Os Últimos. - Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 24
Eleanor- Cap.23 - Chamado.


Notas iniciais do capítulo

Iae galera, o capítulo ficou curto, mas eu tive que encurtar ele pra ter a decisão mesmo, é que necessito dela e.e
Bem, é isso, espero que gostem.
Vou responder os reviews e preparar o próximo capitulo pra postar a noite o/



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Eleanor


Capítulo 3- Chamado.



Naquela noite Eleanor não resistiu a beleza do bracelete, ela o colocou em seu pulso e passou horas tentando descobrir o que aquilo fazia, por fim não descobriu nada. Irritada a garota adormeceu.



Dia 25 de Novembro.



Amanheceu e um corvo se adentrou do quarto da garota, era um corvo diferente dos outros, maior e mais forte, o animal carrega um bilhete amarrado em si. Ele parou na janela do quarto de Eleanor e ficou em silencio. Ela despertou por baixo dos cobertores com seus cachos vermelhos todos embaraçados e nota o corvo a sua espera na janela.


Ela se levanta segurando o cobertor, se enrola nele para cobrir suas partes intimas, a garota dorme nua assim como a maioria das pessoas. Estende sua mão timidamente e pega o bilhete, após tomar posse do papel o corvo parte da janela para os céus. Ela se afasta com o susto, observa o pequeno bilhete e o abre.


“Eu lhe rastreei com a ajuda de meu fiel corvo “sombras”, não posso ir até você pois estou sendo perseguido por pessoas muito perigosas, preciso de sua ajuda minha irmã, me encontre a oeste de onde está posicionada e siga até a pedra das almas perdidas, te esperarei lá. Meia noite em ponto.”


Ass:Willian Vanger.


Os olhos de Eleanor se enchem de lágrimas, ela leva sua mão esquerda até sua boca e se afasta temendo que o pior possa acontecer com seu meio-irmão. Ele é sua única família restante, ela não considera seu pai.



– Eu tenho que ir... – Ela cochicha falando com si mesma.


Eleanor recolhe todos seus pertences e guarda em sua mochila o mais rápido que pode. Joga o cobertor no chão e pega suas roupas, o casaco negro que vai até a cintura com detalhes azuis escuros, sua camisa feminina por baixo de cor branca e com botões dourados e a calça extremamente justas acinzentadas.


Enquanto isso pelas ruas de Boston caminha Ácmon, ele acordou cedo para comprar vinho, é um grande amante da bebida. Notou o grande número de ingleses pela cidade, comprou duas garrafas e retornou a pensão sem chamar muita atenção. Pagou quarenta libras nas duas, é uma grande quantia de dinheiro, mas o vinho não é de terceira.


Ele sobe as escadas bebendo de uma garrafa e segurando a outra na mão esquerda. Acaba se deparando com Eleanor descendo com pressa.


– Ei! Aonde você está indo com tanta pressa? – Ele indaga quase engasgando com o vinho.



– Vou para o oeste.



– Você enlouqueceu? Estão guerreando por aquelas terras, o que quer fazer lá?



– Encontrar meu irmão.



– E porque quer encontra-lo? Ele deve estar morto.



– Porque ninguém foi atrás dele e nem de mim. Ele é tudo o que me resta.



– Quanta melancolia, entrar no meio de um campo de batalha para encontrar seu irmãozinho. – Ele volta a beber de sua garrafa e sobe as escadas, Eleanor fica pensativa por alguns instantes e diz.



– Se vier comigo, eu irei te indicar para o clã, assim terá uma nova meta em sua vida. – Ácmon para de subir as escadas. Ele a olha de relance por cima de seu ombro e dá mais um gole na garrafa de vinho.





Dez horas depois.





– Não acredito que vim até aqui. – Resmunga Ácmon caminhando entre os montes de neve seguindo Eleanor pela floresta. Ela está apressada, já anoiteceu e falta pouco.



– Fique calado, você resmungou a viagem toda!



– Mas é claro, você poderia muito bem comprar pelo menos um cavalo!



– Não tenho dinheiro suficiente para comprar um bom cavalo.



– Que comprasse um manco, cego, tanto faz! Caminhar na neve? Não somos o pé grande!



– Eu mandei ficar calado!



– Não me mande ficar calado! Eu sou um militar de alta patente garota! Quem deve ficar calado aqui é você! - Eleanor para de caminhar, se vira em direção a Ácmon e o empurrão derrubando de costas na neve.



– Olhe, você é acostumado a mandar em seus soldados não é? Eu não sou uma merda de soldado! Então para de falar asneiras! Eu tenho que me concentrar, isso é importante pra mim! – Ácmon se levanta, limpa a neve de sua roupa e fica calado. Ela suspira e se vira continuando o caminho.



Ele segue bebendo já a segunda garrafa de vinho, Eleanor observa os pontos da floresta procurando pela pedra das almas perdidas.



