Os Últimos. - Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 26
Oamri- Cap.25 - Botando o plano em prática.


Notas iniciais do capítulo

Eae povo, aqui tá o capítulo do dia, como eu sempre digo, se der eu posto a noite e.e É que esse final de semana veio um povo chato que gosta de ficar usando meu pc '-'
Também queria avisar os leitores da minha outra historia "Anima Dead" que eu não estou postando esses dias porque to ainda imaginando o capítulo que vai ser um dos mais chocantes e emocionantes até agora, já que é quase o último. Mas fiquem sossegados que eu tenho planos ainda, vou criar outra fic do mesmo genero só que com uma historia diferente, claro. Não vai ser ambientada naquele mesmo mundo e mesma historia do vírus alienigena. Bem, to falando demais.
Vejo vocês no próximo cap o/
Vou responder os reviews do cap anterior a noite o



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Oamri. Capítulo 3- Botando o plano em prática.

Dia 28 de Novembro.

Local: Boston.


O dia é outro, depois da conversa com o homem misterioso, Oamri ficou sabendo dos cavaleiros da luz e seus principais objetivos em libertar todo povo das correntes da injustiça e burguesia. Determinado ele decidiu se juntar a ordem e estabelecer algum tipo de justiça e liberdade em seu tão amado país. Para isto, foi lhe dito que ao entardecer ficasse parado em um banco perto da prefeitura, assim ele fez mais tarde naquele dia. Mas antes ele usou seus fundos para comprar dois punhais no caminho, se sentia desprotegido diante das situações apresentadas. O ferimento no tórax foi tratado pelo Doutor White que ainda mantém em cativeiro Logan. Está preso no portão amarrado em uma viga de madeira.

Então ele caminhou até a praça de Boston em frente a prefeitura ao entardecer esperando por algo. Está ocorrendo um evento importante, um general inglês poderoso faz um discurso encima de uma plataforma na praça, ele está acompanhado de dezenas de homens. Oamri se senta em um banco e esfrega uma mão na outra se aquecendo do frio.

O general se chama Rammer Thousky. Um homem de cinquenta e quatro anos que é glorificado pelos ingleses por ser um dos mais respeitados no ramo militar. Ele já venceu sete grandes batalhas e carrega várias medalhas, além de seu sabre dourado que serve como certificado de honra. Ele conta aos colonos, americanos e ingleses suas histórias de guerra. Os americanos não mostram interesse, eles vaiam e são ameaçados pelos guardas. Ao lado do general está “Ned”, Oamri o vê e não consegue entender porque o encontro foi marcado ali sendo que ele o homem misterioso está “disfarçado” de Ned. Em meio aos pensamentos outro homem vai até o jovem e se senta. Ele abre uma mochila de metal e retira uma cebola, começa a come-la e dar alguns pedaços aos pombos. O homem tem os cabelos curtos e grisalhos, usa óculos miúdos e o rosto é liso com a barba bem feita. Veste roupas finas e sapatos caros.


– Você tem de mata-lo. – Diz o homem mordendo a cebola com os olhos cheios de lágrimas.


– Quem é você? – Indaga Oamri desconfiado dos propósitos do homem.


– Sou membro da ordem. Vim aqui por ordem de Váas, o cavaleiro da morte.


– Quem é Váas?


– Aquele que você confrontou ontem à noite. – Oamri coloca a mão em seu tórax que foi ferido pelo misterioso homem de nome Váas.


– Tenho que matar quem?


– Rammer Thousky.


– Quando?


– Agora.


– Você perdeu a cabeça? Mata-lo em praça pública cercado por guardas? Eu morrerei.


– Não, você não vai morrer, por isso Ned está ali. – O homem dá outra mordida na cebola e derrama mais lágrimas.


– E porque você não faz isso?


– Não sou altamente treinado. Você vai matar Rammer e ser mandado para a fortaleza Kingston ao leste em uma ilha isolada, lá matará Sillas.


– Tem maneiras mais simples de matar Sillas, poderíamos nos infiltrar lá e mata-lo sem causar esse alvoroço, se eu tentar matar Rammer aqui e agora, com certeza serei morto.


