Cartas Para Um Invisível escrita por Yoggi


Capítulo 3
Capitulo 3: De volta ao presídio


Notas iniciais do capítulo

Oii, ok eu sei que eu demorei muuito para escrever, mas eu tinha outra fic para escrever... Mas ta ai : )
Boa leitura ^^



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Seth

Depois de enviar a carta voltei para casa, será que a pessoa já recebera? A pessoa enviara sua resposta ainda hoje? Irá ter alguma resposta? São muitas perguntas em minha cabeça.

Então me distrai desses pensamentos, porque tinha que organizar o meu material escolar, afinal, voltava amanhã depois de um ano perdido de escola, porque aconteceu... Uns acidentes, essa é a palavra certa. Acidente. Pois não foi culpa minha!

Arrumei minha mochila, colocando tudo que irei precisar amanhã, caderno, livros e o número do Nathan. Ele disse que mesmo sendo meu ex-psiquiatra, éramos amigos e que eu poderia ligar para ele sempre que eu me sentir triste

Nós sabemos que eu vou ficar assim amanhã, todos me observando: “Olha, esse menino ficou um ano sem ir para a escola, ele tem 16 anos e vai ir para uma sala de 15, vamos começar a fofocar sobre coisas absurdas, por exemplo: Ele engravidou alguém!”

Eu nunca tive muitos amigos, eu não sei o porquê, acho que é a razão que eu nunca os tive é que eu prefiro, digamos, os imaginários, que para mim são bem reais, só que os outros não podem vê-los.

Acordei de manhã totalmente suado e com medo, outro pesadelo, outra recordação daquele dia. Tentei esquecer meus pensamentos, tirei a minha roupa e tomei banho, a água que batia no meu corpo aliviava as preocupações. Eu saí do banheiro bem melhor.

Vesti uma roupa comum, meu jeans e uma blusa verde e meu all-star surrado e desgastado. Dirigi-me para a cozinha, tomei meu café da manhã, nada fora do comum, meu pai sempre está dormindo, então eu sempre como um cereal com leite.

A minha escola não é perto da minha casa, então pego meu skate e saio a caminho da escola, andar nele me relaxa, o vento no meu rosto é a melhor sensação do mundo, e é a melhor maneira de ir para o colégio.

Chego ao terrível local que as pessoas denominam de: “Centro Educacional do Governo de Nova York” sim, eu estudo em uma escola pública. Ela estava exatamente como a deixei no ano retrasado, com ferrugem e perfeita para um cenário de filme de terror, os corredores frios, o chão bem cuidado e totalmente escorregadio.

– Seth!

Olhei para trás, era o Josh, meu único amigo na escola, desde que eu me conheço por gente.

– Oi!

– Um ano fora, é ótimo te ver de novo, a gente se vê por ai, com certeza vai fazer vários amigos no primeiro ano, e não esquenta, é bem fácil! Me preocupo com o segundo ano, boa sorte!

Ótimo! Meu amigo esfregando na minha cara que eu vou fazer o primeiro ano e ele o segundo, eu já avisei, eu não tive nada a ver com os fatos acontecidos no passado!

– Er... Pode ser, tenho que pegar meus horários agora, tchau!

Afastei – me e depois de alguns segundos uma voz aguda e bastante irritante chamou o meu nome:

– Seth!

A conselheira da escola estava de braços abertos querendo um abraço, ela estava com a mesma aparência, magra, de cabelos castanhos, usava os mesmos óculos que são proporcionais ao seu rosto, usa sua saia social e seu blazer, ambos sempre são da mesma cor, hoje ela usa a combinação com a cor cinza.

Para não deixá-la esperando o abraço, retribui.

– Vamos comigo pegar seus horários?

Ótimo, minha única amiga é uma pedófila! Eu lhe acompanhei até a secretaria, ela começou a falar dos acontecimentos que ocorreram lá enquanto eu estava fora, mas era pela a visão de uma professora, ou seja, não tinha graça!