Enquanto isso no riacho não muito longe dali, se inicia uma batalha entre os ingleses e americanos em plena noite de lua cheia. Estão em campo aberto, são grandes números, armados com mosquetes, canhões e espadas. Sangue, membros e gritos. Os dois ouvem os disparos dos mosquetes e canhões, a batalha está ocorrendo não muito distante dali.



– Eu lhe disse. – Ácmon apressa seus passos e ultrapassa Eleanor.


Ela fica olhando em direção aos sons temendo que seu irmão esteja lá no meio, ele citou em sua carta que estava em perigo. Ácmon chama sua atenção e ela continua o caminho acima do monte cheio de neve.


– Porque estão lutando?



– Os ingleses devem estar tentando tomar as terras dos americanos. Antes eles oferecem uma quantia em dinheiro, se recusarem são atacados.



– Então eles não tem saída, ou vendem ou morrem pela terra. Por isso odeio guerras, quando encontrar meu irmão, vou viajar para a Espanha.



– E você acha que lá é diferente? As guerras são as mesmas no mundo todo, só mudam as motivações.



– Você gosta de guerras? – Ácmon a olha de relance.


– Guerras são necessárias.


– Mas muitos morrem, isto não é necessário.



– Muitos morrem guerreando para defender seu país, por liberdade ou por vingança. – Eleanor fica quieta por alguns instantes e volta a falar.



– Qual sua motivação? – Indaga Eleanor com seus passos acelerados ao som dos tiros e explosões. Ácmon não responde a pergunta.



– A pedra das almas perdidas. – Ele diz apontando para uma grande pedra fincada no solo com várias escrituras, perto da pedra fica um poço pequeno.


Eleanor se apressa e corre até a pedra, ela começa a averiguar toda área preocupada e emocionada para encontrar seu irmão que ela não vê a anos.


– Cadê?! Cadê ele?! - Seus gritos são interrompidos por Ácmon tapando sua boca, ele se abaixa segurando a garota para que não grite mais, ela tenta se soltar mexendo seu corpo.



– Fique em silencio. – Ele cochicha em seu ouvido tão perto que chega a arrepia-la. – Olhe ali. – Ele retira calmamente a mão de sua boca e aponta entre as arvores. Uma tropa de ingleses passa pela estrada, estão a pé e marchando carregando prisioneiros. Os prisioneiros estão dentro de celas encima das carroças, sujos e famintos. Eleanor se solta dos braços de Ácmon e se esconde atrás de uma arvore observando os prisioneiros.


Ela não consegue encontrar seu irmão em meio aos prisioneiros, começa a derramar lágrimas de desespero temendo que eles tenham o matado. Em um ataque de fúria a garota pega de sua mochila duas bombas de gás e as lança em direção a tropa causando uma enorme nuvem de gás cinzento. Ácmon se assusta com a atitude e persegue Eleanor que corre até as celas dos escravos. Em meio aos gritos dos soldados não conseguindo respirar na nuvem de gás eles correm.


– Peguem- tosse. – a garota! – Grita o capitão da pequena tropa que notou a garota e Ácmon correndo.


Ela destrói a tranca das celas com sua alfanje curta, os escravos descem com sede de sangue e entram na fumaça para lutar com os ingleses.


– Porque você fez isso?! – Pergunta Ácmon desviando a fumaça com as mãos.



– Porque poderia ser o irmão de alguém que estivesse preso aqui! – Ela grita em meio a lágrimas.



– Deixe de ser estupida! – Os tiros começam a ser disparados e a fumaça vai desaparecendo. – Vamos embora! – Ele a puxa pela mão e corre em direção a floresta desesperado. Eleanor não mostra muita resistência e é facilmente levada pelo francês.



– Meu irmão! – Ela exclama chorando.


Sem perceber Ácmon acaba levando a garota junto a uma queda de cima do monte, eles caem e saem rolando na neve em uma velocidade muito alta.

Eles mal sabiam mas estavam se adentrando do campo de batalha dos ingleses e americanos, uma luta muito violenta e sangrenta. Ácmon cai dentro de uma trincheira e Eleanor cai logo em seguida encima de seu estomago. Na trincheira estão alguns corpos dos que morreram e armas. A garota se levanta e olha ao redor percebendo onde foi parar.


– Estamos no campo de batalha! – Ela grita desesperada.


Não muito longe dali estão os americanos do outro lado do campo com seus canhões disparando, uma bala é lançada para o alto e vai em direção a trincheira onde se localizam Ácmon e Eleanor. Antes mesmo do francês confirmar o que a garota disse, a bala já atingiu o solo lá perto causando uma enorme estrondo, lançando terra e neve para todos os lados. O chão se estremece e os dois se assustam.


– Acho que estamos no lado errado do campo. – Ele diz olhando para cima e vendo os vários ingleses pulando a trincheira e indo para a batalha.



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Notas finais do capítulo

Decisão:

O que fará Eleanor e Ácmon?