um pote de plástico, com algodões brancos, e seguia para a pequena pia branca, onde continha uma garrafa de álcool, o loiro foi para perto de Elliot, a seringa em sua mão esquerda, talvez por ser canhoto.

Segui Rick. Elliot estava com seus olhos borrados por causa de olheiras.

– Pode deixar o seu braço virado para cima? – perguntou Toby, aproximando-se de Elliot, com um algodão molhado pelo álcool.

Elliot virou o braço, que já estava com uma borracha amarrada. Toby limpou o local da injeção, procurando uma veia para despejar o líquido da seringa. Quando achada, o garoto pegou a seringa das mãos do seu parceiro e injetou o conteúdo na veia marcada. Logo em seguida, ele retirou a borracha, deixando que a experiência percorresse o corpo de sua cobaia.

– Agora eu quero a minha grana. – Elliot disse, abrindo e fechando a mão do braço onde injetado a vacina.

– Espere um pouco, Elliot. – respondeu Rick, sinalizando para que Toby o seguisse.

Os dois homens, cuja a carreira estava em risco, afastaram-se de Elliot, indo para perto de um armário branco.

Aproximei-me de Elliot, seus olhos estavam vermelhos, talvez de cansaço.

Ele não parecia alguém ruim, apenas perdido, sem rumo, sem vida. Se Elliot corresse atrás de um trabalho em vez de ficar se embebedando em um bar, onde dependia dos amigos para que fizessem suas vontades, ele com certeza estaria em um lugar melhor.

– O que realmente aconteceu com você? – sussurrei.

Olhei para Rick e Toby, os dois aflitos, novamente discutindo.

Aghr, Merda! – ouvi alguém gritar, era Elliot. Ele tampada o pescoço com a mão.

– Elliot!? – Rick perguntou, se aproximando e parando mais ou menos ao meu lado, apenas alguns metros longe do homem aflito. – O que houve?!

Elliot tirou sua mão do pescoço. Tanto a mão, quanto o pescoço sangravam.

– Ai meu deus. – murmurei – A cobra.

Está queimando! – gritou Elliot.

Olhei para o aquário, a cobra não estava mais lá. Observei então o chão, e lá estava ela, no chão, esgueirando-se para o armário mais próximo.

– Elliot, acalme-se! – Rick falou, aflito.

Ai meu deus! Faça alguma coisa!

Elliot gritava, sua voz era dor e dor. Toby ficara paralisado, em um canto rezando, e Rick, não sabia o que fazer, apenas pedia para Elliot que se acalmasse.

Elliot estava com sua pupila dilatada. Ele levantou da cadeira, derrubando tudo que via, parecia estar louco.

Elliot, acalme-se! – Rick gritou. Enquanto Elliot se aproximava, ele caiu perto da mesa onde tinha a bacia de seringas. Ele pegou uma, suas mãos estavam tremendo.

Toby se aproximou da porta, ele também estava tremendo, suas pernas estavam bambas. Seu medo o dificultava a abrir a porta.

Elliot por favor, se controle!

Cala a boca, imbécil! – Elliot aproximou-se de Rick. – Não me diga o que fazer!

Ele parecia diferente, não parecia mais o homem indefeso de minutos atrás. Rick percebeu isso, seus olhos expressavam espanto e curiosidade. Quando Elliot chegou mais perto de Rick, a ponto de machucá-lo, ele ergueu a seringa, pressionado-a contra a pele de Elliot.

Elliot teve uma reação que fora incomum. Suas pupilas ficaram verticais, sua pele ficou escamosa como de uma verdadeira cobra, sua língua quando mostrada ficou bifurcada e seus dentes afiados.

Ai meu deus, Elliot! – Rick gritou.

(Que tal deixarmos isso um pouco mais divertido e fácil de imaginar? Aqui estão duas imagens do que realmente Elliot se transformou. (Obs: Não é ele gente, a imagem é de uma série, mais o monstro é o que o terrorista dos sonhos da Nessie se transformou depois da experiência dar errado.)
http://images2.wikia.nocookie.net/__cb20120729061736/grimm/images/6/61/Lausenschlange.jpg Ou http://images4.wikia.nocookie.net/__cb20120421234136/grimm/images/f/f1/118-Quinn.png


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?