– A ilha é cercada por navios e centenas de guardas, a única maneira de se infiltrar lá é sendo preso.


– Como o matarei se estarei preso?


– Você é o soldado aqui.


– O que vai acontecer se Sillas morrer?


– Você impedirá um grande massacre no leste que acontecerá daqui a uma semana.


– Eu tenho uma semana para mata-lo?


– Sim, e é bom começar a operação agora, o tempo corre contra você. – O homem se levanta com os olhos cheios de lágrimas, puxa uma faca de sua bota e apunha-la seu próprio estomago. Em seguida ele corre forçando um choro com sangue no peito e a faca fincada pedindo por ajuda.

Os soldados ingleses deixam a formação de guarda e Rammer fica exposto, os homens vão checar o alvoroço e Oamri se levanta determinado. Ele começa a correr em direção a Rammer em meio à multidão, o general permanece parado em frente a prefeitura sem nada entender. Os pés do jovem batem no solo com força e com o impulso ele salta por cima do balcão segurando os dois punhais, um em cada mão. Antes mesmo de reagir o homem é coberto pela sombra de Oamri, levanta seus olhos e seu último suspiro é abafado, a lamina perfura sua testa bem entre os olhos e com a força do golpe ele cai de costas na plataforma quebrando a madeira. Todos emitem um som de espanto ao verem o lendário Rammer Thousky ser assassinado em praça pública por um jovem cheio de ira. Ned não se mostra espantado. Uma sequência de socos e chutes são desferidos em Oamri, estão vindo de todos os lados, ele mal consegue se defender. Ned grita e todos se afastam.

Os soldados estão prontos para fuzilar Oamri que está encima do corpo de Rammer, mas são impedidos por uma ordem de Ned.


– Não! – Eles estavam com os dedos quase que na metade do gatilho. - Ele deve ser levado como prisioneiro para forte Kingston. Quero que ele sofra muito sendo torturado pelo carrasco Dave. Prendam-no agora! Robert Sillas ficará muito agradecido por mantê-lo vivo. – Ned abre um sorriso maléfico e Oamri recebe vários gritos dos americanos, estão todos agradecidos e impressionados com a coragem do jovem, os que tentam solta-lo são espancados pelos soldados.

Agora ele tem o destino traçado, ou pode traçar o seu.


Apedrejado, linchado, ferido. Oamri sofre muito a caminho do navio que o levará até forte Kingston, Ned fez questão de adianta-lo o mais rápido que pode, só não pode evitar a surra. Para se certificar de que Oamri chegasse vivo a Kingston ele enviou o homem da cebola disfarçado como um guarda inglês, mesmo ferido ele não hesitou e embarcou como guarda pessoal do jovem escoriado.


– Você fez um bom trabalho. – Diz o homem da cebola disfarçado de inglês dando agua a Oamri que está nu amarrado em uma viga no deque inferior. Na porta estão dois guardas armados para evitar uma possível fuga. Oamri para de beber a agua.


– P-Porque não me solta para que eu mate esses desgraçados?!


– Se eu fizesse isso, iria estragar o plano e você falharia. Você quer que todo o leste seja destruído por uma chuva de balas de canhões? Suponho que não, então faça o que digo. Siga todas instruções que lhe darei, assim você matara Sillas e sairá com vida. É claro que será caçado eternamente pelos ingleses, mas este caso é outro. – Oamri fica quieto, o homem coça seu nariz, dá uma olhada para trás para se certificar de que não estão o ouvindo e volta a dizer. – Quando chegarmos na ilha, você será levado a câmara de tortura, tentarão tirar informações de você, não revele nada, eles não vão mata-lo, no máximo arrancaram alguns dedos seus, orelha ou órgão genital, mas não abra sua boca a não ser que seja para gritar. Se você falar algo sobre a ordem da luz será apagado. Entendido?


– Que merda é essa? Arrancarem meu pau? Dedos?


– Se não dizer esse sacrifício, milhares de pessoas vão morrer. Você pode ser a chave para salva-las. Certo?


– Hum... – Oamri se encontra angustiado e com um pouco de medo temendo as torturas que o esperam. – E como matarei Sillas?