Fiz o que minha mãe sempre falava quando eu era criança, ela falaria hoje em dia, se estivesse com a gente! “Se a conversa for chata sempre escute, não fale nada... Só escute e no fim fale algo tipo “Nossa” e ela vai voltar a falar” fiz exatamente isso, no fim da história que pareceu durar uma eternidade e não só o caminho do corredor até a coordenação geral.

– Nossa, aconteceu muita coisa por aqui.

Falei isso e me calei, o sinal bateu, e eu não tinha pegado meu horário! Saí correndo.

– Moça, meu horário! Por favor.

– Seu nome?

– Seth, Seth Michallengo. Moça, já tocou, pode ser rápida?

Ela me olhou com raiva e voltou para o que estava fazendo, eu sinceramente queria só ir para a aula normal e não chegar atrasado e chamar atenção.

– Aqui está. – ela falou friamente.

– Obrigado. – respondi no mesmo tom.

Sai correndo, sala 204, o professor já escrevera o seu nome quando eu cheguei. Maravilha! O que eu menos queria era chamar atenção, e agora todos os olhares se voltam a mim.

Sentei-me na primeira carteira que eu avistei vazia, e fiquei observando as pessoas, elas não tinham mudado nada, o grupo dos populares é atrás, nerds na frente, se você não fizer parte de nenhum dos dois, você é um derivado.

As meninas olham para as unhas enquanto fofocam umas com as outras, loiras, morenas, ruivas, todas reunidas e conversando e olhando discretamente para os meninos da sala. Nenhuma realmente me chamou atenção, mas eu sinto que eu chamei a delas, todas olhando para mim e rindo, ótimo, já devem me odiar!

Alguns meninos se sentaram atrás de mim, acenei e outras pessoas acenaram de volta, quando olhei, não tinha nenhuma pessoa atrás de mim... Deve ser sono, só sono.

O professor só pediu para irmos cada um para frente, falar um pouco de você e responder alguma pergunta, se tiver. Ouvi de cada um atentamente, descobri que tem algumas pessoas bem interessantes naquela sala.

– Seth? Seth Michallengo? – o professor olhava para a lista que tinha o nome dos alunos em ordem alfabética e depois para nós.

Levantei-me, foi para frente e consegui escutar vários sussurros: “ É esse o menino? Nossa! O que ele fez o ano passado inteiro?!”

– Er... Eu sou Seth Michallengo, tenho 16 anos, nunca repeti um ano, eu só deixei de estudar ano passado, eu moro com o meu pai, não faço nenhum esporte, eu amo ler e... É! Só isso.

– Por que você deixou de estudar um ano?

– Motivos pessoais, bem pessoais.

Todos se olharam como se tivesse diante a um psicopata, mas eu só falei a verdade, não ia falar para ninguém a razão de eu ter ficado inativo um ano.

As aulas foram passando, nenhuma matéria dada, ainda bem! Só as velhas histórias de professores.

Quando voltei da escola, uma carta tinha chegado. Finalmente!

Amanda. É o nome da menina, ela concordou em ser meu amigo! Vibrei enquanto lia toda a sua carta, e de acordo com ela também estava querendo conversar!

Resolvi lhe responder na mesma hora que terminei de ler, peguei a minha máquina de escrever e comecei a datilografar.

Amanda,

Fiquei muito feliz com a sua carta, sabe, eu realmente ando muito sozinho, eu tenho poucos amigos, possa afirmar que... Nenhum.

Mas agora posso conversar com você! Então... O que você gosta de fazer?

Edward”

– Pai! Estou indo para o parque! Já volto.

Avisei para o meu pai, tive que mentir, ele não ia gostar de saber que eu estou conversando com alguém por cartas.

– Eu deixei? – ele retrucou.

Uma raiva apareceu e respondi sem pensar nas consequências:

– Eu não estou perguntando se posso, estou lhe avisando que vou!

Bati a porta e me direcionei ao correio, paguei o selo para mandarem a carta e voltei caminhado alegremente para casa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentem *-*
Beijos ^^
— Mah



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