– Depois de ser torturado você será jogado na masmorra. Logo após a masmorra será levado a outra sessão de tortura e jogado lá novamente. No terceiro dia Sillas ordenará que seja executado. O resto ainda estou pensando, só preciso de mais um dia. Entendeu?


– Merda... Eu entendi sim...


– Chegaremos em forte Kingston daqui a três dias.


– Qual seu nome? – Ele pergunta enquanto o homem limpa seus ferimentos no rosto com um pano molhado.


– Jeremy.


– Jeremy... Porque se esfaqueou hoje na praça? Aquilo não era necessário.


– E aquilo foi um truque.


– As cebolas também?


– Sim. Bem... Acho que vou ficar por aqui mesmo, aqueles homens estão revoltados com você, querem espanca-lo até a morte. – Jeremy se senta encostado em uma viga, ele tira do bolso do casaco uma caixa pequena de charutos, coloca na boca e acende com fósforos.


– Eu acabaria com eles, mesmo de mãos presas.


– E eles arrancariam suas mãos e pés se tentasse fazer isso. Você assassinou o lendário Rammer Thousky, os ingleses te odeiam mas os americanos te amam.


– É algo que possa me orgulhar. Estou determinado a assassinar Robert Sillas.


– É isso que gosto de ouvir.


– Já pensou em um plano?


– Tenho algumas ideias...


– Quais?


– Você vai mata-lo em sua cabine no topo do castelo.


– Como farei isso?


– Antes de te executarem eles o jogarão na masmorra para fazer os preparativos. Vou solta-lo com a chave que irei adquirir na prisão e te ensinar o caminho até o castelo.


– Esse castelo fica fora da prisão?


– Sim, alguns quilômetros. Você vai atravessar a floresta, invadir seu castelo e assassina-lo. – Ele fuma seu charuto, oferece para Oamri mas ele o nega com a cabeça.


– E quanto a você?


– Eu?


– Sim.


– Eu vou espera-lo na praia leste em uma pequena embarcação.


– Quanto tempo terei para assassinar Robert?


– Uma hora, se não aparecer nesse tempo, terei de deixar a ilha. Não quero ser torturado.


– Mas eu serei torturado.


– Sim.


– Não pode impedir isso?


– Infelizmente não.


– Não pode me soltar assim que chegarmos na ilha para que eu mate Sillas?


– Não posso, tenho que fazer os preparativos, deixar o caminho livre, subornar alguns guardas, roubar documentos, interrogar prisioneiros e ter certeza de que Sillas cumprira seu papel em ficar na ilha até o final da semana.


– E se nada disso der certo?


– Vai dar. Céus! Como você é pessimista.


– Realista, não pessimista.


– Acredite em si mesmo, você é um ótimo assassino, eu sou um ótimo espião e ladrão.


– Hum... A quanto tempo está na ordem?


– Vinte anos. Qual clã você serve?


– Os Arkansan... Eu sinto como se tivesse traído meu clã. Mas eu ainda estou confuso com tantas coisas novas...


– Você acha que é traição quando quer ser livre? Claro que não.


– Mas eu ainda não compreendi direito o que vocês querem fazer.


– Evitar as verdadeiras guerras, não as guerras idiotas que vocês travam.


– E quanto as relíquias?


– Elas são o plano de fundo da história, temos que nos focar primeiro em salvar o povo americano.


– É o que eu mais quero, cresci nesse país, quero morrer um dia e saber que tudo está em paz e que meu povo não está mais sofrendo na mão desses vigaristas.


– Então capriche em seu trabalho. O primeiro é Robert Sillas.


– Primeiro? Tem mais?


– Sim. Sempre vai ter alguém na lista.


– Mas Quem?


– Só será revelado após essa missão.


– Vocês são tão misteriosos, fico pensando o que tramam além da liberdade.


– Não acredita em nós? Somos os libertadores, nada mais.


– Hum.


A conversa dos dois foi longa, Oamri acabou adormecendo de tanto cansaço, mesmo com dores. Ainda faltam dois dias para chegar em Kingston.


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Notas finais do capítulo

O que Oamri fará?

Até o próximo capítulo.



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